Deus não é sádico,
portanto Ele não se
deleita com sacrifícios
Nos tempos em que a
Bíblia foi escrita e no
início do Cristianismo,
o conceito de Deus era
infantil e até
mitológico. Deus nos
criou em Espíritos
semelhantes a Ele. E os
teólogos judeus e
cristãos daqueles tempos
criaram-No semelhante a
nós, mas em corpo, e com
todas as nossas mazelas.
Isso é lamentável, pois
prejudica a religião e
dá asas à descrença e ao
materialismo. Mas mais
lamentável ainda é que
muitos teólogos e
exegetas da atualidade
ainda sustentam essas
questões “vencidas” e
mitológicas sobre Deus
daqueles longínquos
tempos bíblicos e do
cristianismo infante,
como se elas fossem
totalmente certas e,
portanto, intocáveis!
A Bíblia está repleta de
manifestações de
Espíritos, chamados de
anjos, mas anjos
significam “enviados”,
ou seja, Espíritos já
iluminados, muito
evoluídos. E é por isso
que eles nos são
enviados com mensagens
de verdades do mundo
espiritual. Por exemplo,
Maria recebeu o Anjo
Gabriel, anunciando-lhe
que ela seria mãe do
Enviado.
O Espírito de Javé, tido
como Deus, era ciumento,
vingativo, com todas as
imperfeições humanas e,
além disso, gostava de
sacrifícios. Já o Deus
verdadeiro ensinado por
Jesus é bem diferente de
Javé, pois não gosta de
sacrifícios, é Deus de
amor e é Pai de todos
nós. E como o amor de
Deus é infinito, a esse
seu amor não pode faltar
o de mãe. E, então,
podemos dizer que o Deus
de Jesus, além de nosso
Pai, é também nossa Mãe,
como, aliás, ensinou o
Papa João Paulo I, ele
que ficou no papado só
por 33 dias. E, assim
também, já ensinavam as
religiões orientais,
desde tempos remotos da
Antiguidade.
Dissemos que o Deus
ensinado por Jesus não
gosta de sacrifícios, o
que é comprovado por
estas afirmações do
Enviado de Deus:
“Misericórdia quero e
não sacrifícios”.
(Mateus 12: 7); e “... e
amá-lo com todo o
coração, com todo o
entendimento, com todas
as forças, e amar o
próximo como a si mesmo
vale mais do que todos
os holocaustos e
sacrifícios” (São Marcos
12: 33).
O Nazareno foi enviado
por Deus ao nosso mundo
com a missão de nos
trazer a mensagem de
amor a Deus sobre todas
as coisas e ao próximo
como a nós mesmos. Mas,
para isso, Jesus não
precisava morrer na
cruz, pois não é bem
esse seu assassinato
cruel na cruz que agrada
a Deus, mas a vivência
do evangelho. De fato, o
pecado de seu
assassinato até aumentou
o número de pecados no
mundo! E como pode um
pecado anular outros
pecados? E será que Deus
se deleita tanto assim
com sofrimento e sangue?
Espírito mau, atrasado,
sim, gosta muito de
sangue! Mas Deus
apreciar isso é
totalmente contrário às
ideias que fazemos Dele.
Provavelmente, amigos
leitores, vocês estejam
estranhando esse
assunto. Mas foi
exatamente isso que
imaginaram os teólogos
de outrora, inclusive
alguns autores da
própria Bíblia. Eles
pensavam mais ou menos
assim. A Humanidade,
pecando, fez com que
Deus ficasse muito
ofendido, zangado e
triste conosco. E só
depois que Ele enviou
seu Filho muito especial
ao nosso mundo para que
tomasse uma grande surra
e sofresse as mais
cruéis torturas e, por
fim, morresse numa cruz,
Deus, então, como que
aliviado e indenizado,
voltou a sorrir para
nós.
Essa errada e nefanda
ideia atribuída a Deus é
o absurdo dos absurdos,
pois ela nos dá a
impressão de que Ele
seria um ser pra lá de
sádico. E, no entanto, é
assim mesmo que ainda
pensa muita gente!