A simbologia do
apocalipse
Dizer que os
tempos são
chegados não
significa que as
coisas aconteçam
hoje, ou amanhã,
mas que nos
encontramos na
época em que
elas se
realizarão.
No Velho
Testamento, os
livros de
Ezequiel e
Daniel datam dos
séculos 6º. e
2º. a.C., quando
Israel estava
sob o domínio e
a ocupação de
seus inimigos.
No Novo
Testamento, o
livro Apocalipse
foi escrito no
fim do primeiro
século, época
em que os
cristãos da Ásia
Menor
enfrentavam
perseguições do
imperador
romano.
Há quem veja
nesses livros
referências
específicas a
eventos que
indicam o
Segundo Advento,
o fim dos
tempos, o
surgimento do
anticristo – um
ditador mundial
demoníaco -, uma
variedade de
pestes e
catástrofes
naturais.
Em que pese a
força das
profecias do
apocalipse terem
diminuído, no
4º. século, no
governo de
Constantino, o
pensamento
apocalíptico
sobreviveu, não
só no
Cristianismo,
como em outras
religiões.
A criação do
Estado de
Israel, em 1948,
foi o fato que
mais despertou a
excitação
apocalíptica,
considerando-se
que grande parte
do drama do fim
dos tempos gira
em torno de
Israel e os seus
quase 2 mil anos
de ausência do
cenário mundial.
Para muitos
judeus
ortodoxos, a
fundação de
Israel também
despertou as
expectativas
messiânicas
ligadas às
profecias
bíblicas de que
o Templo de
Jerusalém,
destruído pelos
conquistadores
romanos em 70
d.C., seria
reconstruído,
anunciando a
vinda do
Messias.
Renovação se
fará pela
transformação
moral: o
capítulo XVIII –
Os tempos são
chegados /
Sinais dos
tempos, do livro
A Gênese,
de Allan Kardec,
esclarece-nos
que a Terra está
sujeita à Lei do
Progresso, tal
como acontece
com todas as
coisas.
A Terra progride
fisicamente,
pela
transformação
dos elementos
que a compõem e
moralmente, pela
purificação dos
Espíritos
encarnados e
desencarnados
que a povoam.
Diz A Gênese
que é da luta
das ideias que
surgirão os
graves
acontecimentos
anunciados e não
de cataclismos
ou catástrofes
puramente
materiais.
Vemos ainda que
quando se diz
que a Humanidade
chegou a um
período de
transformação e
que a Terra deve
elevar-se na
hierarquia dos
mundos, não se
deve ver nisso
nada de místico,
mas o
cumprimento das
Leis do
Universo.
No livro A
Caminho da Luz,
psicografado por
Francisco
Cândido Xavier,
capítulo XIV – A
edificação
cristã/O
Apocalipse de
João -, Emmanuel
esclarece-nos
que os fatos
posteriores à
existência de
João: guerras,
nações futuras,
tormentos
porvindouros,
comercialismo,
lutas
ideológicas da
civilização
ocidental, lá
estão previstos,
mas que
frequentemente a
descrição
apostólica
penetra o
caminho mais
obscuro.
Em Obras
Póstumas, de
Allan Kardec,
obra publicada
após a
desencarnação do
Codificador do
Espiritismo, há
uma pergunta
feita aos
Espíritos, em
comunicação
mediúnica de 12
de maio de 1856,
sobre um sr.
M..., cujo
médium contara
que lhe haviam
predito a marcha
dos
acontecimentos,
fixando datas.
A resposta: “É.
Fixaram-lhe
datas, mas foram
Espíritos
levianos que não
sabem mais que
ele, exploram a
exaltação. Sabes
que não nos é
permitido fixar
as coisas
futuras. Os
acontecimentos
previstos se
realizarão em um
tempo próximo
que não pode ser
determinado
”.
“Para coisas de
tamanha
gravidade, que
são alguns anos
a mais ou a
menos?”,
respondem os
Espíritos,
deixando claro
que elas nunca
acontecem sem
mais nem menos,
pois são
preparadas
durante muito
tempo, através
de
acontecimentos
parciais, seus
precursores, tal
como os ruídos
que precedem a
erupção de um
vulcão.
Dizer que os
tempos são
chegados – lemos
em Obras
Póstumas – não
significa que
essas coisas
aconteçam hoje,
ou amanhã, mas
que nos
encontramos na
época em que
elas se
realizarão.