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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 462 - 24 de Abril de 2016

ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO
editoraeme@editoraeme.com.br
Capivari, SP (Brasil)

 

 

 
Esperar ou confiar em Deus
 

Sim, eu não espero em Deus: eu tenho certeza de que Ele existe, eu confio no Seu amor por todos nós, hoje, agora, em todos os momentos de meu dia, em todos os lados para os quais eu olhe, e aqui dentro, em meu coração. Eu devoto toda confiança em Sua sabedoria, em Sua justiça, e sei que tudo aquilo que recebo é fruto daquilo que semeei em minha vida – e que esta é a realidade de Suas Sábias Leis.

Que rede confortadora é a confiança na misericórdia de Deus. Tem justiça, mas tem bondade – tem prazo, tem complacência e tem novas oportunidades.

Que mar tranquilo e que ondas serenas a nos envolver em Seu amor sublime, porque em Deus estão as respostas para nossos problemas, a luz para as ruas desertas e escuras de nossa jornada, a renovação e a sustentação para nossas almas cansadas – Ele me acompanha pacientemente em meus dias.

As escolhas são sempre nossas – Deus não tem pressa, pois nos dotou de suas graças: a maior delas, a vida, que é imperecível. Mesmo aqueles que atentaram contra a vida diante da aflição e do desespero, eles vão encontrar a vida e não a morte, porque suicídio é apenas uma passagem para a vida espiritual. Quem semeia colhe. A cada um segundo suas realizações. Somos, portanto, arquitetos do nosso universo interior – e também exterior, muitas vezes.

Reflito, analiso e digo: “Que bom que eu não fui por este caminho”. Por exemplo, no que diz respeito à saúde física: nunca fumei, não experimentei drogas ilícitas, para dizer a verdade nunca as vi de perto. Já em outros momentos me arrependo porque tomei tal estrada, tal atitude que lamento... Poderia ser tão mais feliz! Em minha ignorância, eu errei. Mas Deus, de quem sou filho amado, me diz, lá no fundo da alma: “Meu garoto, tome cuidado; isso foi experiência para você, não a ignore mais, porque terá as consequências”.

Deus é soberano sobre toda a obra, e não privilegiou umas entre outras das Suas criaturas, criando anjos ou demônios. Em qualquer recanto do Universo, o Espírito recebe sempre da vida o resultado de suas escolhas – feliz, pelo bem, ou educativo, pelo mal, sendo que o mal é fruto da criação humana, e não do Poder Superior. A liberdade de escolha é dada a todos e vamos recebendo da vida aquilo que a ela oferecemos.

Deus é amor e nos criou destinados à felicidade, que está em nossa consciência, onde se registram Suas Sábias Leis.

Estamos com Deus como Ele está conosco em nosso coração, conforme disse Jesus: “O reino dos céus está dentro de vós”. Viveremos para sempre, mas um dia nossa veste física se desintegrará e nos lançará para junto da espiritualidade, nossa verdadeira pátria, a Vida Eterna.

Portanto, tenha o pensamento positivo de confiar no Poder e na Bondade Divina, que ampara a todos sempre. Lembrando ainda o exemplo do nosso guia e modelo espiritual, que é o Nazareno: diante da turba enfurecida que dizia “crucifica!”, dos amigos que haviam desertado, de tantos curados e socorridos que se distanciaram naquele momento de dor e angústia, Jesus confiava que, além de sua mãe, Maria, Deus estava com ele, e mesmo crucificado e na agonia da morte, ainda teve forças para não se sentir ofendido e dizer que estava com o Pai: “Senhor, perdoe porque eles não sabem o que fazem”.

Em meu entender, aquela geração de Espíritos era composta de crianças espirituais. Será que já crescemos?

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME e corresponsável pela Comunidade Psicossomática Nova Consciência.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita