O Culto do Evangelho no
Lar
O Culto do
Evangelho no Lar
continua a ser fecundo
instrumento de
equilíbrio espiritual. É
por seu intermédio que o
grupo familiar se reúne
no bojo do lar, tão
disperso pelas
obrigações do cotidiano,
e pode refletir sobre os
ensinamentos de Jesus.
Nos dias incertos e
cinzentos por que
passamos, a oração em
família é questão de
sobrevivência, além de
harmonia junto às Forças
Superiores da Vida.
Não é sem motivo que se
encontra capítulo
profícuo em “Os
Mensageiros”, de André
Luiz, que orienta:
“Toda vez que se ora num
lar, prepara-se a
melhoria do ambiente
doméstico. Cada prece do
coração constitui
emissão eletromagnética
de relativo poder. Por
isso mesmo, o culto
familiar do Evangelho
não é tão só um curso de
iluminação interior, mas
também processo avançado
de defesa exterior,
pelas claridades
espirituais que acende
em torno. O homem que
ora traz consigo
inalienável couraça. O
lar que cultiva a prece
transforma-se em
fortaleza,
compreenderam? As
entidades da sombra
experimentam choques de
vulto, em contato com as
vibrações luminosas
deste santuário
doméstico, e é por isso
que se mantêm a
distância, procurando
outros rumos...” (LUIZ,
André; XAVIER, Francisco
Cândido, 2000, pg. 197).
Por que é uma questão de
sobrevivência? Porque
viver tem sido um
desafio; porque muitos
estão irritadiços com a
situação política e
econômica do país; no
trânsito as pessoas
estão nervosas e a
dirigir de maneira
imprudente; nas visões
diferenciadas das
conversas do cotidiano
surge a figura perigosa
da intolerância; no
ambiente doméstico há a
influenciação externa de
entidades enfermas ou
vingativas, entre outros
fatores.
Tudo isso nos leva a crer
que a pessoa que ora,
consegue sobreviver a
este ambiente hostil,
além de irradiar ondas
de tranquilidade, amor e
paz aos que a cercam e
ao próprio ambiente;
modificando-lhe as
estruturas íntimas.
“(...) Sempre que uma
família se reúne com
propósito de estudar e
pensar nos problemas
espirituais, sem a
preocupação de provocar
fenômenos ou fazer
consultas particulares
aos Espíritos, muitas
vezes sobre assuntos
terra-a-terra, cria um
campo de vibrações
renovadoras dentro de
casa. Por isso mesmo,
uma casa onde se absorve
a Mensagem do Cristo,
explicada em espírito e
verdade, pela Doutrina
Espírita, é uma casa bem
protegida, não porque
haja algum Espírito à
disposição, tomando
conta da porta, mas
porque os bons
pensamentos iluminam o
ambiente e, por isso,
formam invisivelmente
uma espécie de sistema
de defesa contra
influências negativas ou
perturbadoras. Muitos
problemas já se
resolveram e muitas
situações difíceis já
foram atenuadas ou
removidas através do
culto familiar da prece,
com o pensamento voltado
para o Cristo. Fiquemos
certos de que o culto
doméstico, praticado
regularmente, sem
pressa, sem desvios nem
formalismos, mas com
todo o sentimento de
amor e caridade no
coração, sempre nos dá
forças e ainda irradia
boas vibrações pela
vizinhança” (AMORIM,
2005).
E como proceder a esse
momento de estudos em
família sob a proteção
de Jesus?
1)
Devemos escolher um dia
e horário apropriados ao
encontro familiar;
2)
Desligar os aparelhos
eletroeletrônicos que
possam dispersar os
presentes (telefone,
tablets, televisão,
computador etc.);
3)
Pode-se colocar uma
música edificante de
fundo (particularmente,
aprecio as músicas
clássicas);
4)
Dispor sobre a mesa a
água filtrada que será
fluidificada pela
espiritualidade;
5)
Faz-se uma oração
inicial, evocando a
presença dos bons
Espíritos;
6)
Lê-se um trecho de “O
Evangelho segundo o
Espiritismo” ou outra
obra edificante e
comenta-se o tema;
7)
Por fim, faz-se uma
oração de encerramento
pedindo o amparo dos
bons Espíritos, pela
saúde, pelos mais
necessitados, por
aqueles que já
desencarnaram, enfim,
por aqueles que comungam
do ambiente doméstico e
por aqueloutros que a
família julgar
procedente.
8)
Encerra-se. E os
presentes bebem a água
previamente disposta
sobre a mesa.
O Culto do Evangelho no
Lar não pode servir para
manifestações
mediúnicas, tampouco
para acusações do tipo:
“esta mensagem é para
fulano”. Tudo deve
ser feito sob a égide da
caridade com o Cristo.
Cabe salientar, também,
que o Culto do Evangelho
no Lar deve ser cumprido
no dia e horário
determinados, só havendo
o cancelamento por
motivo muito
sério/grave.
Por fim, não
negligenciemos esta
prática, ainda que os
familiares não possam
participar e nos achemos
“sozinhos” (certamente
não estamos). Coloquemos
a prática do evangelho
no lar como meta para a
nossa melhoria e a de
nossos familiares.
Referência:
AMORIM, Deolindo.
Análises espíritas.
Compilação de Celso
Martins. 3a ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2005. -
cap. 1.
LUIZ, André; XAVIER,
Francisco Cândido. Os
mensageiros. 34. ed. Rio
de Janeiro: Federação
Espírita Brasileira,
2000.