Cristianismo e a
lei da
reencarnação
A Terra atualmente
comporta mais de 7
bilhões de pessoas.
Destes, apenas um pouco
mais de 2 bilhões são
cristãos; então, devemos
entender que Deus, um
Pai amoroso, enviou
outros e diversos
profetas à Terra, antes
e após a vinda de Jesus,
para iluminar a vida
dessas outras quase 5
bilhões de almas.
O filósofo francês Léon
Denis diz no livro O
porquê da vida que
milhões de asiáticos,
bramanistas e budistas
partilham da crença na
reencarnação. Afirma que
dela partilharam também
os egípcios, os gregos e
os celtas. E que o
Cristianismo esteve
impregnado até o século
quarto da ideia
reencarnacionista.
Informa que
presentemente
encontramos a
reencarnação mesmo no
Islamismo, sob a forma
de certas suratas
(versículos) do Alcorão.
Segue-se que a
reencarnação é, ou foi,
admitida em todas as
religiões. Só o
catolicismo e os outros
ramos do moderno
cristianismo escapam à
regra universal, desde
que fizeram silêncio e
mergulharam em trevas
certas passagens da
Escritura que afirmavam
as vidas anteriores.
“E os que fizeram o bem
sairão para a
ressurreição da vida; e
os que fizeram o mal,
para a ressurreição da
condenação” — Jesus
(João, capítulo 5,
versículo 29).
Baseado neste texto de o
Evangelho, o protetor do
médium Chico Xavier,
Emmanuel, esclarece
sobre a lei do retorno:
“Em raras passagens do
Evangelho, a lei
reencarnacionista
permanece tão clara
quanto aqui, em que o
ensino do Mestre se
reporta à ressurreição
da condenação... A lei
de retorno, pois, está
contida amplamente nessa
síntese de Jesus.
Ressurreição é
ressurgimento. E o
sentido de renovação não
se compadece com a
teoria das penas
eternas. Nas sentenças
sumárias e definitivas
não há recurso salvador.
Através da referência do
Mestre, contudo,
observamos que a
Providência Divina é
muito mais rica e
magnânima que parece.
Haverá ressurreição para
todos, apenas com a
diferença de que os bons
tê-la-ão em vida nova e
os maus em nova
condenação, decorrente
da criação reprovável
deles mesmos”
(Emmanuel/Chico Xavier,
Pão Nosso, FEB.).
Em Belo Horizonte, MG,
segundo pesquisa feita
pelo Instituto Gallup,
63% dos católicos são
reencarnacionistas
(Jornal de Opinião, da
Arquidiocese de Belo
Horizonte, 8/6/1994,
encarte com noticiário
do “Projeto Construir a
Esperança”, fundado pelo
Cardeal Dom Serafim
Fernandes de Araújo).
A Igreja Protestante
Anglicana, da
Inglaterra, encomendou à
Universidade de Oxford
uma pesquisa sobre a
reencarnação. O
levantamento foi feito
em 212 países, por 500
pesquisadores. O
resultado foi, com base
no ano de 2000, que dos
6.260.000.000 (seis
bilhões, duzentos e
sessenta milhões) de
habitantes da Terra,
mais de 4.000.000.000
(quatro bilhões) de
pessoas acreditam na
Doutrina da
Reencarnação, ou seja,
cerca de dois terços da
população da Terra (Word
Christian Enciclopaedia
da Igreja Anglicana, da
Inglaterra, e Time-Life,
nº 18).
Estamos encarnados na
Terra em cumprimento de
uma determinação do
nosso processo
evolutivo. Nas questões
de 168 a 170 de O
Livro dos Espíritos, Allan
Kardec indaga:
“O número de existências
corporais é limitado ou
o Espírito reencarna
perpetuamente?
— A cada nova
existência, o Espírito
dá um passo na estrada
do progresso. Quando se
despojou de todas as
suas impurezas, não tem
mais necessidade das
provas da vida corporal.
O número de encarnações
é o mesmo para todos os
Espíritos?
— Não, aquele que avança
rapidamente se poupa de
muitas provações.
Todavia, essas
encarnações sucessivas
são sempre muito
numerosas, pois o
progresso é quase
infinito.
Em que se transforma o
Espírito, após sua
última encarnação?
– Em Espírito
bem-aventurado; um
Espírito puro”.
E você, o que pensa
disso tudo?
Tem boa vontade e mente
aberta para refletir?
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor da
Editora EME e
diretor da
Comunidade
Psicossomática Nova
Consciência.