Kardec corrigindo os
possíveis erros da
codificação?
Somos informados por
alguns confrades de que
Allan Kardec apresentou
equívocos em suas obras
e está presentemente
fazendo as devidas
correções.
E eu entendo que existem
sim no que concerne à
letra, isto dito nas
traduções, algumas
colocações que não
correspondem à lógica
apresentada no conceito
geral do Espiritismo.
Mas eu pergunto: se o
contexto da codificação
é completo, encerra uma
lógica inconfundível, é
lógico e racional
estarmos corrigindo a
obra, modificando-lhe o
conceito, pois a
filosofia espírita é
racional; nesta nossa
atitude não estamos
manifestando um
egocentrismo equivocado
e tolo?
E não podemos nos
esquecer ainda de que
toda essa grandiosidade,
toda essa lógica e
racionalidade, toda essa
beleza que a mesma nos
apresenta está contida
em síntese nas obras
básicas.
Tenho dito em outras
oportunidades e volto a
reprisá-lo: o
Espiritismo é um
edifício infinito; nele
são tratadas todas as
questões que se
manifestam na vida do
universo.
Entretanto, na míope
visão em que nos
demoramos, não temos
sequer conseguido
extrapolar algumas
questões apresentadas em
O Livro dos Espíritos de
forma correta, pois
várias delas são
extrapoladas de forma
equivocada.
Emmanuel esteve nos
definindo de forma
maravilhosa o que é o
Espiritismo quando nos
informou de que o
Espiritismo é a religião
universal do amor e da
sabedoria que palpita
inevitável no coração de
cada criatura; é o
encontro marcado com as
lições do Cristo de
Deus.
E os amigos que estão
vivendo essa tarefa
inglória me dirão: mas é
o próprio mestre de Lyon
quem está tomando esta
iniciativa. Será?
Vamos analisar a
possibilidade de ser
Kardec o interessado, e
mais, de ser ele o
Espírito que, se
incorporando, esteja
fazendo esta correção.
O primeiro ponto a ser
analisado é que, sendo
Kardec quem está
realizando essa revisão,
o correto é que o faça
em original, em francês,
pois os equívocos
apresentados estão na
tradução – equívocos
esses que não passam da
palavra, como retro
informado – e se o mesmo
apresentar essa correção
em português estará
apenas corrigindo a
tradução.
Se for corrigida apenas
a tradução, o possível
equívoco permanecerá e
novos tradutores estarão
reapresentando o mesmo
equívoco, então,
entendemos que Kardec
não viveria esta visão
míope, pois nosso amigo
enxerga mais longe.
E mais, com todo
respeito ao médium que
serve de instrumento
para que o Espírito de
Kardec se comunique,
este oferece realmente
condições vibracionais,
condições sintônicas
para que esta
comunicação seja
possível?
Não podemos nos esquecer
de que quando Kardec
reencarnou para
codificar o Espiritismo
ele já era um Espírito
superior, e após haver
realizado sua missão com
sublime êxito, evoluiu
ainda infinitamente mais
– isto nos é evidente,
pois no pouco que temos
realizado a favor da
doutrina, nos
apercebemos haver
acontecido um
crescimento espiritual
avantajado. Então
perguntamos: esse médium
oferece sintonia para
que o Espírito iluminado
de Kardec se comunique?
Não vai aqui um
julgamento, mas
desejaríamos conhecer
melhor esse médium.
No meu entender, se
houvesse a necessidade
de corrigir as obras
básicas, Kardec o teria
feito através do Chico,
pois este médium tinha
os requisitos
necessários que
correspondiam às
vibrações sintônicas
requeridas por Kardec.
Francisco Cândido Xavier
era disciplinado,
humilde. Foi um homem
Amor, pois seu ser
exalava o amor, se
sacrificou mesmo a favor
do Espiritismo, lógico
que não era um Deus, é
um Espírito que
reencarnou como
tarefeiro e acabou se
transformando em um
missionário, pois ele
foi um médium ímpar.
Este médium tinha as
faculdades mediúnicas
plenamente afloradas;
era médium de
incorporação, de
vidência, de
desdobramento, de
psicografia, e de
efeitos físicos, e ele
comprovou possuir a
faculdade de efeitos
físicos, pois, quando
quiseram iniciá-lo neste
trabalho, Emmanuel se
materializou e disse: eu
não quero que Chico seja
médium de efeitos
físicos. Foi a única vez
que Emmanuel se
pronunciou na primeira
pessoa do singular, pois
sempre o fazia na
primeira pessoa do
plural, nós.
Não foi apenas um bom
médium pelas faculdades
afloradas que possuía,
mas pelas virtudes
adquiridas, pelo amor
com que se dedicou à
doutrina espírita; e,
com todo respeito, eu
pergunto: o médium que
permite a comunicação de
Kardec tem esses
requisitos?
E como é natural, sendo
espírita como sou,
ciente de que o
Espiritismo é a religião
dos Espíritos, eu
desejaria apresentar, ao
Espírito que responde
como Kardec, três
questões de “O Livro dos
Espíritos”, apenas três
já é o suficiente para
corroborar se o Kardec
que está fazendo essas
correções é autêntico.
Amigos, não me
interpretem mal, estou
apenas procurando passar
pelo crivo da lógica e
da razão tudo o que vier
dos homens ou dos
Espíritos, e eu entendo
que vocês ficarão
contentes com minha
atitude, pois é isto que
nos pede Kardec.
Eu desejaria contatar
vocês, pois o meu
primeiro passo deve ser
conhecer melhor o médium
e, sem dúvida, também o
Espírito, pois tenho
certeza de que muitos
confrades desejam a
mesma coisa.