Divaldo Franco: “O amor
cala a violência, o amor
enaltece a paz”
De
volta ao Rio Grande do
Sul, Divaldo Franco
falou aos espíritas de
Canela, Caxias do Sul,
Porto Alegre e Novo
Hamburgo
Após exitosa tarefa em
Minas Gerais, o Arauto
do Espiritismo dos dias
atuais, Divaldo Pereira
Franco, desenvolveu
atividades em quatro
cidades gaúchas no
período de 24 a 28 de
agosto de 2016: Canela,
Caxias do Sul, Porto
Alegre e Novo Hamburgo.
Em Canela, que esteve
visitando pela primeira
vez, o conferencista e
médium Divaldo Franco
apresentou no dia 24 de
agosto o tema “A
consciência perante o
mundo atual”, no Teatro
Municipal da cidade. O
evento foi patrocinado e
organizado pela União
Municipal Espírita de
Canela (RS). Esse
trabalho integrou quatro
instituições espíritas:
a Sociedade Espírita
Bezerra de Menezes, a
União Espírita Francisco
de Assis e a Sociedade
de Estudos Espíritas
Sementes do Evangelho,
de Canela, e a Sociedade
Espírita Esperança, de
Gramado, todas formando
uma exemplar parceria de
trabalho e dedicação em
divulgar a Doutrina
Espírita.
A mobilização fraternal
e caridosa de todos os
envolvidos nesse evento
– organizadores e
participantes – gerou o
saldo de 350 quilos de
alimentos doados ao
Oásis Santa Ângela e ao
Centro Social Padre
Franco, de Canela, e ao
Lar de Idosos Maria de
Nazaré, de Gramado. Além
desse esforço em prol da
arrecadação de
alimentos, foram
coletados e doados ao
Hospital de Caridade de
Canela 181 pacotes de
500 folhas de papel
tamanho A4.
Antes da conferência,
Divaldo foi entrevistado
pelos jornais Nova
Época e
Integração e pela
Rádio Clube FM. Os
assuntos foram sobre a
aceitação do Espiritismo
no exterior e seu
acolhimento, e os
aspectos filosófico,
científico, ético/moral
de consequência
religiosas, bem como a
solidariedade que deve
existir entre as
criaturas humanas.
Divaldo disse na
oportunidade que os
conflitos da atualidade
demonstram que a crise
atual é oriunda da crise
individual, e que há
necessidade de que cada
indivíduo faça sua
própria transformação
moral. Falando ao vivo
para a Rádio Clube FM,
Divaldo disse que
falaria a seguir, na
conferência, sobre temas
da atualidade, a
consciência, os aspectos
sociológicos, ético-
morais e filosóficos e a
solidariedade.
Endereçou, então,
elogios aos
trabalhadores do
Espiritismo e aos
cidadãos de Canela e
região.
Após bela apresentação
musical pelo grupo
composto de
trabalhadores das casas
espíritas envolvidas na
programação e execução
do evento, Divaldo
assomou à tribuna para
dizer que o enigma da
criatura humana é ela
própria. Para
compreender a criatura
humana foi criada a
filosofia, que deparou
com um grande desafio: a
vida após a vida do
corpo. Antes e depois de
Sócrates, diversos
conceitos foram
desenvolvidos com o
objetivo de conhecer em
profundidade o ser
humano, o desafio do
autoconhecimento,
conforme o filósofo
grego encontrou no
Santuário de Delphos:
Conhece-te a ti mesmo.
Essa lapidar expressão é
a melhor informação para
que o homem descubra o
sentido da vida. A vida
é, além da manifestação
material, a realidade
última do ser.
As 5 características
essenciais do ser
humano, segundo a
proposta do médico
psiquiatra e psicólogo
cubano Emilio Mira y
López, são:
personalidade,
conhecimento,
identificação,
consciência e
individualidade. De
acordo com esse estudo,
todos os indivíduos
possuiriam máscaras (personas)
que utilizam para a
convivência social.
Essas máscaras
representam o Ego, que
se distingue da
realidade profunda, ou
seja, a essência (Self).
A condição de ser e a de
parecer propicia um dos
grandes conflitos
existenciais a serem
vencidos pelo ser
humano.
George Gurdjieff
estabeleceu que o ser
humano é uma essência
divina abrigada na
matéria. Seu discípulo,
Pedro Ouspensky,
classificou o ser humano
em quatro níveis de
consciência: 1º)
Consciência de sono; 2º)
Consciência desperta;
3º) Consciência de si
mesmo. Neste nível o
autor apresenta as
funções da máquina – o
ser humano. A primeira
função é a intelectiva.
A segunda é a emocional.
Na ordem estão as
funções: instintiva,
motora e sexual. A sexta
função é a emotiva
superior, e a
intelectiva superior é a
sétima. Estas funções
devem ser administradas
por essa consciência de
si mesmo. Peter
Ouspensky denominou o 4º
nível como sendo o de
consciência objetiva,
que Allan Kardec chamou
de consciência cósmica.
As aspirações de cada
um, os seus objetivos de
vida, são os fatores que
determinam em que nível
cada pessoa se encontra.
Segundo essa análise
sobre a consciência, no
ser humano, ao atingir o
nível de consciência de
si, a máquina humana
funcionaria executando
sete funções principais:
intelectiva, emocional,
instintiva, motora,
sexual, emocional
superior (moral) e
intelectiva superior ou
coletiva. A última
característica do ser
humano é a
individualidade, ou
conforme a classificação
junguiana, o Self, ou
seja, o ser espiritual
profundo em perfeita
identificação com Deus.
A consciência, segundo
Carl Gustav Jung, que
escreveu febrilmente
durante três dias e três
noites o livro
Resposta a Jó, é o
estado de lucidez, ou o
momento em que o Ego
toma conhecimento dos
conteúdos psíquicos do
indivíduo.
Narrando dois
expressivos casos,
Divaldo apresentou
exemplos de consciência.
Um ainda por despertar;
o outro, já desperto,
doou-se completamente
aos seus irmãos em
necessidade, como fez o
Dr. Albert Schweitzer.
A consciência perante o
mundo atual ainda se
encontra produzindo
perturbações como
individualismo, o
consumismo, a sexolatria,
a ansiedade. A educação
do pensamento seria,
portanto, essencial para
o processo de cura
integral do ser humano,
tirando-o da crise
moral. Somente a
consciência reta, que
vem dos hábitos
corretos, produzirá o
homem bem-aventurado,
feliz. O exercício da
solidariedade, da
fraternidade, da
caridade, o de estar
pleno em si e em Deus,
são os indicativos do
homem consciente.
O público, formado por
mais de 650 pessoas, foi
estimulado a não
desistir de sonhar, de
se tornar útil e
dedicado ao próximo.
Divaldo Franco,
finalizando, e elevando
os sentimentos dos
presentes, recitou o
Poema da Gratidão, de
Amélia Rodrigues. Os
aplausos foram
demorados, calorosos e
fortes. Na sequência do
encerramento foi cantado
pelo grupo musical a
canção Paz pela Paz,
de Nando Cordel. O
público, entusiasmado e
vibrando, cantou junto,
em bonito coro.
“Perturbações
Espirituais” foi o tema
da conferência proferida
em Caxias do Sul
No dia 25 de agosto, o
Salão dos Capuchinhos,
em Caxias do Sul,
engalanou-se para
receber o ilustre
conferencista baiano.
Recepcionado pelas
lideranças espíritas da
região, Divaldo Franco
falou para um público
formado por mil e
duzentas pessoas,
lotando o auditório. O
tema selecionado foi
“Perturbações
Espirituais”. Após a
harmonização através da
música e as
apresentações normais,
Divaldo Franco discorreu
sobre a história da
humanidade, abordando
particularmente o
conhecimento produzido
por notáveis pensadores,
filósofos e cientistas
de várias épocas,
notadamente a respeito
de Deus.
Blaise Pascal
(1623-1662), gênio da
matemática, inventor da
máquina de calcular,
filósofo e místico,
percebeu, de golpe, a
grande contradição dos
tempos modernos que
acabavam de se firmar: a
desarticulação entre
dois princípios que ele
chamou de esprit de
géométrie e
esprit de finesse.
Espírito de geometria
representa a razão, o
cálculo, de cunho
instrumental-analítica,
que se ocupa das coisas,
numa palavra, a ciência
moderna que com seu
poder mudou a face da
Terra. Espírito de
finura que pode ser
traduzido por espírito
de gentileza representa
a razão cordial -
logique du coeur (a
lógica do coração),
segundo Pascal –
correlacionando as
pessoas e as relações
sociais, numa palavra,
outro tipo de ciência
que cuida da
subjetividade, do
sentido da vida, da
espiritualidade e da
qualidade das relações
humanas. O filósofo
francês é autor da
famosa frase “o coração
tem razões que a razão
desconhece”, que tratou
nos seus Pensées
(Pensamentos) sobre
estas duas disposições
da alma humana,
caracterizando cada uma
com muita perspicácia e
inteligência.
Nas suas várias
experiências, o homem
incansável e insaciável,
buscou soluções no
materialismo histórico,
dialético e mecanicista,
nas revoluções, no
desenvolvimento das
artes, da literatura, da
filosofia e de tantos
outros ramos do saber.
Contudo, somente a
Doutrina Espírita, com o
advento de O Livro
dos Espíritos, em 18
de abril de 1857,
conseguiu responder
positivamente,
caracterizando o ser
humano, sua origem, seu
destino, os efeitos da
lei de ação e reação, em
uma lógica irretocável,
com conteúdo científico,
filosófico, ético-moral,
preparando o homem para
alcançar o estado
numinoso, conforme
designação do eminente
Carl Gustav Jung, ou
como ensinou o Mestre
dos Mestres: o reino dos
céus está dentro de cada
um.
De conquista em
conquista,
iluminando-se, o ser
humano vai
construindo-se,
aperfeiçoando-se.
Acentua-se a compreensão
da mensagem lúcida de
Jesus, enaltecendo o
amor e suas ações e,
desse modo, envolvendo o
homem. Apesar do
destaque com que o
desamor é apresentado,
gerando perturbações,
há, por outro lado, na
atualidade, a ação
benfazeja do amor, que
se enriquece através da
solidariedade, da
fraternidade, da
caridade.
Com duas histórias que
retratam a ação
irresistível do amor,
Divaldo Franco soube
tocar os corações
sedentos de paz e
serenidade, destacando
que o amor não encontra
barreiras, liberta,
restitui a saúde,
encarrega-se de
apaziguar algozes,
perdoa e promove o
próximo. Todos os que
estão sintonizados nas
faixas vibracionais do
amor sentem-se repletos
de energias benéficas,
vivendo em um mundo de
afinidades de energias
benfazejas. Toda vez que
o indivíduo sai da
normalidade,
relaciona-se com
entidades perturbadoras,
ensinou o nobre
conferencista.
É necessário criar uma
revolução – a do amor –
e voltar aos
ensinamentos do Mestre
Galileu, colocando em
prática cotidiana a
parábola do Bom
Samaritano, isto é,
exercitando, com todo o
ímpeto, a caridade, a
fraternidade, o
exercício do amor. O
Espiritismo é
amorterapia, em várias
ações que contemplam as
necessidades do ser
humano, tornando as
criaturas melhores,
fazendo com que elas
posterguem as ações
nefastas, tornando-as
melhores, lúcidas,
úteis. O amor cala a
violência, o amor
enaltece a paz, a
fraternidade, o perdão,
sentenciou Divaldo
Franco, finalizando,
assim, o magnífico
trabalho de despertar e
esclarecer, consolar e
pacificar, fazendo com
que as perturbações
sejam cada vez menos
expressivas. O Poema de
Gratidão, de Amélia
Rodrigues, apresentado
com emoção,
constituiu-se em
verdadeira prece que se
elevou da crosta ao
infinito em busca de
corações aflitos e
perturbados,
aliviando-os com os
óleos do amor. Após
efusivos aplausos, as
pessoas foram se
retirando, em meditação,
sorvendo as bênçãos que
ali foram buscar.
Visita à “Casa do
Espírita”, nova sede da
Federação Espírita do
Rio Grande do Sul
No início da tarde do
dia 26 de agosto, em
Porto Alegre, Divaldo
Franco foi entrevistado
pelo jornal Zero Hora,
quando falou sobre o
momento atual de
insegurança, afirmando
que há uma verdadeira
guerra não declarada.
Para responder
positivamente, anulando
o mal que ainda viceja
no seio da humanidade, é
necessário acalentar os
corações dos que se
encontram em aflição,
diminuir a dor dos que
não encontram consolo. A
violência, disse, é uma
doença da alma, conforme
conceito da Organização
Mundial de Saúde. Para
debelar a violência, a
solução é a educação, o
fortalecimento da
família e o investimento
no campo socioeconômico.
Compreende-se que o mal
vige na sociedade humana
devido a existência de
pessoas particularmente
perturbadas. Na
atualidade a humanidade
se encontra em condições
melhores do que no
passado. Há mais amor,
solidariedade,
compreensão, caridade.
As pessoas encontram-se
ávidas por mensagens de
conforto ofertadas pela
Doutrina Espírita,
mensagens que lhes deem
ânimo, confiança e
alegria de viver.
Destacou que o caminho
para a felicidade é
viver a proposta de
Jesus, amando-se e
amando o semelhante,
plenificando-se através
do exercício do amor.
Sobre a tecnologia,
afirmou que é uma
bênção, pois que,
usando-a racionalmente,
torna-se ela uma
ferramenta para a
evolução. Usando uma
citação de Fiódor
Mikhailovich Dostoiévski,
escritor russo, Divaldo
destacou a sentença que
se encontra na obra “O
Idiota”: A beleza
salvará o mundo! -, para
dizer que o ser humano
ao aperfeiçoar-se
torna-se mais
aformoseado.
No final da tarde,
atendendo a um convite
da Diretoria Executiva
da Federação Espírita do
Rio Grande do Sul,
Divaldo visitou a sede
que se encontra em novo
endereço, na Travessa
Azevedo, 88, bairro
Floresta, em Porto
Alegre. Recebido com
alegria pelos dirigentes
e auxiliares, enquanto
percorria as diversas
dependências, foi ele
apresentando as
informações que lhe
chegavam através de
Espíritos desencarnados,
antigos dirigentes e
colaboradores, agregando
orientações. Instado a
dirigir algumas palavras
aos presentes, Divaldo
destacou que as
edificações físicas, por
mais sólidas que sejam,
desgastam-se com o
tempo, tornam-se
escombros; assim, o que
permanece é a edificação
interior de cada ser,
aprimorando-se,
depurando-se no trabalho
incessante do bem,
pacificando-se,
construindo o templo
interno com a ação do
amor. Destacou que se
sentia feliz ao visitar
a “Casa do Espírita”,
conforme designação de
Francisco Spinelli. O
Cristo é luta, e a
condecoração do
verdadeiro cristão é a
chaga cicatrizada,
atendendo os aflitos e
desvalidos, como símbolo
da Nova Era, oferecendo
a dádiva da
solidariedade,
trabalhando unidos, sem
receios. Jesus, disse
ele, conduz a nau
terrestre, estabelecendo
na Terra o reino
divino.
“A Felicidade é
Possível” foi o tema do
minisseminário
de Porto Alegre
Com sua alegria habitual
e disposição para o
trabalho, Divaldo
Pereira Franco foi
recepcionado pelo
público com uma grande
salva de palmas ao
entrar no salão lotado
para expor, em
minisseminário, o tema
“A Felicidade é
Possível”. Eram mil
pessoas acolhendo-o
carinhosamente,
reverentemente. Falou
inicialmente sobre os
conceitos de Fritjof
Capra, autor da obra
O Tao da Física,
que nos apresenta este
conceito: “O ser é
imortal. A vida não se
extingue com a morte do
corpo físico”.
Tanto no Oriente, quanto
no Ocidente, o homem se
esforça para alcançar a
felicidade. Sendo a vida
de natureza
transcendente, cada
indivíduo deve expandir
o Reino dos Céus que
está dentro si para o
exterior, visando
atender todos os que lhe
estão próximos,
construindo a sua
felicidade. Será
possível ser feliz? O
que é a felicidade,
afinal? Ante tal
pergunta, Divaldo disse
que a felicidade parte
do coração para o
exterior. A felicidade é
um estado de plenitude.
O importante, frisou, é
que o sol da alegria
brilhe na intimidade da
alma, apesar das dores,
dos percalços que a vida
oferece. A felicidade
consiste em lutar
internamente para
sentir-se plenificado
apesar dos desencantos.
Entre outros, os
conceitos filosóficos de
Anaxágoras e de
Anaxímenes foram
abordados de forma
rápida, preparando o
desenvolvimento para o
estudo da conquista da
felicidade sob a ótica
dos filósofos gregos
Epicuro, Diógenes, Zenão
e Sócrates.
Epicuro, com sua
filosofia hedonista,
afirmava que o indivíduo
para ser feliz
necessitaria possuir e
desfrutar de recursos
materiais, retendo-os
consigo. Para Diógenes,
ao contrário, a
felicidade seria não
possuir nada, pois
entendia que aquele que
tem não é o possuidor,
mas é possuído pelo que
tem, tornando-se seu
escravo. A terceira
vertente filosófica
grega é a doutrina
estoica, de Zenão de
Cítio. Ele incentivava
que a pessoa deveria
abandonar-se a um estado
de apatia, resistindo à
dor, em uma demonstração
de virtude.
A verdadeira felicidade,
porém, é a plena
consciência, cheia de
ideais, de beleza, do
mundo interior. A
felicidade e a desdita
estão vinculadas à
emoção. Ser feliz é uma
possibilidade que está
ao alcance do indivíduo,
bastando para tal, amar
Quando se ama, não se
perde; ao contrário,
ganha-se.
O conceito socrático,
por sua vez, preconiza
que a felicidade não
consiste no ter, no
possuir, mas sim em ser,
em cultivar os valores
ético-morais, vivendo de
acordo com a
consciência. Essa
proposta de Sócrates,
sobre a felicidade, está
em perfeito acordo com
os ensinamentos contidos
no Evangelho de Jesus,
em que a criatura busca
o sentido da vida quando
entende que a morte não
é o fim, é, antes, a
porta para outra
dimensão da mesma
realidade, a espiritual.
Incentivando a conquista
da felicidade, desde
agora, Divaldo sugere
que os bens materiais
não sejam retidos pelos
seus donos, mas que os
doe, permanecendo
tranquilos por já não
possuir a posse, que em
muitos casos é a
verdadeira possuidora.
Exerça o prazer de doar,
ensinou o orador baiano.
Veja sempre o lado bom
da vida, seja altruísta,
desprendido, otimista,
caridoso, doando-se,
tanto quanto seja
possível. Esteja sempre
disposto a aprender,
mesmo nos infortúnios.
A felicidade é possível.
Para tal, é necessário
que o indivíduo se
utilize do recurso
terapêutico de sentir-se
feliz, erradicando a
tristeza, a apatia,
tornando-se alegre e
contagiando com essa
alegria os que estão
próximos. Sempre
entremeando conceitos e
histórias de diversos
pensadores, algumas para
provocar o riso, Divaldo
Franco discorreu, com
base nos estudos da Dra.
Susan Andrews, psicóloga
pela Universidade
Harvard, atualmente
radicada no Brasil,
sobre as cinco ilusões a
respeito da felicidade:
a riqueza, a juventude,
o sucesso, o prazer e a
felicidade condicional,
ou a expectativa de
viver a felicidade.
Com base em vários
pensadores e
pesquisadores do
psiquismo humano,
Divaldo Franco
apresentou alguns
conceitos, a saber: a
felicidade não é a
riqueza, embora a
riqueza possa gerar
momentos de bem-estar;
ser feliz é preocupar-se
em ser melhor, e não em
possuir muito; a
felicidade real é
sentir-se pleno consigo
e com as circunstâncias
da vida; e a felicidade
é desenvolver o bom
hábito de tratar com
benignidade a todos com
quem se relaciona.
Segundo Rollo May,
psicólogo americano, o
homem da atualidade vive
para atender a três
necessidades: sexismo,
consumismo e
individualismo, que
invariavelmente aturdem
e perturbam o ser em
busca de felicidade.
Apoiando-se nos
ensinamentos do filósofo
grego Epicteto, Divaldo
discorreu sobre como
viver em plenitude, ter
uma vida feliz, com boas
qualidades morais. A
felicidade e as
realizações pessoais
decorrem de atitudes
corretas. Com
informações sobre a
felicidade e sua
construção na intimidade
do ser, o emérito
conferencista apresentou
diversos conceitos
exarados por Joanna de
Ângelis, Carl Gustav
Jung, Hanna Wolff e
Sidarta Gautama, o Buda.
Como exemplo de alguém
que se sentia feliz,
Divaldo Franco discorreu
sobre a vida e a obra de
Francisco e Clara de
Assis, que, despojados
de bens materiais,
sentiam-se felizes,
apesar do sofrimento e
da aspereza da vida,
sensibilizando os
corações afetuosos que
os buscavam.
A felicidade é possível,
apesar das
circunstâncias. Dê o
melhor de si e seja
sempre bom. A felicidade
é dar-nos mais. O amor,
força sustentadora da
vida e do Universo, se
expressa pela aceitação
e pela compreensão. A
felicidade começa neste
mundo, estabelecendo o
Reino de Deus nos
corações do homem. É
necessário que cada um
busque se aprimorar,
deixando de lado o
queixume, a vitimização.
Finalizando esse
encontro de emoções e
sentimentos, Divaldo
Franco, valoroso
trabalhador espírita,
encerrou o enriquecedor
minisseminário,
declamando o Poema da
Gratidão, de Amélia
Rodrigues, após o que o
público, de pé, o
aplaudiu demoradamente.
“O Ser Humano em Busca
de Deus” foi o tema do
minisseminário de Novo
Hamburgo
Em tarde/noite
agradabilíssimas, foi
realizado no dia 28 de
agosto em Novo Hamburgo
minisseminário “O Ser
Humano em Busca de
Deus”, ministrado pelo
orador Divaldo Franco. O
evento, promovido pela
União Municipal Espírita
de Novo Hamburgo, foi
realizado no Teatro da
FEEVALE, na mesma
cidade.
Apresentando os
principais
acontecimentos
históricos, notadamente
na França a partir do
século XVIII, Divaldo
promoveu uma viagem ao
passado. O empirismo
filosófico cedeu lugar
ao Iluminismo, à queda
da nobreza, ao
coroamento de Napoleão e
sua queda, à
reencarnação de
Hippolyte Léon Denizard
Rivail, mais tarde
conhecido como Allan
Kardec.
Citando Abraham Cressy
Morrison, químico
americano, O Semeador
de Estrelas
discorreu sobre a tese
em que o químico
descreve sete razões
pelas quais um cientista
acredita na existência
de Deus: a lei de
probabilidades; a vida;
os instintos dos
animais; os genes e
cromossomos; a
inteligência/razão; o
equilíbrio do
ecossistema; e a
imaginação.
A constatação de Cressy
Morrison está em
concordância com os
ensinamentos espíritas,
notadamente no que diz
respeito ao conteúdo das
perguntas e respostas de
números 1 e 4 de O
Livro dos Espíritos,
em que se lê que Deus é
a inteligência suprema,
causa primeira de todas
as coisas, e que a prova
de sua existência está
neste axioma aplicado à
Ciência: "Todo efeito
tem uma causa; todo
efeito inteligente tem
uma causa inteligente".
Após narrar a comovente
história de Leland
Stanford Junior e de sua
família, que deu origem
à Instituição Stanford,
nos Estados Unidos, uma
das mais reconhecidas
universidades no mundo,
Divaldo falou da
proposta da Doutrina
Espírita e dos
benefícios
proporcionados por ela
em nossas vidas.
O projeto Genoma Humano,
desenvolvido por
renomados pesquisadores,
concluiu que há no homem
um gene divino, o que
significa que Deus está
no gene do homem. Deus é
amor, quem ama deixa
pegadas de luz na noite
escura.
Pesquisas científicas
realizadas pelo Dr.
Michael Persinger e Dr.
Vilayanur Ramachandran,
neurocientistas que
descobriram o denominado
“Ponto de Deus” no
cérebro humano, e pela
Dra. Danah Zohar, física
que falou por primeira
vez da existência da
inteligência espiritual,
estabelecendo-se, dessa
maneira, uma ponte entre
a Ciência e o
Espiritismo e
demonstrando que ambos
os conhecimentos estão
em perfeita sintonia
entre si e apontam o ser
profundo, que somos,
como a fonte geradora da
saúde integral.
O Espiritismo, afirma
Divaldo, conduz os
indivíduos para além da
simples crença nos seus
postulados básicos.
Oferece as provas da
existência de Deus, da
imortalidade da alma, da
comunicabilidade dos
Espíritos e da
reencarnação,
convidando-nos a todos a
cultivar a beleza da
vida e a alegria de
viver, por meio da
adoção de um sentido
psicológico profundo
para a existência e da
transformação moral para
melhor. Destacando a
necessidade da
autoavaliação e levando
em conta a evolução do
homem e da natureza que
o cerca, colhe ao mesmo
tempo o produto de sua
semeadura.
A criatura humana é o
resultado do somatório
de suas próprias
aspirações. O homem deve
vencer com sacrifício e
vontade bem
direcionados. Tendo como
referência o livro “Os
Quatro Compromissos” do
autor americano-mexicano
tolteca Miguel Ruiz,
Divaldo falou sobre a
civilização tolteca
surgida há 5.000 anos.
Os Toltecas habitavam as
regiões onde hoje se
situa o México e em
algumas áreas do atual
Panamá. Vários filósofos
e cientistas toltecas se
concentraram na cidade
de Teotihuacán, com o
propósito de estudar a
sabedoria espiritual de
seus antepassados, que
era encarada como uma
fonte Divina de
felicidade e amor,
demonstrando que a ética
contemporânea é tão
remota quanto a arte de
pensar. Nessa cultura, a
vida está vinculada a
quatro compromissos
morais, que são
atualíssimos. A
verdadeira felicidade é
consequência daquilo que
se pensa e faz.
Os Xamãs Toltecas
elaboraram um método que
permitia ao povo assumir
uma nova postura na
vida, mediante o
desenvolvimento de um
novo comportamento, no
qual as pessoas deveriam
assumir quatro
compromissos em todas as
atitudes na vida para
consigo, para com o
próximo e para com a
Força Geradora: 1) Seja
a vossa palavra
incorruptível; 2) Viva
de tal forma que não
perturbe o outro e
ajude, ajudando; 3)
Tenha em mente que o mal
dos maus não lhe faz
mal; 4) Quando você
fizer algo, faça-o muito
bem, dando sempre o
melhor de si.
Aproximando-se do final
do enriquecedor
trabalho, Divaldo Franco
narrou a comovente
história de sua mãe, Ana
Franco, notadamente a
sua desencarnação, sua
preocupação com a
família e suas
atividades no mundo dos
Espíritos, em uma
demonstração de amor
irrestrito e de
confiança em Deus. Com a
habitual declamação
final, momento de enlevo
e de oração, as bênçãos
divinas se faziam
presentes, envolvendo o
público composto por
1.850 pessoas. Em
reconhecimento e
gratidão, Divaldo foi
amplamente aplaudido.
|
Divaldo
com a
equipe
de
colaboradores |
Notas do autor:
As fotos de Canela,
Caxias do Sul e Porto
Alegre são de Jorge
Moehlecke. As de Novo
Hamburgo são de Leandro
Cunha.
|