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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 7 - 30 de Maio de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Nosso Lar
André Luiz

   (7ª Parte)  
  

Damos seqüência ao texto condensado do livro "Nosso Lar", de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira, o qual deu início à Série André Luiz.

Questões preliminares

A. O lar em "Nosso Lar" é muito diferente do lar terreno?

R.: Não. E o motivo é que, segundo Laura, o lar terrestre busca copiar o modelo de lar existente no plano espiritual, no qual as almas femininas assumem numerosas obrigações, preparando-se para voltar ao planeta ou para ascender a esferas mais altas. Laura acentuou o valor do serviço maternal em qualquer plano e informou que, quando o Ministério do Auxílio lhe confia crianças, suas horas de serviço são contadas em dobro. "Todos trabalham em nossa casa", acrescentou Laura. "Oito horas de atividade no interesse coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Sentir-me-ia envergonhada se não o executasse também." (Nosso Lar, cap. 20, págs. 110 a 114.)

B. Existe propriedade individual na colônia?

R.: Sim, mas ela é relativa. As aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora serve para a aquisição de utilidades existentes na colônia, e qualquer delas pode ser adquirida com esses cupons. As construções em geral representam patrimônio comum, mas cada família espiritual pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando 30.000 bônus-hora. (Nosso Lar, cap. 21, págs. 115 e 116.)

C. Por que Laura, ao desencarnar, não passou pelo Umbral?

R.: Em sua última existência terrena, Laura ficou viúva muito jovem, com os filhos ainda pequenos, e teve de enfrentar serviços rudes no planeta. A existência laboriosa livrou-a das indecisões e angústias do Umbral, por colocá-la a coberto de muitas e perigosas tentações. (Nosso Lar, cap. 21, pág. 116.)

D. Como Laura teve acesso à lembrança de seu passado?

R.: A lembrança das vidas pretéritas é proporcionada aos Espíritos gradualmente. No caso de Laura, só depois de algum tempo é que ela e seu companheiro Ricardo tiveram acesso ao seu passado. Primeiramente, na Seção do Arquivo, os técnicos do Esclarecimento aconselharam-nos a ler suas memórias, durante dois anos, abrangendo o período de três séculos. Não foi permitido recordar as fases anteriores, porque ambos foram considerados incapazes de suportar as lembranças correspondentes a outras épocas. Depois de longo período de meditação para esclarecimento próprio, foram então submetidos a determinadas operações psíquicas, a fim de penetrar os domínios emocionais das recordações. Técnicos lhes aplicaram passes nos cérebros e Ricardo e Laura ficaram senhores, então, de 300 anos de memória integral. (Nosso Lar, cap. 21, pág. 118.)

Texto para leitura

49. O lar na colônia espiritual – Laura disse a André que ela, como todos em sua casa, tinha atribuições fora do lar. As finalidades da colônia residem precisamente no trabalho e no aprendizado. A organização doméstica em "Nosso Lar" é idêntica à da Terra? A essa pergunta de André, Laura respondeu: "O lar terrestre é que se esforça por copiar nosso instituto doméstico". Profundos ensinamentos sobre o lar terrestre, bem como sobre o papel da mulher no mundo, foram transmitidos, então, a André Luiz. "As almas femininas, aqui, assumem numerosas obrigações, preparando-se para voltar ao planeta ou para ascender a esferas mais altas", disse Laura, que acentuou o valor do serviço maternal em qualquer plano ao revelar: "Quando o Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas horas de serviço são contadas em dobro". Realçando a importância do trabalho, a mãe de Lísias aduziu: "Todos trabalham em nossa casa. Oito horas de atividade no interesse coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Sentir-me-ia envergonhada se não o executasse também". (Cap. 20, pp. 110 a 114)

50. Propriedade em "Nosso Lar" – A propriedade na colônia é relativa. As aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora, no fundo, embora não sendo dinheiro, serve para a aquisição de utilidades existentes na colônia, e qualquer delas pode ser adquirida com esses cupons. As construções em geral representam patrimônio comum, mas cada família espiritual pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando 30.000 bônus-hora. A casa de Laura foi conquistada pelo trabalho de seu esposo Ricardo, que desencarnou dezoito anos antes dela. (Cap. 21, pp. 115 e 116)

51. O caso Laura – Laura ficara viúva muito jovem, com os filhos ainda pequenos, e teve de enfrentar serviços rudes no planeta. Os filhos foram desde cedo habituados aos trabalhos árduos. A existência laboriosa livrou-a das indecisões e angústias do Umbral, por colocá-la a coberto de muitas e perigosas tentações. Reencontrar Ricardo representava o céu para ela. A casa em que morava fora inaugurada com sua chegada. Mais tarde, Lísias, Iolanda e Judite reuniram-se ao casal, aumentando sua felicidade. (Cap. 21, pág. 116)

52. Recordação do passado – A lembrança das vidas pretéritas é proporcionada aos Espíritos gradualmente. No caso de Laura, só depois de algum tempo é que ela e Ricardo tiveram acesso ao seu passado. Primeiramente, na Seção do Arquivo, os técnicos do Esclarecimento aconselharam-nos a ler suas memórias, durante dois anos, abrangendo o período de três séculos. Não foi permitido recordar as fases anteriores, porque ambos foram considerados incapazes de suportar as lembranças correspondentes a outras épocas. Depois de longo período de meditação para esclarecimento próprio, foram então submetidos a determinadas operações psíquicas, a fim de penetrar os domínios emocionais das recordações. Técnicos lhes aplicaram passes nos cérebros e Ricardo e Laura ficaram senhores, então, de 300 anos de memória integral. (Cap. 21, pág. 118)

Frases e apontamentos importantes

LXXXIX. Sentia-me algo cansado pelos intensos esforços despendidos, mas o coração entoava hinos de alegria interior. Recebera, afinal, a ventura do trabalho. E o espírito de serviço fornece tônicos de misterioso vigor. (André Luiz, cap. 28, pág. 152)

XC. É preciso recordar, sempre, que a Natureza não dá saltos e que, na Terra, ou nos círculos do Umbral, estamos revestidos de fluidos pesadíssimos. (Tobias, cap. 28, pág. 153)

XCI. Na oficina onde a maioria procura o trabalho entendendo-lhe o sublime valor, servir constitui alegria suprema. (André Luiz, cap. 28, pág. 155)

XCII. Laura, ao ser avisada sobre as ocorrências do dia, disse-me com bondade: "Muito bem, meu filho! apaixone-se pelo seu trabalho, embriague-se de serviço útil. Somente assim, atenderemos à nossa edificação eterna". (André Luiz, cap. 29, pág. 157)

XCIII. Narcisa aplicou em Francisco um passe e mandou que uma serva lhe trouxesse água magnetizada. Aquele exemplo da enfermeira edificava-me. O bem, como o mal, em toda parte estabelece misterioso contágio. (André Luiz, cap. 29, pág. 159)

XCIV. Ah! como é profundo o sono espiritual da maioria de nossos irmãos na carne! Isto, porém, deve preocupar-nos, mas não deve ferir-nos. Todo embrião de vida parece dormir. (Narcisa, cap. 29, pág. 161)

XCV. Quando imaginamos a desventura de alguém, lembrando as próprias deficiências, há sempre asilo para o amor fraterno no coração. (André Luiz, cap. 30, pág. 163)

XCVI. Ouçamos a lição de Jesus que recomenda nos amemos uns aos outros. Atravessamos experiências consangüíneas na Terra para adquirir o verdadeiro amor espiritual. O Senhor da Vida nos permite a paternidade ou a maternidade no mundo, a fim de aprendermos a fraternidade sem mácula. Nossos lares terrestres são cadinhos de purificação dos sentimentos ou templos de união sublime, a caminho da solidariedade universal. (Paulina, cap. 30, pág. 164)

XCVII. O pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais distante que esteja. A permuta de ódio e desentendimento causa ruína e sofrimento nas almas. (Paulina, cap. 30, pág. 164)

XCVIII. São raros os que se preocupam em ajuntar conhecimentos nobres, qualidades de tolerância, luzes de humildade, bênçãos de compreensão. Impomos a outrem os nossos caprichos, afastamo-nos dos serviços do Pai, esquecemos a lapidação do nosso espírito. Ninguém nasce no planeta simplesmente para acumular moedas nos cofres ou valores nos bancos. (Paulina, cap. 30, pág. 165)

XCIX. É natural que a vida humana peça o concurso da previdência, e é justo que não prescinda da contribuição de mordomos fiéis, que saibam administrar com sabedoria; mas ninguém será mordomo do Pai com avareza e propósitos de dominação. (Paulina, cap. 30, pág. 165)

C. Os casos de herança, em regra, são extremamente complicados. Com raras exceções, acarretam enorme peso a legadores e legatários. (Narcisa, cap. 30, pág. 166)

CI. A situação da pessoa que faz da prática do infanticídio uma profissão é pior que a dos suicidas e homicidas, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto. (Paulo, cap. 31, pág. 171)

CII. Os que trazem os sentimentos calejados na hipocrisia emitem forças destrutivas. (Paulo, cap. 31, pág. 172)

CIII. Observaram o vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranqüilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu. (...) Assim, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas. (Paulo, cap. 31, pág. 174) (Continua no próximo número.)



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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita