Teresa me
pergunta: Qual é para os
espíritas o valor do
arrependimento e em que momento
ele precisa ocorrer para ter
validade?
O
arrependimento é fundamental para
a renovação do ser humano que se
tenha desviado do caminho do bem.
Não existe um
momento para que ele tenha maior
ou menor validade. Assim, tanto
faz que o indivíduo se arrependa
dos erros cometidos enquanto está
encarnado ou após a sua
desencarnação. Sabemos, com base
em relatos feitos pelos próprios
Espíritos, que a desencarnação
é muitas vezes o aguilhão que
leva a pessoa a arrepender-se, o
que não é difícil de
compreender.
Imaginemos uma
pessoa que se enriqueceu à custa
do erário, que falsificou, que
fraudou, que enganou... Quando
retorna ao plano espiritual, onde
a riqueza e a posição social
não têm valor algum, é comum
que essa pessoa tenha remorsos e
esses remorsos poderão levá-la a
arrepender-se sinceramente dos
erros cometidos.
O Espiritismo
ensina, porém, que o
arrependimento – embora
importantíssimo – não basta
por si mesmo. É preciso
acrescentar a ele a expiação e a
reparação, o que leva muitos
Espíritos a pedir a oportunidade
de passarem pelos mesmos
sofrimentos que causaram a outrem
(expiação), além da necessária
reparação com que devolvem às
suas vítimas aquilo que
porventura lhes hajam tomado.
Arrependimento,
expiação e reparação
constituem, portanto, os elementos
essenciais à renovação integral
da criatura humana, rumo à meta
que Deus assinalou para nós, que
é a perfeição, meta essa a que
Jesus aludiu quando disse as
seguintes palavras: "Vós
sois deuses. Sede perfeitos como o
Pai celestial é perfeito. Tudo o
que faço podereis fazer também e
muito mais".