MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
Nosso
Lar
André Luiz
(7ª Parte)
Damos
seqüência ao texto condensado do
livro "Nosso Lar", de
André Luiz, psicografado pelo médium
Francisco Cândido Xavier e
publicado pela editora da Federação
Espírita Brasileira, o qual deu
início à Série André Luiz.
Questões
preliminares
A. O lar em
"Nosso Lar" é muito
diferente do lar terreno?
R.: Não. E o
motivo é que, segundo Laura, o
lar terrestre busca copiar o
modelo de lar existente no plano
espiritual, no qual as almas
femininas assumem numerosas
obrigações, preparando-se para
voltar ao planeta ou para ascender
a esferas mais altas. Laura
acentuou o valor do serviço
maternal em qualquer plano e
informou que, quando o Ministério
do Auxílio lhe confia crianças,
suas horas de serviço são
contadas em dobro. "Todos
trabalham em nossa casa",
acrescentou Laura. "Oito
horas de atividade no interesse
coletivo, diariamente, é programa
fácil a todos. Sentir-me-ia
envergonhada se não o executasse
também." (Nosso Lar, cap.
20, págs. 110 a 114.)
B. Existe
propriedade individual na colônia?
R.: Sim, mas
ela é relativa. As aquisições
são feitas à base de horas de
trabalho. O bônus-hora serve para
a aquisição de utilidades
existentes na colônia, e qualquer
delas pode ser adquirida com esses
cupons. As construções em geral
representam patrimônio comum, mas
cada família espiritual pode
conquistar um lar (nunca mais que
um), apresentando 30.000
bônus-hora. (Nosso Lar, cap.
21, págs. 115 e 116.)
C. Por que
Laura, ao desencarnar, não passou
pelo Umbral?
R.: Em sua
última existência terrena, Laura
ficou viúva muito jovem, com os
filhos ainda pequenos, e teve de
enfrentar serviços rudes no
planeta. A existência laboriosa
livrou-a das indecisões e
angústias do Umbral, por
colocá-la a coberto de muitas e
perigosas tentações. (Nosso
Lar, cap. 21, pág. 116.)
D. Como Laura
teve acesso à lembrança de seu
passado?
R.: A
lembrança das vidas pretéritas
é proporcionada aos Espíritos
gradualmente. No caso de Laura,
só depois de algum tempo é que
ela e seu companheiro Ricardo
tiveram acesso ao seu passado.
Primeiramente, na Seção do
Arquivo, os técnicos do
Esclarecimento aconselharam-nos a
ler suas memórias, durante dois
anos, abrangendo o período de
três séculos. Não foi permitido
recordar as fases anteriores,
porque ambos foram considerados
incapazes de suportar as
lembranças correspondentes a
outras épocas. Depois de longo
período de meditação para
esclarecimento próprio, foram
então submetidos a determinadas
operações psíquicas, a fim de
penetrar os domínios emocionais
das recordações. Técnicos lhes
aplicaram passes nos cérebros e
Ricardo e Laura ficaram senhores,
então, de 300 anos de memória
integral. (Nosso Lar, cap. 21,
pág. 118.)
Texto para
leitura
49. O lar na
colônia espiritual – Laura
disse a André que ela, como todos
em sua casa, tinha atribuições
fora do lar. As finalidades da
colônia residem precisamente no
trabalho e no aprendizado. A
organização doméstica em
"Nosso Lar" é idêntica
à da Terra? A essa pergunta de
André, Laura respondeu: "O
lar terrestre é que se esforça
por copiar nosso instituto
doméstico". Profundos
ensinamentos sobre o lar
terrestre, bem como sobre o papel
da mulher no mundo, foram
transmitidos, então, a André
Luiz. "As almas femininas,
aqui, assumem numerosas
obrigações, preparando-se para
voltar ao planeta ou para ascender
a esferas mais altas", disse
Laura, que acentuou o valor do
serviço maternal em qualquer
plano ao revelar: "Quando o
Ministério do Auxílio me confia
crianças ao lar, minhas horas de
serviço são contadas em
dobro". Realçando a
importância do trabalho, a mãe
de Lísias aduziu: "Todos
trabalham em nossa casa. Oito
horas de atividade no interesse
coletivo, diariamente, é programa
fácil a todos. Sentir-me-ia
envergonhada se não o executasse
também". (Cap. 20, pp. 110 a
114)
50. Propriedade
em "Nosso Lar" – A
propriedade na colônia é
relativa. As aquisições são
feitas à base de horas de
trabalho. O bônus-hora, no fundo,
embora não sendo dinheiro, serve
para a aquisição de utilidades
existentes na colônia, e qualquer
delas pode ser adquirida com esses
cupons. As construções em geral
representam patrimônio comum, mas
cada família espiritual pode
conquistar um lar (nunca mais que
um), apresentando 30.000
bônus-hora. A casa de Laura foi
conquistada pelo trabalho de seu
esposo Ricardo, que desencarnou
dezoito anos antes dela. (Cap. 21,
pp. 115 e 116)
51. O caso
Laura – Laura ficara viúva
muito jovem, com os filhos ainda
pequenos, e teve de enfrentar
serviços rudes no planeta. Os
filhos foram desde cedo habituados
aos trabalhos árduos. A
existência laboriosa livrou-a das
indecisões e angústias do
Umbral, por colocá-la a coberto
de muitas e perigosas tentações.
Reencontrar Ricardo representava o
céu para ela. A casa em que
morava fora inaugurada com sua
chegada. Mais tarde, Lísias,
Iolanda e Judite reuniram-se ao
casal, aumentando sua felicidade.
(Cap. 21, pág. 116)
52. Recordação
do passado – A lembrança
das vidas pretéritas é
proporcionada aos Espíritos
gradualmente. No caso de Laura,
só depois de algum tempo é que
ela e Ricardo tiveram acesso ao
seu passado. Primeiramente, na
Seção do Arquivo, os técnicos
do Esclarecimento aconselharam-nos
a ler suas memórias, durante dois
anos, abrangendo o período de
três séculos. Não foi permitido
recordar as fases anteriores,
porque ambos foram considerados
incapazes de suportar as
lembranças correspondentes a
outras épocas. Depois de longo
período de meditação para
esclarecimento próprio, foram
então submetidos a determinadas
operações psíquicas, a fim de
penetrar os domínios emocionais
das recordações. Técnicos lhes
aplicaram passes nos cérebros e
Ricardo e Laura ficaram senhores,
então, de 300 anos de memória
integral. (Cap. 21, pág. 118)
Frases e
apontamentos importantes
LXXXIX.
Sentia-me algo cansado pelos
intensos esforços despendidos,
mas o coração entoava hinos de
alegria interior. Recebera,
afinal, a ventura do trabalho. E o
espírito de serviço fornece
tônicos de misterioso vigor.
(André Luiz, cap. 28, pág. 152)
XC. É preciso
recordar, sempre, que a Natureza
não dá saltos e que, na Terra,
ou nos círculos do Umbral,
estamos revestidos de fluidos
pesadíssimos. (Tobias, cap. 28,
pág. 153)
XCI. Na oficina
onde a maioria procura o trabalho
entendendo-lhe o sublime valor,
servir constitui alegria suprema.
(André Luiz, cap. 28, pág. 155)
XCII. Laura, ao
ser avisada sobre as ocorrências
do dia, disse-me com bondade:
"Muito bem, meu filho!
apaixone-se pelo seu trabalho,
embriague-se de serviço útil.
Somente assim, atenderemos à
nossa edificação eterna".
(André Luiz, cap. 29, pág. 157)
XCIII. Narcisa
aplicou em Francisco um passe e
mandou que uma serva lhe trouxesse
água magnetizada. Aquele exemplo
da enfermeira edificava-me. O bem,
como o mal, em toda parte
estabelece misterioso contágio.
(André Luiz, cap. 29, pág. 159)
XCIV. Ah! como
é profundo o sono espiritual da
maioria de nossos irmãos na
carne! Isto, porém, deve
preocupar-nos, mas não deve
ferir-nos. Todo embrião de vida
parece dormir. (Narcisa, cap. 29,
pág. 161)
XCV. Quando
imaginamos a desventura de
alguém, lembrando as próprias
deficiências, há sempre asilo
para o amor fraterno no coração.
(André Luiz, cap. 30, pág. 163)
XCVI. Ouçamos
a lição de Jesus que recomenda
nos amemos uns aos outros.
Atravessamos experiências
consangüíneas na Terra para
adquirir o verdadeiro amor
espiritual. O Senhor da Vida nos
permite a paternidade ou a
maternidade no mundo, a fim de
aprendermos a fraternidade sem
mácula. Nossos lares terrestres
são cadinhos de purificação dos
sentimentos ou templos de união
sublime, a caminho da
solidariedade universal. (Paulina,
cap. 30, pág. 164)
XCVII. O
pensamento, em vibrações sutis,
alcança o alvo, por mais distante
que esteja. A permuta de ódio e
desentendimento causa ruína e
sofrimento nas almas. (Paulina,
cap. 30, pág. 164)
XCVIII. São
raros os que se preocupam em
ajuntar conhecimentos nobres,
qualidades de tolerância, luzes
de humildade, bênçãos de
compreensão. Impomos a outrem os
nossos caprichos, afastamo-nos dos
serviços do Pai, esquecemos a
lapidação do nosso espírito.
Ninguém nasce no planeta
simplesmente para acumular moedas
nos cofres ou valores nos bancos.
(Paulina, cap. 30, pág. 165)
XCIX. É
natural que a vida humana peça o
concurso da previdência, e é
justo que não prescinda da
contribuição de mordomos fiéis,
que saibam administrar com
sabedoria; mas ninguém será
mordomo do Pai com avareza e
propósitos de dominação. (Paulina,
cap. 30, pág. 165)
C. Os casos de
herança, em regra, são
extremamente complicados. Com
raras exceções, acarretam enorme
peso a legadores e legatários. (Narcisa,
cap. 30, pág. 166)
CI. A
situação da pessoa que faz da
prática do infanticídio uma
profissão é pior que a dos
suicidas e homicidas, que, por
vezes, apresentam atenuantes de
vulto. (Paulo, cap. 31, pág. 171)
CII. Os que
trazem os sentimentos calejados na
hipocrisia emitem forças
destrutivas. (Paulo, cap. 31,
pág. 172)
CIII. Observaram o vampiro?
Exibe a condição de criminosa e
declara-se inocente; é
profundamente má e afirma-se boa
e pura; sofre desesperadamente e
alega tranqüilidade; criou um
inferno para si própria e
assevera que está procurando o
céu. (...) Assim, por princípio
de caridade legítima, na
posição em que me encontro, não
lhe poderia abrir nossas portas.
(Paulo, cap. 31, pág. 174) (Continua
no próximo número.)
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