Pesquisa
conduzida por
psicólogos da
Universidade da
Califórnia,
Davis, nos
Estados Unidos,
e publicada no
periódico
Journal of
Personality and
Social
Psychology,
confirma a
existência de
pessoas com
personalidade
“desprezível”
(arrogante).
Os psicólogos
desenvolveram um
teste de
personalidade
envolvendo 960
voluntários que
também tiveram
que responder a
testes
relacionados à
raiva, nojo,
inveja, orgulho,
perfeccionismo e
narcisismo. Os
pesquisadores
acreditam que
indivíduos
arrogantes
apresentam
resquícios de
narcisismo,
psicopatia e
maquiavelismo.
Isso porque
essas pessoas
sempre veem os
outros como
piores
(inferiores) e
não têm problema
em manipulá-los.
Outros
experimentos
realizados pela
mesma equipe
sugerem ainda
que as pessoas
arrogantes têm
mais tendência a
ser racistas,
além de serem
péssimas
influências nos
relacionamentos.
Os pesquisadores
acreditam que
esses sujeitos
tendem a ter
baixa autoestima
e ansiedade.
A arrogância
pode ser
interpretada, em
linhas gerais,
como aquele
comportamento
que visa
demonstrar que o
indivíduo é no
mínimo “igual”
ou quase sempre
superior aos
demais, de modo
a produzir
impacto sobre os
outros. Esse
impacto pode
incluir
admiração,
galanteios,
reverência,
proeminência ou
até mesmo “olho
gordo”.
Entretanto,
muitas vezes
produz uma
avaliação
negativa,
podendo fazer
com que os
outros
considerem esse
indivíduo
arrogante,
pedante,
desprezível e,
por conseguinte,
procurem
afastar-se ou
desprezar.
A arrogância é
uma expressão da
obsessão de
alguém querer
ser maior, mais
inteligente,
mais grandioso e
mais importante
do que as outras
pessoas, para
compensar o que
está faltando em
si mesmo. Por
sentir-se
(inconscientemente)
tão pequeno e
insignificante,
o arrogante
precisa parecer
maior do que é
para provar que,
na verdade, é
insubstituível e
especial.
Para contrapesar
o medo de não
ser evoluído o
suficiente,
adota a ilusão
do “sou mais
importante que
você”, “sou mais
inteligente que
você” e pode de
fato acreditar
que é mais
perfeito do que
aqueles à sua
volta, até mesmo
nas hostes
espíritas. O
arrogante ajusta
a fachada
perfeita,
consentindo ser
manipulador,
insensato,
controlador e
transgressor de
regras da boa
maneira. Olha de
cima a baixo com
“obséquio” para
as pessoas que
considera
inferiores.
Sempre que nos
incomodamos pela
conduta dos
outros e fazemos
juízos de valor,
em vez de
condenar e
comparar as
nossas
diferenças do
tipo “elas são
umas toupeiras”,
“elas parecem
que não
raciocinam”, ou
“eu sou o
bambambã em
questões de
conhecimento
espirita” etc.,
seria prudente
silenciar,
refletir e não
manifestar esses
rompantes.
Urge avaliar se
isso não é um
distúrbio, pois
que estamos
lançando sobre
os outros os
entulhos de
nossos pendores
desprezíveis. Em
verdade a nossa
arrogância está
servindo como
mecanismo de
defesa para que
não vejamos em
nós mesmos a
nossa rotunda
insignificância
perante os
comparados.
Em suma, esse
inchado de
prepotência, sem
o antídoto da
humildade,
invariavelmente
nos resumirá a
uma
personalidade
desprezível,
impenetrável,
impedindo de se
fazer uma
autocrítica
correta e
reconhecer os
nossos pendores
nebulosos, os
nossos
comportamentos
destrutivos e
quais das nossas
tendências são e
não são
admissíveis.
Se debelarmos de
nós a
arrogância,
alcançaremos
vitória sobre
nosso egoísmo,
causa máxima dos
amplos males da
Humanidade. Se
formos humildes,
trataremos todos
como
companheiros,
amigos e irmãos
(como diz a
música), e não
mais nos
sentiremos
adversários e
inimigos de quem
quer que seja.
Se nos
conduzirmos numa
linha de inteira
fraternidade,
com certeza,
fugirão de
nossos corações
a arrogância e a
vaidade.
Entretanto, que
nossa humildade
não seja apenas
aquela atitude
envernizada que
ainda em nós
reside, mas a
simplicidade
legítima e
espontânea, a
fim de
recebermos a
verdadeira luz e
penetrarmos no
entendimento de
tudo quanto
Jesus nos
ensinou.