Jesus de Nazaré, um
personagem especial
Aconteceu há dois mil
anos. Nasceu uma criança
diferente que
surpreendeu a todos.
Quando aos 12 anos,
conversava com os sábios
da igreja de então
coisas que somente os
doutores da lei
discutiam, com sabedoria
e profundidade.
Aos 30 anos começou uma
caminhada que operou a
mudança de nossa
história, dividindo-a em
antes e depois de
Cristo. A
única referência de
Jesus era ele próprio,
um personagem especial,
nunca visto antes.
Filho de um carpinteiro
e de uma dona de casa,
que estudou numa espécie
de convento da época.
Nunca
escreveu um livro, mas
escreveu algumas
palavras no chão, diante
da mulher acusada de
adultério; não comandou
um exército, mas foi
temido pelo rei Herodes.
Não se preocupou
em ocupar um cargo
político, mas conquistou
muitos seguidores.
Jamais teve uma
propriedade, os peixes e
pães foram doados, o
jumento cedido para
entrar triunfante na
cidade, o barco onde
levou suas riquezas –
seus ensinamentos – era
dos amigos pescadores e,
por fim, o seu túmulo
foi emprestado por José
de Arimateia.
O que era dele e fez
questão de carregar foi
sua cruz, como marco de
uma nova maneira de
viver, com perdão
incondicional e amor até
mesmo aos inimigos.
Jesus
costumava viajar afastando-se
somente alguns
quilômetros do seu
vilarejo, atraindo
multidões impressionadas
com suas palavras esclare-cedoras, provocativas e
misteriosas, usadas nas
parábolas.
E com seus feitos de
curas e recuperação de
doentes e doenças, sem
nunca usar medicamentos.
Sabe-se de uma vez em
que teria usado cuspe
para molhar a poeira do
chão e curar um cego.
Apesar de não sair de
seu Estado, a projeção
de Jesus de Nazaré
extrapolou fronteiras e
fez divisão no mundo,
entre muitas crenças,
pelas suas palavras
firmes, pelas críticas
mordazes a autoridades
dogmáticas, e pela
poesia de seu sermão da
montanha, cujas
mensagens só seriam
decifradas
posteriormente:
"Bem-aventurados os
puros de coração porque
eles verão a Deus,
bem-aventurados os
mansos e pacíficos
porque herdarão a Terra"
– só a reencarnação
poderia explicar tais
afirmativas positivas do
Mestre.
Muitos dos sábios e
profetas passaram. Jesus
foi o foco de milhares
de teses, estudos e
livros, muitos numa
controvérsia sem fim.
Para mim, entre esses
livros, o que melhor
definiu as lições do
homem que nasceu em
Belém é O Evangelho
segundo o Espiritismo,
conceituando sua moral e
explicando os princípios
da vida espiritual, a
reencarnação, a
pluralidade de mundos
habitados, a comunicação
com os Espíritos, as
desigualdades sociais, a
justiça e o
amor-caridade como
salvação das criaturas.