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Editorial
Ano 1 - N° 8 - 6 de Junho de 2007
 

A homossexualidade
na concepção da Igreja

Todas as vezes que uma doutrina religiosa sai dos limites que lhe são próprios, surgem polêmicas e dificuldades desnecessárias, inoportunas e geralmente desagradáveis.

Foi o que se deu com o documento divulgado em março de 2003 em Roma, no qual o Conselho Pontifício do Vaticano para a Família condenou o uso de preservativos e reafirmou uma antiga crença da Igreja católica romana a respeito da homossexualidade.

No controvertido glossário, é dito que os homossexuais não são pessoas normais.

É claro que a repercussão disso foi a mais negativa possível. Na Itália, por exemplo, a comunidade gay reagiu de pronto, condenando o documento.

Para os ativistas dessa comunidade, trata-se de uma nova cruzada anti-homossexual como tantas já perpetradas em nosso mundo.

Na parte do glossário em que o assunto é tratado, diz o Vaticano que a homossexualidade tem origem "num conflito psicológico não resolvido", uma idéia que colide frontalmente com a posição firmada há mais de vinte anos pela Organização Mundial de Saúde, que desclassificou a homossexualidade como distúrbio.

No âmbito do Espiritismo várias são as obras que têm sido escritas sobre o tema, e nelas jamais a homossexualidade foi encarada como doença ou conflito psicológico.

Em Vida e Sexo, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier, Emmanuel examina a questão, ocasião em que, depois de mostrar as diferentes razões que levam os indivíduos a apresentar tendências homossexuais, recomenda-nos que, ao invés de condená-los, é "forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual, sabendo-se que todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um".

O confrade Jorge Hessen trata do assunto, com a clareza que lhe é peculiar, em uma entrevista atualíssima que constitui um dos destaques da presente edição.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita