Das seis modalidades
obsessivas que mencionamos
na semana anterior,
falta-nos ver os casos de
obsessão recíproca e
auto-obsessão.
Na obsessão recíproca
obsessor e obsidiado se
confundem em um mesmo
processo. Trata-se muitas
vezes de pessoas que se
buscam para locupletar-se
das vibrações que permutam e
nas quais se comprazem.
No livro Domínios da
Mediunidade, André Luiz
menciona o caso de Libório,
então desencarnado, que
obsidiava a mulher por quem
sentia paixão,
vampirizando-lhe o corpo
físico. "O pensamento da
irmã encarnada que o nosso
amigo vampiriza", diz André
Luiz, "está presente nele,
atormentando-o. Acham-se
ambos sintonizados na mesma
onda. É um caso de
perseguição recíproca." Os
pensamentos perturbadores
ora partiam do marido, ora
da esposa, buscando ambos a
companhia um do outro e
comprazendo-se com a permuta
de vibrações e sensações.
A auto-obsessão, como o
nome diz, é um processo que
envolve uma única pessoa e
já era bem conhecido ao
tempo de Allan Kardec, que,
conforme lemos em Obras
Póstumas, escreveu: "O
homem não raramente é o
obsessor de si mesmo".
"Alguns estados doentios e
certas aberrações que se
lançam à conta de uma causa
oculta, derivam do Espírito
do próprio indivíduo",
explica o codificador.
São os doentes da alma,
obsessores de si mesmos, que
vivem um passado do qual não
conseguem fugir. Em suas
recordações estão vivos os
fantasmas de suas vítimas.
É bom lembrar que existem
também os que portam
auto-obsessão sutil, mais
difícil de ser detectada.
Incalculável é o número de
pessoas que comparecem aos
consultórios queixando-se
dos mais diversos males –
para os quais não existem
medicamentos eficazes – e
que são tipicamente
portadores de auto-obsessão.
Voltados para si mesmos,
preocupam-se em excesso com
a própria saúde, descobrem
sintomas, dramatizam as
ocorrências mais
corriqueiras do dia a dia e
sofrem por antecipação
situações que jamais
chegarão a se realizar,
vítimas do ciúme, da inveja,
do egoísmo, do orgulho e do
despotismo. Esse estado
mental abre campo para os
Espíritos menos felizes, que
dele se aproveitam para se
aproximar, podendo
instalar-se, aí sim, o
desequilíbrio por obsessão.
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