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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 494 - 4 de Dezembro de 2016

HYEROHYDES GONÇALVES
hyero.inlar@hotmail.com
Governador Valadares, MG (Brasil)

 


O espírita na sociedade

 
Quando escrevemos que o espírita deve manter-se em vigilância e em prece, dar a César o que é de César e posicionar-se com imparcialidade partidária na política e na sociedade, não estamos com a pretensão de nos referir ao conformismo diante das situações de crise política e econômica por que passa o nosso país.

Muito pelo contrário, é neste contexto de divergências de opiniões que o espírita, discípulo sincero do mestre Jesus, deve estar de prontidão, como cidadão do universo, pronto para propor e buscar soluções de pacificação, de libertação, de solidariedade, em favor da justiça e da paz, de uma sociedade equilibrada, pautada no bom senso.

O verdadeiro espírita está inserido na sociedade, assim como qualquer outro cidadão, no exercício dos seus deveres e direitos constitucionais. Não é perfeito, mas está, assim como qualquer pessoa no convívio social, em busca da perfeição moral e espiritual.

A responsabilidade do espírita consciente é aumentada, ainda mais, perante a sociedade e de si mesmo, devido ao conhecimento adquirido sobre a lei de ação e reação ou de causa e efeito, do uso adequado do poder de livre escolha ou livre-arbítrio, das leis de sociedade, do trabalho e do progresso, dentre outras nas áreas do conhecimento espírita.

Temos de entender e compreender que, diante da crise e das injustiças sociais, o verdadeiro espírita, na atitude de discípulo e aprendiz do mestre Jesus, tem de manter-se vigilante e a sua conduta deve ser transformada em prece, para que a crise e as injustiças não se agravem devido à sua falta de vigilância e de sintonia com Aquele que nos fortalece.

Devemos, ainda, esclarecer que dar a César o que é de César não é deitar-se no berço esplêndido do conformismo, nem estar de acordo com as lideranças governamentais contrárias às necessidades do povo.

É, sim, agir de acordo com a ordem social, cumprindo as leis humanas, sem causar qualquer tipo de desordem e prejuízo à sociedade. Mas agir com responsabilidade cidadã, sem partidarismo, buscando, dentro do bom senso, apresentar propostas de melhorias nos setores sociais, tais como exemplos prioritários, a meu ver, aos da saúde e educação, prosseguindo para os demais e assim por diante.

Em relação à conduta de imparcialidade partidária do espírita na política e na sociedade, trata-se de questão de lógica, porque a postura espírita deve ser em favor da coletividade como um todo, atendendo ao bem comum, sem se compactuar com esse ou aquele partido, ou com essa ou aquela organização; pois, a imparcialidade partidária torna-nos libertos de quaisquer tipos de jogos de interesses e de injustiças.

Agindo assim, o verdadeiro espírita terá a sua conduta pautada no Evangelho de Jesus, em sintonia com a espiritualidade benfeitora, atraindo pensamentos positivos, e agindo positivamente, contribuindo com a implantação do reino de Deus (= reinado do bem) neste planeta Terra.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita