Nossa missão
na Terra
O Sermão
Profético,
pronunciado por
Jesus no Horto
das Oliveiras,
constitui-se de
uma série de
profecias
abordando
questões
profundas, como
o início das
dores e
tribulações que
acometeriam a
Humanidade,
principalmente
pelo fato de
ignorar os
ensinamentos
evangélicos.
Jesus chamou a
atenção dos que
o ouviam para o
sofrimento que
adviria sobre
Jerusalém,
salientando,
porém, que esse
sofrimento só
duraria pelo
tempo que os
ateus teriam
para se redimir.
Afirmava assim
haver tempo
determinado para
o aparente caos
que lá se
instalaria.
Sabemos que o
único
determinismo que
existe é o da
evolução
espiritual do
Ser. Todavia,
como vemos, há
tempo delimitado
dentro da
Eternidade, para
que fatos que
concorram para
esta evolução
venham a
acontecer.
O tempo é algo
que devemos
aprender a
administrar
sabiamente,
evitando seu
desperdício. O
acaso não faz
parte da Obra
Divina e uma
oportunidade
perdida
significa atraso
na nossa
caminhada
evolutiva, quase
sempre com
dolorosas
consequências.
Os
acontecimentos
principais da
nossa vida, por
atenderem à Lei
da Evolução,
fazem parte da
programação que
fizemos na
Espiritualidade.
Assim é que
nascemos no
momento certo,
na família certa
e se trouxemos a
responsabilidade
de construir
família, nos
encontraremos,
também, no
momento certo,
com quem nos
devemos
consorciar e
viver junto por
tempo
determinado.
Virão como
nossos filhos os
Espíritos com os
quais assumimos
o compromisso de
lhes facultar o
corpo físico e
de os educar
convenientemente
para uma vida
cristã. Podemos
assim avaliar
quão terríveis
são os erros do
divórcio e do
aborto. Só Deus
sabe quando
oportunidades
iguais às que
jogamos fora
poderão ocorrer.
Também no campo
da
reconciliação,
muitos seres de
quem somos
devedores são
colocados em
nosso caminho e,
em muitos casos,
em vez de
aproveitarmos as
oportunidades
benditas para
semear laços de
simpatia,
optamos pelo
oposto,
alongando no
tempo dores
inúteis, nos
reajustes
necessários.
Na prática da
caridade,
representamos
muito mais do
que simples
doadores de
esmolas, pois
somos a
esperança dos
que nada têm.
Negar atender ao
semelhante
necessitado é
perder o momento
exato de
colaborar na
expansão do amor
na Terra.
Oportunidade
perdida é tempo
perdido e
sofrimento
garantido.
Sejamos sábios e
aproveitemos o
tempo amando-nos
uns aos outros,
como Jesus nos
amou.
Essa é a Lei que
nos permitirá
dizer, ao
sairmos daqui:
aproveitei bem o
meu tempo,
porque não
joguei fora a
oportunidade que
Deus me
ofereceu.
O assunto merece
atenção especial
para a poesia
que se segue:
A conta e o
tempo
(Laurindo
Rabelo)
Deus pede
estrita conta do
meu tempo,
E eu vou, do meu
tempo, dar-lhe
conta;
Para dar minha
conta feita a
tempo,
O tempo me foi
dado, e não fiz
conta.
Mas como dar,
sem tempo, tanta
conta,
Eu que gastei,
sem conta, tanto
tempo?
Não quis,
sobrando tempo,
fazer conta,
Hoje quero dar
conta, e não
tenho tempo.
Ó vós, que
tendes tempo sem
ter conta,
Não gasteis
vosso tempo em
passatempo.
Cuidai, enquanto
é tempo, em
vossa conta.
Pois aqueles
que, sem conta,
gastam tempo,
Quando o tempo
chegar de
prestar conta,
Chorarão, como
eu, o não ter
tempo.