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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 460 - 10 de Abril de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

A Vida no Outro Mundo

Cairbar Schutel

Parte 17
 

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).  

Questões preliminares 

A. Em que consiste, efetivamente, a morte? 

A morte não significa aniquilamento, extinção da vida, mas a desagregação do corpo carnal, para que o Espírito volte ao Outro Mundo, donde veio ao se encarnar. Não há, pois, morte, no sentido que deram a essa palavra. Não há morte nem mesmo para a matéria: há tão somente uma transformação, visto que seus elementos constitutivos participarão da formação de outros corpos. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

B. Podemos dizer que as demonstrações da sobrevivência nos provam que a alma não é uma coisa vaga, abstrata, mas sim um ser concreto? 

Sim. Esse é um dos objetivos das manifestações espíritas. Graças a elas, sabemos hoje que a alma é um ser concreto e possui um organismo perfeitamente delimitado, portador de todas as aquisições intelectuais e morais, que ela incorporou ao seu patrimônio individual, fruto do processo evolutivo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

C. Além do mencionado na questão anterior, que outro objetivo está implícito nas manifestações espíritas?  

As manifestações espíritas têm, como principal objetivo, trazer-nos demonstrações psicofísicas da sobrevivência. Todos os fenômenos supranormais do psiquismo, os de natureza anímica e os de natureza espírita, propriamente ditos, têm como escopo a demonstração da existência da alma e da sua sobrevivência à morte do corpo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

Texto para leitura 

216. A Terra é mundo de expiações e provas; é uma escola onde o Espírito se interna, com um corpo de carne, para estudar e progredir, para adquirir Ciência e virtude, asas fortes que o conduzem à Espiritualidade, à verdadeira Felicidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

217. A morte não é, portanto, o aniquilamento, a extinção da vida, mas a desagregação do corpo carnal, para que o Espírito volte ao Outro Mundo, donde veio ao se encarnar. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

218. Não há morte, no sentido que deram a esta palavra. A Vida, que se manifesta em todos os seres, em todas as coisas, não poderia ser, como de fato não é, sobrepujada pela morte. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

219. Mesmo nessa eterna sucessão de destruição orgânica e criação orgânica, a que Claude Bernard denominou conflito vital, a Vida não se deixa vencer, e até os remanescentes da luta, que parecem destroços vencidos peta morte, apresentam todos os caracteres da vida em sua transformação evolutiva. Não há morte para a matéria: há transformação; não há morte para o Espírito: há também transformação; mas este guarda a sua prerrogativa unitária, mantém a unidade da vida, transfigurando-se e despojando-se dos elementos de que não mais necessita no novo estado de vida ao qual passou. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

220. O Espiritismo, magnificamente codificado por Allan Kardec, nos veio abrir os vastos horizontes da Vida, demonstrando-nos, com verdadeira precisão, a Imortalidade. Os fatos verificados em todos os países, e observados por homens de todas as classes sociais, comparados com os fenômenos ocorridos em tempos idos e relatados na história de todos os povos, provam, perfeitamente, que o homem não termina no túmulo e que se este, como disse Victor Hugo, é o crepúsculo de uma vida, é também a aurora de outra. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

221. As demonstrações psicofísicas da sobrevivência, como se tem observado, aparecem, hoje, sob todos os aspectos, para que fique claramente elucidado não ser a alma uma coisa vaga, abstrata, mas sim um ser concreto, que possui um organismo físico perfeitamente delimitado, portador de todas as aquisições intelectuais e morais, e dotado dos atributos necessários às demonstrações da Ciência e da Moral, principais insígnias da civilização e do progresso. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

222. De fato, se tudo tem uma causa a produzir um efeito, qual será a causa produtora desses fenômenos supranormais, cuja força indomável chegou a criar uma ciência, a Metapsíquica, alargando o campo da Biologia, da Física, da História Natural e até da Patologia? (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

223. Podem, porventura, as forças cegas da Natureza produzir fenômenos inteligentes a ponto de criarem Ciências e Artes, e fazerem, como está acontecendo, verdadeira revolução na Religião e na Moral? Pode simplesmente a matéria engendrar a inteligência? A ignorância e o caos podem criar a sabedoria e a harmonia? (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

224. Os aspectos múltiplos das manifestações espíritas, estendendo cada vez mais a variedade dessas provas e multiplicando-as todos os dias, não podem deixar de obedecer a um plano inteligente, que dirige essas manifestações, a seu turno produzidas por Espíritos, que demonstram sua identidade e dizem agir de acordo com ordens superiores que lhes são ministradas. Nem se pode conceber por outra forma os fenômenos de transporte, levitação, materialização, voz direta, fotografia, demonstrações físicas objetivas, oriundas de entidades psíquicas que dizem ter vivido na Terra com um corpo carnal, revelando-se como parentes, amigos, conhecidos dos assistentes e apresentando-lhes a sua ficha de identidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

225. Que outras provas poderemos exigir da sobrevivência, da continuação da vida dos seres que nos são caros, senão essas que eles mesmos, à nossa revelia, se lembraram de nos oferecer? Que outros testemunhos lhes podemos pedir senão que falem, cantem, sorriam, como faziam quando estavam conosco, que usem o mesmo estilo, a mesma voz, o mesmo modo de agir, que, finalmente, se deem a conhecer, reproduzindo suas feições, que nos apareçam mostrando-se vivos como eram, como todos os contornos e delineamentos que nos eram familiares? (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

226. As manifestações espíritas, guerreadas pelo conservantismo sectário e retrógrado, não têm outro fim senão trazer-nos demonstrações psicofísicas da sobrevivência. Todos os fenômenos supranormais do psiquismo, os de natureza anímica e os de natureza espírita, propriamente ditos, têm como escopo a demonstração da existência da alma e da sua sobrevivência à morte do corpo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) 

227. Essas demonstrações psicofísicas ou psicointelectuais, como, por exemplo, a manifestação mediúnica e estranhas ao médium, a confecção de desenhos e pinturas, cuja arte está muito acima da capacidade do executor, de mensagens e até de livros, cujo conteúdo é muito superior ao que poderia produzir o intelecto do escritor, todas essas manifestações, em seu conjunto harmonioso, constituem um hino de glória ao Espiritismo – demonstrações patentes, positivas, da imortalidade da alma! (A Vida no Outro Mundo – Cap. XV – A Sobrevivência individual.) (Continua no próximo número.)  



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita