Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 14)
Damos sequência
ao estudo metódico
e sequencial do
livro Sexo e Obsessão,
obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões
preliminares
A. A diretora do
Educandário
concordou com a
programação que
o Instrutor
Anacleto
apresentou para
a recuperação do
padre Mauro?
Sim. D. Eutímia,
a diretora do
Educandário,
anuiu
completamente,
apresentando-se
serena e quase
feliz, ante a
longa explanação
que Anacleto fez
com relação ao
futuro do padre
e de
Jean-Michel,
vítima e agora
principal algoz
do sacerdote.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
B. Em sua futura
existência na
carne, que
dificuldades
Jean-Michel
deveria
enfrentar?
O Instrutor
Anacleto, ao
convidá-lo para
uma nova
reencarnação,
explicou-lhe
diretamente o
que o esperaria:
“Renascerás na
carne,
oportunamente,
chagado e
aflito, com os
estigmas que
cravaste nos
tecidos sutis do
Espírito,
através do teu
corpo
intermediário,
hoje deformado e
em dilacerações.
Já imprimiste no
teu futuro uma
infância
limitada por
anomalias
mentais e
físicas de vária
natureza, na
qual te
demorarás por
mais ou menos
uma dezena de
anos
tormentosos,
visitado, vez
que outra, pelos
teus
companheiros do
antro de
depravação, que
te explorarão as
energias, mais
afligindo-te...
Nesse exílio
libertador terás
como benfeitor e
companheiro,
pela senda de
espinhos, o
nosso Mauro que
te recolherá na
Casa da Caridade
que erguerá
oportunamente em
distante recanto
do Brasil, em
cuja
oportunidade vos
amareis,
ajudando-vos
reciprocamente”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
C. O padre
Mauro, assim
como ocorreu com
a diretora do
Educandário,
também se
recordava dos
acontecimentos
oníricos vividos
naquela
madrugada?
Sim. Ele os
recordava com
muita nitidez,
mas,
sobressaltado
pelos efeitos
danosos dos seus
atos, receava as
consequências
que deveriam
advir de sua
conduta. O
Instrutor
Anacleto, então,
envolvendo-o em
prece, exortou-o
ao trabalho:
“Levanta-te e
segue no rumo da
oração,
entregando-te a
Deus, que fará o
que seja de
melhor para ti”.
Ante a ordem
enérgica, que
lhe repercutiu
nos refolhos do
pensamento,
Mauro
levantou-se,
tomou do
Evangelho e
seguiu à Igreja.
Tremia,
emocionado, pois
se recordava dos
episódios
espirituais da
madrugada, mas
agora se fazia
mais confiante,
ante o psiquismo
de Anacleto que
o dirigia
mentalmente.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
Texto para
leitura
65. A
diretora do
Educandário
anuiu ao
programa
– Anacleto, após
ligeira pausa,
concluindo suas
informações a
respeito da
programação que
trazia em mente
sob os auspícios
de venerandos
Mensageiros da
Luz, concluiu:
“Chegará o dia
em que a
perversidade
desaparecerá da
Terra e a
escabrosidade
das almas será
substituída pela
compaixão e
pelos
sentimentos de
amor com
respeito pela
vida. Nesse dia,
que certamente
não será
imediato, as
ocorrências
abomináveis
estarão nas
páginas da
História como
pertencentes ao
período de
brutalidade e
primitivismo da
criatura humana,
qual ocorre com
inúmeros
fenômenos do
passado... Até
chegar esse
momento, a todos
nos cabem as
atitudes de
ajuda e de
compreensão, de
energia e de
bondade,
reeducando os
calcetas e
atendendo às
vítimas, de
forma que o
equilíbrio moral
predomine nos
arraiais da
sociedade
terrestre”.
Referindo-se ao
padre Mauro,
explicou: "Nosso
irmão enfermo
transitará um
longo percurso
de recuperação e
de reconquista
de si mesmo.
Ajudemo-lo,
antes que o
destruamos,
considerando que
a vida são
bênçãos e que
todo aquele que
estiver sem
pecado atire-lhe
a primeira
pedra". Todos
ali se
encontravam
emocionados. A
lógica, a
temperança, a
sabedoria do
Benfeitor
levavam-nos a
reflexões
interiores muito
profundas. D.
Eutímia, a
diretora do
Educandário,
anuiu
completamente,
apresentando-se
serena e quase
feliz. Então,
nesse momento, o
Benfeitor
dirigiu-se a
Jean-Michel, que
se apresentava
aturdido ante o
que acabara de
ouvir. Desde
quando perdera o
discernimento e
tombara no
abismo do ódio,
da perversão
moral e da
criminalidade,
não tivera
ensejo de
reflexionar em
torno da vida e
da sua grandeza,
dos objetivos
essenciais ao
crescimento para
Deus, que é
inevitável.
Dava-se conta,
nesse momento,
do engodo que se
permitia e da
ilusão que
buscara
transformar em
realidade
eterna,
ludibriando os
Códigos Divinos.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
66.
Jean-Michel
volverá à carne
– Quase
atoleimado,
Jean-Michel o
irmão Anacleto
falar-lhe:
“Quanto a ti,
irmão querido, o
amanhã sorri mil
dádivas de
felicidade.
Chegou o momento
de te libertares
também da canga
odienta do
sofrimento
bestial, que em
nada te ajuda,
antes mais te
alucina. Da
situação de
vítima da
hediondez, te
tornaste
comparsa e
fomentador de
novas misérias
contra a
Humanidade.
Hipnotizado pelo
prazer selvagem,
já perdeste o
rumo dos teus
nefandos
objetivos, que
eram de
perseguição,
tombando nas
malhas da rede
de misérias que
teceste,
tornando-te
vítima de ti
mesmo e dos teus
planos
diabólicos.
Agora despertas
para vida nova,
para novos
compromissos.
Ouve: Jesus te
chama para a
felicidade e não
te podes negar
ao ensejo
especial.
Renascerás na
carne,
oportunamente,
chagado e
aflito, com os
estigmas que
cravaste nos
tecidos sutis do
Espírito,
através do teu
corpo
intermediário,
hoje deformado e
em dilacerações.
Já imprimiste no
teu futuro uma
infância
limitada por
anomalias
mentais e
físicas de vária
natureza, na
qual te
demorarás por
mais ou menos
uma dezena de
anos
tormentosos,
visitado, vez
que outra, pelos
teus
companheiros do
antro de
depravação, que
te explorarão as
energias, mais
afligindo-te...
Nesse exílio
libertador terás
como benfeitor e
companheiro,
pela senda de
espinhos, o
nosso Mauro que
te recolherá na
Casa da Caridade
que erguerá
oportunamente em
distante recanto
do Brasil, em
cuja
oportunidade vos
amareis,
ajudando-vos
reciprocamente...
Confia em Deus,
que é teu Pai
como o é nosso,
e liberta-te de
ti mesmo, desse
comportamento
infeliz que te
desnaturou.
Quanto possível
estaremos
contigo e outros
benfeitores
nunca se te
apartarão,
ajudando-te na
desincumbência
do dever”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
67. O
padre e o
obsessor se
reconciliam
– O infeliz
encolheu-se como
se desejasse
ocultar as
formas
degeneradas e
prorrompeu em
pranto volumoso,
desesperador,
quase
convulsionando.
Foi então que
Mauro,
reassumindo a
personalidade de
Madame X, a
antiga dama
lasciva e
pervertida nos
dias do império
napoleônico,
levantou-se e,
telementalizada
pelo guia
Anacleto,
abraçou o
sofredor,
dizendo-lhe em
lágrimas:
“Ajuda-me com o
teu perdão, a
fim de que eu te
possa ajudar com
a minha
compaixão, e
juntos possamos
reabilitar-nos
de todo o mal
que fizemos
através do bem
que possamos
fazer. Somos
duas aves
feridas que
tememos voar,
receando o tombo
no abismo. Deus
nos dará forças,
ajudar-nos-á a
recuperar nossas
plumas, para que
planemos acima
do pantanal que
nos retém
afogando-nos.
Perdoa-me, por
Deus! Eu estava
louca e venho
continuando em
alucinação...” O
padre não pôde
prosseguir,
porque o verbo
ficou
estrangulado na
garganta
túrgida. O
abraço, porém,
que a sua vítima
não pôde evitar,
naquele momento
selava
compromissos de
acerbas dores
para o futuro,
mas abria a via
redentora de
libertação.
Tartamudeando, o
Espírito infeliz
redarguiu: “Que
Deus nos perdoe
a ambos,
desditosos que
somos!” Cessados
esses momentos
de forte emoção,
o irmão Anacleto
concluiu:
“Retornai aos
vossos corpos e
recordai-vos
deste abençoado
sonho no país da
Realidade,
dando-vos
oportunidades
para a conquista
da paz”. E,
tomado de
profundo
sentimento de
gratidão, o
nobre Benfeitor
orou,
exteriorizando
aos Céus o
reconhecimento
profundo de
todos os que ali
estavam. De
imediato, os
participantes do
encontro
espiritual foram
reconduzidos aos
seus lares, à
exceção de
Jean-Michel, que
seria deslocado
para outro
lugar, onde
seria preparado
para a futura
reencarnação,
mediante a qual
daria início a
uma nova etapa
da sua vida.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
68. A
diretora
recorda-se
integralmente
dos fatos
– Ao despertar,
a diretora do
Educandário se
apresentava
eufórica e
otimista. Sentia
que a sombra do
receio havia
sido diluída.
Ainda no leito,
começou a
recordar-se do
sonho que se
apresentava como
uma realidade de
tal monta, que
não pôde sopitar
as emoções e,
quando o marido
acordou,
solicitou-lhe um
pouco de
atenção, pois
que necessitava
falar-lhe. Ali
se encontravam o
Instrutor
Anacleto,
Dilermando e
Philomeno. O
Benfeitor havia
pensado em
assisti-la
naquele momento,
a fim de que a
sua memória não
sofresse
qualquer tipo de
bloqueio que lhe
impedisse a
claridade do
pensamento.
Assim, após os
primeiros
atendimentos
higiênicos,
sentaram-se
ambos, e,
tranquilamente,
inspirada pelo
Orientador,
narrou com
naturalidade os
acontecimentos
da véspera, que
a haviam
excruciado, e o
sonho de que
fora objeto.
“Temia – disse
ela ao esposo
colhido de
surpresa – que
explodisse um
escândalo sem
precedentes em
nossa Escola. A
partir do
momento em que
surpreendera o
sacerdote em
atitude
indecorosa havia
perdido minha
paz. Não quis
perturbar-te
antes de
asserenar-me
suficientemente,
o que agora
consegui.
Havendo orado
muito, fui
conduzida ao
mundo dos
sonhos, onde me
deparei com
Mauro, outras
pessoas, um anjo
misericordioso e
um demônio de
aspecto
repelente e
perverso.”
Depois de
relatar os fatos
que presenciara,
ela revelou ao
esposo o desejo
de manter uma
entrevista com o
senhor Bispo da
Comunidade,
assim resolvendo
por definitivo a
questão e
desincumbindo-se
do dever, como
lhe impunha a
consciência
pessoal, social
e religiosa. O
marido, que era
homem probo e
austero, passado
o choque inicial
em torno do
acontecimento,
anuiu de
boamente em
acompanhá-la no
domingo seguinte
à residência
episcopal.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
69. Padre
Mauro receia os
efeitos de seus
atos –
Dali, o grupo
socorrista foi
até a Casa
Paroquial, onde
Mauro estava
desperto,
absorto em
profundo cismar.
Ele recordava-se
do acontecimento
onírico com
muita nitidez,
mas,
sobressaltado
pelos efeitos
danosos dos seus
atos, receava as
consequências
que deveriam
advir de sua
conduta.
Resolvera não
voltar ao
Educandário,
ficando em casa,
a fim de mais
meditar e
aguardar o que
viesse a
acontecer. O
amigo Anacleto
acercou-se-lhe,
e após saudar a
mãezinha que
permanecia de
plantão, a fim
de evitar a
interferência de
algum Espírito
mistificador ou
ocioso que por
ali se
encontrasse,
falou
mentalmente ao
aflito
sacerdote,
enquanto o
envolvia em
fluidos
salutares:
“Recolhe-te em
oração. Busca
Jesus através do
Evangelho e
detém-te nos
Seus momentos
finais na Terra,
quando, no
Horto, enquanto
todos dormiam,
Ele sofria,
apesar de estar
em oração...
Ele, que não
tinha qualquer
culpa, não
recusou o cálice
de amarguras.
Assim, não
penses em fugir
dos calamitosos
efeitos dos teus
desmandos,
procurando
mecanismos de
justificação ou
precipitando-te
em abismos de
sombras
demoradas.
Levanta-te e
segue no rumo da
oração,
entregando-te a
Deus, que fará o
que seja de
melhor para ti.
Ante a ordem
enérgica, que
lhe repercutiu
nos refolhos do
pensamento,
Mauro
levantou-se,
tomou do
Evangelho e
seguiu à Igreja.
Tremia,
emocionado, pois
se recordava dos
episódios
espirituais da
madrugada, agora
mais lúcido,
ante o psiquismo
de Anacleto que
o dirigia
mentalmente.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 8:
Atendimento
fraterno.)
(Continua no
próximo número.)