O
espírita na sociedade
Quando escrevemos que o
espírita deve manter-se
em vigilância e em
prece, dar a
César o que é de César
e posicionar-se com
imparcialidade
partidária na
política e na sociedade,
não estamos com a
pretensão de nos referir
ao conformismo diante
das situações de crise
política e econômica por
que passa o nosso país.
Muito pelo contrário, é
neste contexto de
divergências de
opiniões que o espírita,
discípulo sincero do
mestre Jesus, deve estar
de prontidão,
como cidadão do
universo, pronto
para propor e buscar
soluções de pacificação,
de libertação, de
solidariedade, em favor
da justiça e da paz, de
uma sociedade
equilibrada, pautada no
bom senso.
O verdadeiro espírita
está inserido na
sociedade, assim como
qualquer outro cidadão,
no exercício dos seus
deveres e direitos
constitucionais. Não é
perfeito, mas está,
assim como qualquer
pessoa no convívio
social, em busca da
perfeição moral e
espiritual.
A responsabilidade do
espírita consciente é
aumentada, ainda mais,
perante a sociedade e de
si mesmo, devido ao
conhecimento adquirido
sobre a lei de ação e
reação ou de causa e
efeito, do uso adequado
do poder de livre
escolha ou
livre-arbítrio, das leis
de sociedade, do
trabalho e do progresso,
dentre outras nas áreas
do conhecimento
espírita.
Temos de entender e
compreender que, diante
da crise e das
injustiças sociais, o
verdadeiro espírita, na
atitude de discípulo e
aprendiz do mestre
Jesus, tem de manter-se
vigilante e a sua
conduta deve ser
transformada em prece,
para que a crise e as
injustiças não se
agravem devido à sua
falta de vigilância e de
sintonia com Aquele
que nos fortalece.
Devemos, ainda,
esclarecer que dar a
César o que é de César
não é deitar-se no berço
esplêndido do
conformismo, nem estar
de acordo com as
lideranças
governamentais
contrárias às
necessidades do povo.
É, sim, agir de acordo
com a ordem social,
cumprindo as leis
humanas, sem causar
qualquer tipo de
desordem e prejuízo à
sociedade. Mas agir com
responsabilidade cidadã,
sem partidarismo,
buscando, dentro do bom
senso, apresentar
propostas de melhorias
nos setores sociais,
tais como exemplos
prioritários, a meu ver,
aos da saúde e educação,
prosseguindo para os
demais e assim por
diante.
Em relação à conduta de
imparcialidade
partidária do
espírita na política e
na sociedade, trata-se
de questão de lógica,
porque a postura
espírita deve ser em
favor da coletividade
como um todo, atendendo
ao bem comum, sem se
compactuar com esse ou
aquele partido, ou com
essa ou aquela
organização; pois, a
imparcialidade
partidária torna-nos
libertos de quaisquer
tipos de jogos de
interesses e de
injustiças.
Agindo assim, o
verdadeiro espírita terá
a sua conduta pautada no
Evangelho de Jesus, em
sintonia com a
espiritualidade
benfeitora, atraindo
pensamentos positivos, e
agindo positivamente,
contribuindo com a
implantação do reino de
Deus (= reinado do bem)
neste planeta Terra.