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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 474 - 17 de Julho de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 


Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 40)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. O comportamento do paciente tem influência sobre sua saúde?

Sim. Segundo dr. Orlando Messier, a conduta do paciente em recuperação influi diretamente no processo de preservação da saúde, cabendo, portanto, a ele evitar as perturbadoras recidivas que invariavelmente acontecem por novos desvios de comportamento, por falta de identificação com os valores enobrecedores da vida, por abuso e desgaste das energias nos prazeres exorbitantes e primários. “Em cada de um nós – diz dr. Messier – se encontram ínsitos os valores da saúde e da doença, dependendo da ocorrência de fenômenos adequados para a sua manifestação...” (Tormentos da Obsessão, cap. 20 – Terapias enriquecedoras.)

B. Que razões levam um Espírito a ficar encapsulado, como o autor desta obra verificou em uma das enfermarias do Sanatório Esperança?

O processo citado foi causado pelo próprio Espírito. Segundo dr. Orlando Messier, a mente produz material conforme sua própria vontade, criando asas para a ascensão ou presídio para a escravidão. Aquele Espírito era prisioneiro de si mesmo. Ele se encapsulara em fortes teias mentais degenerativas que o vinham retendo desde quando se encontrava na Terra e permanecera assim, oculto nessa triste forma, por vários anos após a viagem de retorno ao plano espiritual. O Espírito assim revestido movia-se com dificuldade, aprisionado por resistentes fios sucessivos que o imobilizavam quase, apertando-o no hórrido envoltório de coloração cinza e estrutura viscosa. (Tormentos da Obsessão, cap. 21 – Experiência incomum.)

C. Que é necessário para libertar o Espírito do casulo que ele próprio produzira?

Em casos assim, como de fato se viu, a providência seria o desligamento por meio de um ato cirúrgico. Para esse fim, o enfermo foi removido para um local previamente preparado. O casulo, que tinha a dimensão de um homem, exteriorizava na parte superior a exsudação que se convertia em fio espesso sempre se concentrando em volta da cápsula densa. Dr. Orlando Messier fez uma oração fervorosa suplicando o auxílio divino e, em seguida, auxiliado por dois médicos, procedeu à cirurgia. (Tormentos da Obsessão, cap. 21 – Experiência incomum.)

Texto para leitura 

207. A conduta do indivíduo influi sobre sua saúde – Prosseguindo em suas explicações, dr. Messier disse: “Reconhecendo e valorizando a contribuição científica dos nobres pesquisadores e dos resultados das suas conquistas em favor dos pacientes depressivos como de outras enfermidades, a conduta do recuperado terá muito que ver com o seu processo de preservação da saúde, evitando as perturbadoras recidivas que invariavelmente acontecem por novos desvios de comportamento, por falta de identificação com os valores enobrecedores da vida, por abuso e desgaste das energias nos prazeres exorbitantes e primários. Avançamos, a pouco e pouco, para a eliminação das terapias realizadas mediante a aplicação de drogas que, por enquanto, ainda se fazem necessárias. Relatórios cuidadosos atestam que existem, neste momento, aproximadamente duzentos tipos de psicoterapias variadas, incluindo-se, bem se vê, aquelas denominadas alternativas que, em diferentes regiões do planeta, oferecem resultado positivo, desde as denominadas fitoterapia, acupuntura, bioenergia, florais de Bach, energização através de metais, de cristais, de perfumes e óleos, de do-in, de Reiki, etc., auxiliando o ser humano na conquista e no encontro de si mesmo”. Dito isso, acrescentou: “Em cada de um nós se encontram ínsitos os valores da saúde e da doença, dependendo da ocorrência de fenômenos adequados para a sua manifestação...” (Tormentos da Obsessão, cap. 20 – Terapias enriquecedoras.) 

208. O caso Evaldo, prisioneiro de si mesmo – O médico e seus acompanhantes entraram, em seguida, em uma outra enfermaria do Sanatório Esperança, cuja psicosfera apresentava-se densa e o ambiente fracamente iluminado, a fim de manter os pacientes na condição em que se apresentavam. Os que ali trabalhavam movimentavam-se em silêncio respeitoso, procurando irradiar tranquilidade e compaixão. Ouvia-se o ressonar ruidoso dos internos, e espaçadamente alguns estranhos ruídos guturais, que poderiam ser gritos ou apelos sufocados na angústia que os dominava. Manoel P. de Miranda, ao acercar-se de um dos leitos, deparou-se com uma cena surpreendente. Sobre a cama havia algo semelhante a um casulo de expressiva proporção, como um envoltório mumificador ocultando o Espírito que se encontrava revestido por essa forma estranha. O Espírito assim revestido movia-se com dificuldade, aprisionado por resistentes fios sucessivos que o imobilizavam quase, apertando-o no hórrido envoltório de coloração cinza e estrutura viscosa. “A mente — sussurrou o esculápio, discretamente — produz material conforme a sua própria vontade, criando asas para a ascensão ou presídio para a escravidão. O irmão Evaldo é prisioneiro de si mesmo. Não anotamos mais graves anomalias no perispírito, no entanto, encapsulou-se em fortes teias mentais degenerativas que o vêm retendo desde quando se encontrava na Terra, interrompendo-lhe a bênção da reencarnação. Oculto nessa triste forma por vários anos após a viagem de retorno, soa-lhe o momento de iniciar-se o seu processo de libertação, para o despertar da consciência em torno das responsabilidades que lhe dizem respeito. A vida é incorruptível e jamais pode ter o seu curso alterado indefinidamente. A inefável misericórdia do Pai está sempre vigilante, a fim de que todos os Seus filhos alcancemos a plenitude que nos está destinada.” (Tormentos da Obsessão, cap. 21 – Experiência incomum.)

209. Cirurgia perispiritual – Silenciando, o médico analisou o paciente demoradamente, detendo-se na área cerebral igualmente oculta. O seu olhar penetrante alcançava o ser infeliz que se escondia de si mesmo e gerara mentalmente o casulo para refugiar-se. O atendente espiritual, que dele cuidava, acercou-se prestimoso e explicou que as providências para o ato cirúrgico haviam sido tomadas, estando a equipe aguardando no centro destinado a esse fim. Anuindo à elucidação, dr. Orlando autorizou a remoção do enfermo para a sala reservada para o mister. O paciente foi levado até o local. O casulo, que tinha a dimensão de um homem, exteriorizava na parte superior a exsudação que se convertia em fio espesso sempre se concentrando em volta da cápsula densa. Logo depois de ser proferida por dr. Orlando uma oração fervorosa suplicando o auxílio divino, dois médicos a seu lado tomaram posição em volta do paciente. Tudo fazia recordar um tratamento cirúrgico conforme os padrões conhecidos no mundo físico. Havia o instrumentador, o anestesista, que permaneciam concentrados, irradiando energia calmante que se direcionava para o chakra cerebral do adormecido e dois outros enfermeiros auxiliares, que aguardavam instruções. O paciente encontrava-se sob ação hipnótica de uma energia que lhe chegava como ressonância psíquica e que o mantinha na estranha autopunição. Em verdade, ele padecia um processo obsessivo à distância, que deveria ser interrompido com muito cuidado. O anestesista acercou-se mais e começou a aplicar bioenergia dispersiva na área do chakra coronário, onde se adensavam campos de magnetismo perturbador, como se podia depreender pela coloração escura condensada. À medida que eram aplicados os recursos libertadores e diluídas as sucessivas camadas que cobriam a região, interrompeu-se o fluxo exterior e o paciente agitou-se por alguns segundos dentro do envoltório confrangedor. (Tormentos da Obsessão, cap. 21 – Experiência incomum.) 

210. Uma tarefa delicada – Dr. Orlando Messier, utilizando-se de uma lâmina semelhante a um bisturi a laser, tentava cortar os fios superpostos uns e interpenetrados outros, para alcançar a cabeça do enfermo. A delicada tarefa era feita com perfeição, cortando os mais viscosos, exteriores, e adentrando-se naqueles que se encontravam consolidados internamente. O cirurgião auxiliar, utilizando-se de uma pinça própria, mantinha aberta a pequena cavidade, enquanto era aprofundado o corte. À medida que se fazia a incisão, aqueles fios grosseiros desmanchavam-se e se transformavam em um líquido nauseabundo, que escorria pela carapaça e a mesa, caindo no piso. Os enfermeiros vigilantes recolhiam-no com vasilhames especiais, mantendo a assepsia do ambiente. A incisão deveria medir dez centímetros mais ou menos, tornando-se mais cuidadosa à medida que se acercava do ser espiritual ali encarcerado. Logo depois, o outro médico ampliou-a de forma que alcançasse a dimensão de toda a cabeça numa linha reta. Nesse instante, dr. Messier começou a bloquear o campo coronário com algo semelhante a uma atadura que irradiava peculiar vibração para que impossibilitasse a exteriorização do psiquismo doentio do cirurgiado. Miranda notou, então, para surpresa sua, que era o próprio paciente quem emitia as sucessivas cargas de energia deletéria que lhe procedia da mente fixada na autopunição. Quando a cabeça pôde ser vista, ele percebeu que do seu interior vinham as ondas excêntricas, agora com menor intensidade, porque parcialmente impedidas pelo tecido vibratório de proteção, para evitar a ocorrência do processo danoso. (Tormentos da Obsessão, cap. 21 – Experiência incomum.) (Continua no próximo número.)




 


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