Sexo e Obsessão
Manoel
Philomeno de Miranda
(Parte 6)
Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Sexo e Obsessão, obra de autoria de
Manoel Philomeno de Miranda, psicografada
por Divaldo P. Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. Depois do pesadelo de haver passado toda
a madrugada na Comunidade pervertida, como
foi o despertar do padre Mauro?
Péssimo. Mauro teve dificuldade de reassumir
as funções mentais coordenadas. Terrível
torpor assomara-lhe à consciência,
dificultando-lhe o raciocínio lúcido. Dores
musculares mortificavam-no, espalhadas por
todo o corpo, enquanto expressiva debilidade
orgânica se lhe apresentava dominadora.
Exalava fluidos deletérios através da
expiração ao tempo em que se encontrava
envolvido nos chacras coronário, cerebral e
genésico por densa energia que se evolava
pastosa a princípio, desvanecendo-se
paulatinamente. O pesadelo assustou-o, quase
o levando a um choque nervoso, por
identificar a perigosa trilha que percorria,
conduzindo-o a delírios exorbitantes qual o
vivenciado fazia pouco. Com muita
dificuldade, então, começou a orar. (Sexo
e Obsessão, capítulo 4: O drama da obsessão
na infância.)
B. O ambiente psíquico no quarto de Mauro
era deplorável. Como ajudá-lo?
Além de deplorável, entidades ociosas e
viciadas ali permaneciam, umas em atitude de
vigilância, enquanto outras se apresentavam
como parasitas que se nutriam dos vibriões
mentais e das formas-pensamento
exteriorizadas pelo paciente infeliz.
Anacleto convidou, então, o grupo a um
trabalho de assepsia psíquica, a fim de que
a ingestão continuada da psicosfera doentia,
que sempre afetava mais o paciente, fosse
modificada, diminuindo-lhe o transtorno
emocional. Concentrando-se, silenciosamente,
o Mentor exorou o auxílio divino,
transformando-se, a pouco e pouco, em um
dínamo emissor de ondas vigorosas e
luminosas que se exteriorizavam, diluindo as
construções fluídicas perniciosas e
afastando as Entidades viciosas que ali se
homiziavam. A operação prolongou-se por
alguns minutos. Ao terminar, tomando contato
com o recinto, todos tiveram a impressão de
que se encontravam num outro lugar, no qual
o Sol entrava gentil, completando a assepsia
com os seus raios luminosos benéficos.
(Sexo e Obsessão, capítulo 4: O drama da
obsessão na infância.)
C. Como explicar a obsessão em crianças
ainda tão pequenas?
O Mentor Anacleto, ante tal indagação,
explicou: “Não ignorássemos que a
misericórdia de Deus está presente em toda a
Criação, e não seria o ser humano quem
marcharia sem a necessária proteção para
alcançar a meta que busca no seu
desenvolvimento intelecto-moral. Todavia,
sabemos, também, que muitos processos de
obsessão têm o seu início fora do corpo
físico, quando os calcetas e rebeldes, os
criminosos e viciados reencontram suas
vítimas no Além-Túmulo, que se lhes imantam,
nos tentames infelizes e de resultados
graves em diversas formas de obsessões. A
obsessão na infância muitas vezes é
continuidade da ocorrência procedente da
Erraticidade. Sem impedir o processo da
reencarnação, essa influência perniciosa
acompanha o período infantil de
desenvolvimento, gerando graves dificuldades
no relacionamento entre filhos e pais,
alunos e professores, e na vida social
saudável entre coleguinhas”. (Sexo e
Obsessão, capítulo 4: O drama da obsessão na
infância.)
Texto para leitura
27. O despertar de Mauro –
Logo que foi possível, o grupo socorrista
acorreu à Casa paroquial onde residia Mauro,
a fim de acompanhar o seu despertar no corpo
físico. O jovem teve dificuldade de
reassumir as funções mentais coordenadas.
Terrível torpor assomara-lhe à consciência,
dificultando-lhe o raciocínio lúcido. Dores
musculares mortificavam-no, espalhadas por
todo o corpo, enquanto expressiva debilidade
orgânica se lhe apresentava dominadora.
Exalava fluidos deletérios através da
expiração ao tempo em que se encontrava
envolvido nos chacras coronário, cerebral e
genésico por densa energia que se evolava
pastosa a princípio, desvanecendo-se
paulatinamente. Quase cambaleante buscou a
ducha com água fria e banhou-se, tentando
recuperar-se, o que de certo modo conseguiu
parcialmente. Logo após, sentando-se na
cama, começou a refletir e coordenar as
ideias, que lhe traziam à memória as
terríveis lembranças das cenas bestiais da
noite, que passou a considerar como
registros do inconsciente sobre algo
terrível que não conseguia compreender
plenamente. O pesadelo assustou-o, quase o
levando a um choque nervoso, por identificar
a perigosa trilha que percorria,
conduzindo-o a delírios exorbitantes qual o
vivenciado fazia pouco. Com muita
dificuldade começou a orar. A prece era
formulada em gritos interiores de desespero
entre objurgatórias e pedidos de socorro aos
Céus. Interrogava-se, aturdido: - "Que me
estaria acontecendo? Os devaneios e atos
reprocháveis estão-me conduzindo à loucura?
Estarei sendo vítima de uma trama demoníaca?
Quando irei parar no resvaladouro do crime
hediondo que vivo praticando?" Ante a
reflexão, recordou-se do ser perverso que o
jugulara, arrastando-o para o paul de
misérias morais, e sentiu-se mais
indisposto. A figura estranha e cruel
retornou-lhe à memória, aparvalhante, como
se lhe comandasse a mente em desalinho com
um poder sobre-humano ao qual não se podia
furtar. O medo assenhoreou-se-lhe dos
sentimentos e as lágrimas banharam-lhe o
rosto desfigurado e pálido. Só então pôde
orar com mais serenidade, beneficiando-se do
refrigério da prece. Jamais qualquer pedido
fica sem resposta ante os Soberanos Códigos
da Vida. (Sexo e Obsessão, capítulo 4: O
drama da obsessão na infância.)
28. A oração transforma por completo o
recinto – O ambiente psíquico do
quarto de Mauro, possivelmente em razão das
emanações habituais do residente vinculado
aos desejos mórbidos, era deplorável.
Entidades ociosas e viciadas ali
permaneciam, umas em atitude de vigilância,
enquanto outras se apresentavam como
parasitas que se nutriam dos vibriões
mentais e das formas-pensamento
exteriorizadas pelo paciente infeliz. Algo
aturdido, em processo de recuperação,
dirigiu-se ao refeitório para o desjejum.
Permanecendo na habitação empestada pelas
ondas sucessivas de baixo teor vibratório,
Anacleto convidou o grupo a um trabalho de
assepsia psíquica, a fim de que a ingestão
continuada da psicosfera doentia, que sempre
afetava mais o paciente, fosse modificada,
diminuindo-lhe o transtorno emocional.
Concentrando-se, silenciosamente, o Mentor
exorou o auxílio divino, transformando-se, a
pouco e pouco, em um dínamo emissor de ondas
vigorosas e luminosas que se exteriorizavam,
diluindo as construções fluídicas
perniciosas e afastando as Entidades
viciosas que ali se homiziavam. A operação
prolongou-se por alguns minutos, enquanto
era possível ouvir os gritos e blasfêmias
dos infelizes que eram expulsos pelas ondas
mentais direcionadas pelo pensamento do
nobre Espírito. Ao terminar a prece, tomando
contato com o recinto, todos tinham a
impressão de que se encontravam num outro
lugar, no qual o Sol entrava gentil,
completando a assepsia com os seus raios
luminosos benéficos. Mauro havia terminado a
refeição frugal, sem haver superado
totalmente o mal-estar que o acometia. A
mente continuava tomada por interrogações
perturbadoras, o peito arfava sob peculiar
fardo de sentimentos desencontrados, e a
consciência de culpa acoimava-o sem piedade.
Cabia-lhe seguir ao Educandário onde
lecionava a crianças. Normalmente, o
pedófilo, a fim de ocultar os seus conflitos
e tormentos sexuais, procura atividades
respeitáveis que o ponham em contato com as
suas futuras vítimas, de forma que não
provoquem suspeitas em torno do seu
comportamento. (Sexo e Obsessão, capítulo
4: O drama da obsessão na infância.)
29. Abusos sofridos na infância
– A própria perturbação torna-os muito
hábeis na arte da dissimulação,
apresentando-os como pessoas gentis e
dedicadas, compreensivas e bondosas, que
conquistam os incautos. A camuflagem
abre-lhes as possibilidades para os intentos
infelizes que quase sempre se coroam de
êxito temporário... Por outro lado, pais
invigilantes permitem que os seus filhos
relacionem-se com adultos desconhecidos,
demasiadamente generosos, permitindo-lhes
convivência não acompanhada, que resulta em
descalabro e perturbação. Isso, quando
alguns dos genitores, igualmente
desequilibrados, não se fazem os
exploradores perversos da prole, que
submetem aos caprichos degenerados da sua
personalidade psicopata. Chegando à Escola,
alguns colegas notaram a palidez quase
mortal de Mauro, e comentaram-na, havendo
recebido explicação de distúrbio gástrico
que justificava o estado de indisposição
assinalado. A alacridade infantil, a
movimentação dos alunos na direção das salas
de aula, produziram peculiar sensação no
sacerdote que se sentiu estimulado, mudando
de atitude mental e de disposição orgânica.
Parecia alimentar-se da vibração musical e
da presença da infância. Era um dia
fascinante de luz e tudo respirava alegria.
A natureza em festa e a algazarra das
crianças renovavam as forças debilitadas do
jovem sacerdote. Subitamente, porém, se lhe
tisnou o júbilo ante a chegada de um menino
de oito anos aproximadamente que se lhe
acercou, sorridente e inundado de
encantamento. A mente de Mauro recuou à
própria infância, e foi assaltada pela
presença grosseira do genitor, que o
acariciava e abusava da sua inocência, fazia
algum tempo. Sem poder fugir às cenas
interiores que o afligiam, desencadeadas
pelo pequeno que lhe tocou a mão, beijando-a
carinhosamente, ele se reviu no flagício que
lhe fora imposto pelo pai desnaturado,
começando a transpirar e a sentir disritmia
cardíaca. (Sexo e Obsessão, capítulo 4: O
drama da obsessão na infância.)
30. Anacleto socorre Mauro com
energias restauradoras – Sem nada
perceber, o jovenzinho dizia-lhe palavras de
ternura e de alegria por havê-lo
reencontrado, o que mais o afligia, pois que
os clichês mentais perversos eram liberados
ante esses estímulos, levando-o quase a um
transtorno emocional. Tentando manter-se
equilibrado, soltou a sua da mão do pequeno,
e sorriu canhestramente, pedindo-lhe que o
procurasse em outro momento, durante o
intervalo para a merenda. A criança disparou
na direção de outro grupo infantil enquanto
ele buscou abrigo sob generosa copa de
árvore, para recobrar a serenidade. No
entanto, a imagem do pai continuou
assaltando-o, e um estranho sentimento de
ódio dominou-o por completo. Conjeturou
interiormente que fora o inditoso genitor
quem o iniciara no tormento sexual que ora
se lhe transformara em cravo perfurante nas
carnes da alma, revolvendo-as quase sem
cessar, levando-o ao não ignorado crime a
que se entregava em busca de prazeres da
sensualidade pervertida. Ademais, pensava
que era esse o caminho para a alucinação,
porque sempre saía das infelizes
experiências sem alegria, dominado pela
culpa, exaurido de energias valiosas que
tinha dificuldade em recuperar. Ignorando
totalmente a parasitose da obsessão de que
também era vítima, não podia raciocinar com
clareza e encontrar uma explicação capaz de
acalmá-lo, acreditando-se ser um verdadeiro
monstro, face ao descalabro a que se
entregava. Nesse comenos, o irmão Anacleto
aproximou-se-lhe e aplicou-lhe energias
restauradoras do equilíbrio, considerando
que, naquele momento, as suas eram
disposições de luta, de renovação e de busca
do equilíbrio perdido. Mauro, sentindo-se
renovar, respirou aliviado, e adentrou-se no
Educandário. Saudado cordialmente pelos
colegas de magistério, não mais deixava
transparecer o conflito em que se debatia
minutos antes. (Sexo e Obsessão, capítulo
4: O drama da obsessão na infância.)
31. O porquê da obsessão em crianças
– O grupo socorrista continuou naquele
recinto e, como era a primeira vez que
Manoel Philomeno tinha oportunidade de
encontrar-se em uma Escola para crianças,
pôde ele observar que todas eram
acompanhadas por Espíritos, algumas felizes,
e não poucas por Entidades cruéis que, desde
cedo, intentavam perturbá-las,
vinculando-se-lhes psiquicamente. Diversas
podiam situar-se no diagnóstico de
obsidiadas, tão estreito era já o conúbio
mental entre os desencarnados e elas. Não
podendo sopitar o interesse de aprender
mais, Manoel Philomeno perguntou ao Mentor:
“Sabemos que a criança é sempre um Espírito
velho, que conduz muitas experiências
evolutivas, embora a forma em que se
apresenta. Não obstante, nesse período de
infância sempre recebe maior apoio, a fim de
que não haja prejuízos e impedimentos ao
processo reencarnacionista que está
empreendendo. Como se explicam, então, esses
processos obsessivos que ora defrontamos?”
Com sua cordial bondade, o Orientador não se
fez rogado, logo esclarecendo: “Não
ignorássemos que a misericórdia de Deus está
presente em toda a Criação, e não seria o
ser humano quem marcharia sem a necessária
proteção para alcançar a meta que busca no
seu desenvolvimento intelecto-moral.
Todavia, sabemos, também, que muitos
processos de obsessão têm o seu início fora
do corpo físico, quando os calcetas e
rebeldes, os criminosos e viciados
reencontram suas vítimas no Além-Túmulo, que
se lhes imantam, nos tentames infelizes e de
resultados graves em diversas formas de
obsessões. A obsessão na infância muitas
vezes é continuidade da ocorrência
procedente da Erraticidade. Sem impedir o
processo da reencarnação, essa influência
perniciosa acompanha o período infantil de
desenvolvimento, gerando graves dificuldades
no relacionamento entre filhos e pais,
alunos e professores, e na vida social
saudável entre coleguinhas”. (Sexo e
Obsessão, capítulo 4: O drama da obsessão na
infância.)
(Continua no próximo número.)