A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 27
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. É correto afirmar que
a Verdade manifesta-se
gradualmente e sempre no
momento adequado?
Sim. O fogo, a luz, o
vapor, e eletricidade,
os raios vitais, as
claridades ódicas, as
ondas hertzianas, os
íons, os elétrons,
existem na Natureza de
toda a Eternidade,
embora só tivessem sido
descobertos com o correr
do tempo e o progresso
das gerações. É que a
Verdade se manifesta
sempre oportunamente e
quando inteligências
amadurecidas estão aptas
para recebê-la. Ela,
como a principal
manifestação da Lei
Divina, não vem cercada
de privilégios nem de
exclusivismos: é sóbria
em seus cometimentos,
regendo, de modo
admirável, a evolução
dos povos no seu
incessante caminhar para
um progresso cada vez
maior em perfeição.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
B. Tanto no plano
físico, como no plano
psíquico, é verdade que
tudo progride
incessantemente?
Sim. No plano físico, os
mundos, os corpos, tudo
progride na ânsia
insaciável da Estética e
do Belo. No plano
psíquico, os seres se
transformam e se
aperfeiçoam, na Ciência,
na Arte, na Moral, nos
meios de comunicações,
para aperfeiçoamento dos
Espíritos, que se elevam
desse modo para a
Espiritualidade. O homem
anseia por luz, e Deus
lhe envia luz; o homem
sente desejo e
necessidade de
progresso, e Deus lhe
faculta meios de
ascensão para os planos
superiores da criação.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
C. Que papel cumpriu a
série de fenômenos
registrados em 1848 na
aldeia de Hydesville,
nos Estados Unidos?
Os fatos que ali
ocorreram vieram abrir
uma era nova para a
Humanidade, estabelecer
uma nova orientação na
vida dos homens,
entregues até então à
materialidade. Surgiu, a
partir daqueles
fenômenos, o Moderno
Espiritualismo, nome com
que o Espiritismo foi
conhecido inicialmente e
cuja doutrina seria,
anos depois, codificada
na França por Allan
Kardec. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
Texto para leitura
355. A inviolabilidade
das leis da Natureza
constitui um dos mais
belos princípios do
Espiritismo. Só mesmo a
Verdadeira Filosofia
poderia proclamar esta
verdade, afastando para
bem longe dos seus
ensinos todo o caráter
miraculoso que o
sectarismo invoca,
quando quer fazer
prevalecer ideias
errôneas, sem base
demonstrativa e sem o
amparo de argumentos
lógicos para se poderem
manter de pé. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
356. De fato, as leis da
Natureza são
invioláveis, ninguém as
pode aniquilar;
inacessíveis a todas as
investidas, são
invulneráveis às mais
poderosas forças.
Submissas somente à
Vontade Suprema, que as
estabelecem com
onisciência e perfeita
previsão da sua ação
sábia e benfazeja, elas
permanecem e
permanecerão, fruto do
fiat lux
do Verbo que tudo fez e
criou. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
357. Não há, portanto,
milagre nem sobrenatural
nos fatos, nos que se
vão desenvolvendo às
nossas vistas, por mais
assombrosos nos pareçam.
O fogo, a luz, o vapor,
e eletricidade, os raios
vitais, as claridades
ódicas, as ondas
hertzianas, os íons, os
elétrons, existem na
Natureza, de toda a
Eternidade, embora só
tivessem sido
descobertos com o correr
do tempo e o progresso
das gerações. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
358. A Verdade se
manifesta sempre
oportunamente e quando
inteligências
amadurecidas estão aptas
para recebê-la. Ela,
como a principal
manifestação da Lei
Divina, não vem cercada
de privilégios nem de
exclusivismos: é sóbria
em seus cometimentos,
regendo, de modo
admirável, a evolução
dos povos no seu
incessante caminhar para
um progresso cada vez
maior em perfeição, sem
jamais atingir um limite
final, pois não existem
delimitações em estância
alguma do Universo.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
359. No plano físico, os
mundos, os corpos, tudo
progride na ânsia
insaciável da Estética,
do Belo; no plano
psíquico, os seres se
transformam e se
aperfeiçoam, na Ciência,
na Arte, na Moral, nos
meios de comunicações
que entretêm as relações
fraternas, para
aperfeiçoamento dos
Espíritos, que se elevam
desse modo para a
Espiritualidade. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
360. O homem anseia por
luz, e Deus lhe envia
luz; o homem sente
desejo e necessidade de
progresso, e Deus lhe
faculta meios de
ascensão para os planos
superiores da criação.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
361. Em 1848, a pequena
aldeia de Hydesville,
nos Estados Unidos, foi
abalada por fenômenos
supranormais que se
originaram no seio da
família Fox e vinham,
por certa forma,
estabelecer uma nova
orientação na vida dos
homens, entregues até
então à materialidade.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
362. Já anteriormente,
Dr. J. Larkin, médico na
Cidade de Wrenthan,
Massachusetts,
interessado nos
fenômenos do magnetismo,
obtivera, até 1847, uma
série de fenômenos
transcendentes, tão
maravilhosos, ou talvez
ainda mais, que os
verificados em
Hydesville. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
363. Não eram esses
fatos senão a reprodução
acentuada de outros
tantos que vinham
definitivamente abrir
uma era nova para a
Humanidade. Pelo menos,
é o que se pode concluir
das visões de Emmanuel
Swedenborg e das
diversas experiências
supranormais realizadas
por Yung Stiling,
Lavater, Escheumayer,
Zschkke, Eckartshausen,
Schumann, Werner, Gasner,
Oberlim, bem como pelo
Dr. Justinus Kerner,
citadas cuidadosamente
em outra obra pelo autor
deste livro, com o fim
exclusivo de demonstrar
a generalidade da
ocorrência desses
fenômenos, que outra
coisa não eram senão a
manifestação natural de
certas leis, a suscitar
a necessidade de uma
meticulosa observação
que conduziria o homem à
compreensão dos motivos
que determinaram esses
fenômenos. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
364. Deve-se ver que
tais fatos se
reproduziam com
intensidade por toda
parte, espontaneamente
e, também, provocados,
como se verificou em
algumas comunidades de
Quakers, nas
experiências espíritas
de Affonso Cahagnet, com
a sonâmbula Adéle
Maginot (1845/48), e com
o célebre vidente
americano Andrew Jackson
Davis, cujas obras
expõem bem claramente
suas visões supranormais
e suas transcendentes
revelações. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
365. Em toda a Europa, a
seu turno, em meados do
século 19, não se falava
em outra coisa, senão
nas "mesas girantes",
novidade que chegou a
constituir divertimento
de salões. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
366. Foi quando, em
vista de tão insólitas e
perturbadoras
manifestações, surgiu,
nascido em Lyon, um
missionário que, pondo
em relevo os fatos
antigos, assinalados na
História, absolutamente
semelhantes aos que se
estavam produzindo, e,
de acordo com o
pensamento de Jesus
Cristo, exarado nos
Evangelhos, proclamou a
Nova Revelação. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
367. Sua finalidade é
guiar a Humanidade no
caminho da
Espiritualidade, para
que se faça no mundo o
Reino da Paz e da
Eternidade! Todas as
manifestações do saber
teriam de receber,
irrevogavelmente, um
novo impulso: a Ciência,
despojando-se do orgulho
de falsos conhecimentos,
e a Religião, do apego a
dogmas e ao
mercantilismo,
unir-se-iam sob as bases
inflexíveis da
imortalidade. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
368. O reinado do Ouro
daria lugar ao império
da Verdade, para que os
povos, livres dos
preceitos autoritários
das Academias e das
Igrejas, realizassem,
pelo estudo, pela
meditação e pelo
trabalho, as suas altas
aspirações. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
369. Esse trabalho
másculo de desvendamento
espiritual, verdadeiro
deslumbramento para nós
outros, que jazíamos nas
sombras da ignorância,
essa codificação dos
novos ensinos, que
abrangem todos os ramos
do conhecimento humano,
não podia prescindir da
ação de uma inteligência
robusta, acima de todas
as inteligências
terrestres,
caracterizada pela
sobriedade, pela
capacidade de altos
raciocínios, pela
humildade a par da
sabedoria e elevada
moral. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
370. Foi justamente
nessa ocasião que surgiu
na França uma das
maiores celebridades que
o nosso mundo hospedou:
Hippolyte Léon Denizard
Rivail, que se valeu do
pseudônimo Allan Kardec
na publicação de suas
obras. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXV -
Considerações
Imortalistas.)
371. Com aquela lógica,
clareza e concisão que
suas obras revelam, o
grande Missionário
tornou-se o maior
expoente da Verdade que
o mundo precisava
receber para a
transformação e redenção
de seus habitantes.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXV - Considerações
Imortalistas.)
372. Aí estão, pois, os
seus livros, nos quais
os leitores podem, à
semelhança do sedento,
imergir os lábios no
cálice do Vinho Novo,
para se desfazerem das
concepções obsoletas do
passado, preparando-se
para surtos grandiosos
nas amenas regiões da
Vida Eterna. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XXV - Considerações
Imortalistas.)
(Continua no próximo
número.)
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