Caridade
Bezerra de
Menezes
Filhos, Jesus
nos abençoe...
Nenhuma legenda
maior que a
Caridade para
lâmpada acesa no
vestíbulo de
nossa Doutrina
Redentora.
Sem dúvida,
quando o
Espírito da
Verdade lhe
descerrou a
presença
bendita, na Obra
do Codificador,
teve em mente
comunicar ao
Mundo de novo a
presença do
próprio Cristo
de Deus.
Caridade será
sempre o traço
de união entre o
Discípulo e o
Mestre, entre a
Criatura e o
Criador.
Atentos ao
impositivo do
Amor a Deus
sobre todas as
coisas e ao
próximo como a
nós mesmos,
observamos que o
Céu nos
possibilita a
caridade por
chave permanente
de ligação com o
Todo
Misericordioso e
com os nossos
irmãos da
Humanidade onde
estejamos.
Notemos, no
entanto, filhos
meus, que é
preciso renovar
a nossa
conceituação
íntima de amor
aos semelhantes,
de vez que, ao
enunciarmos o
preceito,
pensamos no
próximo como
sendo alguém
perfeitamente
igual a nós.
Em verdade todos
somos
companheiros uns
dos outros, no
entanto, cada
qual em nível
diferente.
Referimo-nos a
isso para
considerar
convosco que
entre os
aprendizes de
Jesus e os
tutelados de
Jesus há
comumente
diferenças
essenciais.
Daí a
necessidade de
ponderar que o
próximo ainda
sem Jesus é um
irmão em
absoluta
carência de
recursos
espirituais para
viver sabendo
viver.
Analisemos, por
isso, a nossa
condição de
servidores.
Achamo-nos,
sobretudo, na
atualidade da
Terra, à feição
de tarefeiros do
coração e da
inteligência,
engajados no
Evangelho a
serviço do
Senhor.
Em todos os
flancos de luta
regenerativa e
santificante
registramos a
fila quase
interminável dos
nossos irmãos em
dolorosas
necessidades.
Doentes da alma,
hospitalizados
no mundo.
Nunca nos
circunscrevamos
ao aspecto
exterior das
criaturas, a fim
de cooperar na
Seara do Bem.
Somos chamados a
socorrer (e
socorrer nem
sempre
diretamente),
tanto os
enfermos do
corpo quanto os
enfermos de
espírito.
Efetivamente, é
imprescindível
atender aos
filhos da
penúria à mesa
farta que o
Senhor nos
confiou, sem
olvidar, porém,
os filhos da
angústia,
conquanto, bem
postos à mesa
dos valores
sociais,
famintos de
compreensão e de
paz.
Jamais esquecer
que o nosso
próximo na Terra
de hoje, quase
que
indiscriminadamente,
se encontra sob
o jugo de
aflitivas
perturbações. Os
desajustados se
aglomeram junto
de nós, a
pedir-nos
entendimento,
enquanto os
obsidiados
respeitáveis
cruzam os nossos
caminhos no
cotidiano, sob a
hipnose da
indiferença,
ante o próprio
destino.
Há quem comande
o dinheiro para
sepultar-se em
abismos de lama
dourada e há
quem despreze o
benefício da
prova, para
arremessar-se às
furnas de sombra
pela revolta com
que menoscabem
os valores da
vida.
Há quem fale e
grite
impropérios
contra a Bênção
Divina e há quem
se cale, adiando
a edificação do
bem, favorecendo
a ilusão em
prejuízo de si
próprios.
De todas as
procedências,
chegam até nós
os tristes, os
cansados, os
abatidos, os
derrotados, os
obsessos, os
desequilibrados,
os empedernidos,
os intolerantes,
os violentos, os
nossos
irmãos-problemas
nas mais
diversas nuanças
de perturbação e
desajuste
espiritual.
Caridade, pois,
meus filhos!
Caridade de toda
hora, de todo o
dia, de toda
estrada!
E junto uns dos
outros na
execução dos
deveres a que
fomos trazidos
ou convocados,
tenhamos mais
caridade ainda
por amor às
responsabilidades
de Jesus em
nossas mãos.
Sejamos a
serenidade
daquele que se
arrojou à
irritação; a paz
do que sofre em
guerra tremenda
com as próprias
tentações que
carrega; a
humildade
daquele que
olvidou a nossa
condição de
escravos do
Senhor e se
acredita
dominando, onde
foi intimado a
ajudar e
contribuir; o
entendimento do
que ainda ignora
as contas que
prestará dos
empréstimos do
Eterno
Benfeitor; a
bênção daquele
que ainda se
encontra na
esfera da
censura e da
crítica
destrutiva; o
silêncio do que
faz ruído
inútil; a
ponderação do
precipitado; o
companheiro
daquele que não
sabe ainda
entender a
significação da
palavra “amigo”;
a segurança do
imprudente; a
vigilância dos
temerários; o
otimismo dos que
descem ao
desânimo e ao
pessimismo
incapazes de
aprender a
extensão da
desarmonia que
causam ao
mecanismo das
boas obras; a
modéstia dos que
se envaideceram
com os bens do
Senhor,
acreditando-se
donos deles; o
apoio dos que
desampararam a
si mesmos pela
imprevidência
com que se
afastam dos
próprios
compromissos; a
visão dos cegos
de espírito; a
muleta generosa
para aqueles que
ainda não logram
caminhar com a
desenvoltura de
que já dispomos
no conhecimento
do Evangelho; o
leito espiritual
para os que
adoeceram na
obsessão e não
conseguem
equilíbrio
suficiente para
agirem com a
precisa saúde
moral.
Caridade, sim,
para todos,
porque todos
somos mendigos
de algo à frente
de Deus!
Enfim, meus
filhos, na
emotividade
abençoada de
nosso encontro
fraterno,
transmitimos a
vós outros,
tanto quanto
transmitimos a
nós mesmos, a
mensagem de
Fabiano de
Cristo, o
apóstolo da
caridade, em
favor de nós
todos nesta
manhã de
confraternização
e de luz:
- “Filhos, é
preciso sofrer
para auxiliar.
Outra não foi a
Doutrina de
Jesus e a
conduta de Jesus
para
enriquecer-nos
com o Seu
Infinito Amor”.
Estendamos as
nossas mãos uns
aos outros e que
o Senhor nos
inspire e nos
abençoe.
Do livro
União em Jesus,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.