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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 484 - 25 de Setembro de 2016

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)

 

 
Atributos de Deus

“Que é Deus? – Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” (O Livro dos Espíritos, questão 1, de Allan Kardec.)


Não podendo ainda ter uma ideia completa sobre Deus, devido à nossa pequena condição evolutiva, nos resta a possibilidade de perceber alguns de seus inúmeros atributos, o que é o suficiente, no momento, para compreendermos a justiça e o amor das leis universais.

Dentro do código divino, instituído pelo Pai Celestial, fica evidente que não existe espaço para punições e castigos às criaturas, ante os erros cometidos, mas sim, sempre, novas oportunidades de reparação, no âmbito da justiça e do amor.

Sabendo que cada ação carrega consigo uma reação da mesma natureza, não será difícil a conclusão de que colhemos a safra decorrente das sementes que livremente plantamos. Boas sementes, colheitas satisfatórias, sementes ruins, produção de má qualidade. Obviamente, será preciso saber o que plantar.

Dessa forma, temos o mérito das conquistas edificantes e a responsabilidade pelos fracassos verificados. Deus, dentro da sua sabedoria, criou as estruturas do Universo para nos garantir plenas condições de vida saudável. Viver no equilíbrio ou seguir pelas vielas dos desajustes é, obviamente, um problema nosso.

Lemos na principal obra do Espiritismo:

“Deus é eterno. Se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou, então, teria sido criado por um ser anterior. É assim que, pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.

Deus é imutável. Se Ele estivesse sujeito a mudanças as leis que regem o Universo não teriam estabilidade.

Deus é imaterial. Quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, pois, de outra forma, Ele não seria imutável, estando sujeito às transformações da matéria.

Deus é único. Se houvesse muitos Deuses, não haveria unidade de vistas nem de poder na organização do Universo.

Deus é todo poderoso. Porque é único. Se não tivesse o poder soberano, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto Ele, e assim não teria feito todas as coisas. E aquelas que Ele não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.

Deus é soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e esta sabedoria não nos permite duvidar da sua justiça e nem da sua bondade.” (Questão 13, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)

Em realidade, o pouco que conseguimos saber sobre Deus, nosso Pai Celestial, basta para que tenhamos certeza absoluta de que tudo ao redor conspira em nosso favor e nos dá plenas condições para efetuar o progresso espiritual que nos está proposto.

Obviamente, se ainda seguimos as trilhas do mundo mergulhados em ações e comportamentos que diferem do que nos ensina o Criador, a deliberação é uma escolha nossa, proporcionando, é claro, os reveses e as dores que, no momento, povoam o nosso âmago.

Caso queiramos dar um outro rumo à vida, pautando nossos dias com comportamentos de equilíbrio e bom senso, tomemos Jesus como modelo que, junto de nós, é, sem dúvida alguma, o legítimo representante de Deus na Terra.

Embora toda a estrutura divina ao nosso inteiro dispor, cada um de nós, tem o livre-arbítrio para decidir como deseja viver, aceitando a lógica e a evidência das lições evangélicas, ou ignorando-as.

Pelos atributos de Deus que conhecemos, por certo, quando um filho seu estiver cansado de andar na contramão, carregado de decepções e angústias, Ele estará de braços abertos para acolhê-lo, com renovadas oportunidades de redenção e aprimoramento.

Reflitamos...


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita