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O Espiritismo responde
Ano 10 - N° 475 - 24 de Julho de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
O leitor Marconi Miranda, de Juiz de Fora (MG), em mensagem publicada na seção de Cartas desta mesma edição, escreveu-nos: 

Gostaria de saber sobre o transporte dos Espíritos. No Livro dos Espíritos  é dito que os Espíritos estão por toda a parte, acotovelando-nos. Existem as colônias e no filme/livro nosso lar André Luiz usa o Aeróbus para vir à Terra. Como funciona? Alguns ficam nas Colônias, outros soltos na Terra e outros Planetas? e os que estão por toda a parte para irem para as Colônias têm que ir por algum meio de transporte? 

É preciso, para responder à questão proposta, ver o que nos foi dito pelos instrutores espirituais em resposta às perguntas que Allan Kardec lhes apresentou, como adiante mostramos. As respostas integram a principal obra do Espiritismo, O Livro dos Espíritos, nas questões 89 a 91: 

89. Os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço?  “Sim, mas fazem-no com a rapidez do pensamento.”

a) O pensamento não é a própria alma que se transporta? “Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O pensamento é um atributo.”

90. O Espírito que se transporta de um lugar a outro tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, ou é subitamente transportado ao lugar onde quer ir? “Dá-se uma e outra coisa. O Espírito pode perfeitamente, se o quiser, inteirar-se da distância que percorre, mas também essa distância pode desaparecer completamente, dependendo isso da sua vontade, bem como da sua natureza mais ou menos depurada.”

91. A matéria opõe obstáculo ao Espírito? “Nenhum; eles passam através de tudo. O ar, a terra, as águas e até mesmo o fogo lhes são igualmente acessíveis.” 

Vê-se que não existe na obra citada referência a nenhum meio de transporte, mas sim a informação de que a velocidade de deslocamento do Espírito pode variar conforme seja o seu desejo e sua natureza mais ou menos depurada.

Na obra de André Luiz, mas não somente nela, surgiram informações interessantes a respeito de meios de transporte utilizados nas colônias e cidades espirituais, como o aeróbus e alguns veículos puxados por animais, como as nossas conhecidas charretes.

André Luiz descreve o aeróbus como sendo um carro suspenso do solo a uma altura de cinco metros, do tipo funicular, em que o sistema de tração se fazia naquela época (entre o final dos anos 1930 e início da década de 1940) por meio de cabos, como os teleféricos. Constituído de material muito flexível, tal veículo tinha grande comprimento e parecia – conforme descrição feita por André – ligado a fios invisíveis. Muito veloz, o aeróbus era utilizado no deslocamento dos Espíritos domiciliados na colônia espiritual “Nosso Lar”.

Mais informações o leitor pode encontrar no cap. 10, pp. 59 e 60, do livro Nosso Lar, obra psicografada por Chico Xavier.

Outra informação interessante a respeito do modo como os Espíritos se locomovem apareceu também na obra de André Luiz. Aludimos à chamada volitação, pela qual os Espíritos não caminham, mas se deslocam a certa distância do solo. Segundo Calderaro, a volitação é um recurso que depende, fundamentalmente, da força mental armazenada pela inteligência, mas os voos mais altos do Espírito só são possíveis quando se alia, à intelectualidade elevada, o amor sublime. Na colônia "Nosso Lar" era, contudo, muito comum ver entidades incapacitadas de usar a possibilidade de volitar.

Informações sobre volitação o leitor encontrará no cap. 17 do livro No Mundo Maior e no cap. 15 do livro Os Mensageiros, ambos de André Luiz, bem como no cap. 10 do livro Tormentos da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Franco.

Fora das informações acima, ignoramos outras que digam respeito ao deslocamento dos Espíritos entre um orbe e outro.
 


 
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