Aperfeiçoando a
capacidade
de
percepção
É absolutamente
inegável que
estamos vivendo
um momento
singular e, para
melhor entender
o seu alcance e
implicações,
precisamos
aguçar
consideravelmente
a nossa
capacidade
perceptiva.
Destacados
cientistas
sociais
sustentam, a
propósito, que a
percepção se dá
através do
esforço de abrir
a mente para se
compreender –
isto é, buscar
encontrar o
sentido – os
eventos que
estão ocorrendo,
bem como
responder a
eles.
Com efeito, os
fatos e
acontecimentos
têm uma dinâmica
peculiar e a nós
compete
assimilá-los
apropriadamente,
de modo a
extrairmos as
lições,
ensinamentos e
advertências que
podem nos
beneficiar. Mais
ainda, o
observador
minimamente
atento da
realidade humana
contemporânea
pode
descortinar, com
relativa
facilidade, que
mudanças
profundas estão
sendo executadas
em todo o
planeta. Muitos
devem estar
compreensivelmente
assustados com a
avalanche de
transformações e
eventos – alguns
devastadores,
sem dúvida – ora
em curso. Diante
disso, cabe
recordar a sábia
advertência do
apóstolo Paulo:
“E sabemos
que todas as
coisas
contribuem
juntamente para
o bem daqueles
que amam a Deus,
daqueles que são
chamados segundo
o seu propósito”
(Romanos, 8:
28).
O momento
presente,
portanto, nos
incita ao
esforço de
confiar
plenamente em
Deus e nas suas
deliberações
celestiais.
Analisando mais
detidamente o
versículo acima,
observaremos que
nele transborda
o sentimento de
otimismo. De
fato,
depreende-se que
tudo que nos
cerca está
subordinado a
uma instância
maior que a tudo
preside, isto é,
a vontade de
Deus. Há
inquestionavelmente
uma força
superior que
supervisiona
todos os eventos
que permeiam as
nossas
existências. Por
mais que os
indivíduos sejam
refratários às
coisas da fé,
chega o momento
da verdade para
todos. Ou seja,
aquele instante
no qual o
indivíduo
percebe com
clareza que o
seu poder nada
pode perante as
didáticas
determinações do
Criador.
Voltando à
capacidade
perceptiva, é
evidente que
todos
indistintamente
a possuem em
maior ou menor
grau. Ninguém
está impedido ou
impossibilitado
de ampliá-la.
Seja como for, o
quadro atual
demanda intensa
utilização dessa
habilidade para
entendermos os
acontecimentos,
assim como
mantermos a
serenidade e
confiança
necessárias.
Gradualmente, a
humanidade vai
percebendo as
aberrações ainda
presentes no
mundo e, em
consequência, se
esforça por
eliminá-las
completamente ou
pelo menos
mitigá-las.
Nesse sentido,
nota-se, por
exemplo, um
sentimento
generalizado de
repúdio aos
escândalos de
corrupção. Salvo
raras exceções,
as nações do
planeta estão
desenvolvendo
mecanismos que
coíbem ações
lesivas às
pessoas,
organizações e
instituições. A
corrupção
tornou-se um
comportamento
inaceitável em
nosso mundo e os
seus
perpetradores
tornaram-se
figuras
estigmatizadas.
Desnecessário
lembrar, aliás,
os males gerados
por esse
comportamento
nefando. Em
nosso país,
apenas para
ilustrar o
argumento,
personagens
proeminentes
estão
enfrentando –
como nunca antes
aconteceu –
situações
altamente
embaraçosas.
Empresários e
políticos que
agiam em conluio
para a
dilapidação do
patrimônio
público estão
presos e muitos
outros – ao que
tudo indica –
seguirão
brevemente o
mesmo caminho.
Trata-se de algo
impensável até o
passado recente,
mas que começou
a ocorrer
indicando
transformação
salutar para o
seio da nossa
sociedade. Os
delinquentes que
viveram anos e
anos homiziados
da justiça agora
se defrontam com
a advertência de
Jesus: “Pois
que aproveita ao
homem ganhar o
mundo inteiro,
se perder a sua
alma? Ou que
dará o homem em
recompensa da
sua alma?”
(Mateus, 16:
26). Desse
modo, muitos
deles, tachados
como vilões, e
consoante as
suas “obras
nefastas”, estão
deixando a vida
pública, as suas
carreiras
profissionais ou
atividades
empresariais sob
o signo do
repúdio,
críticas
acerbas,
amargor,
arrependimento
tardio e
remorso. Estão
passando aos
anais da
história como
criminosos
insensíveis,
arrivistas,
mentirosos,
derrotados
morais, enfim.
Por outro lado,
os desperdícios
de recursos, a
improficiência
crônica de
certos setores,
a indiferença
pela dor dos
semelhantes,
entre outras
distorções
comportamentais,
são coisas que
indignam cada
vez mais os
corações
humanos. Por
isso, mudanças
direcionadas à
exaltação da
capacidade,
competência e
valorização dos
mais aptos são
amplamente
aplaudidas pelo
conjunto da
sociedade que
espera sempre –
e com razão –
melhor serviço,
maximização dos
parcos recursos
e desempenho
otimizado.
Se olharmos bem,
verificaremos
que todos
aqueles que não
entenderam ainda
que Jesus Cristo
representa “a
porta” estão
colhendo amargas
derrotas
pessoais e
espirituais.
Particularmente
nas últimas três
décadas vimos
inúmeros
personagens de
relevo no
planeta que
foram
simplesmente
varridos pelos
ventos da
transição
espiritual que
dá mostras de
intenso vigor.
Mesmo as pessoas
pouco afeitas
aos exercícios
de introspecção
e autoanálise já
devem ter
percebido que “o
mal” vem sendo
amplamente
execrado pela
humanidade.
Aliás, tudo que
evoca ou ressuma
o mal vem sendo
severamente
punido ou
criticado.
Refiro-me aqui
às atitudes,
comportamentos,
ações, ideias,
concepções ou
mesmo omissões
que, de alguma
maneira,
sinalizem a
maldade
intrínseca dos
indivíduos ou
instituições por
eles dirigidas.
Se ampliarmos a
nossa percepção,
observaremos
que, a despeito
dos obstáculos e
adversidades, a
humanidade
caminha
inexoravelmente
para um futuro
melhor. Por fim,
tudo favorece ao
despertamento e
mudança interior
das pessoas.
Dentro desse
contexto, os que
não perceberam
que a noção do
bem se
tornou um
imperativo terão
certamente muito
a lamentar.