HYEROHYDES GONÇALVES
hyero.inlar@hotmail.com
Governador Valadares, MG
(Brasil)
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O
problema de dar a
volta
por cima
Ouço bastante e acredito
que o amigo leitor
também ouve
constantemente a
expressão popular dar
a volta por cima.
Trata-se, para o senso
comum, de motivo de
recuperação e
reestruturação de nós
mesmos, ao vencer uma
situação difícil na qual
nos envolvemos; e de
superação dos problemas
por que estamos passando
e que são desafios
complicadores.
Então, é muito comum nos
expressarmos diante dos
obstáculos e
dificuldades do caminho
evolutivo: - Vou dar
a volta por cima!
Se estamos resolvendo,
com sucesso, esses
obstáculos, problemas ou
desafios, expressamos,
como um guerreiro em
campo de batalha: -
Estou dando a volta por
cima.
Se já resolvemos esses
problemas, ou
obstáculos, ou desafios,
aí nos vem a expressão
de alívio, de
contentamento, de um
grande vencedor: -
Dei a volta por cima!
O certo é que essa
expressão tão
popularizada tem o
sentido de recuperação,
reestruturação e
superação; de termos
vencido algo que nos
atormentava, e que agora
estamos livres de todas
aquelas problemáticas
que nos afligiam.
Entretanto, vamos aqui
tocar num ponto muito
interessante para a
nossa abençoada
reflexão:
Saindo do senso comum,
partamos, agora, para a
lógica da interpretação
textual, haja vista uma
expressão já ser um
texto. Logo: dar a
volta por cima é um
texto que, por si só,
nos conduz a vagar na
imaginação...
*
Jesus recomendou à
mulher supostamente
adúltera:
- Vá e não peque
mais!
O livro Pelos
Caminhos de Jesus,
de autoria do Espírito
Amélia Rodrigues e
psicografia de Divaldo
Franco, conta-nos, na
experiência nº 15, cujo
título é Encontro de
Reparação, que a
mulher supostamente
adúltera, ao atender a
recomendação de Jesus (vá
e não peque mais),
seguiu em frente na sua
trajetória evolutiva,
abnegada e
resignadamente ao
serviço na seara do
Mestre, recolhendo e
tratando peregrinos
cansados e enfermos sem
ninguém, numa casa
humilde de aspecto e
rica de amor, na cidade
de Tiro.
Imaginemos se Jesus
tivesse recomendado
àquela mulher: - Vá e
dê a volta por cima!
Muitos dirão: - É a
mesma coisa!!!
Entretanto, no
entendimento deste
humilde escrevinhador,
essas duas expressões
têm interpretações
diversas, vejamos:
Vá e não peque mais
pressupõe a ideia de
seguir em frente e de se
libertar das aflições,
das adversidades, dos
problemas atormentadores
e vivenciar uma vida
nova, com objetivos
otimistas, em ser uma
pessoa cada vez melhor,
praticando ações
edificantes...
Vá e dê a volta por
cima passa-nos o
entendimento de que a
ordem da expressão está
inversa. Seria melhor
dê a volta por cima e
vá.
Dar a volta por cima,
a meu ver, é estar
sobrevoando nos
problemas, nos
sofrimentos, sentindo as
suas vibrações, tentando
seguir em frente; mas,
na verdade, correndo o
risco de cair novamente
nas vibrações negativas
dos problemas e dos
sofrimentos.
*
Então, querido leitor, é
necessário ouvir a voz
divina que nos fala
através de cada coração
em particular: - Vá e
não peque mais!
Que possamos seguir em
frente sem murmurações,
sem olharmos para trás,
sem respirarmos os
aspectos negativos do
passado.
Que possamos avançar na
caminhada, pensando
positivamente,
confiantes na voz divina
que nos indica a direção
correta para a nossa
libertação...
A libertação dos vícios
que ainda carregamos em
nossa intimidade, a
exemplo do orgulho e do
egoísmo, que nos
impedem,
respectivamente, da
vivência da humildade e
da caridade.
Que possamos enfrentar e
resolver, com alegria e
entusiasmo, os desafios
que ainda temos no
caminho evolutivo,
ouvindo a voz de Jesus,
em nossos corações,
assim como na pesca
maravilhosa,
indicando-nos a banda
da direita, para
buscarmos os nossos
valores evolutivos...
Sabendo que Jesus está
sempre conosco, ao nosso
lado, dando-nos força
para vencer cada
dificuldade do caminho
até alcançarmos a
felicidade que tanto
almejamos em nosso
projeto de vida eterna.
Portanto, sigamos em
frente, envidando
esforços na busca do
acerto e das reparações,
sem, jamais,
sobrevoarmos respirando
sobre as vibrações
negativas das aflições
que nos atormentavam,
correndo o risco de cair
sobre elas novamente.
Concluo este artigo,
querido leitor, com a
intenção de deixar
esclarecido, através
dessas lúcidas
divagações, que esse é o
entendimento deste amigo
e simples
escrevinhador, sobre
o problema de dar a
volta por cima.