“Deixo-vos a
paz; a minha paz
vos dou. Não
vo-la dou como o
mundo
a dá. Não
permitais que
vosso coração se
preocupe, nem
vos deixeis
amedrontar.” -
João, 14.
Assistindo ao
maravilhoso
evento “2º
Movimento Você e
a Paz”, lá no
Ibirapuera,
naquela bela
tarde de Domingo
de 16/10/2016,
sentado na grama
fiquei a pensar
sobre o tema o
que me levou a
escrever esse
texto. O evento
“Você e a Paz”
foi idealizado
pelo nosso
querido Divaldo
Pereira Franco
há mais de uma
década e ele tem
levado a
mensagem da PAZ
para todos os
cantos do nosso
planeta. Esse
último, em São
Paulo, foi
promovido pela
Instituição
Reencontro, da
qual nós fazemos
parte com muita
alegria.
Por que falar
tanto em Paz?
Será que ainda
precisamos ficar
ouvindo sobre
esse tema? Será
que já não está
suficientemente
inserido na
nossa psique
esse tema que
sacode a
Humanidade desde
séculos atrás?
Como o
Espiritismo pode
ajudar a
entender o
porquê dessa
necessidade
profunda de
cultivarmos a
verdadeira PAZ?
Quando Jesus nos
propõe: “A
minha paz eu vos
dou, a minha a
paz eu vos deixo”,
para muitos
parece algo
bucólico, até
mesmo de caráter
contemplativo,
esse exercício
da paz. Mas o
Espiritismo nos
apresenta sempre
a necessidade de
renovação
íntima, mudanças
de dentro para
fora, o que
mostra
claramente
conflitos que se
exteriorizam,
sem dúvida, para
essas tão
necessárias
mudanças de
comportamento.
Num ato
contínuo, nós
exigimos do
outro o
exercício da
Paz, sempre
vendo os
conflitos
alheios, mas
nunca aceitamos
que nós, acima
de qualquer
coisa,
precisamos
buscar a paz
interior, que o
nosso querido
Mestre Jesus nos
ensinou quando
ele disse: “Buscai
primeiramente o
Reino de Deus e
o resto virá por
acréscimo”.
A paz exterior,
quase sempre é
apenas uma
máscara que
colocamos para
cobrir os
conflitos que
não queremos
enfrentar e
procuramos
sufocá-los
dentro de nós.
Joanna de
Ângelis já nos
ensina há muito
tempo sobre as
máscaras de
persona que
todos nós
carregamos, mas
ela nos convida
sabiamente a
mudanças
profundas na
forma de encarar
a vida, nos
relacionamentos
com as pessoas,
com a busca da
serenidade
através da luta
íntima que não é
exaltada aos
quatros cantos,
mas obtida
através do
reconhecimento
de nossas
fraquezas.
Reconhecer
nossas
fraquezas,
dificuldades e
desequilíbrios
já é um primeiro
passo, para
seguir adiante
nessa luta
incessante e
fundamental para
a paz interior
plena e
profunda.
Existe muita
preocupação com
a paz mundial,
com os conflitos
alheios, e isso
é muito louvável
e necessário,
mas se cada um
de nós
procurasse
desenvolver a
humildade em
nossos corações,
destruir passo a
passo a vaidade,
prepotência e
orgulho, estaria
contribuindo e
muito com a paz
mundial, porque
guerra nada mais
é que orgulho
ferido, vaidades
“à flor da
pele”, e muita
falta de
consideração com
as pessoas. O
ódio vai
aparecer quando
a minha opinião,
minhas vontades
e interesses não
forem aceitos,
gerando
desequilíbrios
profundos e, se
eu tenho poder,
vou resolver
esse conflito
através de
guerra. Guerra
em todos os
níveis, desde a
guerra no lar
até a
movimentação de
nações.
O Espiritismo é
claro quando
fala em reforma
íntima, muito
criterioso e
sério quando nos
ensina sobre a
problemática da
obsessão e,
acima de tudo,
profundo quando
propaga o Amor
Maior
exemplificado e
ensinado pelo
Mestre dos
Mestres, Jesus.
Os aspectos
acima, se não
forem levados a
sério, não nos
fazem
desenvolver a
paz dentro de
nós e, portanto,
fica muito
difícil exigir e
falar em paz
para as outras
pessoas.
Precisamos viver
Jesus,
exercitando o
perdão com
trabalho
constante,
estudando sempre
e, acima de
tudo, amando
muito.
Antes um ateu de
bom coração e em
busca de paz do
que religiosos
que querem impor
as suas
convicções e
suas vontades à
força.
As apresentações
lá no evento “2º
Movimento Você e
a Paz” estavam
terminando, com
algumas estrelas
que o céu de São
Paulo permite, e
eu fui embora
para casa com os
olhos cheios de
lágrimas, feliz
e pensando: meu
Deus, quando eu
vou ter o Seu
Reino dentro do
meu coração?
Quando eu vou
conseguir
desenvolver a
paz dentro de
mim?...