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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 470 - 19 de Junho de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

A Vida no Outro Mundo

Cairbar Schutel

Parte 27

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).  

Questões preliminares 

A. É correto afirmar que a Verdade manifesta-se gradualmente e sempre no momento adequado?  

Sim. O fogo, a luz, o vapor, e eletricidade, os raios vitais, as claridades ódicas, as ondas hertzianas, os íons, os elétrons, existem na Natureza de toda a Eternidade, embora só tivessem sido descobertos com o correr do tempo e o progresso das gerações. É que a Verdade se manifesta sempre oportunamente e quando inteligências amadurecidas estão aptas para recebê-la. Ela, como a principal manifestação da Lei Divina, não vem cercada de privilégios nem de exclusivismos: é sóbria em seus cometimentos, regendo, de modo admirável, a evolução dos povos no seu incessante caminhar para um progresso cada vez maior em perfeição. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

B. Tanto no plano físico, como no plano psíquico, é verdade que tudo progride incessantemente?

Sim. No plano físico, os mundos, os corpos, tudo progride na ânsia insaciável da Estética e do Belo. No plano psíquico, os seres se transformam e se aperfeiçoam, na Ciência, na Arte, na Moral, nos meios de comunicações, para aperfeiçoamento dos Espíritos, que se elevam desse modo para a Espiritualidade. O homem anseia por luz, e Deus lhe envia luz; o homem sente desejo e necessidade de progresso, e Deus lhe faculta meios de ascensão para os planos superiores da criação. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

C. Que papel cumpriu a série de fenômenos registrados em 1848 na aldeia de Hydesville, nos Estados Unidos?

Os fatos que ali ocorreram vieram abrir uma era nova para a Humanidade, estabelecer uma nova orientação na vida dos homens, entregues até então à materialidade. Surgiu, a partir daqueles fenômenos, o Moderno Espiritualismo, nome com que o Espiritismo foi conhecido inicialmente e cuja doutrina seria, anos depois, codificada na França por Allan Kardec. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.)

Texto para leitura

355. A inviolabilidade das leis da Natureza constitui um dos mais belos princípios do Espiritismo. Só mesmo a Verdadeira Filosofia poderia proclamar esta verdade, afastando para bem longe dos seus ensinos todo o caráter miraculoso que o sectarismo invoca, quando quer fazer prevalecer ideias errôneas, sem base demonstrativa e sem o amparo de argumentos lógicos para se poderem manter de pé. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

356. De fato, as leis da Natureza são invioláveis, ninguém as pode aniquilar; inacessíveis a todas as investidas, são invulneráveis às mais poderosas forças. Submissas somente à Vontade Suprema, que as estabelecem com onisciência e perfeita previsão da sua ação sábia e benfazeja, elas permanecem e permanecerão, fruto do fiat lux do Verbo que tudo fez e criou. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

357. Não há, portanto, milagre nem sobrenatural nos fatos, nos que se vão desenvolvendo às nossas vistas, por mais assombrosos nos pareçam. O fogo, a luz, o vapor, e eletricidade, os raios vitais, as claridades ódicas, as ondas hertzianas, os íons, os elétrons, existem na Natureza, de toda a Eternidade, embora só tivessem sido descobertos com o correr do tempo e o progresso das gerações. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

358. A Verdade se manifesta sempre oportunamente e quando inteligências amadurecidas estão aptas para recebê-la. Ela, como a principal manifestação da Lei Divina, não vem cercada de privilégios nem de exclusivismos: é sóbria em seus cometimentos, regendo, de modo admirável, a evolução dos povos no seu incessante caminhar para um progresso cada vez maior em perfeição, sem jamais atingir um limite final, pois não existem delimitações em estância alguma do Universo. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

359. No plano físico, os mundos, os corpos, tudo progride na ânsia insaciável da Estética, do Belo; no plano psíquico, os seres se transformam e se aperfeiçoam, na Ciência, na Arte, na Moral, nos meios de comunicações que entretêm as relações fraternas, para aperfeiçoamento dos Espíritos, que se elevam desse modo para a Espiritualidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

360. O homem anseia por luz, e Deus lhe envia luz; o homem sente desejo e necessidade de progresso, e Deus lhe faculta meios de ascensão para os planos superiores da criação. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

361. Em 1848, a pequena aldeia de Hydesville, nos Estados Unidos, foi abalada por fenômenos supranormais que se originaram no seio da família Fox e vinham, por certa forma, estabelecer uma nova orientação na vida dos homens, entregues até então à materialidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

362. Já anteriormente, Dr. J. Larkin, médico na Cidade de Wrenthan, Massachusetts, interessado nos fenômenos do magnetismo, obtivera, até 1847, uma série de fenômenos transcendentes, tão maravilhosos, ou talvez ainda mais, que os verificados em Hydesville. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

363. Não eram esses fatos senão a reprodução acentuada de outros tantos que vinham definitivamente abrir uma era nova para a Humanidade. Pelo menos, é o que se pode concluir das visões de Emmanuel Swedenborg e das diversas experiências supranormais realizadas por Yung Stiling, Lavater, Escheumayer, Zschkke, Eckartshausen, Schumann, Werner, Gasner, Oberlim, bem como pelo Dr. Justinus Kerner, citadas cuidadosamente em outra obra pelo autor deste livro, com o fim exclusivo de demonstrar a generalidade da ocorrência desses fenômenos, que outra coisa não eram senão a manifestação natural de certas leis, a suscitar a necessidade de uma meticulosa observação que conduziria o homem à compreensão dos motivos que determinaram esses fenômenos. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

364. Deve-se ver que tais fatos se reproduziam com intensidade por toda parte, espontaneamente e, também, provocados, como se verificou em algumas comunidades de Quakers, nas experiências espíritas de Affonso Cahagnet, com a sonâmbula Adéle Maginot (1845/48), e com o célebre vidente americano Andrew Jackson Davis, cujas obras expõem bem claramente suas visões supranormais e suas transcendentes revelações. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

365. Em toda a Europa, a seu turno, em meados do século 19, não se falava em outra coisa, senão nas "mesas girantes", novidade que chegou a constituir divertimento de salões. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

366. Foi quando, em vista de tão insólitas e perturbadoras manifestações, surgiu, nascido em Lyon, um missionário que, pondo em relevo os fatos antigos, assinalados na História, absolutamente semelhantes aos que se estavam produzindo, e, de acordo com o pensamento de Jesus Cristo, exarado nos Evangelhos, proclamou a Nova Revelação. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

367. Sua finalidade é guiar a Humanidade no caminho da Espiritualidade, para que se faça no mundo o Reino da Paz e da Eternidade! Todas as manifestações do saber teriam de receber, irrevogavelmente, um novo impulso: a Ciência, despojando-se do orgulho de falsos conhecimentos, e a Religião, do apego a dogmas e ao mercantilismo, unir-se-iam sob as bases inflexíveis da imortalidade. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

368. O reinado do Ouro daria lugar ao império da Verdade, para que os povos, livres dos preceitos autoritários das Academias e das Igrejas, realizassem, pelo estudo, pela meditação e pelo trabalho, as suas altas aspirações. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

369. Esse trabalho másculo de desvendamento espiritual, verdadeiro deslumbramento para nós outros, que jazíamos nas sombras da ignorância, essa codificação dos novos ensinos, que abrangem todos os ramos do conhecimento humano, não podia prescindir da ação de uma inteligência robusta, acima de todas as inteligências terrestres, caracterizada pela sobriedade, pela capacidade de altos raciocínios, pela humildade a par da sabedoria e elevada moral. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

370. Foi justamente nessa ocasião que surgiu na França uma das maiores celebridades que o nosso mundo hospedou: Hippolyte Léon Denizard Rivail, que se valeu do pseudônimo  Allan Kardec na publicação de suas obras. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

371. Com aquela lógica, clareza e concisão que suas obras revelam, o grande Missionário tornou-se o maior expoente da Verdade que o mundo precisava receber para a transformação e redenção de seus habitantes. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) 

372. Aí estão, pois, os seus livros, nos quais os leitores podem, à semelhança do sedento, imergir os lábios no cálice do Vinho Novo, para se desfazerem das concepções obsoletas do passado, preparando-se para surtos grandiosos nas amenas regiões da Vida Eterna. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XXV - Considerações Imortalistas.) (Continua no próximo número.)  



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita