Chico Xavier esteve
no Instituto Penal de São
Paulo, assistindo e
dando esperanças aos
reeducandos ali confinados.
Na ocasião foi-lhe
questionado se não
deveríamos nós, os
espíritas, aumentar a
assistência espiritual
nos presídios masculino
e feminino, dando
assim verdadeiro lastro
consolador a esse esforço
reeducativo.
Chico respondeu:
- Julgamos que o diálogo em
bases de respeito às leis e
de conhecimento da
solidariedade cristã seria
providência das mais
louváveis em nossos
institutos de reeducação.
Semelhantes contatos
atingiriam o melhor
rendimento de compreensão
humana e de consequente
renovação para os visitados
e visitantes, então
marchando juntos para um
relacionamento melhor em
nossos grupos sociais.
Diz-nos Emmanuel que os
irmãos considerados «caídos”
são parte de nossa família
espiritual que a Divina
Providência nos confia, com
o objetivo de ensinar-nos a
conquistar felicidade pela
prática da lei do amor. E,
ao mesmo tempo, afirma o
nosso Benfeitor, os nossos
companheiros nessa condição
representam o resultado de
suas próprias ações em
existências passadas,
provavelmente criaturas
prejudicadas, em muitas
ocasiões, por nós mesmos, e
que as leis da vida nos
restituem, para que venhamos
a resgatar nossos débitos,
auxiliando-as na precisa
restauração.
Na mesma ocasião também foi
lhe questionado se haverá
maior frio na alma que a
indiferença dos nossos
semelhantes.
Eis o que Chico disse:
- Pode haver indiferença dos
nossos semelhantes para
conosco, entretanto de nós
para com os outros isso não
deveria acontecer. Cremos
que se Jesus houvesse levado
em conta nossa incapacidade
para assimilar-lhe de pronto
o desvelado e intenso amor,
o Cristianismo não estaria
brilhando, e brilhando cada
vez mais na Terra. Quem ama
tem sempre bastante calor
humano para distribuir.
Vamos refletir honestamente
acerca das nossas ações
práticas na senda do bem?
Do livro “Lições de
sabedoria” , de Marlene
Rossi Severino Nobre.
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