O leitor Marconi Miranda, de
Juiz de Fora (MG), em
mensagem publicada na seção
de Cartas desta mesma
edição, escreveu-nos:
Gostaria de saber sobre o
transporte dos Espíritos. No
Livro dos Espíritos
é dito que os Espíritos
estão por toda a parte,
acotovelando-nos. Existem as
colônias e no filme/livro
nosso lar André Luiz usa o
Aeróbus para vir à Terra.
Como funciona? Alguns ficam
nas Colônias, outros soltos
na Terra e outros Planetas?
e os que estão por toda a
parte para irem para as
Colônias têm que ir por
algum meio de transporte?
É preciso, para responder à
questão proposta, ver o que
nos foi dito pelos
instrutores espirituais em
resposta às perguntas que
Allan Kardec lhes
apresentou, como adiante
mostramos. As respostas
integram a principal obra do
Espiritismo, O Livro dos
Espíritos, nas questões
89 a 91:
89. Os Espíritos gastam
algum tempo para percorrer o
espaço? “Sim, mas fazem-no
com a rapidez do
pensamento.”
a) O pensamento não é a
própria alma que se
transporta? “Quando o
pensamento está em alguma
parte, a alma também aí
está, pois que é a alma quem
pensa. O pensamento é um
atributo.”
90. O Espírito que se
transporta de um lugar a
outro tem consciência da
distância que percorre e dos
espaços que atravessa, ou é
subitamente transportado ao
lugar onde quer ir? “Dá-se
uma e outra coisa. O
Espírito pode perfeitamente,
se o quiser, inteirar-se da
distância que percorre, mas
também essa distância pode
desaparecer completamente,
dependendo isso da sua
vontade, bem como da sua
natureza mais ou menos
depurada.”
91. A matéria opõe obstáculo
ao Espírito? “Nenhum; eles
passam através de tudo. O
ar, a terra, as águas e até
mesmo o fogo lhes são
igualmente acessíveis.”
Vê-se que não existe na obra
citada referência a nenhum
meio de transporte, mas sim
a informação de que a
velocidade de deslocamento
do Espírito pode variar
conforme seja o seu desejo e
sua natureza mais ou menos
depurada.
Na obra de André Luiz, mas
não somente nela, surgiram
informações interessantes a
respeito de meios de
transporte utilizados nas
colônias e cidades
espirituais, como o aeróbus
e alguns veículos puxados
por animais, como as nossas
conhecidas charretes.
André Luiz descreve o
aeróbus como sendo um carro
suspenso do solo a uma
altura de cinco metros, do
tipo funicular, em que o
sistema de tração se fazia
naquela época (entre o final
dos anos 1930 e início da
década de 1940) por meio de
cabos, como os teleféricos.
Constituído de material
muito flexível, tal veículo
tinha grande comprimento e
parecia – conforme descrição
feita por André – ligado a
fios invisíveis. Muito
veloz, o aeróbus era
utilizado no deslocamento
dos Espíritos domiciliados
na colônia espiritual “Nosso
Lar”.
Mais informações o leitor
pode encontrar no cap. 10,
pp. 59 e 60, do livro
Nosso Lar, obra
psicografada por Chico
Xavier.
Outra informação
interessante a respeito do
modo como os Espíritos se
locomovem apareceu também na
obra de André Luiz. Aludimos
à chamada volitação, pela
qual os Espíritos não
caminham, mas se deslocam a
certa distância do solo.
Segundo Calderaro, a
volitação é um recurso que
depende, fundamentalmente,
da força mental armazenada
pela inteligência, mas os
voos mais altos do Espírito
só são possíveis quando se
alia, à intelectualidade
elevada, o amor sublime. Na
colônia "Nosso Lar" era,
contudo, muito comum ver
entidades incapacitadas de
usar a possibilidade de
volitar.
Informações sobre volitação
o leitor encontrará no cap.
17 do livro No Mundo
Maior e no cap. 15 do
livro Os Mensageiros,
ambos de André Luiz, bem
como no cap. 10 do livro
Tormentos da Obsessão,
de Manoel Philomeno de
Miranda, psicografado por
Divaldo Franco.
Fora das informações acima,
ignoramos outras que digam
respeito ao deslocamento dos
Espíritos entre um orbe e
outro.
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