A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 17
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Em que consiste,
efetivamente, a morte?
A morte não significa
aniquilamento, extinção
da vida, mas a
desagregação do corpo
carnal, para que o
Espírito volte ao Outro
Mundo, donde veio ao se
encarnar. Não há, pois,
morte, no sentido que
deram a essa palavra.
Não há morte nem mesmo
para a matéria: há tão
somente uma
transformação, visto que
seus elementos
constitutivos
participarão da formação
de outros corpos. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
B. Podemos dizer que as
demonstrações da
sobrevivência nos provam
que a alma não é uma
coisa vaga, abstrata,
mas sim um ser concreto?
Sim. Esse é um dos
objetivos das
manifestações espíritas.
Graças a elas, sabemos
hoje que a alma é um ser
concreto e possui um
organismo perfeitamente
delimitado, portador de
todas as aquisições
intelectuais e morais,
que ela incorporou ao
seu patrimônio
individual, fruto do
processo evolutivo.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
C. Além do mencionado na
questão anterior, que
outro objetivo está
implícito nas
manifestações espíritas?
As manifestações
espíritas têm, como
principal objetivo,
trazer-nos demonstrações
psicofísicas da
sobrevivência. Todos os
fenômenos supranormais
do psiquismo, os de
natureza anímica e os de
natureza espírita,
propriamente ditos, têm
como escopo a
demonstração da
existência da alma e da
sua sobrevivência à
morte do corpo. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
Texto para leitura
216. A Terra é mundo de
expiações e provas; é
uma escola onde o
Espírito se interna, com
um corpo de carne, para
estudar e progredir,
para adquirir Ciência e
virtude, asas fortes que
o conduzem à
Espiritualidade, à
verdadeira Felicidade.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
217. A morte não é,
portanto, o
aniquilamento, a
extinção da vida, mas a
desagregação do corpo
carnal, para que o
Espírito volte ao Outro
Mundo, donde veio ao se
encarnar. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XV –
A Sobrevivência
individual.)
218. Não há morte, no
sentido que deram a esta
palavra. A Vida, que se
manifesta em todos os
seres, em todas as
coisas, não poderia ser,
como de fato não é,
sobrepujada pela morte.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
219. Mesmo nessa eterna
sucessão de destruição
orgânica e criação
orgânica, a que Claude
Bernard denominou
conflito vital, a Vida
não se deixa vencer, e
até os remanescentes da
luta, que parecem
destroços vencidos peta
morte, apresentam todos
os caracteres da vida em
sua transformação
evolutiva. Não há morte
para a matéria: há
transformação; não há
morte para o Espírito:
há também transformação;
mas este guarda a sua
prerrogativa unitária,
mantém a unidade da
vida, transfigurando-se
e despojando-se dos
elementos de que não
mais necessita no novo
estado de vida ao qual
passou. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XV –
A Sobrevivência
individual.)
220. O Espiritismo,
magnificamente
codificado por Allan
Kardec, nos veio abrir
os vastos horizontes da
Vida, demonstrando-nos,
com verdadeira precisão,
a Imortalidade. Os fatos
verificados em todos os
países, e observados por
homens de todas as
classes sociais,
comparados com os
fenômenos ocorridos em
tempos idos e relatados
na história de todos os
povos, provam,
perfeitamente, que o
homem não termina no
túmulo e que se este,
como disse Victor Hugo,
é o crepúsculo de uma
vida, é também a aurora
de outra. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XV –
A Sobrevivência
individual.)
221. As demonstrações
psicofísicas da
sobrevivência, como se
tem observado, aparecem,
hoje, sob todos os
aspectos, para que fique
claramente elucidado não
ser a alma uma coisa
vaga, abstrata, mas sim
um ser concreto, que
possui um organismo
físico perfeitamente
delimitado, portador de
todas as aquisições
intelectuais e morais, e
dotado dos atributos
necessários às
demonstrações da Ciência
e da Moral, principais
insígnias da civilização
e do progresso. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
222. De fato, se tudo
tem uma causa a produzir
um efeito, qual será a
causa produtora desses
fenômenos supranormais,
cuja força indomável
chegou a criar uma
ciência, a Metapsíquica,
alargando o campo da
Biologia, da Física, da
História Natural e até
da Patologia? (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XV
– A Sobrevivência
individual.)
223. Podem, porventura,
as forças cegas da
Natureza produzir
fenômenos inteligentes a
ponto de criarem
Ciências e Artes, e
fazerem, como está
acontecendo, verdadeira
revolução na Religião e
na Moral? Pode
simplesmente a matéria
engendrar a
inteligência? A
ignorância e o caos
podem criar a sabedoria
e a harmonia? (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XV
– A Sobrevivência
individual.)
224. Os aspectos
múltiplos das
manifestações espíritas,
estendendo cada vez mais
a variedade dessas
provas e
multiplicando-as todos
os dias, não podem
deixar de obedecer a um
plano inteligente, que
dirige essas
manifestações, a seu
turno produzidas por
Espíritos, que
demonstram sua
identidade e dizem agir
de acordo com ordens
superiores que lhes são
ministradas. Nem se pode
conceber por outra forma
os fenômenos de
transporte, levitação,
materialização, voz
direta, fotografia,
demonstrações físicas
objetivas, oriundas de
entidades psíquicas que
dizem ter vivido na
Terra com um corpo
carnal, revelando-se
como parentes, amigos,
conhecidos dos
assistentes e
apresentando-lhes a sua
ficha de identidade.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
225. Que outras provas
poderemos exigir da
sobrevivência, da
continuação da vida dos
seres que nos são caros,
senão essas que eles
mesmos, à nossa revelia,
se lembraram de nos
oferecer? Que outros
testemunhos lhes podemos
pedir senão que falem,
cantem, sorriam, como
faziam quando estavam
conosco, que usem o
mesmo estilo, a mesma
voz, o mesmo modo de
agir, que, finalmente,
se deem a conhecer,
reproduzindo suas
feições, que nos
apareçam mostrando-se
vivos como eram, como
todos os contornos e
delineamentos que nos
eram familiares? (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
226. As manifestações
espíritas, guerreadas
pelo conservantismo
sectário e retrógrado,
não têm outro fim senão
trazer-nos demonstrações
psicofísicas da
sobrevivência. Todos os
fenômenos supranormais
do psiquismo, os de
natureza anímica e os de
natureza espírita,
propriamente ditos, têm
como escopo a
demonstração da
existência da alma e da
sua sobrevivência à
morte do corpo. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.)
227. Essas demonstrações
psicofísicas ou
psicointelectuais, como,
por exemplo, a
manifestação mediúnica e
estranhas ao médium, a
confecção de desenhos e
pinturas, cuja arte está
muito acima da
capacidade do executor,
de mensagens e até de
livros, cujo conteúdo é
muito superior ao que
poderia produzir o
intelecto do escritor,
todas essas
manifestações, em seu
conjunto harmonioso,
constituem um hino de
glória ao Espiritismo –
demonstrações patentes,
positivas, da
imortalidade da alma!
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XV – A
Sobrevivência
individual.) (Continua no próximo
número.)
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