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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 464 - 8 de Maio de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 



Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 30)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Em que condições desencarnou Gustavo Ribeiro?

Depois de abandonar a Casa Espírita onde se beneficiara, Gustavo transformou-se no que conhecemos pelo nome de “espírita de gabinete”, eufemismo elaborado para justificar-se a preguiça, a inutilidade pessoal, distanciando-se do trabalho e quedando-se na postura de atirador de pedras. A família não lhe recebeu a orientação espiritual conveniente, os filhos cresceram sem formação religiosa e sem a necessária assistência paterna em razão das dificuldades de relacionamento, quando foi acometido de pertinaz enfermidade que o consumiu lentamente. Nesse comenos, procurou apoio espiritual na antiga Instituição onde anteriormente se beneficiara, mas, não obstante a abnegação dos seareiros de boa vontade, o processo cancerígeno prostático era irreversível, e o caro confrade desencarnou em situação penosa, assinalada pela revolta surda contra a Vida. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.)

B. Somos o que cultivamos em nosso pensamento?

Sim. Foi exatamente isso que Dr. Inácio afirmou ao procurar esclarecer o desfecho do caso Gustavo Ribeiro. E, para melhor situar seu pensamento, acrescentou: “Semeamos ventos mentais e colhemos tempestades morais avassaladoras. Enquanto não nos resolvamos pela solução dos problemas íntimos, alterando nossa conduta mental, adquirindo lúcida compreensão das Leis de Deus para vivenciá-las, estaremos cercados pelos tesouros da felicidade sem nos apercebermos, antes barafustando-nos pelos lugares onde nos encontrarmos”. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.)

C. Qual é, em verdade, a função da Doutrina Espírita em relação a nós, simples criaturas humanas?

A resposta nos é dada nesta obra pelo Dr. Inácio Ferreira: “A função da Doutrina Espírita é preparar o ser humano para a compreensão da sua imortalidade, jamais para ajudá-lo a conquistar coisas e posições terrenas que o destacam no grupo social, mas não o dignificam nem o engrandecem moralmente”. Segundo ele, muitos simpatizantes do pensamento espírita cultivam a falsa ideia de coletar benefícios pessoais e sociais quando aderem aos postulados kardequianos, tendo a vida modificada para mais prazer e maior soma de comodidades, enquanto outros, igualmente equivocados, mantêm a respeito do Espiritismo a falsa ideia mitológica em torno das Entidades Nobres, que devem estar às suas ordens, solucionando-lhes os problemas que engendram e atendendo-os nas suas questiúnculas e necessidades do processo evolutivo. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.)

Texto para leitura 

157. Somos o que cultivamos em nosso pensamento – Continuando a falar sobre o caso Gustavo Ribeiro, Dr. Inácio Ferreira lembrou a atitude de muitos trabalhadores espíritas que se magoam por qualquer coisa ou pelo simples fato de não serem aceitas suas ideias, ainda que estapafúrdias. Fora esse o caso de Gustavo, que exatamente pelos motivos citados abandonara a Instituição onde se beneficiara e começou a peregrinação para encontrar uma que fosse modelar, isto é, dentro dos ângulos estreitos da sua convicção. Passou a estudar a Doutrina, e logo começou a detectar erros e conceitos que julgava estarem superados, preocupando-se em corrigir o que ignorava, ao invés de autocorrigir-se, o que é certamente mais difícil. Não demorou muito tempo, e transformou-se no que se denominava como espírita de gabinete, eufemismo bem elaborado para justificar-se a preguiça, a inutilidade pessoal, distanciando-se do trabalho e quedando-se na postura de atirador de pedras. A família não lhe recebeu a orientação espiritual conveniente, os filhos cresceram sem formação religiosa e sem a necessária assistência paterna em razão das dificuldades de relacionamento, quando foi acometido de pertinaz enfermidade que o consumiu lentamente. Nesse comenos, procurou apoio espiritual na antiga Instituição onde anteriormente se beneficiara, mas, não obstante a abnegação dos seareiros de boa vontade, o processo cancerígeno prostático era irreversível, e o caro confrade desencarnou em situação penosa, assinalada pela revolta surda contra a Vida. Dito isso, Dr. Inácio esclareceu: “Miranda, somos o que cultivamos em nosso pensamento. Semeamos ventos mentais e colhemos tempestades morais avassaladoras. Enquanto não nos resolvamos pela solução dos problemas íntimos, alterando nossa conduta mental, adquirindo lúcida compreensão das Leis de Deus para vivenciá-las, estaremos cercados pelos tesouros da felicidade sem nos apercebermos, antes barafustando-nos pelos lugares onde nos encontrarmos. Porque a sua não fosse uma fé trabalhada na razão e no sentimento, sua lógica era também anárquica, que deveria funcionar em seu favor, desejando submeter a Lei de Causa e Efeito ao seu talante, esquecido de que, afinal, a vida é do Espírito e não do corpo transitório”. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

158. A verdadeira função da Doutrina Espírita – Continuando a analisar o caso Gustavo Ribeiro, Dr. Inácio acrescentou: “A função da Doutrina Espírita é preparar o ser humano para a compreensão da sua imortalidade, jamais para ajudá-lo a conquistar coisas e posições terrenas que o destacam no grupo social, mas não o dignificam nem o engrandecem moralmente. Ainda permanece em muitos simpatizantes do pensamento espírita a falsa ideia de coletar benefícios pessoais e sociais, quando aderindo aos postulados kardequianos, tendo a vida modificada para mais prazer e maior soma de comodidades. Outros, igualmente, mantêm a respeito do Espiritismo a falsa ideia mitológica em torno das Entidades Nobres, que deverão estar às suas ordens, solucionando-lhes os problemas que engendram, atendendo-os nas suas questiúnculas e necessidades do processo evolutivo. O amigo Gustavo é mais um náufrago, que teve oportunidade de encontrar a embarcação segura, a bússola para conduzi-lo no oceano imenso, o timão de equilíbrio e, não obstante, resolveu guiar-se pelos instrumentos equivocados das próprias paixões”. Ante a pausa natural feita pelo narrador, Miranda perguntou-lhe: “E como veio parar aqui? Qual o mecanismo que desencadeou o interesse dos Benfeitores pelo irmão equivocado?” Sem demonstrar irritação, o médico respondeu: “Somando a aflição da partida do esposo às preocupações com os filhos e à perturbação que o mesmo produzia no lar, sem dar-se conta do deslindamento dos vínculos carnais, a viúva sofrida, embora pouco informada das bênçãos do Espiritismo, recordou-se de que o marido, vez que outra, no passado, referira-se à excelência da Doutrina. Tivera ocasião de assistir aos passistas transmitindo bioenergia ao paciente e falando-lhe com inefável doçura sobre a resignação e a coragem ante o processo degenerativo e afligente, ficando sinceramente comovida e grata a esses operosos desconhecidos que lhe visitavam o lar para ajudar o companheiro, sem apresentar outro interesse, senão o bem dele mesmo. Orando, compungida, em momento de grande aflição, sinceramente voltada para o bem da família e de si, atraiu o seu Guia espiritual que a inspirou a procurar aquele grupo de pessoas generosas, cuja conduta espiritual tanto a impressionara. Ao buscá-los, e sendo imediatamente atendida, os trabalhadores do Evangelho sugeriram o estudo da Palavra no seu lar, em encontro hebdomadário, quando então, mui lentamente, o pobre Gustavo percebeu que fora arrebatado do corpo, entrando em dilaceradora revolta e perturbação. Após transcorridos mais de dez meses de assistência espiritual à família, o Mentor do desencarnado solicitou internamento do amigo falido, o que foi providenciado pelo dedicado Eurípedes sem qualquer relutância”. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

159. A terapia oferecida a Gustavo Ribeiro – Explicado o motivo do internamento de Gustavo, Miranda perguntou ao Dr. Inácio qual era a terapia que lhe estava sendo oferecida. Respondeu o médico: “Três vezes por dia são-lhe aplicados recursos magnéticos para reajustamento dos neurônios perispirituais desagregados pelas ondas da rebeldia que lhe assinalou a existência física. As sinapses, sofrendo a irregularidade das cargas elétricas, funcionam-lhe desordenadamente, liberando os fantasmas encarcerados no inconsciente, que foram os comportamentos odientos, censuráveis, que agora, ressuscitados, perturbam-no. Duas vezes por semana são aplicadas técnicas hipnóticas, levando-o a processos regressivos, a fim de serem trabalhadas as lembranças, que recebem terapia calmante para que desapareçam, lentamente diluídas as formas de conflitos e remorsos que o aturdem. Concomitantemente, são realizadas leituras edificantes que se lhe vão imprimindo na mente e estabelecendo novos raciocínios propiciadores de paz e de esperança”. Quanto às perspectivas de recuperação da sua lucidez mental, Dr. Inácio foi bem claro: “Dependerá do esforço dele mesmo. As fixações mentais são trabalho de demorado curso, realizadas por aqueles que as estimam. Quando de qualidade inferior, mantêm-se prejudicando e enlouquecendo. É natural que a sua desestruturação ocorra também de maneira lenta, a fim de serem evitados choques emocionais no comportamento dos pacientes. A violência não faz parte dos Soberanos Códigos, sendo expressão de atraso espiritual daquele que a desencadeia. Assim mesmo, providências cuidadosas têm sido tomadas, de forma a reconduzi-lo à realidade. Não há muito, a esposa veio-lhe em visita, trazida em desdobramento pelo sono natural, e ele conseguiu percebê-la, experimentando alguns momentos de lucidez e de emoção natural. Esse fenômeno foi-lhe muito positivo, e tudo indica que será repetido na medida que se apresente mais favorável o seu quadro. Outros Espíritos amigos encontram-se empenhados em predispô-lo à retomada da consciência, para que recomece a experiência de busca da felicidade”. “O nosso Sanatório – acrescentou Dr. Inácio – tem como prioridade, conforme o Miranda está esclarecido, atender os amigos da fé espírita que optaram pela perturbação, pelo engodo, pelos compromissos infelizes, e que necessitam de atendimento carinhoso para o prosseguimento das tarefas interrompidas.” (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) 

160. Os recursos terapêuticos utilizados no Sanatório – Naquele momento, chegaram os passistas encarregados do atendimento de Gustavo. Proferida a prece por Alberto, logo após foi lida uma página de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e depois de breve comentário por um dos servidores, foram aplicados passes dispersivos no chacra coronário, alongando-se por todo o corpo perispiritual, prosseguindo-se com a doação de energias saudáveis. No início, o paciente estertorou, acalmando-se lentamente, até ser abençoado por um sono repousante e tranquilo. Encerrada a visita, Miranda perguntou ao Dr. Inácio se em casos assim são aplicados outros recursos, desconhecidos na Terra. “Sim — respondeu com simpatia —, todos eles de natureza energética. Houve tempo, em alguns casos muito graves, em que foram aplicados eletrochoques, e mesmo hoje, vez que outra, um tanto raramente, se fazem necessários procedimentos terapêuticos dessa natureza. Todavia, os mecanismos espirituais são muito variados para o atendimento dos enfermos mentais, incluindo regressão de memória, hipnose profunda, fixação de pensamentos libertadores através da sua repetição mental em direção ao enfermo e aplicação de energias especiais encontradas em nosso campo vibratório... Mas, é sobretudo através do amor, com o interesse pelo bem-estar dos enfermos que, por meio da oração que nos vincula ao Pensamento Divino, e do qual se haurem forças vigorosas para transmiti-las em favor dos necessitados, que, na razão em que vão sendo absorvidas, o quadro em que demoram se modifica para melhor, alterando o comportamento emocional e psíquico, por fim, propiciando-lhes a recuperação do equilíbrio.” O médico lembrou naquela oportunidade que vivemos em um universo de ondas e de mentes, de ideias, de vibrações, de energia, e tudo quanto existe é resultado das várias apresentações desses campos de forças, apresentando-se em variado painel de formas e de acontecimentos. Sendo o pensamento uma fonte de energia específica, de acordo com a sua constituição positiva ou negativa, sempre alcança a meta para a qual é direcionado. No que se refere ao bem que produz, à excelência dos resultados que proporciona, à qualidade de onda de que se constitui, transforma-se num excepcional recurso terapêutico que podemos utilizar em qualquer lugar onde nos encontremos, tornando-se um instrumento dos mais preciosos para a construção do equilíbrio, propiciando a saúde. (Tormentos da Obsessão, cap. 16 – Prova e fracasso.) (Continua no próximo número.)



 


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