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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 474 - 17 de Julho de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

O Além e a Sobrevivência
do Ser

Léon Denis

(Parte 2)


Continuamos nesta edição a apresentar o estudo do livro O Além e a Sobrevivência do Ser, de autoria de Léon Denis, com base na 8ª edição publicada em português pela Federação Espírita Brasileira.
 

Questões preliminares 

A. É verdade que no final do século 19 e início do século 20 o estudo da personalidade humana sofreu importante guinada?  

Sim. A infância do século 20, sobretudo, assinalou uma nova fase do pensamento e da ciência. Esta se afastou das linhas acanhadas em que esteve encerrada por tão largo tempo, a fim de levantar o voo, de desenvolver seus meios de investigação e de apreciação e explorar os vastos horizontes do desconhecido. O estudo do eu, da personalidade humana, passou do terreno da metafísica para o da observação e da experiência. Entre as ciências nascidas desse movimento figura o espiritualismo experimental. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

B. Foi por essa ocasião que vultos eminentes da ciência passaram a reconhecer e afirmar a realidade dos fenômenos espíritas? 

Sim. Cientistas importantes, anteriormente cépticos, chegaram, por via de estudos, de pesquisas e de experiências, a reconhecer e a afirmar a realidade da maior parte dos fenômenos espíritas. Um deles, Sir William Crookes, o mais notável físico daquela época, depois de haver observado, durante três anos, as materializações do Espírito de Katie King e de as haver fotografado, declarou: “Não digo: isto é possível; digo: isto é real.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

C. Para Sir Oliver Lodge, membro da Academia Real e reitor da Universidade de Birmingham, a sobrevivência do ser era um fato comprovado? 

Sim. Eis o que ele escreveu em The Hilbert Journal e o Light de 8 de julho de 1911 reproduziu: “Falando por conta própria e com pleno sentimento de minha responsabilidade, dou testemunho de que, como resultado das investigações que fiz no terreno do psiquismo, adquiri por fim, mas de modo inteiramente gradual, a convicção em que me mantenho após vinte anos de estudo, não só de que a continuação da existência pessoal é um fato, como também de que uma comunicação pode ocasionalmente, embora com dificuldade e em condições especiais, chegar-nos através do espaço.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

Texto para leitura 

22. Pode-se dizer que a infância do século XX assinala uma nova fase do pensamento e da ciência. Esta se afasta cada vez mais das linhas acanhadas em que esteve encerrada por tão largo tempo, a fim de levantar o voo, de desenvolver seus meios de investigação e de apreciação e explorar os vastos horizontes do desconhecido. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

23. A psicologia, notadamente, enveredou por outros caminhos. O estudo do eu, da personalidade humana, passou do terreno da metafísica para o da observação e da experiência. Entre as ciências nascidas deste movimento figura o espiritualismo experimental. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

24. Sob esta denominação, o velho Espiritismo, tão escarnecido e achincalhado, tantas vezes enterrado, reapareceu mais vivo e vê aumentar dia a dia o número de seus adeptos. Não é isto bastante singular? Nunca talvez se vira um conjunto de fatos, considerados a princípio como impossíveis, que não despertavam, no pensamento da maioria dos homens, senão antipatia, desconfiança, desdém; que eram alvo da hostilidade de muitas instituições seculares, acabar por se impor à atenção e mesmo à convicção de eminentes cientistas, de sábios competentes, cheios de autoridade por suas funções e seus caracteres! (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

25. Esses homens, anteriormente cépticos, chegaram, por via de estudos, de pesquisas, de experiências, a reconhecer e a afirmar a realidade da maior parte dos fenômenos espíritas. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

26. Sir William Crookes, o mais notável físico dos tempos modernos, depois de ter observado, durante três anos, as materializações do Espírito de Katie King e de as haver fotografado, declarou: “Não digo: isto é possível; digo: isto é real.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

27. Pretendeu-se que W. Crookes se retratara. Ora, à semelhante insinuação ele próprio respondeu no discurso que proferiu por ocasião da abertura do Congresso de Bristol, como presidente da Associação Britânica para o Adiantamento das Ciências. Falando dos fenômenos que descrevera, acrescentou: “Nada vejo de que me deva retratar; mantenho minhas declarações já publicadas. Poderia mesmo aditar-lhes muita coisa.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

28. Russel Wallace, da Academia Real de Londres, na obra intitulada: O Milagre e o Moderno Espiritualismo, descreve: “Eu era um materialista tão completo e experimentado que não podia, nesse tempo, achar lugar no meu pensamento para a concepção de uma existência espiritual... Os fatos, entretanto, são obstinados: os fatos me convenceram." (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

29. O professor Hyslop, da Universidade de Colúmbia, Nova York, em seu relatório sobre a mediunidade de Mrs. Piper, médium de transe, disse: “A julgar pelo que eu próprio vi, não sei como poderia furtar-me à conclusão de que a existência de uma vida futura está absolutamente demonstrada.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

30. F. Myers, professor em Cambridge, na bela obra: A Personalidade Humana, chega à conclusão de que “vozes e mensagens nos vêm de além-túmulo”. Falando de Mrs. Thompson, acrescenta: “Creio que a maioria dessas mensagens parte de Espíritos que se servem temporariamente do organismo dos médiuns, para no-las transmitir.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

31. Richard Hodgson, presidente da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, escrevia nos Proceedings of Society Psychical Research:  “Acredito, sem a menor sombra de dúvida, que os Espíritos que se comunicam são de fato as personalidades que dizem ser; que sobreviveram à mutação conhecida pelo nome de morte e que se comunicaram diretamente conosco, pretensos vivos, por intermédio do organismo de Mrs. Piper adormecida.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

32. O mesmo Richard Hodgson, falecido em dezembro de 1906, se comunicou depois com seu amigo James Hyslop, entrando em minúcias acerca das experiências e dos trabalhos da Sociedade de Pesquisas Psíquicas. Explica como, para ficar absolutamente provada a sua identidade, deviam as experiências ser conduzidas. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

33. Essas comunicações são feitas por diferentes médiuns que não se conhecem reciprocamente e umas confirmam as outras. Notam-se as palavras e as frases familiares, em vida, aos que se comunicam depois de mortos. (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

34. Sir Oliver Lodge, reitor da Universidade de Birmingham e membro da Academia Real, escreveu em The Hilbert Journal o seguinte, que o Light de 8 de julho de 1911 reproduziu: “Falando por conta própria e com pleno sentimento de minha responsabilidade, dou testemunho de que, como resultado das investigações que fiz no terreno do psiquismo, adquiri por fim, mas de modo inteiramente gradual, a convicção em que me mantenho após vinte anos de estudo, não só de que a continuação da existência pessoal é um fato, como também de que uma comunicação pode ocasionalmente, embora com dificuldade e em condições especiais, chegar-nos através do espaço.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

35. Na conclusão do seu recente livro A Sobrevivência Humana, acrescentou: “Não vimos anunciar uma verdade extraordinária; nenhum novo meio de comunicação trazemos, mas apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas, por métodos desenvolvidos, ainda que antigos, mais exatos e mais vizinhos da perfeição talvez do que os empregados até hoje. Digo ‘provas cuidadosamente colhidas’, pois que os estratagemas empregados para a sua obtenção foram postos em prática de um e de outro lado da barreira que separa o mundo visível do invisível; houve distintamente cooperação dos que vivem na matéria e dos que já se libertaram dela.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

36. O professor W. Barrett, da Universidade de Dublin, declara (Anais das Ciências Psíquicas, novembro e dezembro de 1911): “Sem dúvida, por nossa parte acreditamos haver alguma inteligência ativa operando por detrás do automatismo (escrita mecânica, transe e incorporação) e fora deste, uma inteligência que mais provavelmente é a pessoa morta que a mesma inteligência afirma ser do que qualquer outra coisa que possamos imaginar... Dificilmente se encontrará solução para o problema dessas mensagens e das ‘correspondências’ de cooperação inteligente entre certos Espíritos desencarnados e os nossos.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

37. O célebre Lombroso, professor da Universidade de Turim, escrevia na Lettura: “Sinto-me forçado a externar a convicção de que os fenômenos espíritas são de uma importância enorme e que é dever da Ciência dirigir sem mais demora sua atenção para essas manifestações.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita