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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 10 - N° 470 - 19 de Junho de 2016

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

Obras Póstumas

Allan Kardec 

(Parte 16)
 

Damos continuidade nesta edição ao estudo do livro Obras Póstumas, publicado depois da desencarnação de Allan Kardec, mas composto com textos de sua autoria. O presente estudo baseia-se na tradução feita pelo Dr. Guillon Ribeiro, publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira.

Questões para debate

112. Diz-se que todas as opiniões sobre o futuro do homem, finda a existência corpórea, resumem-se a cinco alternativas principais. Quais são elas?

113. Em que consiste a doutrina materialista e quais as suas consequências?

114. Em que consiste o panteísmo?

115. Que compreende a doutrina deísta?

116. Que ensina o dogmatismo, isto é, as doutrinas dogmáticas?

Respostas às questões propostas

112. Diz-se que todas as opiniões sobre o futuro do homem, finda a existência corpórea, resumem-se a cinco alternativas principais. Quais são elas?

Estas cinco alternativas são as que resultam das doutrinas do materialismo, do panteísmo, do deísmo, do dogmatismo, e do Espiritismo. (Obras Póstumas – As cinco alternativas da humanidade.)

113. Em que consiste a doutrina materialista e quais as suas consequências?

Segundo essa doutrina, a inteligência do homem é uma propriedade da matéria; ela nasce e morre com o organismo. O homem não é nada antes nem depois da vida corpórea.

Eis as consequências de semelhantes ideias: Não sendo o homem senão matéria, não há de real e de invejável senão os gozos materiais; as afeições morais não têm futuro; os laços morais são quebrados sem retorno com a morte; as misérias da vida não têm nenhuma compensação; o suicídio torna-se o fim racional e lógico da existência quando os sofrimentos são sem esperança de melhora; é inútil se impor um constrangimento para vencer os maus pendores; viver para si o melhor possível, enquanto estiver aqui, eis algo lógico e natural; é uma estupidez incomodar-se e sacrificar seu repouso, seu bem-estar, por outrem, quer dizer, por seres que serão aniquilados também, a seu turno, e que jamais tornarão a ser vistos; os deveres sociais não têm nenhuma base, o bem e o mal são coisas de convenção; o freio social é reduzido ao poder material da lei civil. (Obras Póstumas – As cinco alternativas da humanidade.)

114. Em que consiste o panteísmo?

Segundo a doutrina panteísta, o princípio inteligente ou alma, independente da matéria, no nascimento é haurido do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e, com a morte, retorna à massa comum, como as gotas de chuva no oceano.

Eis as consequências de tais ideias: Sem individualidade, e sem consciência de si mesmo, o ser é como se não existisse e as consequências morais desta doutrina são exatamente as mesmas que as da doutrina materialista.

Ressalve-se que um certo número de panteístas admite que a alma, haurida no nascimento no todo universal, conserva sua individualidade durante um tempo indefinido, e que ela não retorna à massa senão depois de ter chegado ao último grau da perfeição. Mas as consequências desta variedade de crença são absolutamente as mesmas que as da doutrina panteísta propriamente dita, porque é perfeitamente inútil se dar ao trabalho para adquirir alguns conhecimentos, dos quais deve perder a consciência aniquilando-se depois de um tempo relativamente curto. (Obras Póstumas – As cinco alternativas da humanidade.)

115. Que compreende a doutrina deísta?

O deísmo compreende duas categorias bem distintas de crentes: os deístas independentes e os deístas providenciais.

Os deístas independentes creem em Deus; admitem todos os seus atributos como criador. Deus, dizem eles, estabeleceu as leis gerais que regem o Universo, mas essas leis, uma vez criadas, funcionam sozinhas e seu autor não se ocupa mais de nada. As criaturas fazem o que querem ou o que podem, sem que com isso se inquietem. Não existe a Providência; não se ocupando Deus conosco, nada há a agradecer-lhe nem a pedir-lhe.

Esta crença é resultado do orgulho; é sempre o pensamento de estar submetido a uma força superior que melindra o amor-próprio e da qual procura libertar-se. Ao passo que uns recusam absolutamente essa força, outros consentem em reconhecer a sua existência, mas a condenam à nulidade.

Os deístas providenciais creem não só na existência e no poder criador de Deus na origem das coisas; creem também em sua intervenção incessante na criação e a pedem, mas não admitem o culto exterior e o dogmatismo atual. (Obras Póstumas – As cinco alternativas da humanidade.)

116. Que ensina o dogmatismo, isto é, as doutrinas dogmáticas?

Segundo tais doutrinas, a alma, independente da matéria, é criada no nascimento de cada ser; sobrevive e conserva a sua individualidade depois da morte; a sua sorte está, desde esse momento, irrevogavelmente fixada; os seus progressos ulteriores são nulos; ela será, consequentemente, por toda a eternidade, intelectual e moralmente, o que era durante a vida.

Sendo os maus condenados a castigos perpétuos e irremissíveis no inferno, disso ressalta, para eles, a inutilidade completa do arrependimento. Deus parece, assim, recusar-se a lhes deixar a oportunidade de reparar o mal que fizeram.

Os bons são recompensados pela visão de Deus e a contemplação perpétua no céu. Os casos que podem merecer, pela eternidade, o céu ou o inferno, são deixados para a decisão e o julgamento de homens falíveis, a quem é dado absolver ou condenar.

Essas doutrinas ensinam também a separação definitiva e absoluta dos condenados e dos eleitos; a inutilidade dos auxílios morais e das consolações para os condenados; a criação de anjos ou almas privilegiadas isentas de todo trabalho para chegarem à perfeição.

Em face de tais ideias, ficam sem solução os graves problemas seguintes:

1º De onde vêm as disposições inatas, intelectuais e morais, que fazem com que os homens nasçam bons ou maus, inteligentes ou idiotas?

2º Qual é a sorte das crianças que morrem em tenra idade? Por que entram elas na vida feliz sem o trabalho ao qual outras estão sujeitas durante longos anos? Por que são recompensadas sem terem podido fazer o bem, ou privadas de uma felicidade sem terem feito o mal?

3º Qual é a sorte dos cretinos e dos idiotas, que não têm consciência de seus atos?

4º Onde está a justiça da miséria e das enfermidades de nascimento, uma vez que não são resultado de nenhum ato da vida presente?

5º Qual é a sorte dos selvagens e de todos aqueles que morrem forçosamente no estado de inferioridade moral, onde se encontram colocados pela própria Natureza, se não lhes é dado progredir ulteriormente?

6º Por que Deus cria almas mais favorecidas umas do que as outras?

7º Por que chama a si, prematuramente, aqueles que teriam podido se melhorar se tivessem vivido por mais longo tempo, tendo em vista que não lhes é dado avançar depois da morte?

8º Por que Deus criou anjos, chegados à perfeição sem trabalho, ao passo que outras criaturas estão submetidas às mais rudes provas, nas quais têm mais chances de sucumbir do que de sair vitoriosas? (Obras Póstumas – As cinco alternativas da humanidade.)

 


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