Armadilhas
pornográficas
diante dos
“cristãos”
distraídos
O termo
pornográfico
deriva do grego
pornographos,
que significa
escritos sobre
prostitutas,
originalmente,
referência à
vida, costumes e
hábitos das
prostitutas e
clientes.
Aurélio Buarque
registra como
uma das
definições a
figura, a
fotografia, o
filme, o
espetáculo, a
obra literária
ou de arte,
relativos a, ou
que tratam de
coisas ou
assuntos
obscenos ou
licenciosos,
capazes de
motivar ou
explorar o lado
sexual do
indivíduo.
No mundo
cibernético
diversas pessoas
trafegam na
internet (em
média 9h
diárias)
atraídas pelas
lascívias
virtuais.
Sabemos que
grande parte do
conteúdo virtual
é um poderoso
convite ao apelo
erótico. Somando
uma coisa com
outra, o
resultado é
inequívoco: a
humanidade nunca
consumiu tanta
pornografia como
nos dias atuais.
E isso gera uma
reação em
cadeia. Por
causa disso,
pesquisadores do
IFOP - Instituto
Francês de
Opinião Pública
- inquiriram a
milhares de
pessoas sobre
seus hábitos
pornográficos.
Descobriram o
óbvio: a maioria
esmagadora (90%)
dos homens e boa
parte das
mulheres (60%)
veem filmes
obscenos
regularmente. E
53% dos casais
afirmaram
assistir a esses
tipos de filmes
juntos.
A pornografia é
um assunto
espaçoso,
sensível e
controverso.
Muito já foi
escrito sobre o
tema, como se
pode constatar
rapidamente na
busca pela
internet. Basta
recorrer a
qualquer
buscador o item
“pornografia” ou
“estudos sobre
pornografia” e
descobriremos
uma avalancha de
material
disponível. No
“Google”, por
exemplo, citar o
termo
“pornography”
estão hoje
listados
73.100.000
resultados. Em
“studies on
pornography”,
localizamos
12.400.000
resultados de
links.
Um estudo
realizado pela
Universidade de
Denver (EUA),
pesquisadores
confirmaram que
das 1300 pessoas
comprometidas
afetivamente,
pelo menos 45%
delas assistiam
a filmes
pornográficos
com o parceiro,
sendo que 77%
dos homens e 32%
das mulheres
contaram que
também viam
pornografia
sozinhos.
Outros
estudiosos da
Universidade da
Califórnia e do
Tennessee (EUA)
recrutaram 308
universitárias
heterossexuais,
entre 18 e 29
anos, para
completarem um
questionário
on-line. Elas
responderam
questões sobre a
qualidade do
namoro,
satisfação
sexual e
autoestima. O
resultado
mostrou uma
relação entre
felicidade,
autoestima e
filme
pornográfico.
Quanto mais
pornografia os
namorados ou
maridos viam,
maior era a
chance de ter um
relacionamento
infeliz. Quem
reclamou sobre o
vício exagerado
do namorado em
assistir a
vídeos
licenciosos
mostrou
autoestima mais
baixa e
insatisfação com
o namoro e com a
vida sexual.
A pornografia é
o erotismo vazio
de afeto.
Ultimamente, com
o uso de webcams,
blogs, fotologs
(criação de
páginas de
fotos), vídeo
amadores, sex
tapes (sexo em
público) ou
homemades
(caseiros),
qualquer pessoa
pode vir a se
tornar o próprio
produtor e
divulgador de
pornografia na
rede mundial de
computadores. A
internet tem
estabelecido
grande
influência entre
os usuários,
tornando
possível que os
consumidores de
pornografia
troquem
informações
entre si e
possam
identificar
gêneros, estilos
e gostos,
fazendo com que
compartilhem
suas
preferências e
permitindo o
encontro de
fantasias. Numa
linguagem
espírita diria
que o UMBRAL
nunca esteve tão
presente e
próximo da
Terra.
Com o Evangelho
aprendemos que
quando um casal
se ama, os
parceiros se
apetecem e se
reverenciam. A
vida e
experiência
sexual entre
ambos é
respeitosa e
prazerosa. O
amor entre os
dois não está
condicionado
apenas à
sexualidade,
todavia, vai
muito mais além,
incluindo
amizade,
companheirismo e
cuidado pela
satisfação de
suas
necessidades.
Quando, porém,
isso não ocorre
e há a
necessidade
compulsiva de
fantasias,
autoerotismos e
pornografias,
esse casal é
invigilante,
encontra-se
psicologicamente
pervertido e não
é venturoso.
Há um
impressionante
número de
mulheres casadas
que se queixam
de solidão (no
sentido de
solidão sexual),
em virtude de
seus esposos
serem
contaminados e
viciados na
pornografia
virtual. E o
inaceitável da
situação é saber
que muitos
desses maridos
consumidores de
pornografias são
“cristãos”,
“bons
espíritas”, pais
de família
exemplares e
profissionais de
proeminência.
Alguns desses
“cristãos”
justificam a
utilização dessa
pornografia
virtual como uma
espécie de
"preliminar" e
estimulante para
aumentar o
desejo na
comunhão sexual
com o cônjuge. A
rigor o que
ocorre é que com
o transcursar do
tempo, muitos
desses
“cristãos”
viciam-se nos
sites e filmes
pornográficos e
começam a
descuidar da
esposa,
preferindo
satisfazer suas
pulsões mediante
a prática da
masturbação.
Fica evidente
que tais
“cristãos”
estão, perigosa
e imaturamente,
"compensando"
suas
frustrações, por
duas razões
possíveis: ou
por não se
sentirem mais
atraídos
sexualmente
pelas suas
esposas, ou por
não as amarem
mais e não terem
a coragem de
assumir tal
sentimento.
Em face disso,
estamos
assistindo a uma
verdadeira
estupidificação
generalizada dos
que se descrevem
“cristãos” de
várias
denominações e,
segundo
entendemos, uma
das saídas para
a necessitada
cautela contra
essas emboscadas
pornográficas é
o inabalável
estado de oração
alentado pela
vigilância
através de um
processo pessoal
de profunda
transformação
comportamental.