O leitor Paulo A. Fernandes,
em mensagem publicada nesta
mesma edição, na seção de
Cartas, escreveu-nos o
seguinte:
No nosso grupo de estudos
discutia-se esta questão: -
Ao reencarnar, o Espírito
pode vir como homem ou como
mulher? A conclusão, depois
de examinado o assunto, foi
que sim, mas outra dúvida
então foi proposta por um
dos participantes: - Se o
Espírito decidir reencarnar
em sexo diferente do que lhe
tem sido habitual, conserva
ele as inclinações
anteriores?
Quanto à primeira questão, a
resposta é afirmativa.
Quando errante, pouco
importa a um Espírito
reencarnar no corpo de um
homem ou de uma mulher. “O
que o guia na escolha são as
provas por que haja de
passar”, ensina a questão n.
202 d´O Livro dos
Espíritos.
Os Espíritos, ao renascerem
entre os homens, podem,
portanto, tomar um corpo
feminino ou masculino,
atendendo-se ao imperativo
de encargos particulares em
determinado setor de ação ou
ao cumprimento de obrigações
regenerativas.
Mudando de sexo, os
Espíritos conservarão as
inclinações anteriores?
É sabido que os Espíritos
podem percorrer uma série de
existências no mesmo sexo, o
que faz que durante muito
tempo possam conservar, na
erraticidade, o caráter de
homem ou de mulher, cuja
marca neles ficou impressa.
A vida espiritual pura e
simples rege-se por
afinidades eletivas
essenciais; contudo, através
de milênios e milênios, o
Espírito passa por fieira
imensa de reencarnações, ora
em posição de feminilidade,
ora em condições de
masculinidade.
O homem e a mulher serão,
assim, de maneira
respectiva, acentuadamente
masculino ou acentuadamente
feminina, sem especificação
psicológica absoluta.
Em uma nova existência o
Espírito trará,
evidentemente, o caráter e
as inclinações que tinha na
condição de Espírito livre.
Contudo, quando em trânsito
da experiência feminina para
a masculina, ao envergar um
novo corpo físico, o
Espírito poderá demonstrar
os traços da feminilidade em
que terá estagiado por
muitos séculos, em que pese
o corpo de formação
masculina que utilize,
verificando-se o mesmo com
referência à mulher em
idêntica situação.
É assim que, segundo Allan
Kardec, se explicam certas
anomalias aparentes, notadas
no caráter de certos homens
e de certas mulheres, como o
fato de existirem mulheres
másculas que se comportam
como verdadeiros homens, e
vice-versa,
independentemente de
manterem ou não relações
homossexuais.
Sobre o assunto, duas fontes
são, em matéria de
Espiritismo, de consulta
obrigatória:
1. Revista Espírita de
1866, Edicel, pp. 2 a 4.
2. Vida e Sexo, de
Emmanuel, págs. 89 a 92.
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