Os lobos
solitários
Esclarecem os
Espíritos que
fomos criados
simples e
ignorantes, mas
Deus nos
outorgou o
livre-arbítrio a
fim de que
tomássemos as
nossas próprias
decisões e
escolhêssemos os
caminhos que
mais nos
conviessem. Ao
longo do
processo, há
aqueles que
rapidamente
percebem que a
prática do
bem é a
melhor
alternativa a
ser seguida.
Afinal, ela é
comprovadamente
a rota mais
célere e capaz
de levar as
criaturas a
desfrutar da
plenitude
espiritual e da
felicidade sem
limites no reino
de Deus. Mas há
outros que
preferem a via
mais tortuosa e,
por isso,
enganosa.
Ou seja, aquela
que conduz os
indivíduos ao
comportamento
hediondo, às
atitudes
execráveis e aos
erros clamorosos
que levarão à
imputação de
ásperos
corretivos aos
Espíritos
recalcitrantes.
Posto isto, está
claramente
evidenciado –
pois os fatos
atuais assim o
demonstram – que
a Terra alberga
na sua população
certo número de
almas que
optaram por
seguir os
caminhos mais
escabrosos.
Aliam-se ao que
existe de pior
em termos de
aspirações
humanas.
Deleitam-se com
as ideias malsãs
e com a
violência que
praticam.
Estão também aí
situados os
chamados
lobos
solitários.
Eles são
basicamente
indivíduos
desajustados e
perversos no
mais alto grau
possível. São
almas ainda
impermeáveis aos
apelos da
misericórdia e
compaixão, bem
como a qualquer
noção do bem,
respeito e
tolerância para
com os que não
lhes
compartilham os
mesmos valores
de vida. Por
possuírem
escassos
recursos
cognitivos – já
que são
Espíritos
absolutamente
carentes de
lucidez e
discernimento –
não conseguem
perceber o quão
manipuláveis são
nas mãos de
outras almas
ainda mais
sagazes e
persuasivas.
Como autênticos
peões das forças
do mal se
colocam à
disposição para
a execução de
atos aviltantes
que lhes reduz
mais ainda a
estatura moral.
Na essência, são
os agentes do
“escândalo”,
conforme alude o
Evangelho de
Jesus. Desse
modo, como há a
necessidade de
que “venham os
escândalos” no
palco terreno –
afinal,
considerável
contingente de
pessoas no orbe
necessita
enfrentar a via
dolorosa da
desencarnação, a
fim de se
recuperar
perante as leis
divinas –, a
loucura dessas
almas acaba
auxiliando no
aperfeiçoamento
de outras.
Podemos deduzir
o que devem
enfrentar esses
soldados da
ignorância ao
adentrar na vida
espiritual. Não
temos
conhecimento de
obra espírita
abalizada que
trate
apropriadamente
do tema. Mas
graças aos
conhecimentos
colhidos em
livros como, por
exemplo,
Memórias de um
Suicida,
ditado pelo
Espírito Camilo
Cândido Botelho
(psicografia de
Yvonne A.
Pereira),
imaginamos os
terríveis
padecimentos
desses
indivíduos
além-túmulo –
talvez em
regiões
abissais.
Conjecturamos as
precaríssimas
condições em que
devem chegar à
dimensão
espiritual
ostentando o
duplo rótulo de
suicidas-terroristas
(aliás, como se
enganam ao
imaginar que tal
categorização
possa elevá-los
de algum modo
aos olhos do
Criador).
Especulamos que
devem muito
provavelmente
carregar
profundas e
chocantes
deformações em
suas matrizes
perispirituais.
Ainda no terreno
da especulação,
pode-se aventar
a possibilidade
de que devem
exibir, em
profusão,
estigmas e
chagas na alma,
que lhes
exigirão séculos
de lágrimas, dor
e
arrependimento.
Pode-se
igualmente
conceber a
agonia dessas
criaturas ao
lado, por longo
tempo, das suas
vítimas
despedaçadas –
e/ou recebendo
imagens na sua
tela mental – a
lhes cobrar as
consequências do
ato tresloucado.
Infelizmente, a
colheita é
obrigatória para
todas as almas.
Nada justifica a
adoção da
tirania e da
crueldade.
Nenhuma crença,
ideologia ou
religião que
propague a
violência pode
estar do lado de
Deus. Essa é uma
hora muito
importante para
a humanidade
aplicar a
recomendação de
Jesus referente
à necessidade
constante de
vigiar e orar.
Afinal,
estamos sujeitos
a ter de
enfrentar, a
qualquer
momento, a sanha
de terroristas
desalmados que
vagueiam por
todas as partes
do mundo. Aos
potenciais
delinquentes,
por outro lado,
é sempre
oportuno o
exercício da
prece, da
reflexão e da
análise racional
dos fatos e
coisas para não
se perder o elo
com a luz.