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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 10 - N° 477 - 7 de Agosto de 2016

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

Obras Póstumas

Allan Kardec 

(Parte 23)
 

Damos continuidade nesta edição ao estudo do livro Obras Póstumas, publicado depois da desencarnação de Allan Kardec, mas composto com textos de sua autoria. O presente estudo baseia-se na tradução feita pelo Dr. Guillon Ribeiro, publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira.

Questões para debate 

147. Os bons Espíritos protegem os que lutam com coragem e perseverança?

148. Podemos chamar de desertores do Espiritismo aqueles que se retiram porque nossa maneira de ver não os satisfaz?

149. Que mensagem a respeito desse tema foi-nos transmitida por Kardec-Espírito após sua desencarnação?

150. Como encarar as críticas que são feitas ao Espiritismo?

151. Qual é o objeto do Espiritismo? 

Respostas às questões propostas 

147. Os bons Espíritos protegem os que lutam com coragem e perseverança? 

Sim. Eles amparam visivelmente os que trabalham com perseverança e cujo devotamento é sincero e sem dissimulação; ajudam-nos a triunfar sobre os obstáculos e aliviam as provas que não podem evitar, ao passo que abandonam, não menos visivelmente, aqueles que os abandonam e sacrificam a causa da verdade à sua ambição pessoal. (Obras Póstumas – Os desertores.)

148. Podemos chamar de desertores do Espiritismo aqueles que se retiram porque nossa maneira de ver não os satisfaz? 

Sim e não. Não, certamente, se a sinceridade e o desejo de propagar a verdade são seus verdadeiros guias.  Sim, se seus esforços tendem unicamente a se porem em evidência e captar a atenção pública para satisfazer ao seu amor-próprio e ao seu interesse pessoal. (Obras Póstumas – Os desertores.) 

149. Que mensagem a respeito desse tema foi-nos transmitida por Kardec-Espírito após sua desencarnação? 

Em novembro de 1869, em reunião realizada em Paris, o Espírito do Codificador falou sobre o tema deserção. Na parte final de sua mensagem, ele assevera:

“Se é justo lançar uma censura sobre aqueles que tentaram explorar o Espiritismo, ou desnaturá-lo em seus escritos, sem dele fazer um estudo preliminar, quanto são culpados aqueles que, depois de assimilar-lhe todos os princípios, não contentes em se retirarem à parte, voltaram os seus esforços contra ele! É sobretudo sobre os desertores dessa categoria que é preciso chamar a misericórdia divina, porque voluntariamente extinguiram a chama que lhes esclarecia, com a ajuda da qual poderiam esclarecer os outros. Não tardaram a perder a proteção dos bons Espíritos, e, nos fazendo a triste experiência, se viram logo caídos, de queda em queda, nas situações mais críticas!

Depois de meu retorno ao mundo dos Espíritos, revi um certo número desses infelizes! Arrependem-se agora; lamentam a sua inação e a sua má vontade, mas não podem reparar o tempo perdido!... Cedo retornarão sobre a Terra, com a firme resolução de concorrerem ativamente para o progresso, e estarão ainda em luta com as suas antigas tendências, até que hajam triunfado definitivamente.

Poder-se-ia crer que os espíritas de hoje, esclarecidos por esses exemplos, evitarão cair nos mesmos erros. Isto não é assim. Por muito tempo ainda, haverá falsos irmãos e amigos desajeitados; mas não mais do que seus mais velhos, não triunfarão em fazer o Espiritismo sair de seu caminho. Se causam algumas perturbações momentâneas e puramente locais, a Doutrina não periclita por isso; cedo, ao contrário, os espíritas extraviados reconhecerão os seus erros; virão concorrer, com um novo ardor, à obra um instante menosprezada, e, agindo de acordo com os Espíritos superiores que dirigem as transformações humanitárias, avançarão, a passos rápidos, para os tempos felizes prometidos à Humanidade regenerada.” (Obras Póstumas – Os desertores.) 

150. Como encarar as críticas que são feitas ao Espiritismo? 

O direito de exame e de crítica é um direito imprescritível, ao qual o Espiritismo não tem a pretensão de se subtrair, como não tem a de satisfazer todo o mundo. Cada um, pois, está livre para aprová-lo ou rejeitá-lo; mas seria necessário discuti-lo com conhecimento de causa. Ora, a crítica não tem senão, muito frequentemente, provado sua ignorância de seus princípios mais elementares, fazendo-lhe dizer precisamente o contrário do que ele diz, atribuindo-lhe o que nega, confundindo-o com as imitações grosseiras e burlescas do charlatanismo, dando, enfim, como a regra de todos, as excentricidades de alguns indivíduos.

O Espiritismo não é, porém, mais solidário com aqueles que se comprazem em dizer-se espíritas do que a medicina não o é com os charlatães que a exploram, nem a sã religião com os abusos ou mesmo crimes cometidos em seu nome. Ele não reconhece por seus adeptos senão aqueles que colocam em prática os seus ensinos, quer dizer, que trabalham para o seu próprio adiantamento moral, esforçando-se por vencer suas más inclinações, por serem menos egoístas e menos orgulhosos, mais dóceis, mais humildes, mais pacientes, mais benevolentes, mais caridosos para com o próximo, mais moderados em todas as coisas, porque são estes os sinais característicos do verdadeiro espírita. (Obras Póstumas – Curta resposta aos detratores do Espiritismo.) 

151. Qual é o objeto do Espiritismo? 

O elemento espiritual e o elemento material são os dois princípios, as duas forças vivas da Natureza que se completam uma pela outra e reagem incessantemente uma sobre a outra, indispensáveis ambas ao funcionamento do mecanismo do Universo. Da ação recíproca desses dois princípios nascem fenômenos que isoladamente é difícil explicar. A ciência propriamente dita tem por missão especial o estudo das leis da matéria. O Espiritismo tem por objeto o estudo do elemento espiritual em suas relações com o elemento material, e encontra, na união desses dois princípios, a razão de uma multidão de fatos até então inexplicados.

O Espiritismo caminha, pois, de acordo com a ciência no terreno da matéria: admite todas as verdades que ela admite; mas onde se detêm as investigações desta ele prossegue as suas no terreno da espiritualidade.

Sendo o elemento espiritual um estado ativo da Natureza, os fenômenos que se ligam a ele estão submetidos a leis, e, por isso mesmo, são tão naturais quanto aqueles que têm sua fonte na matéria neutra. (Obras Póstumas – Curta resposta aos detratores do Espiritismo.) 

 

 


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