Tancredo
Noronha
Enquanto no
corpo, ainda
mesmo quando
extremamente
beneficiados
pela colaboração
da fé
renovadora,
formulamos
concepção muito
diversa da
“outra vida”
que, no fundo, é
a nossa vida
real – aquela
que nos retém
invariavelmente,
depois das
experiências
terrestres.
Não conseguimos
imaginar a
partida para a
ocasião em que
se verifica,
porque, embora
soubéssemos o
veículo menos
habilitado a
maior
permanência no
mundo,
aguardávamos
novo ensejo de
continuação ao
lado dos nossos,
no mesmo
caminho.
Na realidade, o
homem nunca se
prepara à frente
do túmulo e as
nossas
dificuldades
crescem, ante as
preocupações que
a distância
compulsória nos
impõe.
O corpo
perispiritual
herda, por muito
tempo, as
deficiências da
vestimenta da
carne,
principalmente
quando o nosso
poder mental se
demora arraigado
à luta que
deixamos para
trás.
Compreendo,
agora, que as
melhores gemas e
os tesouros mais
preciosos passam
por nós, na
Terra, sem que
cogitemos de
amealhar-lhes os
valores eternos.
Não conheço,
hoje, mais alta
riqueza que a do
espírito e só
agora observo
que semelhantes
bens devem ser
procurados pela
nossa
compreensão,
abertas às
lições que o
mundo nos
oferece.
A romagem do
espírito, na
Terra, é longa e
difícil e mais
vale ao homem –
viajor em
trânsito no
mundo – o
diamante da
verdade e do
amor, no coração
burilado para
Jesus, que os
cofres repletos
de preciosidades
materiais,
destinadas ao
jogo dos
fenômenos
financeiros,
efêmeros e menos
edificantes.
A existência tem
muita alegria
para
conferir-nos e,
quanto estiver
ao nosso
alcance,
cresçamos no
conhecimento
divino, para
melhor servir às
Forças do Alto.
Jesus nos
ajudará.
Confiemos n’Ele.
E, deixando que
nossa alma se
prenda a essa
doce esperança
de reunião
final, em
derredor da Luz
Divina, peçamos
ao Senhor nos
conceda
renovadas
bênçãos de paz e
confiança, para
perseverarmos no
bem, até ao fim
do bom combate.
Do livro
Cartas do
Coração,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.