R.: Ei-las: a)
a intuição de que a morte se
aproximara e o pavor de morrer,
tendo de deixar tantas coisas, que
ele julgava preciosas, para trás;
b) a "visão
panorâmica" dos
acontecimentos de sua existência
terrestre; c) o sono reparador; d)
o encontro com Jeny, com seu
Espírito-guia e com Gabriela, sua
mãe; e) a ajuda recebida da Sra.
H. P. Blavatski, que o conduziu
até à vivenda do tio Dick; f) a
notícia sobre as habitações
existentes no mundo espiritual,
construídas por Espíritos que se
especializaram em modelar, pelo
pensamento, a matéria espiritual.
Rodolfo Valentino informou ainda
que muitos Espíritos não
resistem ao abalo mental causado
pela mudança que se produz com a
morte física. Por efeito, então,
da ignorância em que se acham e
do medo que os assalta, passam o
tempo a freqüentar, e mesmo a
assombrar, o meio onde viveram e
ao qual se vêem psiquicamente
presos. (A Crise da Morte, pp.
135 a 145.)
B. Que diz
Bozzano sobre a solidez das
construções espirituais?
R.: Bozzano
assevera que ninguém deve
admirar-se da observação de
Rodolfo Valentino relativamente à
aparência sólida das
construções psíquicas por ele
descritas. A Ciência, lembra ele,
já demonstrou que a solidez da
matéria é pura aparência, ou
seja, o atributo
"solidez" não constitui
mais que uma questão de
"relação" entre o
indivíduo e o objeto. Para nós,
seres formados de matéria igual
à constitutiva do meio em que
vivemos, esse meio tem,
necessariamente, que parecer
sólido. O mesmo se dá com os
Espíritos e as moradas
espirituais. Em compensação,
eles devem perceber como sombras
evanescentes as pessoas vivas e o
meio terrestre, devido à falta de
relação entre as condições em
que eles existem e operam e as
condições em que existem e
operam os vivos. Eis por que o
Espírito pode atravessar uma
parede, como se esta não
existisse. (Obra citada, pp.
144 e 145.)
C. Que nos
revela o décimo sexto caso deste
livro?
R.: Eis os
detalhes contidos nas mensagens
que compõem este caso: a) o
mergulho do Espírito comunicante
nas mais profundas trevas, onde
imperava um silêncio mortal; b) a
ignorância acerca de sua morte
corpórea; c) a não percepção
da presença de Espíritos
hierarquicamente superiores, até
que, tendo ciência de estar
morto, alguns Espíritos o
ajudaram, a pedido de um amigo que
ele traíra na existência
terrena; d) a informação de que
no mundo espiritual o pensamento
é tudo, não só para a
comunicação uns com os outros,
mas para a criação das coisas de
que os Espíritos têm
necessidade. (Obra citada, pp.
148 a 157.)
D. Que
finalidade tem a crise de remorsos
que acomete os chamados réprobos
do plano espiritual?
R.: Os sofrimentos expiatórios
que atingem os
"réprobos" são,
segundo Bozzano, principalmente de
natureza moral e consistem,
inicialmente, em toda sorte de
saudades e de desejos
insatisfeitos e impossíveis de
terem satisfação, e depois em
toda sorte de remorsos
dilacerantes. Parece, no entanto,
que quando um Espírito de
"réprobo" começa a
crise dos remorsos tem ele dado o
primeiro passo no caminho da
redenção. Dessa crise, longa por
vezes e terrível, ninguém pode
poupar o Espírito, porquanto
somente passando por ela chegará
seu "corpo etéreo" a
expungir-se dos "fluidos
impuros", de que se maculou e
carregou, fluidos esses que sobre
ele se acumularam em
conseqüência da repercussão
"vibratória" que sobre
seu organismo muito delicado
exerceu seu procedimento ignóbil
ou indigno, no curso da
existência terrestre. Do mesmo
modo que esses "fluidos
impuros" haviam, por virtude
da lei de afinidade, obrigado o
Espírito a gravitar para as
regiões infernais, em
conseqüência da purificação
operada pela crise dos remorsos
seu "corpo etéreo",
tornado mais leve, se eleva e
gravita para a esfera espiritual
imediatamente superior. Os
Espíritos de
"réprobos" endurecidos,
incapazes de sentir remorsos,
permanecem assim na região
infernal, imersos em trevas mais
ou menos profundas, muitas vezes
na solidão, outras em companhia
de Espíritos da mesma categoria,
até que a hora do arrependimento
para eles soe, porque ninguém se
encontra abandonado a si mesmo. (Obra
citada, pp. 154 a 157.)
98. Décimo
quinto caso - A narrativa que
se segue foi extraída do livro Rudy,
em que a Sra. Natacha Rambova
narra a vida de seu marido,
Rodolfo Valentino,
acrescentando-lhe algumas
mensagens mediúnicas obtidas do
defunto. (P. 135)
99. Pela
leitura do livro vem-se a saber
que Rodolfo Valentino ocupava-se,
em vida, com experiências
mediúnicas, sendo ele próprio
notável médium escrevente e
vidente. As mensagens mediúnicas
foram obtidas nos arredores de
Nice, com o auxílio do médium
americano Jorge Benjamim Wehner,
que servia também à Sra. H. P.
Blavatski, fundadora da Sociedade
Teosófica, a qual acabou
tornando-se "guia
espiritual" do grande
artista. (P. 136)
100. Um
incidente inicial destacado por
Bozzano se deu quando Valentino se
achava em estado desesperador, em
Nova York. Na mesma noite,
manifestou-se no grupo familiar em
Nice o Espírito de uma mulher que
se chamara "Jeny" e fora
grande amiga de Rodolfo e de sua
esposa Rambova. Jeny informou
então que estava constantemente
à cabeceira do moribundo e viu
quando ele foi levado para a Casa
de Saúde. (P. 136)
101. Uma semana
depois da morte de Valentino, sua
esposa recebeu de uma irmã
residente em Nova York uma carta
em que ela informava, entre outras
coisas, que Valentino vira "Jeny"
e a chamara pelo nome, quando fora
transportado para a Casa de
Saúde. A informação seria
confirmada depois pelo próprio
defunto numa de suas primeiras
mensagens mediúnicas. (PP. 136 e
137)
102. Eis os
detalhes contidos nas mensagens
enviadas pelo notável artista: a)
a intuição de que a morte se
aproximara e o pavor de morrer,
tendo de deixar tantas coisas, que
ele julgava preciosas, para trás;
b) a "visão
panorâmica" dos
acontecimentos de sua existência
terrestre; c) o sono reparador; d)
o encontro com Jeny, com seu
Espírito-guia e com Gabriela, sua
mãe; e) a ajuda recebida da Sra.
H. P. Blavatski, que o conduziu
até à vivenda do tio Dick; f) a
notícia sobre as habitações
existentes no mundo espiritual,
construídas por Espíritos que se
especializaram em modelar, pelo
pensamento, a matéria espiritual.
(PP. 137 a 143)
103. Tendo em
vista que Valentino se referiu à
"solidez" da substância
sobre que se exerce a força do
pensamento, no mundo espiritual,
Bozzano lembra que ninguém deve
admirar-se da observação do
Espírito relativamente à
aparência sólida das
construções psíquicas por ele
descritas. A Ciência, assevera
Bozzano, já demonstrou que a
solidez da matéria é pura
aparência: o atributo
"solidez" não constitui
mais que uma questão de
"relação" entre o
indivíduo e o objeto. (P. 144)
104. Para nós,
seres formados de matéria igual
à constitutiva do meio em que
vivemos, esse meio tem,
necessariamente, que parecer
sólido. O mesmo se dá com os
Espíritos e as moradas
espirituais. Em compensação,
eles devem perceber como sombras
evanescentes as pessoas vivas e o
meio terrestre, devido à falta de
relação entre as condições em
que eles existem e operam e as
condições em que existem e
operam os vivos. Eis por que o
Espírito pode atravessar uma
parede, como se esta não
existisse. (P. 144)
105. A
informação acerca dos Espíritos
que se especializaram na arte de
modelar a substância espiritual
está de perfeito acordo com o que
afirmara outra entidade. (Veja
o 13o caso, item 85
deste resumo.) (P. 145)
106. Rodolfo
Valentino informa ainda que muitos
Espíritos não resistem ao abalo
mental causado pela mudança que
se produz com a morte física. Por
efeito, então, da ignorância em
que se acham e do medo que os
assalta, passam o tempo a
freqüentar, e mesmo a assombrar,
o meio onde viveram e ao qual se
vêem psiquicamente presos. Essa
informação coincide com o já
descrito por outra personalidade
mediúnica. (Veja o 8o
caso, item 53 deste resumo.)
(P. 145)
107. Décimo
sexto caso - Até aqui, diz
Bozzano, os casos citados foram de
defuntos que se encontravam nas
mais diversas regiões ou
"estados" do "plano
astral", onde – de acordo
com a lei de afinidade –
gravitam e permanecem, durante um
período de tempo mais ou menos
longo, todos os Espíritos de
mortos que viveram na Terra de
maneira moralmente normal. (P.
148)
108. Resta
referir, portanto, alguns casos em
que se encontram envolvidos os
Espíritos dos
"réprobos",
constrangidos a gravitar, pela lei
de afinidade, nas "esferas de
provação", correspondentes
ao inferno dos cristãos, sem
contudo as torturas físicas e
onde os sofrimentos morais não
são eternos, mas transitórios.
(PP. 148 e 149)
109. A
dificuldade, neste caso, está na
inexistência de comunicações
continuadas em que o defunto
caído nas esferas infernais tenha
vindo transmitir a sua aventura.
Conhecem-se, pois, as condições
de tais esferas, pelas
descrições que numerosas
personalidades mediúnicas têm
feito. (P. 149)
110. Pelo que
toca aos Espíritos situados em
esferas de provação
"intermediárias" e
pouco inferiores ao "plano
astral", alguns deles têm
descrito as suas vicissitudes,
como o famoso escritor inglês
Oscar Wilde. (P. 149)
111. Um caso
que se enquadra na situação
acima se deu com as médiuns
psicógrafas Miss Aimée Earle e
Miss Florence Dismore, a quem um
Espírito ditou sua história
mundana, as circunstâncias de sua
morte e várias peripécias de sua
vida post-mortem, descritas
no livro: The Progression of
Marmaduke. (PP. 149 a 151)
112. Eis os
detalhes contidos nas mensagens
desse Espírito: a) o seu mergulho
nas mais profundas trevas, onde
imperava um silêncio mortal; b) a
ignorância acerca da própria
morte corpórea; c) a não
percepção da presença de
Espíritos hierarquicamente
superiores, até que, tendo
ciência de estar morto, alguns
Espíritos o ajudaram, a pedido de
um amigo que ele traíra na
existência terrena; d) a
informação de que no mundo
espiritual o pensamento é tudo,
não só para a comunicação uns
com os outros, mas para a
criação das coisas de que os
Espíritos têm necessidade. (PP.
152 a 157)
113. Bozzano,
comentando as mensagens referidas,
diz que, conforme outros
Espíritos têm dito, os
sofrimentos expiatórios que
atingem os "réprobos"
seriam, principalmente, de
natureza moral e consistiriam,
inicialmente, em toda sorte de
saudades e de desejos
insatisfeitos e impossíveis de
terem satisfação, e depois em
toda sorte de remorsos
dilacerantes. Parece igualmente
que, quando um Espírito de
"réprobo" começa a
crise dos remorsos, tem ele dado o
seu primeiro passo no caminho da
redenção. (P. 154)
114. Dessa
crise, longa por vezes e
terrível, ninguém pode poupar o
Espírito, porquanto somente
passando por ela chegará o seu
"corpo etéreo" a
expungir-se dos "fluidos
impuros", de que se maculou e
carregou, fluidos esses que sobre
ele se acumularam em
conseqüência da repercussão
"vibratória" que sobre
o seu organismo muito delicado
exerceu o seu procedimento
ignóbil ou indigno, no curso da
existência terrestre. (PP. 154 e
155)
115. Do mesmo
modo que esses "fluidos
impuros" haviam, por virtude
da lei de afinidade, obrigado o
Espírito a gravitar para as
regiões infernais – em
conseqüência da purificação
operada pela crise dos remorsos,
seu "corpo etéreo",
tornado mais leve, se elevaria e
gravitaria para a esfera
espiritual imediatamente superior.
(P. 155)
116. Os
Espíritos de
"réprobos" endurecidos,
incapazes de sentir remorsos,
permaneceriam assim na região
infernal, imersos em trevas mais
ou menos profundas, muitas vezes
na solidão, outras em companhia
de Espíritos da mesma categoria,
até que a hora do arrependimento
para eles soe, porque ninguém se
encontra abandonado a si mesmo.
(P. 155)
117. No caso em
estudo, o Espírito disse ter
ignorado quanto tempo ficou a
errar nas trevas e no insulamento.
A mesma coisa se dá com os
pacientes postos, por indução
hipnótica, em estado de
"sonambulismo vígil",
para os quais o tempo deixa de
existir. É por isso que respondem
ao experimentador, quando este os
desperta ao cabo de vinte e quatro
horas, que dormiram apenas um
minuto. (PP. 155 e 156)
118. Bozzano
cita, a propósito disso, o fato
ocorrido com um Espírito
obsidente, ao qual o Dr. Wickland
perguntou em que ano supunha que
ele estivesse. O Espírito disse:
1902. Mas estava enganado, visto
que corria o ano de 1919. Havendo
errado nas trevas durante
dezessete anos, ele julgava ter
estado naquela situação apenas
por alguns dias. (P. 156)
119. A respeito do poder do
pensamento no meio espiritual, o
Espírito trouxe uma informação
adicional: para criar os objetos
de que necessita não basta pensar
na "coisa" desejada; é
preciso uma concentração firme
do pensamento sobre esse objeto,
pensando em todos os seus
detalhes. É por isso que,
exercitando-se nas criações do
pensamento, os Espíritos chegam a
pensar com uma nitidez cada vez
maior e a concentrar a vontade com
uma eficácia sempre mais intensa.
Não sendo assim, formar-se-á
tão-somente um esboço mais ou
menos confuso e informe do objeto
desejado. (P. 157)