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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 472 - 3 de Julho de 2016

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

 
Morte é vida


Conhecia a Humanidade naquele momento um dos mais extraordinários fenômenos jamais vistos. Anunciava-se a ressurreição de Cristo e com ela a confirmação da inexistência da morte. Limitado pela ineficiência dos órgãos físicos da visão, habituou-se o Espírito encarnado a sofrer imensamente perante seus entes queridos que partem, achando que, por não poder vê-los, se ausentavam permanentemente de seu convívio.

“Por que procurais entre os mortos aquele que vive?” (Lucas, 24:5).  Por que procuramos os nossos que nos antecederam na grande viagem para o Além, entre os mortos? Jesus, que disse ser o Caminho, a Verdade e a Vida, não nos mostrou, de forma cabal e irrefutável, que a morte não passa de ilusão? Não nos mostrou que a vida continua e que outro mundo se descerra para além dos nossos sentidos?

Imaginemos uma criança que desde os primeiros momentos de sua vida no corpo físico tivesse o dom da vidência, não havendo para ela a separação entre o mundo de cá e o de lá e mesmo quando alguém morresse ainda assim continuasse a ver o Espírito do que havia partido. Como poderia ela aceitar a existência da morte?

Fora do corpo, o Espírito vibra num diapasão que os nossos olhos físicos não têm capacidade de captar e o que não se vê, muitas vezes é entendido como se não existisse. Há mais vida fora do corpo do que podemos imaginar. As limitações impostas pelo corpo deixam de existir e o Espírito, até mesmo o medianamente evoluído, adquire uma liberdade de movimentos que lhe permitem volitar, ou seja, voar, à velocidade do pensamento. Pode estar ao lado dos que ama num átimo de segundo.

Muitas vezes o Espírito desencarnado está ao nosso lado, quando lamentamos a sua ausência. Extasia-se com a beleza do mundo em que vive e compreende que o planeta Terra é apenas cópia do que de extraordinariamente belo existe em seu novo habitat. Ouve melodias inebriantes espalhadas pelo ar. As cores adquirem vida e as flores irradiam sons e perfumes, frente a tudo o que de belo vê, sente a necessidade de se curvar perante o Artífice do Belo e da Natureza.

Ao querer compartilhar da felicidade que sente no novo mundo, volta a sua atenção para os que ficaram e pede autorização, vem para junto deles, para lhes dizer que não lhe lamentem a morte, porque morto não está. Sabe da eternidade da vida, quer orientá-los para que trabalhem em favor próprio, a fim de conquistarem as condições necessárias para usufruírem de todas as belezas que ele, Espírito desencarnado, encontrou. Usando da intuição, insufla-lhes a ideia de que o caminho é a vivência do Evangelho trazido por Jesus. Que só crescemos quando nos doamos e que, repartindo-nos com os outros, diminuímos os nossos defeitos, que entravam a nossa marcha.

A morte nada mais é que a porta para um mundo que se torna tão mais maravilhoso quanto maiores forem os nossos méritos perante a justiça divina, méritos esses que adquirimos nas lutas diárias e na vivência do amor. A fuga a essas lutas ou mesmo a antecipação do nosso retorno, o que nos transformará em suicidas, nos fazem contrair dívidas maiores e consequentemente retardam a captação de tudo de belo que nos está reservado.

Devemos lutar sempre a boa luta, que é a de aproveitarmos o momento a que chamamos agora, para semearmos o bem à nossa volta. A morte não existe e é belo o que nos está reservado, se bem soubermos viver.  

         

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita