A questão do livro espírita,
tanto hoje quanto ontem.
Em abril de 1946,
Chico Xavier escreve a
Wantuil (Federação Espírita
Brasileira) sobre o término
da psicografia dos dois
livros infantis. Nessa
missiva, pede a Deus que o
fortaleça para que ele possa
superar com serenidade as
acusações dos amigos do
grupo “nada serve” sobre os
preços dos livros espíritas.
Como se observa, já àquela
época a FEB era acusada do
alto preço dos livros. Mas
Chico, ponderado, compara o
preço do livro espírita com
o de uma entrada para o
cinema ou o futebol.
Em nossos dias, a situação
ainda é a mesma. Embora o
livro espírita seja mais
barato que os de literatura
comum, de qualquer editora,
ainda há quem ache alto o
preço cobrado. Esquecem-se
de que manter uma editora
espírita, fazendo-se
concessões no aspecto
comercial e visando sempre o
interesse maior da Doutrina
— como é o caso da FEB —, é
tarefa sacrificial. Somente
o idealismo puro, o amor à
Doutrina Espírita e ao labor
na seara do Mestre conseguem
vencer as tremendas
dificuldades operacionais de
uma obra dessa ordem.
Chico nos alertou há quase
quarenta anos: pagamos
excessivamente por
inutilidades, todos os dias.
E reclamamos do preço do
livro espírita...
“Assim (arremata Chico), só
peço a Jesus que te ajude a
suportar os calhaus da
incompreensão humana.”
Ainda hoje os amigos do
grupo “nada serve”
prosseguem atuantes,
lamentavelmente!
Do livro: Testemunhos de
Chico Xavier, de Suely
Caldas Schubert.
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