O Além e a Sobrevivência
do Ser
Léon
Denis
(Parte 2)
Continuamos nesta edição
a apresentar o
estudo do livro
O Além e a Sobrevivência
do Ser, de
autoria de Léon Denis,
com base na 8ª edição
publicada em português
pela Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. É verdade que no
final do século 19 e
início do século 20 o
estudo da personalidade
humana sofreu importante
guinada?
Sim. A infância do
século 20, sobretudo,
assinalou uma nova fase
do pensamento e da
ciência. Esta se afastou
das linhas acanhadas em
que esteve encerrada por
tão largo tempo, a fim
de levantar o voo, de
desenvolver seus meios
de investigação e de
apreciação e explorar os
vastos horizontes do
desconhecido. O estudo
do eu, da
personalidade humana,
passou do terreno da
metafísica para o da
observação e da
experiência. Entre as
ciências nascidas desse
movimento figura o
espiritualismo
experimental. (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
B. Foi por essa ocasião
que vultos eminentes da
ciência passaram a
reconhecer e afirmar a
realidade dos fenômenos
espíritas?
Sim. Cientistas
importantes,
anteriormente cépticos,
chegaram, por via de
estudos, de pesquisas e
de experiências, a
reconhecer e a afirmar a
realidade da maior parte
dos fenômenos espíritas.
Um deles, Sir William
Crookes, o mais notável
físico daquela época,
depois de haver
observado, durante três
anos, as materializações
do Espírito de Katie
King e de as haver
fotografado, declarou:
“Não digo: isto é
possível; digo: isto é
real.” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
C. Para Sir Oliver Lodge,
membro da Academia Real
e reitor da Universidade
de Birmingham, a
sobrevivência do ser era
um fato comprovado?
Sim. Eis o que ele
escreveu em The
Hilbert Journal e o
Light de 8 de
julho de 1911
reproduziu: “Falando por
conta própria e com
pleno sentimento de
minha responsabilidade,
dou testemunho de que,
como resultado das
investigações que fiz no
terreno do psiquismo,
adquiri por fim, mas de
modo inteiramente
gradual, a convicção em
que me mantenho após
vinte anos de estudo,
não só de que a
continuação da
existência pessoal é um
fato, como também de que
uma comunicação pode
ocasionalmente, embora
com dificuldade e em
condições especiais,
chegar-nos através do
espaço.” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
Texto
para leitura
22. Pode-se dizer que a
infância do século XX
assinala uma nova fase
do pensamento e da
ciência. Esta se afasta
cada vez mais das linhas
acanhadas em que esteve
encerrada por tão largo
tempo, a fim de levantar
o voo, de desenvolver
seus meios de
investigação e de
apreciação e explorar os
vastos horizontes do
desconhecido. (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
23. A psicologia,
notadamente, enveredou
por outros caminhos. O
estudo do eu, da
personalidade humana,
passou do terreno da
metafísica para o da
observação e da
experiência. Entre as
ciências nascidas deste
movimento figura o
espiritualismo
experimental. (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
24. Sob esta
denominação, o velho
Espiritismo, tão
escarnecido e
achincalhado, tantas
vezes enterrado,
reapareceu mais vivo e
vê aumentar dia a dia o
número de seus adeptos.
Não é isto bastante
singular? Nunca talvez
se vira um conjunto de
fatos, considerados a
princípio como
impossíveis, que não
despertavam, no
pensamento da maioria
dos homens, senão
antipatia, desconfiança,
desdém; que eram alvo da
hostilidade de muitas
instituições seculares,
acabar por se impor à
atenção e mesmo à
convicção de eminentes
cientistas, de sábios
competentes, cheios de
autoridade por suas
funções e seus
caracteres! (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
25. Esses homens,
anteriormente cépticos,
chegaram, por via de
estudos, de pesquisas,
de experiências, a
reconhecer e a afirmar a
realidade da maior parte
dos fenômenos espíritas.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
26. Sir William Crookes,
o mais notável físico
dos tempos modernos,
depois de ter observado,
durante três anos, as
materializações do
Espírito de Katie King e
de as haver fotografado,
declarou: “Não digo:
isto é possível; digo:
isto é real.” (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
27. Pretendeu-se que W.
Crookes se retratara.
Ora, à semelhante
insinuação ele próprio
respondeu no discurso
que proferiu por ocasião
da abertura do Congresso
de Bristol, como
presidente da
Associação Britânica
para o Adiantamento das
Ciências. Falando
dos fenômenos que
descrevera, acrescentou:
“Nada vejo de que me
deva retratar; mantenho
minhas declarações já
publicadas. Poderia
mesmo aditar-lhes muita
coisa.” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
28. Russel Wallace, da
Academia Real de
Londres, na obra
intitulada: O Milagre
e o Moderno
Espiritualismo,
descreve: “Eu era um
materialista tão
completo e experimentado
que não podia, nesse
tempo, achar lugar no
meu pensamento para a
concepção de uma
existência espiritual...
Os fatos, entretanto,
são obstinados: os fatos
me convenceram." (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
29. O professor Hyslop,
da Universidade de
Colúmbia, Nova York, em
seu relatório sobre a
mediunidade de Mrs.
Piper, médium de transe,
disse: “A julgar pelo
que eu próprio vi, não
sei como poderia
furtar-me à conclusão de
que a existência de uma
vida futura está
absolutamente
demonstrada.” (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
30. F. Myers, professor
em Cambridge, na bela
obra: A Personalidade
Humana, chega à
conclusão de que “vozes
e mensagens nos vêm de
além-túmulo”.
Falando de Mrs.
Thompson, acrescenta:
“Creio que a maioria
dessas mensagens parte
de Espíritos que se
servem temporariamente
do organismo dos
médiuns, para no-las
transmitir.” (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
31. Richard Hodgson,
presidente da
Sociedade Americana de
Pesquisas Psíquicas,
escrevia nos
Proceedings of Society
Psychical Research:
“Acredito, sem a menor
sombra de dúvida, que os
Espíritos que se
comunicam são de fato as
personalidades que dizem
ser; que sobreviveram à
mutação conhecida pelo
nome de morte e que se
comunicaram diretamente
conosco, pretensos
vivos, por intermédio do
organismo de Mrs. Piper
adormecida.” (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
32. O mesmo Richard
Hodgson, falecido em
dezembro de 1906, se
comunicou depois com seu
amigo James Hyslop,
entrando em minúcias
acerca das experiências
e dos trabalhos da
Sociedade de Pesquisas
Psíquicas. Explica
como, para ficar
absolutamente provada a
sua identidade, deviam
as experiências ser
conduzidas. (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
33. Essas comunicações
são feitas por
diferentes médiuns que
não se conhecem
reciprocamente e umas
confirmam as outras.
Notam-se as palavras e
as frases familiares, em
vida, aos que se
comunicam depois de
mortos. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
34. Sir Oliver Lodge,
reitor da Universidade
de Birmingham e membro
da Academia Real,
escreveu em The
Hilbert Journal o
seguinte, que o Light
de 8 de julho de
1911 reproduziu:
“Falando por conta
própria e com pleno
sentimento de minha
responsabilidade, dou
testemunho de que, como
resultado das
investigações que fiz no
terreno do psiquismo,
adquiri por fim, mas de
modo inteiramente
gradual, a convicção em
que me mantenho após
vinte anos de estudo,
não só de que a
continuação da
existência pessoal é um
fato, como também de que
uma comunicação pode
ocasionalmente, embora
com dificuldade e em
condições especiais,
chegar-nos através do
espaço.” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
35. Na conclusão do seu
recente livro A
Sobrevivência Humana,
acrescentou: “Não
vimos anunciar uma
verdade extraordinária;
nenhum novo meio de
comunicação trazemos,
mas apenas uma coleção
de provas de identidade
cuidadosamente colhidas,
por métodos
desenvolvidos, ainda que
antigos, mais exatos e
mais vizinhos da
perfeição talvez do que
os empregados até hoje.
Digo ‘provas
cuidadosamente
colhidas’, pois que os
estratagemas empregados
para a sua obtenção
foram postos em prática
de um e de outro lado da
barreira que separa o
mundo visível do
invisível; houve
distintamente cooperação
dos que vivem na matéria
e dos que já se
libertaram dela.” (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
36. O professor W.
Barrett, da Universidade
de Dublin, declara (Anais
das Ciências Psíquicas,
novembro e dezembro de
1911): “Sem dúvida, por
nossa parte acreditamos
haver alguma
inteligência ativa
operando por detrás do
automatismo (escrita
mecânica, transe e
incorporação) e fora
deste, uma inteligência
que mais provavelmente é
a pessoa morta que a
mesma inteligência
afirma ser do que
qualquer outra coisa que
possamos imaginar...
Dificilmente se
encontrará solução para
o problema dessas
mensagens e das
‘correspondências’ de
cooperação inteligente
entre certos Espíritos
desencarnados e os
nossos.” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
37. O célebre Lombroso,
professor da
Universidade de Turim,
escrevia na Lettura:
“Sinto-me forçado a
externar a convicção de
que os fenômenos
espíritas são de uma
importância enorme e que
é dever da Ciência
dirigir sem mais demora
sua atenção para essas
manifestações.” (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
(Continua no próximo
número.)
|