Quando Jesus
nos exortou ao amor pelos
inimigos, indicou-nos valioso
trabalho imunológico em favor de
nós mesmos.
Se trazes a
consciência tranqüila, diante da
criatura que, acaso, te injurie,
estarás na mira de uma pessoa
evidentemente necessitada de
compreensão e de auxílio
espiritual.
O adversário
gratuito pode estar desinformado a
teu respeito e, por isso, reclama
esclarecimento e não represália.
Talvez esteja
experimentando certa inveja dos
recursos de que dispões e, em
vista disso, necessitará de
caridade e silêncio para que não
seja induzido ao desespero.
Sofrerá
provavelmente de miopia
espiritual, diante dos objetivos
superiores pelos quais te orientas
e, por essa razão, aguarda
tolerância, até que o
entendimento se lhe amadureça.
Será
possivelmente um candidato à luta
competitiva com os teus esforços
em realização determinada e, por
isso, reclama respeito para que
não caia em perdas de vulto.
Repontará do
cotidiano por alguém intentando
fazer a tarefa de que te incumbes
e, por semelhante motivo, merece
vibrações de paz, a fim de que
encontre encargos idênticos aos
teus.
Por fim, talvez
surja na condição de doente da
alma, sob a influência de
obsessões ocultas e, em vista
disso, precisará de compaixão.
Jesus conhecia
esses lances de desequilíbrio da
personalidade humana e,
naturalmente, nos impulsiona ao
perdão e à prece, em auxílio de
quantos se nos façam agressores.
É que não
adianta passar recibos ao mal, de
vez que estaríamos ambientando em
nós mesmos as dificuldades e
deficiências dos nossos
perseguidores.
Amar aos
inimigos será abençoá-los,
desejando-lhes a tranqüilidade de
que carecem, livrando-nos,
antecipadamente, de quaisquer
entraves com que nos desejem
marcar o caminho.
Abençoar aos
que nos insultem ou maltratem é o
melhor processo de entregá-los ao
mundo deles próprios,
sustentando-nos em paz, ante as
bênçãos das Leis de Deus.