NAZARENO FEITOSA
nazarenofeitosa@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)
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Aborto no STF:
verdades e mitos
MITO 1: MILHARES DE MULHERES MORREM POR ABORTO CLANDESTINO NO BRASIL. Não é verdade. Dados oficiais do DATASUS informam que o número total de óbitos anuais por todos os tipos de aborto e não só clandestinos é de cerca de 80. A Dra. Marli Virgínia, ginecologista do GDF elaborou pesquisa demonstrando que no ano de 2006 foram somente 12 mortes em todo o Brasil. Se fosse verdade o número divulgado, todos nós teríamos alguém que faleceu por aborto clandestino em nossas famílias. Há mulheres que já fizeram onze abortos e ainda gozam de saúde.
MITO 2: OCORREM MILHÕES DE ABORTOS NO BRASIL. O número das estimativas (não há estatísticas sobre aborto) tem sido superestimado pelos abortistas, conforme declaração do Dr. Bernard Nathanson, ex-abortista, que confessou que eles multiplicam por 10, 100, etc. o número de abortos e de mortes para conseguirem a legalização (Fonte: Livro América que Aborta).
MITO 3: O ABORTO É A SOLUÇÃO. O aborto, além de matar crianças, somente prejudica a mulher. Provoca aumentos dos problemas orgânicos, psicológicos e psiquiátricos nas mulheres, como: ORGÂNICOS: Hemorragia, perfuração do útero, infecção, sepse (infecção generalizada), morte (Tratado de Ginecologia - Williams/Hoffman). Pesquisas sugerem que aumenta os índices de: câncer de mama, de útero, de ovário, gravidez ectópica, abortos espontâneos, partos prematuros, síndrome de Asherman, complicações tardias, frigidez, esterilidade. Ademais, engravidar e amamentar são processos que reduzem muito o risco de câncer de mama. PSICOLÓGICOS: Síndrome Pós-Aborto (PSA), queda na autoestima, sentimento de culpa, frustração do instinto materno. PSIQUIÁTRICOS: Ansiedade generalizada, neuroses diversas, síndrome do pânico, depressão profunda, dependência química, alcoolismo, suicídio, etc. (1)
MITO 4: A MULHER TEM O DIREITO DE ESCOLHA. Estudos demonstram que em quase 80% dos casos, a mulher é influenciada ou obrigada a fazer o aborto pelo parceiro, pais, família, ou seja, ela não é livre para decidir se aborta ou não. Depois que a criança nasce, a família e os avós passam a adorá-la, especialmente a mãe. Em verdade, ela pode escolher engravidar ou não, há dezenas de métodos contraceptivos. Depois de gerar um bebê, ela não pode matá-lo, pois o corpo dele não lhe pertence.
MITO 5: DEVEMOS LEGALIZAR O ABORTO PELO SUS. O Sistema de Saúde só consegue atender uma parcela mínima de pessoas. Hoje, crianças morrem ou ficam com sequelas por falta de leitos para nascer! Como obrigar o SUS e os contribuintes a pagar pela morte de crianças inocentes?
MITO 6: O ABORTO DIMINUI AS MORTES MATERNAS. O que mais tem dado resultado na redução de óbitos maternos é melhorar a assistência no pré-natal, parto e puerpério (v. Chile) (2)
MITO 7: LEGALIZAR O ABORTO DIMINUI A PRÁTICA. Após legalizado, em todos os países pesquisados o número de aborto aumentou assustadoramente (quando não aumentou tanto é porque a estimativa era mentirosa). Mesmo com o aborto em clínicas, ainda ocorrem mortes (v. filme Bloody Money, no Youtube) e com o aumento do número de abortamentos, o número absoluto de mortes fica semelhante ao anterior. No Uruguai, os abortistas divulgavam mais de 30.000 abortos por ano. Após a legalização, viu-se que não passavam de 4.000. (2)
MITO 8: A PÍLULA DO DIA SEGUINTE NÃO É ABORTIVA. A fecundação ocorre algumas horas após o ato sexual. Após esse período, a PDS impede a fixação do blastocisto (futuro bebê) nas paredes do útero, impedindo a nidação e não a fecundação. Portanto, se tomada após algumas horas, provoca ABORTO, além de ser uma “bomba de hormônios”, tal a quantidade que carrega.
MITO 9: É BOM DIMINUIR A TAXA DE NATALIDADE. No Brasil, a taxa de natalidade despencou nas últimas décadas. Pesquisas demonstram que, com os números atuais, por volta de 2.050, cerca de 30% da população brasileira estará idosa e não haverá adultos e jovens para manter a previdência social. Não é bom para um país perder a sua força de trabalho e inviabilizar a previdência.
MITO 10: O ABORTO DE ANENCÉFALOS PRESERVA A SAÚDE DA MULHER. O trauma do aborto e o “luto retido, não vivenciado” é mais grave do que manter a gestação. Se a criança já vai morrer, por que matá-la, oferecendo riscos e sequelas para a mãe?
MITO 11: É NECESSÁRIO ABORTAR PARA SALVAR A VIDA DA MÃE. Atualmente, em razão do avanço tecnológico, o caso de ter que matar a criança para salvar a vida da mãe é raríssimo. Se necessária a antecipação do parto, muitas crianças sobrevivem, após cerca de cinco meses de gestação, com o auxílio da UTI neonatal.
MITO 12: GESTAR UMA CRIANÇA DEFICIENTE FÍSICA OU MENTAL PREJUDICA A MÃE. Em verdade, estudos demonstram que o trauma provocado pelo aborto é muito mais danoso que a manutenção da gravidez. E a frustração pela notícia de ter um filho deficiente já aconteceu. Matá-las é provocar eugenia, como fez Adolf Hitler. Estudos demonstram que o trauma do aborto é mais grave do que o trauma da violência sexual e somente agrava o sofrimento da mulher, que pode gestar a criança e encaminhá-la para os casais que sonham com a possibilidade de adotar um bebê.
MITO 13: ADOLESCENTES POBRES É QUE MORREM POR ABORTO. Estudo elaborado pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), destruiu o estereótipo de que abortar é um método usado por adolescentes para interromper uma primeira gravidez fruto de uma relação passageira e inconsequente. A grande maioria das mulheres que abortam têm entre 20 e 29 anos, trabalha, tem um parceiro estável e pelo menos um filho. Ou seja, o aborto é utilizado como " método contraceptivo" (que não é).(3)
SOLUÇÕES PARA A VIDA E SAÚDE DAS MULHERES E BEBÊS:
a. Aprovar o Estatuto do Nascituro, que, na verdade, é também o Estatuto da Mulher Gestante, protegendo-a, auxiliando financeiramente e apoiando as mães carentes;
b. Responsabilizar o parceiro, bem como os violentadores, que, além da punição, devem contribuir com a manutenção financeira da criança. Exigir boletim de ocorrência para apurar os casos de estupro;
c. Acolher as mães em condição de risco social e psicológico, auxiliando-as em suas necessidades;
d. Ampliar a “Rede Cegonha”, que tem demonstrado excelentes resultados;
e. E, o mais importante, desmascarar esse método de propaganda nazista de repetir-se uma mentira mil vezes até que ela passe por verdade, afirmando-se que morrem milhares de mulheres por aborto clandestino no Brasil; e
f. Conscientizar a população sobre os métodos contraceptivos saudáveis, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e divulgar amplamente as várias consequências orgânicas, psicológicas e psiquiátricas negativas que o aborto pode trazer para as mulheres.
Referências:
(1) FONTE: Priscilla K. Coleman in Abortion and mental health: quantitative synthesis and analysis of research published 1995 -2009 British Journal of Psychiatry 2011, 199:180-186. 01/09/2011; Patrick Carrol in Journal of American Physicians and Surgeon; Dr. Joel Brind, diretor do Instituto de Prevenção do Câncer de Mama em Nova Iorque; Livro Breast Cancer, do Dr. Chris Kahlenborn; Karen Malec, Presidente da Coalition Abortion/Breast Cancer; David Fergusson in Journal of Child Psychiatry and Psychology); Royal College of Psychiatrists.
(2) FONTE: Dra. Isabela Mantovani in audiência pública da SUG 15/2014 do Senado, 05/05/2015.
(3) FONTE: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG83220-6014-518,00-QUEM%2BE%2BA%2BMULHER%2BQUE%2BABORTA.html
Nazareno Feitosa é conferencista, pesquisador e ativista do MOVIDA – Movimento em Defesa da Vida e colaborador do Movimento Brasil Sem Aborto.