Reflexões em torno
do
dinheiro
São muitas as
considerações que se
fazem sobre o dinheiro e
o homem, como estas
apreciações antigas sem
identificação de autor:
“Se um homem corre atrás
do dinheiro, é
ganancioso.
Se o guarda, é avarento.
Se o emprega em negócio
útil, é capitalista.
Se o gasta, é pródigo.
Se o não consegue, é
inútil.
Se não procura
consegui-lo, é
preguiçoso.
Se o consegue sem haver
trabalhado, é um
parasita.
Se o acumula depois de
um trabalho duro e
honesto, todo mundo o
chama de idiota, por não
ter sabido gozar a
vida...”
Tapemos a boca do mundo,
se formos capazes de
fazê-lo!
Como dizia um velho
amigo, são três barras
que põem o homem a se
perder: barra de saia –
a mulher; barra de
fazenda – divisão de
imóvel; e barra de ouro,
pelo apego, ganância e
avareza.
A humildade e a caridade
são as ferramentas para
combatermos em nós as
más paixões, como o
orgulho e o egoísmo.
Como será que nos temos
comportado?
Vejamos agora uma série
de pensadores que
refletiram sobre a
questão do dinheiro em
nossa vida.
O empresário e
empreendedor americano
Sam Walton relaciona o
nosso bom desempenho no
emprego com o dinheiro
garantindo o nosso
salário: “Clientes podem
demitir todos de uma
empresa, do alto
executivo para baixo,
simplesmente gastando
seu dinheiro em algum
outro lugar”.
O ator e produtor de
cinema, música e
televisão, que usa o
nome artístico de Will
Smith, fala do dinheiro
e de se viver das
aparências para
impressionar: “Muitos
gastam dinheiro que
ainda não ganharam,
comprando coisas de que
não precisam, para
impressionar pessoas de
quem não gostam”.
Bob Marley, cantor,
guitarrista e compositor
jamaicano, considerado o
mais conhecido músico de
reggae de todos os
tempos, demonstrando
desapego, afirmou:
“Dinheiro é número, e
números nunca acabam.
Portanto, se você busca
dinheiro para ser feliz,
sua busca pela
felicidade nunca
acabará”.
O escritor gaúcho que
fez enorme sucesso com o
livro Olhai os lírios
do campo, cujo
romance foi para a
televisão como novela,
Érico Veríssimo,
recomenda não se deixar
cegar pelo dinheiro ou
sucesso: “Precisamos dar
um sentido humano às
nossas construções. E,
quando o amor ao
dinheiro e ao sucesso
nos estiver deixando
cegos, saibamos fazer
pausas para olhar os
lírios do campo e as
aves do céu”.
Finalmente, reservamos
uma última reflexão
sobre como o dinheiro
altera nosso caráter,
nosso comportamento em
relação às outras
pessoas (quando temos
dinheiro, nos
comportamos da mesma
forma que quando não
temos?). Trata-se de uma
fala do inventor,
empreendedor moderno e
humanista Henry Ford:
“Se o dinheiro for a sua
esperança de
independência, você
jamais a terá. A única
segurança verdadeira
consiste numa reserva de
sabedoria, de
experiência e de
competência. O dinheiro
não modifica o homem,
apenas o desmascara”.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor da
Editora EME e
especialista em
dependência química pela
USP-SP-GREA.