Tormentos da
Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 40)
Damos
prosseguimento
ao
estudo metódico
e sequencial do
livro Tormentos
da Obsessão, obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada em 2001.
Questões
preliminares
A. O
comportamento do
paciente tem
influência sobre
sua saúde?
Sim. Segundo dr.
Orlando Messier,
a conduta do
paciente em
recuperação
influi
diretamente no
processo de
preservação da
saúde, cabendo,
portanto, a ele
evitar as
perturbadoras
recidivas que
invariavelmente
acontecem por
novos desvios de
comportamento,
por falta de
identificação
com os valores
enobrecedores da
vida, por abuso
e desgaste das
energias nos
prazeres
exorbitantes e
primários. “Em
cada de um nós –
diz dr. Messier
– se encontram
ínsitos os
valores da saúde
e da doença,
dependendo da
ocorrência de
fenômenos
adequados para a
sua
manifestação...”
(Tormentos da
Obsessão, cap.
20 – Terapias
enriquecedoras.)
B. Que razões
levam um
Espírito a ficar
encapsulado,
como o autor
desta obra
verificou em uma
das enfermarias
do Sanatório
Esperança?
O processo
citado foi
causado pelo
próprio
Espírito.
Segundo dr.
Orlando Messier,
a mente produz
material
conforme sua
própria vontade,
criando asas
para a ascensão
ou presídio para
a escravidão.
Aquele Espírito
era prisioneiro
de si mesmo. Ele
se
encapsulara
em fortes teias
mentais
degenerativas
que o vinham
retendo desde
quando se
encontrava na
Terra e
permanecera
assim, oculto
nessa triste
forma, por
vários anos após
a viagem de
retorno ao plano
espiritual. O
Espírito assim
revestido
movia-se com
dificuldade,
aprisionado por
resistentes fios
sucessivos que o
imobilizavam
quase,
apertando-o no
hórrido
envoltório de
coloração cinza
e estrutura
viscosa.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
21 – Experiência
incomum.)
C. Que é
necessário para
libertar o
Espírito do
casulo que
ele próprio
produzira?
Em casos assim,
como de fato se
viu, a
providência
seria o
desligamento por
meio de um ato
cirúrgico. Para
esse fim, o
enfermo foi
removido para um
local
previamente
preparado. O
casulo, que
tinha a dimensão
de um homem,
exteriorizava na
parte superior a
exsudação que se
convertia em fio
espesso sempre
se concentrando
em volta da
cápsula densa.
Dr. Orlando
Messier fez uma
oração fervorosa
suplicando o
auxílio divino
e, em seguida,
auxiliado por
dois médicos,
procedeu à
cirurgia.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
21 – Experiência
incomum.)
Texto para
leitura
207. A
conduta do
indivíduo influi
sobre sua saúde
–
Prosseguindo em
suas
explicações, dr.
Messier disse:
“Reconhecendo e
valorizando a
contribuição
científica dos
nobres
pesquisadores e
dos resultados
das suas
conquistas em
favor dos
pacientes
depressivos como
de outras
enfermidades, a
conduta do
recuperado terá
muito que ver
com o seu
processo de
preservação da
saúde, evitando
as perturbadoras
recidivas que
invariavelmente
acontecem por
novos desvios de
comportamento,
por falta de
identificação
com os valores
enobrecedores da
vida, por abuso
e desgaste das
energias nos
prazeres
exorbitantes e
primários.
Avançamos, a
pouco e pouco,
para a
eliminação das
terapias
realizadas
mediante a
aplicação de
drogas que, por
enquanto, ainda
se fazem
necessárias.
Relatórios
cuidadosos
atestam que
existem, neste
momento,
aproximadamente
duzentos tipos
de psicoterapias
variadas,
incluindo-se,
bem se vê,
aquelas
denominadas
alternativas
que, em
diferentes
regiões do
planeta,
oferecem
resultado
positivo, desde
as denominadas
fitoterapia,
acupuntura,
bioenergia,
florais de Bach,
energização
através de
metais, de
cristais, de
perfumes e
óleos, de do-in,
de Reiki, etc.,
auxiliando o ser
humano na
conquista e no
encontro de si
mesmo”. Dito
isso,
acrescentou: “Em
cada de um nós
se encontram
ínsitos os
valores da saúde
e da doença,
dependendo da
ocorrência de
fenômenos
adequados para a
sua
manifestação...”
(Tormentos da
Obsessão, cap.
20 – Terapias
enriquecedoras.)
208. O
caso Evaldo,
prisioneiro de
si mesmo
– O médico e
seus
acompanhantes
entraram, em
seguida, em uma
outra enfermaria
do Sanatório
Esperança, cuja
psicosfera
apresentava-se
densa e o
ambiente
fracamente
iluminado, a fim
de manter os
pacientes na
condição em que
se apresentavam.
Os que ali
trabalhavam
movimentavam-se
em silêncio
respeitoso,
procurando
irradiar
tranquilidade e
compaixão.
Ouvia-se o
ressonar ruidoso
dos internos, e
espaçadamente
alguns estranhos
ruídos guturais,
que poderiam ser
gritos ou apelos
sufocados na
angústia que os
dominava. Manoel
P. de Miranda,
ao acercar-se de
um dos leitos,
deparou-se com
uma cena
surpreendente.
Sobre a cama
havia algo
semelhante a um
casulo de
expressiva
proporção, como
um envoltório
mumificador
ocultando o
Espírito que se
encontrava
revestido por
essa forma
estranha. O
Espírito assim
revestido
movia-se com
dificuldade,
aprisionado por
resistentes fios
sucessivos que o
imobilizavam
quase,
apertando-o no
hórrido
envoltório de
coloração cinza
e estrutura
viscosa. “A
mente —
sussurrou o
esculápio,
discretamente —
produz material
conforme a sua
própria vontade,
criando asas
para a ascensão
ou presídio para
a escravidão. O
irmão Evaldo é
prisioneiro de
si mesmo. Não
anotamos mais
graves anomalias
no perispírito,
no entanto,
encapsulou-se em
fortes teias
mentais
degenerativas
que o vêm
retendo desde
quando se
encontrava na
Terra,
interrompendo-lhe
a bênção da
reencarnação.
Oculto nessa
triste forma por
vários anos após
a viagem de
retorno, soa-lhe
o momento de
iniciar-se o seu
processo de
libertação, para
o despertar da
consciência em
torno das
responsabilidades
que lhe dizem
respeito. A vida
é incorruptível
e jamais pode
ter o seu curso
alterado
indefinidamente.
A inefável
misericórdia do
Pai está sempre
vigilante, a fim
de que todos os
Seus filhos
alcancemos a
plenitude que
nos está
destinada.”
(Tormentos da
Obsessão, cap.
21 – Experiência
incomum.)
209.
Cirurgia
perispiritual
– Silenciando, o
médico analisou
o paciente
demoradamente,
detendo-se na
área cerebral
igualmente
oculta. O seu
olhar penetrante
alcançava o ser
infeliz que se
escondia de si
mesmo e gerara
mentalmente o
casulo para
refugiar-se. O
atendente
espiritual, que
dele cuidava,
acercou-se
prestimoso e
explicou que as
providências
para o ato
cirúrgico haviam
sido tomadas,
estando a equipe
aguardando no
centro destinado
a esse fim.
Anuindo à
elucidação, dr.
Orlando
autorizou a
remoção do
enfermo para a
sala reservada
para o mister. O
paciente foi
levado até o
local. O casulo,
que tinha a
dimensão de um
homem,
exteriorizava na
parte superior a
exsudação que se
convertia em fio
espesso sempre
se concentrando
em volta da
cápsula densa.
Logo depois de
ser proferida
por dr. Orlando
uma oração
fervorosa
suplicando o
auxílio divino,
dois médicos a
seu lado tomaram
posição em volta
do paciente.
Tudo fazia
recordar um
tratamento
cirúrgico
conforme os
padrões
conhecidos no
mundo físico.
Havia o
instrumentador,
o anestesista,
que permaneciam
concentrados,
irradiando
energia calmante
que se
direcionava para
o chakra
cerebral do
adormecido e
dois outros
enfermeiros
auxiliares, que
aguardavam
instruções. O
paciente
encontrava-se
sob ação
hipnótica de uma
energia que lhe
chegava como
ressonância
psíquica e que o
mantinha na
estranha
autopunição. Em
verdade, ele
padecia um
processo
obsessivo à
distância, que
deveria ser
interrompido com
muito cuidado. O
anestesista
acercou-se mais
e começou a
aplicar
bioenergia
dispersiva na
área do chakra
coronário, onde
se adensavam
campos de
magnetismo
perturbador,
como se podia
depreender pela
coloração escura
condensada. À
medida que eram
aplicados os
recursos
libertadores e
diluídas as
sucessivas
camadas que
cobriam a
região,
interrompeu-se o
fluxo exterior e
o paciente
agitou-se por
alguns segundos
dentro do
envoltório
confrangedor.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
21 – Experiência
incomum.)
210. Uma
tarefa delicada
– Dr. Orlando
Messier,
utilizando-se de
uma lâmina
semelhante a um
bisturi a laser,
tentava cortar
os fios
superpostos uns
e
interpenetrados
outros, para
alcançar a
cabeça do
enfermo. A
delicada tarefa
era feita com
perfeição,
cortando os mais
viscosos,
exteriores, e
adentrando-se
naqueles que se
encontravam
consolidados
internamente. O
cirurgião
auxiliar,
utilizando-se de
uma pinça
própria,
mantinha aberta
a pequena
cavidade,
enquanto era
aprofundado o
corte. À medida
que se fazia a
incisão, aqueles
fios grosseiros
desmanchavam-se
e se
transformavam em
um líquido
nauseabundo, que
escorria pela
carapaça e a
mesa, caindo no
piso. Os
enfermeiros
vigilantes
recolhiam-no com
vasilhames
especiais,
mantendo a
assepsia do
ambiente. A
incisão deveria
medir dez
centímetros mais
ou menos,
tornando-se mais
cuidadosa à
medida que se
acercava do ser
espiritual ali
encarcerado.
Logo depois, o
outro médico
ampliou-a de
forma que
alcançasse a
dimensão de toda
a cabeça numa
linha reta.
Nesse instante,
dr. Messier
começou a
bloquear o campo
coronário com
algo semelhante
a uma atadura
que irradiava
peculiar
vibração para
que
impossibilitasse
a exteriorização
do psiquismo
doentio do
cirurgiado.
Miranda notou,
então, para
surpresa sua,
que era o
próprio paciente
quem emitia as
sucessivas
cargas de
energia
deletéria que
lhe procedia da
mente fixada na
autopunição.
Quando a cabeça
pôde ser vista,
ele percebeu que
do seu interior
vinham as ondas
excêntricas,
agora com menor
intensidade,
porque
parcialmente
impedidas pelo
tecido
vibratório de
proteção, para
evitar a
ocorrência do
processo danoso.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
21 – Experiência
incomum.)
(Continua no
próximo número.)