Suely Caldas Schubert:
“A oração é o nosso
escudo
de defesa”
Concluindo sua recente
visita ao Rio Grande do
Sul, a escritora e
médium falou aos
espíritas de Porto
Alegre e Novo Hamburgo
Suely Caldas Schubert,
superando limites, e
retornando para a Região
Metropolitana de Porto
Alegre, apresentou-se no
dia 6 de setembro na
Sociedade Espírita Allan
Kardec, na sua sede da
Rua Fernando Machado,
sendo recebida
calorosamente. A
conferencista apresentou
o trabalho que teve por
título: Muitos os
chamados, poucos os
escolhidos
– com
destaque
para as
perturbações
espirituais.
Disse
que ao
voltar
ao
ambiente
que lhe
|
|
Suely com a equipe de trabalho |
|
acolhia,
sentia-se
tocada
por
emoções,
reconhecendo
o
esforço
realizado
pelos
que ali
se
encontravam,
vencendo
dificuldades,
agradecendo-lhes
por
estarem
presentes.
Classificou
o
momento
como uma
preciosa
oportunidade
em
realizar
a
atividade,
percebendo
a
interconectividade
entre
todos, e
com os
benfeitores
espirituais. |
Apresentando os enfoques
da obra Perturbações
Espirituais, de
Manoel Philomeno de
Miranda e psicografada
por Divaldo Franco,
Suely salientou que a
humanidade está vivendo
grave momento da
transição planetária. É
um momento difícil, de
muita violência, de
busca de objetivos nem
sempre definidos.
Identificam-se, também,
ações nefastas sobre as
Instituições Espíritas e
outras organizações que
promovem o bem e o
esclarecimento das
pessoas e dos que
trabalham em prol do
bem.
O momento atual
reveste-se de grande
importância, pois que
nesta reencarnação os
seres humanos
experimentam momentos de
definição, de mudanças
de valores, conforme
anunciado pelo Cristo,
como podemos ler em O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
capítulo XX, item 5.
Definindo quem são os
trabalhadores, a
conferencista apresentou
e discorreu sobre os
registros expressos no
Evangelho de Mateus,
cap. 20:4, e na obra
Pão Nosso, cap. 29
(Emmanuel/Chico Xavier),
com destaque para: “Onde
quer que estejas,
recorda-te que te
encontras na Vinha do
Cristo. Vives sitiado
pela dificuldade e
infortúnio ? Trabalha
para o bem geral, mesmo
assim, porque o Senhor
concedeu a cada
cooperador o material
conveniente e justo”.
O material conveniente e
justo concedido pelo
Senhor é composto pela
reencarnação; os pais e
a família; o corpo; o
berço; a inteligência;
as tendências; o
trabalho; e o
espiritismo. A vinha do
Cristo é o campo de
trabalho, o justo
trabalho para o
crescimento.
Na obra Perturbações
Espirituais, na
Introdução e no cap. 1,
Manoel Philomeno de
Miranda faz um alerta:
“Desejamos com a
presente obra alertar os
companheiros
inadvertidos ou
descuidados dos deveres
espirituais assumidos
antes do renascimento
carnal. (...) Não
ignoramos que as forças
do Mal, ensandecidas
ante o crescimento dos
adeptos do Consolador,
sentem-se ameaçadas e
atacam-nos com
inclemência. (...)
Utilizando-se da
debilidade moral de
muitos que não
amadureceram nos estudos
sérios do Espiritismo,
deles se utilizam,
perturbadores das hostes
doutrinárias, de modo a
criarem situações
embaraçosas, de difícil
solução, pelos
arrastamentos de outros
invigilantes que a ação
maléfica proporciona”.
O alerta do lúcido
benfeitor Manoel P.
Miranda, assinala que
“alguns se atrevem a dar
nova interpretação às
Obras da Codificação, em
um alucinado projeto de
atualizar a Verdade, as
reflexões do codificador
inspirado pelo Senhor e
vaso escolhido para a
construção de um mundo
melhor (...)”. Da obra
acima referenciada,
Suely destacou um caso
para elucidar o trabalho
de auxílio, ou de
alerta, aos que se
encontram envolvidos por
ações nefastas e
maléficas. É o caso das
irmãs Cenira e Carolina,
dirigentes de uma casa
espírita, em que fica
evidente a ação
divisionista, criando
cizânia e perturbação e,
por outro lado, a
intervenção socorrista
de esclarecimento,
fortalecimento e amparo
aos envolvidos.
Lançando o olhar sobre
as casas espíritas
atuais, a dinâmica e
esclarecida
conferencista registrou
que os obsessores
assinalam, entre os
trabalhadores e médiuns,
os mais suscetíveis de
serem influenciados
devido às suas
imperfeições, atacando
os elos mais fracos. O
projeto de vulgarizar o
Espiritismo é o grande
projeto da atualidade,
segundo informações dos
próprios obsessores. O
profano insinua-se no
divino, o vulgar no
especial, o ridículo no
ideal (Bezerra de
Menezes/psicofonia de
Divaldo Franco).
Buscando informações em
obras de Joanna de
Ângelis, Manoel
Philomeno de Miranda e
Emmanuel, Suely
salientou a importância
da autotransformação, do
trabalho no bem,
preparando o futuro, tal
qual preparamos o
presente no passado.
Sempre muito bem
disposta e otimista,
Suely teve a
oportunidade de
responder inúmeras
questões, oferecendo
informações, ampliando
conhecimentos,
esclarecendo pormenores,
orientando
procedimentos,
incentivando ao trabalho
no bem. Encaminhando-se
para o encerramento,
Suely Schubert destacou
as informações contidas
em O Evangelho
segundo o Espiritismo,
cap. 18, item 12; cap.
20, item 15; e cap. 22,
item 14.
Após ler o texto
intitulado Oração,
de José Silvério Horta,
em Parnaso de
Além-Túmulo,
psicografia de Chico
Xavier, a expositora
mineira foi aplaudida
por mais de duzentos e
cinquenta pessoas que se
puseram de pé,
reverenciando-a e
reconhecendo seu
trabalho profícuo e
esclarecedor. Ato
contínuo, a direção da
Instituição anfitriã
presenteou Suely com um
exemplar da obra
Sociedade Espíri- |
|
ta Allan
Kardec –
120 anos
de
Memórias
– O
Encontro
dos
Missionários. |
Desafios para a Vivência
do Evangelho
No dia 7 de setembro,
data máxima da Pátria, e
reverenciando-a através
do trabalho, Suely
Caldas Schubert esteve
no Instituto Espírita
Dias da Cruz, de Porto
Alegre, onde foi
recebida com amabilidade
e alegria. Sua visita
estava sendo aguardada
com expectativa, todos
desejavam assistir à
conferência que a
escritora mineira faria:
Desafios para a
Vivência do Evangelho.
Cercada de carinho,
disse que o Evangelho
deve ser vivido como
ideal, devendo estar
presente nos atos
diários da vida de cada
indivíduo, aceitando o
desafio de colocá-lo em
prática no lar e fora
dele. Com exercícios
evangélicos diários os
cristãos vão penetrando
e compreendendo os
ensinamentos do Mestre
nazareno.
Discorrendo sobre o
Reino de Deus, conforme
está no item 3 da
introdução de O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
salientou que ele se
encontra na intimidade
da criatura humana.
Suely frisou que todos
possuem acesso ao Código
Divino, traduzido como
sendo uma regra de bem
proceder e que abrange
todas as circunstâncias
da vida privada e
pública. Diante dele a
própria incredulidade se
curva e é, também, o
terreno onde todos os
cultos podem reunir-se,
o princípio básico de
todas as relações
sociais que se fundem na
mais rigorosa justiça.
É, igualmente, um
roteiro infalível para a
felicidade vindoura e
que levanta uma ponta do
véu que oculta a vida
futura.
O código é inerente ao
ser humano, e se
evidencia na medida em
que evolui. É o código
de moral universal, sem
distinção de culto. Em o
Céu e o Inferno,
uma das obras
fundamentais da Doutrina
Espírita, no capítulo
VII, está elencado o
Código Penal da Vida
Futura, composto de
trinta e três itens, que
balizam como deve o
homem proceder na vida.
De acordo com Allan
Kardec, toda imperfeição
é causa de infelicidade
e a felicidade só pode
ser experimentada,
sentida, quando o
indivíduo cumprir a Lei
Divina, quando, então,
ele se afasta das
imperfeições. A Justiça
Divina é perfeita e
equânime, alcançando a
todos.
Sobre a fé inabalável,
ensinou que fé inata é a
condição que o indivíduo
possui de aceitar com
facilidade as verdades
espirituais. Para crer
não basta ver, é
preciso, sobretudo,
compreender. A fé
inabalável é a que pode
encarar a razão face a
face, em todas as épocas
da Humanidade. A fé
raciocinada é aquela que
compreende os fatos da
vida.
Para viver o Evangelho
do Cristo é fundamental
atentar-se para a
família, entendendo-a
como espaço para
aprender. A educação
para a Nova Era deve
estruturar-se no
conceito de realização
integral, abrangendo os
valores culturais,
sociais, econômicos,
morais e espirituais do
ser humano. O estudo, a
aquisição de
conhecimento, sobretudo
da Doutrina Espírita,
são instrumentos para a
vivência do evangelho
nos dias atuais. O
aprendizado se aprofunda
na medida do interesse
do indivíduo.
Apresentando uma página
da obra Desafios da
vida familiar, do
Espírito Camilo,
psicografada por José
Raul Teixeira, Suely
destacou que a vivência
no âmbito da família é
espaço de
aperfeiçoamento moral e
espiritual, sentimental
e intelectual, visando,
no futuro, condições
para o ser humano poder
compreender, cooperar e
amar a imensa família
universal.
O preconceito não pode
estar presente na vida
do espírita. Ensina a
nobre conferencista que
é necessário pensar o
Espiritismo e pensar
como espírita. Sandra
Borba em sua obra
Reflexão Pedagógica à
Luz do Evangelho,
cap. 1, esclarece que
Jesus, enquanto Mestre
por excelência, adotou
uma postura por demais
inovadora no que diz
respeito à aprendizagem
e aos métodos e
procedimentos de ensino
que lhe possibilitava a
construção. Afastou-se
da verbosidade do
formalismo da
memorização, da lição
ex-cátedra, demonstrando
Sua preocupação com a
assimilação ativa do
conteúdo com uma
aprendizagem
verdadeiramente
significativa.
O Mundo de Regeneração é
um mundo de padrão
vibratório mais elevado.
Em Palavras de Vida
Eterna, cap. 16,
Emmanuel, pela
psicografia de Chico
Xavier, leciona:
Metamorfose essencial
para nós será sempre
aquela que nos alcance o
imo da alma. Isto
equivale dizer que, para
renovar-nos, em verdade,
no modelo do Cristo, é
necessário, acima de
tudo, sentir nos padrões
do Cristo, para pensar,
observar, ouvir e agir
com acerto, na
realização da tarefa que
o Cristo nos reservou.
Para cumprir esse
desiderato – pensar o
Espiritismo e pensar
como espírita – é
fundamental estudar,
comparar e aprofundar, e
expandir a consciência.
Com outras passagens de
O Evangelho segundo o
Espiritismo (cap.
XX, item 5) e do livro
Fonte Viva
(Emmanuel/Chico Xavier),
Suely objetivou motivar
o público para a
transformação íntima,
assumindo as próprias
responsabilidades,
colocando-se em serviço
ao próximo, destacando
que Deus está em nós,
tanto quando estamos em
Deus.
A educação familiar, os
exemplos e as vivências
no lar terão reflexos na
vida de relação fora
dele. A oração, disse a
inspirada conferencista,
é o nosso escudo de
defesa. Salientou o item
4 do cap. XX de O
Evangelho segundo o
Espiritismo que
aborda a missão dos
espíritas: Marcha, pois,
avante, falange
imponente pela tua fé!
Diante de ti os grandes
batalhões dos incrédulos
se dissiparão, como a
bruma da manhã aos
primeiros raios do sol
nascente. (...). Arme-se
a vossa falange de
decisão e coragem!
Assim, a lúcida
escritora e médium
encerrou sua atividade,
recebendo uma forte
salva de palmas do
público composto por
cerca de 250 pessoas que
se puseram de pé,
reverenciando Suely e
seu trabalho. Em
seguida, a diretoria do
Instituto Espírita Dias
da Cruz, oferecendo um
lanche para o ensejo de
uma confraternização,
entregou-lhe um cartão
de reconhecimento,
gratidão e
felicitações.
Mecanismos da Justiça
Divina
No dia 8, em mais uma
atividade doutrinária na
capital dos gaúchos,
Suely Caldas Schubert
proferiu conferência na
Sociedade Espírita Luz,
Paz e Caridade, cujo
tema foi: Mecanismos
da Justiça Divina.
Recebida com alegria e
fraternidade, a ilustre
visitante foi acolhida
com carinho pelos
trabalhadores,
estudantes e
frequentadores da
instituição. A Doutrina
Espírita, informou,
mostra-nos quanto a
Justiça Divina é
perfeita, lembrando que
o livro O Céu e o
Inferno deve ser
descoberto, lido e,
sobretudo, estudado
pelos espíritas, pois
que, contendo relatos de
situações vivenciadas no
mundo espiritual,
apresenta as diversas
categorias em que são
classificados os
Espíritos, conforme os
diferentes graus
evolutivos, com relatos
de casos muito
importantes,
verdadeiramente
ilustrativos e
elucidativos. Divulga,
igualmente, o Código
Penal da Vida Futura
contendo trinta e três
itens. Allan Kardec
destaca que toda a
imperfeição é causa de
infelicidade. O planeta
Terra, embora ainda
classificado como de
provas e expiação, está
se transformando em um
mundo de regeneração,
conforme o homem
terrestre vai se
depurando.
Desenvolvendo o tema,
Suely discorreu sobre o
Reino de Deus conforme
se lê em o Evangelho de
Mateus, cap. 17, vv. 20
e 21. Ele não vem de
modo visível, ele está
dentro de cada ser
humano. Sobre o Código
Divino, na Introdução de
O Evangelho segundo o
Espiritismo, Suely,
sempre encantadora em
sua oratória límpida,
falou sobre a justiça, a
perfeição e o amor.
A vida futura,
acrescentou a lúcida
expositora, é sentida,
ventilada a sua
existência desde as mais
remotas épocas da
humanidade.
Sobre a fé inabalável,
afirmou que, segundo o
cap. XIX de O
Evangelho segundo o
Espiritismo, só é a
que pode encarar de
frente a razão em todas
as épocas da humanidade.
A fé inata é a que tem
facilidade de aceitar as
verdades espirituais.
Para crer não basta ver;
é preciso, sobretudo,
compreender.
Examinando a Lei de Ação
e Reação, a escritora
mineira destacou a
informação apresentada
por André Luiz que diz
que a Lei Divina,
alicerçada na justiça
indefectível, funciona
em igualdade para
todos. Essa Lei está
escrita na consciência,
conforme questão 621 de
O Livro dos Espíritos.
Isso não permite margens
para negar a sua
existência e
conhecimento.
Em estando no período de
transição de um mundo de
provas e expiações, para
um mundo de regeneração,
a atual reencarnação se
torna a mais importante,
sendo um divisor de
águas entre os que estão
propensos ao bem e os
que se devotam à prática
do mal. Assim, a Justiça
Divina alcançará todos,
posicionando as
criaturas conforme suas
tendências.
Apresentando um texto do
capítulo 4 da obra
Justiça e Amor, de
Camilo, psicografia de
José Raul Teixeira,
Suely destacou que a
consciência fornece ao
indivíduo a capacidade
de perceber a realidade
de si mesmo, da
existência, registrando
as ações, desejos e
pensamentos,
direcionando a sua
vontade. As Leis
Divinas, estando na
consciência, permitem
que o homem tenha
liberdade de agir,
responsabilizando-se, no
entanto, pelos efeitos
de suas ações ou
omissões.
Ainda segundo a obra
Ação e Reação, cap.
4: Recordemos, ainda, o
pensamento, atuando à
feição de onda, com
velocidade muito
superior à da luz, e
lembremo-nos de que toda
mente é dínamo gerador
de força criativa.
Significa dizer que onde
está o pensamento lá
está o ser imortal.
Emmanuel, pela
psicografia de Chico
Xavier, na obra
Pensamento e Vida,
cap. 4, afirma que
renascemos na Terra,
segundo as nossas
dívidas ou conforme as
nossas necessidades.
Descrevendo e comentando
com mestria a obra
Memórias de um Suicida,
de Yvonne do Amaral
Pereira, emocionando os
presentes, analisou a
história de Mario
Sobral, sua vida e
atitudes no plano da
matéria densa e como
desencarnado, bem como a
sua acolhida,
tratamento, estudo e
preparação para uma nova
reencarnação,
evidenciando quanto é
justa e educativa a
Justiça Divina, que dá
ao infrator a
possibilidade, pelo
esforço próprio, de
avançar rumo à
perfeição, depurando-se
pelos mecanismos das
sucessivas
reencarnações.
Referindo-se aos
bem-aventurados os
aflitos – O Evangelho
segundo o Espiritismo,
cap. 5 – Suely em sua
verve esclarecedora
frisou que as boas
resoluções que se possa
tomar são a voz da
consciência, advertindo
o que é o bem e o que é
o mal, e dando forças
para resistir às
tentações. Em acordo com
essa assertiva, Joanna
de Ângelis, no livro
Ilumina-te, cap. 28,
psicografado por Divaldo
Franco, destaca que em
se autoconhecendo o
homem, de degrau a
degrau, vai adquirindo a
plenitude.
Conforme Emmanuel em
Palavras de Vida Eterna,
cap. 16, que trata sobre
os padrões do Cristo, é
fundamental pensar,
observar, ouvir e agir
com acerto, na
realização da tarefa que
o Cristo reservou para
cada ser humano. Nesse
aspecto, ensinou a
oradora, os espíritas
devem pensar o
Espiritismo e pensar
como espíritas, isto é,
aliar o conhecimento e a
prática.
Finalizando a bela e
instrutiva conferência,
e apresentando
ensinamentos do Mestre,
Suely analisou os textos
Obreiros do Senhor, do
Espírito de Verdade - em
O Evangelho segundo o
Espiritismo, cap.
XX, item 5 – e O Cristo
Consolador, conforme
Mateus,11:28 a 30.
Suely, em eloquente
esclarecimento e amparo
aos sedentos de saber,
leu a mensagem Render
Graças, de Joanna de
Ângelis, psicografia de
Divaldo Franco,
encerrando-a com a
seguinte frase: Em
qualquer circunstância,
todos os dias, faze do
reconhecimento o teu
hino de louvor e de ação
no bem os motivos de tua
existência, orando e
rendendo graças a Deus
sem cessar e sem
cansaço.
Em reverência e
gratidão, Suely foi
calorosamente aplaudida,
recebendo inúmeros
cumprimentos.
Mecanismos da Justiça
Divina e as Tragédias
Coletivas
Encerrando suas
atividades doutrinárias
no Rio Grande do Sul,
Suely Caldas Schubert
apresentou no dia 9 de
setembro na Sociedade
Espírita Em Busca da
Verdade, de Novo
Hamburgo, o tema:
Mecanismos da Justiça
Divina e as Tragédias
Coletivas, evento
promovido pela União
Municipal Espírita de
Novo Hamburgo.
Enfocando as tragédias
coletivas, as balas
perdidas, desastres,
crimes hediondos,
ocorrências que se
sucedem no tempo, a
escritora e médium
mineira esclareceu que a
Doutrina Espírita
apresenta respostas
paras esses eventos que
chocam os mais
sensíveis, que provocam
comoções coletivas,
explicando as causas,
permitindo, aos que
desejam, compreender os
acontecimentos.
Evidenciando o registro
de Lucas (17:20 e 21),
disse que o reino de
Deus está na intimidade
de cada indivíduo e que
cada um sabe discernir
em gradações diversas o
certo e o errado, o que
está em consonância com
a Lei Divina e o que não
está. Em Obras
Póstumas, em
Questões e Problemas -
As Expiações Coletivas
-, Suely apresentou e
discorreu sobre o texto,
explicando os
postulados, as causas e
consequências dos atos
praticados e a
equanimidade da Justiça
Divina, destacando o
texto de Clélia
Duplantier, nesta mesma
questão: (...)Três
caracteres há em todo
homem: o do indivíduo,
do ser em si mesmo; o de
membro da família e,
finalmente, o de
cidadão. Sob cada uma
dessas três faces pode
ele ser criminoso e
virtuoso, isto é, pode
ser virtuoso como pai de
família, ao mesmo tempo
que criminoso como
cidadão e
reciprocamente. Daí as
situações especiais que
para si cria nas suas
sucessivas existências.
Falando sobre a Justiça
Divina, Suely comentou
sobre o cap. VII - As
Penas Futuras Segundo O
Espiritismo – do livro
O Céu e o Inferno,
uma das obras
fundamentais da Doutrina
Espírita, evidenciando o
Código Penal da Vida
Futura, composto de
trinta e três itens.
Destes, a conferencista
apresentou e analisou os
itens 1, 8, 13 e 20.
Enfatizou que a
felicidade somente
poderá ser fruída quando
o indivíduo conseguir
cumprir a Lei Divina na
sua totalidade. A
felicidade não pode ser
depositada e
condicionada ao outro,
mas que cada um pode
construí-la dentro de
si, na consciência reta
do dever cumprido em
consonância com o Código
Divino.
Para esclarecer sobre
onde encontrar a Lei
Divina, Suely comentou e
aprofundou com exemplos
a questão 621 de O
Livro dos Espíritos,
dizendo que o homem traz
dentro de si a Lei de
Deus, isto é, na sua
consciência. É
fundamental, para
entender os mecanismos
da Justiça Divina,
compreender que Deus não
castiga, a própria
criatura cria para si as
situações que vive.
Experimenta as boas ou
más ações conforme os
registros espirituais.
Não há inocentes em se
tratando de Justiça
Divina.
Em Momentos de
Consciência, cap. 4
e 8, de Joanna de
Ângelis, psicografado
por Divaldo Franco,
pode-se ler: A
consciência não é a
inteligência no sentido
mental, mas a capacidade
de estabelecer
parâmetros para entender
o bem e o mal, optando
pelo primeiro e seguindo
a diretriz do equilíbrio
das possibilidades
latentes, desenvolvendo
os recursos atuais em
favor do seu vir-a-ser
(...).
A Misericórdia Divina se
evidencia, disse a
médium mineira, através
do amor de Deus a todos
os seus filhos; na
justiça perfeita, com
equidade; na Lei do
progresso, ressaltando a
evolução; na
reencarnação,
oportunidade para
evoluir; no
livre-arbítrio,
liberdade de agir por si
mesmo,
responsabilizando-se
pelos efeitos daí
decorrentes; na certeza
da vida futura, não há
morte; e desejo
incessante de alcançar o
melhor, progredir
sempre.
Sobre os flagelos
destruidores, Suely
apresentou e comentou a
questão 737 de O
Livro dos Espíritos
e o comentário de Allan
Kardec na nota sobre a
questão 738-b: Quer a
morte venha por um
flagelo ou por uma causa
comum, ninguém deixa de
morrer quando houver
soado a hora da partida.
A única diferença, em
caso de mortes
coletivas, é quando
parte ao mesmo tempo
maior número de pessoas.
Nesse particular, a
nobre oradora disse que
a doença é a cura do
Espírito. Apresentando
casos enriquecedores
sobre as desencarnações
coletivas, Suely
evidenciou a importância
da leitura da obra
Chico Xavier pede
Licença, de Chico
Xavier, J. Herculano
Pires e Espíritos
diversos. Comentando
esse assunto, Herculano
Pires diz: As Leis da
Justiça Divina estão
escritas na consciência.
Obedecendo a essas leis,
as vítimas de mortes
coletivas aparecem como
as mais severas
julgadoras de si mesmas.
São almas que se punem a
si próprias em virtude
de haverem crescido em
amor e trazem consigo a
justiça imanente. Se no
passado erraram, agora
surgem como heroínas do
amor.
Resumindo, conforme o
item 16 do Código Penal
da Vida Futura há três
passos ou etapas a serem
postos em prática:
arrependimento, expiação
e reparação, que
constituem, portanto, as
três condições
necessárias para apagar
os traços de uma falta e
suas consequências.
Cornélio Pires,
Espírito, no livro
Diálogo dos Vivos,
através da psicografia
iluminada de Chico
Xavier, compôs belo
poema sobre as vítimas
do incêndio do edifício
Joelma, em São Paulo.
Finalizando sua
magnífica exposição,
Suely apresentou e
comentou, esclarecendo a
narrativa de Mateus
(11:28 a 30) sobre o
Cristo Consolador: Vinde
a Mim todos vós que
estais aflitos e
sobrecarregados que eu
vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo e
aprendei comigo que sou
brando e humilde de
coração; e achareis
descanso para as vossas
almas, pois suave é o
meu jugo e leve o meu
fardo. “A alma descansa
quando está quite com a
Justiça Divina”, disse
Suely.
Apresentando o texto
Amorterapia, de
Joanna de Ângelis/Divaldo
Franco, Suely Caldas
Schubert encerrou sua
atividade propiciando
enlevo espiritual e paz
de espírito. Do texto,
entre outras frases,
destacamos estas: Não há
como negar ser o amor a
realidade mais pujante
da vida. Irradia-se de
Deus e vitaliza o
Universo, mantendo as
Leis que produzem o
equilíbrio. Todos os
homens e mulheres que
edificaram os ideais de
felicidade humana
fundamentaram o seu
pensamento no amor pleno
e incondicional. (...)
Jesus sintetizou todo o
código da Sua Doutrina
no amor a Deus, ao
próximo e a si mesmo.
(...) recorre também ao
amor, para que ele
solucione os enigmas
existenciais e erradique
os agentes causadores
dos distúrbios
interiores e externos
que aturdem a
humanidade.
Em gratidão e
reconhecimento, os
presentes aplaudiram de
pé a dedicada
expositora,
cumprimentada por
muitos.
Notas do autor:
As fotos desta
reportagem são de
autoria de Jorge Moehlecke.
|