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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 487 - 16 de Outubro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 8)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão,obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Um dos objetivos do obsessor do padre Mauro era levá-lo ao suicídio?  

Sim. Induzindo-o a fugir da realidade, seu objetivo era subjugá-lo por tempo indeterminado na sua região espiritual de obscenidades inimagináveis. O suicídio favoreceria esse propósito. O mentor Anacleto procurou, então, de imediato interferir, para que essa trama não lograsse êxito. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.)

B. Anacleto conseguiu interceder a favor do sacerdote?

Sim. Ele acercou-se do infeliz e começou a aplicar-lhe a bioenergia no chacra coronário, desligando o obsessor, que se afastou ruidosamente, blasfemando e ameaçando com impropérios nova urdidura de vingança, ao tempo em que diminuía a capacidade de raciocínio e alucinação do atormentado jovem. Anacleto prosseguiu, então, na ação fluídica, distendendo-lhe energias relaxantes, que lhe diminuíssem a rigidez nervosa, a fim de o adormecer, retirando-o momentaneamente do casulo físico, de modo a prepará-lo para o enfrentamento das consequências que a sua sandice havia provocado. Não demorou muito e Mauro desprendeu-se parcialmente do corpo, sendo carinhosamente recebido pela genitora e pelo grupo socorrista. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.)

C. Onde se radicava a causa dos transtornos obsessivos que levavam padre Mauro aos atos indignos que tanto o infelicitavam?

O próprio Mauro, em estado de extrema aflição, fez tal pergunta. Anacleto, então, lhe falou carinhosamente: “Somos viajantes e sobreviventes de muitas marchas e procelas, nas quais assumimos comportamentos indesejáveis e crucificadores, que se repetem até que os superemos pelo amor que vem de Deus e teimamos em não levar em consideração. Esse estigma te segue, desde há muito, quando te entregaste a desmandos e desvarios sexuais, em ocasião que desfrutavas do poder transitório no mundo terrestre”. Na sequência, informou que iria fazê-lo recordar algumas das cenas mais fortes que ficaram gravadas em seu mundo íntimo e das quais procediam os males atuais que tanto o aturdiam. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) 

Texto para leitura 

36. Suicídio de Mauro: um perigo iminente – Tartamudeando, Mauro procurou justificar-se, elucidando que não havia nada além de um mal-entendido, já que ele e a criança eram muito afins, e não via motivo algum que, em verdade, justificasse a encenação do escândalo. A senhora, visivelmente perturbada, segurou a criança no braço com energia, e, embora pálida, manteve a atitude de advertência, solicitando-lhe o afastamento imediato daquele lugar. A providência radical operada pelo Mentor fora a única maneira de deter a onda de crueldades que o sacerdote vinha praticando. Atônito e envergonhado, Mauro afastou-se, quase cambaleante, sem forças para prosseguir na própria defesa, face às evidências da sua conduta reprochável e cruel. Logo se afastou do Educandário, saiu, quase a correr, como se desejasse fugir de si mesmo. Convidado pelo Mentor, Manoel Philomeno o acompanhou, a fim de que fosse evitado outro tipo de crime, que seria o suicídio, já que o indigitado obsessor o induzia à fuga da realidade, cuja trama o subjugaria por tempo indeterminado na sua região espiritual de obscenidades inimagináveis. Enquanto isso, Anacleto solicitou, mentalmente, a cooperação de outro amigo espiritual, e logo se apresentou o irmão Dilermando, que foi encaminhado para inspirar a diretora, antes que a mesma assumisse uma conduta não conveniente para o momento, envolvendo a criança, seus pais e a Escola em um escândalo perfeitamente dispensável. O assunto teria que ser tratado com cuidados especiais e com pessoas capazes de solucioná-lo, sem trazer sequelas morais para a criança e sua família, bem como para outros alunos não envolvidos no drama infeliz. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) 

37. O obsessor é afastado por Anacleto – Chegando à Casa paroquial, Mauro atirou-se sobre a cama e começou a soluçar, quase convulsionando, enquanto era inspirado ao autocídio pelo seu inimigo soez. Tremia como varas verdes e batia a cabeça na parede como se desejasse arrebentá-la, a fim de ver-se livre da pressão cruel de que se sentia objeto. Quase ardia em febre emocional que irrompera após o choque traumático. A genitora desencarnada pôs-se a suplicar a misericórdia do Pai Todo Amor para o Seu filho doente, reconhecendo a gravidade do delito, porém aguardando, senão o perdão, pelo menos uma nova oportunidade para a reparação dos dislates que vinham sendo praticados. O irmão Anacleto acercou-se do infeliz e começou a aplicar-lhe a bioenergia no chacra coronário, desligando o obsessor, que se afastou ruidosamente, blasfemando e ameaçando com impropérios nova urdidura de vingança, ao tempo em que diminuía a capacidade de raciocínio e alucinação do atormentado jovem. Prosseguiu na ação fluídica, agora distendendo-lhe energias relaxantes, que lhe diminuíssem a rigidez nervosa, a fim de o adormecer, retirando-o momentaneamente do casulo físico, de modo a prepará-lo para o enfrentamento das consequências que a sua sandice havia provocado. Não demorou muito e Mauro desprendeu-se parcialmente do corpo, sendo carinhosamente recebido pela genitora e pelo grupo socorrista. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) 

38. A mãe fala ao filho angustiado – Estavam estampados no rosto do padre Mauro o horror e a vergonha, o desespero e o medo, não entendendo o que acontecia naquele momento. Reconhecendo a mãezinha enternecida, atirou-se-lhe aos braços, qual criança assustada que busca apoio, e entregou-se às lágrimas de dor e angústia que lhe explodiam do peito. A nobre senhora procurou acalmá-lo com palavras de ternura impregnadas de dúlcido amor, enquanto o infeliz se maldizia, acusando o genitor que o desgraçara emocionalmente. “Não acuses o teu pai – propôs a Entidade gentil – procurando justificar um erro através de outro. Sem dúvida, a conduta do teu desditado genitor é perversa e infame, no entanto isso não se faz argumento para que te atires pela mesma rampa da alucinação, destruindo a esperança e a pureza de outras vidas que chegam ao teu regaço, buscando orientação e apoio. A fé religiosa que elegeste é filha do Calvário, havendo nascido dos lábios e da conduta de Jesus, quando preconizou o amor e a caridade, as bem-aventuranças e a misericórdia, nunca um valhacouto para que nele se homiziassem destruidores de existências infantis, que necessitam de exemplos de dignidade e honradez, para prosseguirem pela senda evolutiva.” (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) 

39. Os conselhos da mãe – Parecendo coordenar as ideias, igualmente aflita como se encontrava, a mãe de Mauro prosseguiu, severa, embora sem censura: “Como pudeste, filho amado, utilizar das tuas forças mentais e físicas para perturbar e desorganizar projetos espirituais materializados em vidas, que são encaminhados para os teus sentimentos? Onde colocaste o raciocínio e os valores morais, para perderes completamente a dignidade e desceres ao abismo das aberrações, utilizando-te dessas flores ainda não desabrochadas, que são as crianças? Como podes alucinar-te ante elas e feri-las mortalmente, a fim de dares vazão aos teus vícios e perplexidades? Onde tens colocado Deus e Seu filho Jesus? Como conseguiste expulsá-los da mente e do sentimento?” Ele respondeu-lhe, gritando: “Sou um monstro, mamãe, que não merece sequer misericórdia, quanto mais o perdão. Não nego que conheço a gravidade do meu delito e que me debato na prece, procurando amenizar a volúpia insana que me toma com frequência. Mas não consigo libertar-me da sede maldita. Sinto-me arrastar cada dia para a parte mais profunda do abismo, sem esperança de retorno, asfixiando-me com sofreguidão no pântano a que me arrojo. Apieda-te de mim, tu que convives com os anjos dos Céus!” A mãe falou-lhe: “Sem dúvida, tenho-te buscado amparar, mas vives surdo aos meus apelos. Os anjos do Senhor têm-te procurado proteger e resguardar-te da doença sórdida que te devora de dentro para fora, mas os impulsos inferiores que vitalizas com a mente em desalinho não te permitem escutá-los, e foges para o deboche, para as cenas de perversão que registras em películas para futuros gozos... As tuas horas, que deveriam ser de estudo, meditação, prece e caridade, como recomenda o Evangelho libertador, aplica-as em viagens, mantendo contato com outros atormentados como tu mesmo, intercambiando fotografias obscenas e películas devassas, nas quais as personagens são essas vidas em formação, que com eles arrebentais, nos tristes espetáculos de aberração e selvageria. Hoje, meu filho, soa o teu momento de retificação, de despertamento. A dor, que te dilacerará a alma, a partir deste momento, será também o teu salvo-conduto para novas experiências de reparação. Não temas o aguilhão, nem fujas do necessário resgate, seja qual for o preço que se te imponha. Agora ouve o que te orientará o Benfeitor Anacleto, que veio, atendendo aos meus e aos teus rogos, para auxiliar-te”. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) 

40. Mauro se espanta ao ver o Mentor – Mauro relanceou o olhar e deparou-se com Anacleto e Miranda, tomado de grande espanto. Recompôs-se, sentando-se no leito, e sem ocultar a vergonha que o dominava, continuou chorando em silêncio. Anacleto, portador de grande sabedoria e com admirável tato psicológico, saudou-o em nome de Jesus, conforme faziam os cristãos primitivos, e elucidou: “Todos procedemos do mundo de sombras dos instintos, adquirindo lentamente a razão, a fim de alcançarmos a angelitude distante, que nos aguarda. Essa jornada imensa e grandiosa é assinalada por dificuldades e desafios crescentes. Não é, pois, de estranhar que muitos de nós nos demoremos na retaguarda, vinculados aos prazeres apaixonantes e escravizadores com os quais nos comprazemos. Etapa a etapa, experiência a experiência, adquirimos entendimento e compreensão dos deveres que, só vagarosamente, nos libertarão dos vícios longamente preservados. Somos efeito dos próprios atos, trabalhando para alcançar patamares mais elevados de virtudes e de santificação. Desse modo, encontras-te recolhendo a urze deixada pela estrada, que deves retirar, percorrendo-a novamente, agora a duras penas. O crime praticado vincula o seu responsável ao cenário onde aconteceu, e somente retornando ali é que o mesmo terá recursos para superar as consequências inditosas dele resultantes”. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) 

41. Causas dos transtornos obsessivos – Mauro estava surpreso. Ignorava completamente o que estava acontecendo. Em determinado momento, tomado de mais espanto, indagou, quase a medo: “Quem sois? Algum anjo julgador dos meus erros ou Emissário divino para punir-me?” Anacleto respondeu: “Nem uma, nem outra coisa. Sou teu irmão, que vem em teu auxílio, atendendo as rogativas que dirigiste ao Senhor da Vida, qual vem fazendo tua genitora sofrida e ansiosa. Aqui estou, a fim de despertar-te para o dever que ficou esquecido, e para o ressarcimento dos gravames que têm sido praticados, nas orgias da loucura e da perversão. Não te censuramos, menos te julgamos, porque também já transitamos pela Terra, conhecendo as armadilhas que nos retêm o passo e as dificuldades que se multiplicam, a cada instante, ameaçadoras. Não te espantes, portanto. Somos teu companheiro de jornada, mais vivido, é certo, porém, mais sofrido, mais confiante em Deus”. Mauro perguntou-lhe: “Por que, então, a sina que me desgraça, este destino cruel que me consome, essa perturbação que me cilicia, se fui vítima de meu pai e sei quanto é cruel para uma criança a marca que lhe fica após o atentado ao seu pudor?” Anacleto, então, lhe falou carinhosamente: “Somos viajantes e sobreviventes de muitas marchas e procelas, nas quais assumimos comportamentos indesejáveis e crucificadores, que se repetem até que os superemos pelo amor que vem de Deus e teimamos em não levar em consideração. Esse estigma te segue, desde há muito, quando te entregaste a desmandos e desvarios sexuais, em ocasião que desfrutavas do poder transitório no mundo terrestre. Iremos fazer-te recordar algumas das cenas mais fortes que ficaram gravadas em teu mundo íntimo, e de onde procedem os males atuais que te aturdem. Repousa”. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito obsessivo.) (Continua no próximo número.) 



 


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