A
homossexualidade
na concepção
da Igreja
Todas
as vezes que uma doutrina
religiosa sai dos limites que lhe
são próprios, surgem polêmicas
e dificuldades desnecessárias,
inoportunas e geralmente
desagradáveis.
Foi
o que se deu com o documento
divulgado em março de 2003 em
Roma, no qual o Conselho
Pontifício do Vaticano para a
Família condenou o uso de
preservativos e reafirmou uma
antiga crença da Igreja católica
romana a respeito da
homossexualidade.
No
controvertido glossário, é dito
que os homossexuais não são
pessoas normais.
É
claro que a repercussão disso foi
a mais negativa possível. Na
Itália, por exemplo, a comunidade
gay reagiu de pronto,
condenando o documento.
Para
os ativistas dessa comunidade,
trata-se de uma nova cruzada
anti-homossexual como tantas já
perpetradas em nosso mundo.
Na
parte do glossário em que o
assunto é tratado, diz o Vaticano
que a homossexualidade tem origem
"num conflito psicológico
não resolvido", uma idéia
que colide frontalmente com a
posição firmada há mais de
vinte anos pela Organização
Mundial de Saúde, que
desclassificou a homossexualidade
como distúrbio.
No
âmbito do Espiritismo várias
são as obras que têm sido
escritas sobre o tema, e nelas
jamais a homossexualidade foi
encarada como doença ou conflito
psicológico.
Em
Vida e Sexo, obra
mediúnica psicografada por
Francisco Cândido Xavier,
Emmanuel examina a questão,
ocasião em que, depois de mostrar
as diferentes razões que levam os
indivíduos a apresentar
tendências homossexuais,
recomenda-nos que, ao invés de
condená-los, é "forçoso se
lhes dê o amparo educativo
adequado, tanto quanto se
administra instrução à maioria
heterossexual, sabendo-se que
todos os assuntos nessa área da
evolução e da vida se
especificam na intimidade da
consciência de cada um".
O
confrade Jorge Hessen trata do
assunto, com a clareza que lhe é
peculiar, em uma entrevista
atualíssima que constitui um dos
destaques da presente edição.
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