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Cartas |
Ano 10 - N° 495 - 11
de Dezembro de 2016 |
Recebemos nos últimos dias as seguintes mensagens de
nossos leitores:
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De: Luiz Carlos Pires Mendes (Belo Horizonte, MG)
Sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 às 13:10:53
Gostaria muito de ser um médium para ajudar a muitas pessoas, que devo fazer? Já consigo ver meus pais e, como também alguns amigos, já tive a presença de minha sobrinha. Aguardo sua resposta, preciso fazer alguma coisa.
Cordial abraço,
Luiz Carlos Pires Mendes
Resposta do Editor:
O importante, antes de tudo, é procurar um centro espírita e realizar ali os estudos necessários à sua integração numa equipe mediúnica, visto que o médium não deve trabalhar isolado. No centro espírita o leitor receberá todas as informações relacionadas com o seu propósito. Contudo, preliminarmente, é bom ter em conta o que Emmanuel escreveu a respeito do assunto, como o leitor pode conferir à vista do livro O Consolador, obra mediúnica psicografada por Chico Xavier:
384 – Dever-se-á provocar o desenvolvimento da mediunidade?
“Ninguém deverá forçar o desenvolvimento dessa ou daquela faculdade, porque, nesse terreno, toda a espontaneidade é necessária; observando-se, contudo, a floração mediúnica espontânea, nas expressões mais simples, deve-se aceitar o evento com as melhores disposições de trabalho e boa vontade, seja essa possibilidade psíquica a mais humilde de todas. A mediunidade não deve ser fruto de precipitação nesse ou naquele setor da atividade doutrinária, porquanto, em tal assunto, toda espontaneidade é indispensável, considerando-se que as tarefas mediúnicas são dirigidas pelos mentores do plano espiritual.”
387 – Qual a maior necessidade do médium?
“A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.” (O Consolador, de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.)
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De: Sandro Pelluso (Rio de Janeiro, RJ)
Quarta-feira, 30 de novembro de 2016 às 00:35:18
Uma dúvida há muito me persegue. O Cristo, sendo o governador espiritual do nosso orbe, mesmo sendo um irmão maior, não está livre das leis de Deus. Ele, sendo filho de Deus que se fez Homem, mesmo o sendo, não estaria livre das Leis Dele de ação e reação à qual nós estamos jungidos. No Evangelho segundo o Espiritismo temos a certeza de que Ele já teria encarnado como Elias, me pergunto: teriam sido todos os acontecimentos na sua última encarnação narrada na Bíblia e como O conhecemos, digo a Crucificação, as perseguições - ele mesmo teve adversários e perseguidores - frutos de "débitos" contraídos por Ele enquanto encarnado? Visto que não seria justiça divina, alguém expiar falta sem tê-la cometida, e também o contrário. Apesar de que sabemos que irmãos maiores se enclausuram no orbe em missão, porém mesmo assim não seria da justiça divina expiar o que não nos é devido, acredito eu.
Agradeço antecipadamente.
Sandro
Resposta do Editor:
Há na mensagem acima um equívoco: em O Evangelho segundo o Espiritismo não existe nenhuma informação a respeito de outras existências de Jesus em nosso planeta. João Batista é que teria sido Elias em uma anterior encarnação, conforme, aliás, palavras textuais de Jesus. Na Bíblia está uma pequena parte dos fatos relacionados com a passagem de Jesus pela Terra. Nos livros Boa Nova e Jesus no Lar, psicografados por Chico Xavier, há muitos relatos que não constam dos textos bíblicos.
Com relação ao assunto central tratado pelo leitor, recomendamos aos interessados que leiam o texto publicado na seção O Espiritismo responde publicado na edição 311 desta revista.
Cremos que o leitor encontrará nesse texto as respostas que procura. Eis o link: http://www.oconsolador.com.br/ano7/311/oespiritismoresponde.html
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De: Heloisa Bezerra (Santa Rosa - La Pampa Argentina)
Terça-feira, 6 de dezembro de 2016 às 12:47:13
Oi, queridos, estou com dúvidas sobre minha água fluidificada: deixo o copo durante a noite, rezo e durmo. De manhã, ela está cheia de bolhas pequeninas e queria saber se devo tomar ou não?
Heloisa
Resposta do Editor:
É preciso verificar primeiro a natureza das bolhas citadas pela leitora. O recomendado, quando da fluidificação das águas, é deixar o recipiente tampado ou fechado, conforme o caso, para que nenhum inseto ou qualquer outro elemento – poeira, cisco etc. – possa contaminar a água a ser bebida. Experiências já conhecidas mostram que a fluidificação da água pode ser feita estando o recipiente lacrado, o que evita, obviamente, toda e qualquer possibilidade de contaminação.
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De: Sergio Henrique Ribas de Oliveira (Joinville, SC)
Sábado, 3 de dezembro de 2016 às 20:30:53
A busca da verdade real. Irmãos venho através desta fazer uma pergunta. Conheci um homem que passou por uma grave provação procurando em igrejas, centros espíritas, metafísicos, pela resposta do porquê de tal suplício, mas ele não teve tal resposta. Uma lorota pior do que a outra e todas as respostas eram diferentes. Esse senhor parou de procurar a verdade. Aí vem a pergunta: no após tumulo ele terá a sua resposta? Irmãos com técnicas espirituais avançadas, ou se não avançadas pelo menos adequadas, poderão responder o porquê de tamanho suplício, pela qual não teve respostas?
Desde já muito obrigado.
Sergio Henrique
Resposta do Editor:
A resposta à pergunta feita pelo leitor é o tema da seção O Espiritismo responde publicado nesta edição. Eis o link: http://www.oconsolador.com.br/ano10/495/oespiritismoresponde.html
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De: Pedro T. (Porto Alegre, RS)
Quarta-feira, 30 de novembro de 2016 às 18:09:30
Na noite de 29/11/2016, menos de 24 horas depois do pranteado desastre aéreo com o time da Chapecoense, recebemos na Sociedade Legião Espírita de Porto Alegre a seguinte mensagem do espírito Samuel, em psicografia do médium Alberto Sampaio:
Tragédias...
Toda tragédia causa profundo impacto na sociedade.
Quando o inesperado acontece, ceifando considerável número de vidas, parece que todos silenciam interiormente, parando para pensar na extensão da existência.
Nem sempre nascemos para envelhecer, cumprindo todo um ciclo biológico, e isso impacta profundamente em nossas convicções, notadamente as religiosas.
Aceitamos com mais facilidade a morte quando o indivíduo atinge determinada faixa etária, uma vez que a preparação para este ocaso existencial vai sendo naturalmente realizada.
Quando a juventude e vitalidade, porém, são convocadas para a grande travessia na barca de Caronte, permanece aquele silêncio que traduz espanto.
Nesses momentos é que a convicção religiosa deve atuar com toda a intensidade.
Deus deve se manifestar em meio ao nosso pranto, nos asserenando e confortando-nos com a ideia do porvir.
As lágrimas não cessam de imediato, com certeza, e nem deve acontecer desta forma.
Todo distanciamento compulsório marcado pelo desastre gera na alma ferida que purga, e que só cicatriza com o concurso abençoado do tempo.
O Espiritismo conforta-nos de maneira extraordinária, notadamente nesses momentos, acenando-nos para a vida imortal com a continuidade da personalidade e permanência de sentimentos.
Não se separam amores e não existe afastamento total.
Permanecem os liames de energia que foram traçados durante a convivência no seio familiar.
Perante as tragédias imprevisíveis, queda-se o homem mais forte, percebendo-se fraco e dependente nesta hora.
Que nasçam para todos os expectadores destes momentos tristes oportunidades de reflexão, quebrando barreiras de soberba e orgulho, a fim de aquilatarem o verdadeiro sentido da vida.
(Samuel, espírito, em página psicografada por Alberto Sampaio, na noite de terça-feira, 29/11/2016, na Soc. Legião Espírita, RS.)
Abraços.
Pedro T.
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De: Cláudio Bueno da Silva (Osasco, SP)
Segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 às 09:58:09
Assunto: Especial 494 - Sanduíche poético-solidário
O Marcelo Teixeira, além de jornalista, deve ser formado também em radiologia. Ele fez (e bem) com o seu texto "Sanduíche poético-solidário” uma autêntica radiografia do comportamento de parte da nossa sociedade. Embora "inocente", essa parte da sociedade tem força e luta desesperadamente para deixar as coisas como estão. Mas, como diz o Marcelo, "barreiras precisam vir ao chão". E virão!
Cláudio Bueno
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De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)
Quinta-feira, 1º de dezembro de 2016 às 08:30
Assunto: Filhos do desespero.
Podemos responsabilizar Deus, como o único responsável pelos nossos desesperos? Evidente que não. De fato, é uma coisa impudica que não merece consideração. Mas, veremos o quanto é contraditório, certas situações em que tanto o espírito encarnado ou não dissimula tão bem seu mundo moral julgando terceiros pelas suas falências moral, espiritual, familiar e religiosa.Vamos analisar aqui algumas citações de um verdugo que se encontrava misturado a milhares de sofredores no Umbral, onde uma equipe liderada pela diretora da Casa Transitória se encontrava com o padre Hipólito. Vejamos: “Onde está o Deus que nos prometeram? Têm, porventura, o mapa do céu?”. Aqui temos muito que falar. Os espíritos que se revoltam, não têm capacidade de analisar o que dizem. Deus não pode ser o culpado diante de mentiras de muitos representantes de igrejas na Terra que prometeram delícias paradisíacas a fieis desatentos. Esse mapa do céu pode até existir no coração de homens de bem que tem prioridade, sim, em dedicar o seu tempo na salvação e recuperação de irmãos sofredores ainda submetidos à maldade de espíritos outros, inquisidores nas furnas de desolação.
Vamos ver outra citação: “Somos filhos do desespero, tentando reorganizar a vida no deserto que nos defronta”. Aqui outra sandice desse verdugo endurecido. Realmente estão em desespero, mas nem por isso, não procuram se esforçar em limpar sua casa mental. O quanto não faz o desespero, tanto na Terra quanto nos círculos espirituais! Como poderá reorganizar a vida eterna tendo o coração encouraçado de ódio? Esse deserto, sim, irá cada vez mais engoli-lo com todas as suas celeumas, não aproveitando como deveria do seu tempo tão precioso.
Decorrendo a conversa entre o inquisidor e o padre, vejamos o quanto aquele está enfermo: “Em que remota região se compraz a beneficência divina que não se condói de nossas necessidades?”. Outra inverdade dita com tanta propriedade. Devemos salientar que Deus se encontra em toda parte no coração de todos os Seus filhos. É lastimável que muitos não consigam senti-Lo até mesmo no ar que se respira. No caso aqui relatado, podemos afirmar que Deus está mais presente na presença das equipes que procuram resgatar nas noites conturbadas do mal, muitos sofredores ardentes pela salvação de suas almas.
É muito triste vermos irmãos nossos jungidos ao mal por questões puramente pessoais. Sempre digo que religião não salva ninguém. Mas, se o espírito não desejar ardentemente seguir os ensinamentos de Deus, quem poderá fazê-lo? Deus não é nenhum espírito que faz milagres. Suas leis são claras. Agora, se milhares de espíritos não procuram aproximar-se Dele através da vigilância de pensamentos e da oração como estímulos de vida ante as suas carências sentimentais e espirituais, de nada valerá palavras promiscuas direcionadas tanto aos seus mensageiros quanto ao próprio Criador.
Estamos de comum acordo, Leitor Amigo?
Aécio Cesar
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De: Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier (Brasília, DF)
Sexta-feira, 2 de dezembro de 2016 às 15:28
Assunto: Nota pública sobre o aborto.
Transmitimos a Nota Pública divulgada nesta data pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MAGISTRADOS ESPÍRITAS – ABRAME, que congrega mais de 700 magistrados de todas as esferas e instâncias do Poder Judiciário brasileiro, a propósito da decisão proferida pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, no dia 29.11.2016, no Habeas Corpus nº 124.306-RJ, que, em momento de superlativa infelicidade, concluiu pela inconstitucionalidade da incidência do tipo penal do aborto no caso de interrupção voluntária da gestação no primeiro trimestre.
Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier
Nota do Editor:
O documento mencionado na mensagem acima tem o seguinte teor:
NOTA PÚBLICA
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MAGISTRADOS ESPÍRITAS – ABRAME, que congrega mais de 700 magistrados de todas as esferas e instâncias do Poder Judiciário brasileiro, por meio de sua diretoria, vem a público emitir a presente NOTA DE REPÚDIO à decisão proferida pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, no dia 29.11.2016, no Habeas Corpus nº 124.306-RJ, que, em momento de superlativa infelicidade, concluiu pela inconstitucionalidade da incidência do tipo penal do aborto no caso de interrupção voluntária da gestação no primeiro trimestre. Por oportuno, lançam-se os seguintes esclarecimentos:
1) A vida humana é o bem supremo a ser protegido em qualquer circunstância, consoante o art. caput, da Constituição Federal/1988, que traz como garantia fundamental a inviolabilidade do direito à vida como cláusula pétrea, diferentemente dos textos constitucionais anteriores, que ofereciam garantia apenas aos direitos inerentes à vida e não à própria vida;
2) Os tipos penais previstos nos arts. 124 a 126 do Código Penal Brasileiro se amoldam perfeitamente a essa garantia, à medida que, ao lado dos crimes de homicídio (art. 121), de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio (art. 122), e de infanticídio (art. 123), são a salvaguarda da norma constitucional que garante o direito à vida;
3) O Código Civil Brasileiro estabelece, no art. 2º, que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”, o que implica a consagração da inafastável e definitiva certeza científica de que a vida humana se inicia desde o momento da concepção, ou seja, da união dos gametas feminino e masculino, sendo, a partir daí, sujeito de direitos, inclusive e principalmente, do direito à vida;
4) O Pacto de São José da Costa Rica, que regula a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 22.11.1969, e do qual o Brasil é signatário, introduzindo-se no nosso ordenamento jurídico por meio do Decreto nº 678, de 06.11.1992, prevê no Artigo 4.1 que “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”;
5) Todos os demais direitos e garantias constitucionais, tais como aqueles nos quais se baseou a 1ª Turma do STF para fundamentar a mencionada decisão, quais sejam, os direitos sexuais e reprodutivos da mulher; o direito à autonomia da mulher; o direito à integridade física e psíquica da gestante; e o direito à igualdade da mulher, são todos derivados da garantia da inviolabilidade do direito à vida, de modo que, em qualquer interpretação racional e juridicamente válida, deverá sempre prevalecer o direito à vida como bem maior a ser protegido. Sem o direito à vida, não há que se falar em igualdade, liberdade, dignidade, autonomia ou qualquer outra garantia.
6) A decisão em relevo abre gravíssimo precedente na jurisprudência pátria, embora tomada em caso concreto, pois poderá servir de fundamento para outras decisões de igual teor nas instâncias judiciais inferiores, banalizando o sagrado direito à vida de todo ser humano;
7) A exemplo do que ocorreu no julgamento do ADPF nº 54, que descriminalizou o aborto de fetos anencefálicos, sob o equivocado entendimento de que em tais casos não há vida humana, há uma enorme preocupação com o julgamento da Medida Cautelar na ADI nº 5581/DF, pautada no Pleno do STF para o próximo dia 07.12.2016, na qual se discutirá, dentre outras questões, a hipótese de autorização para abortamento de fetos portadores de microcefalia, em decorrência do Zika Vírus. Medida dessa natureza, sem qualquer respaldo constitucional ou legal, acarretaria a adoção de práticas típicas do repulsivo aborto eugênico, em que somente os fetos que apresentem quadro de perfeição física e mental poderiam nascer;
8) O chamado ativismo judicial, que pode em alguns casos ser bastante útil, especialmente no preenchimento das lacunas legislativas e na interpretação normativa, não deve ser praticado de modo a afrontar diretamente o texto constitucional, mas, ao contrário, deve servir como mecanismo de efetivação de suas normas;
9) Não se pode, igualmente, ter por fundamento a legislação estrangeira como parâmetro para decidir causas para as quais as normas constitucionais e legais brasileiras dispõem de forma expressa e em sentido diverso;
10) A ABRAME roga aos senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal que revisem a posição adotada no julgamento em tela, ante as nefastas e inevitáveis consequências para a sociedade brasileira, que de forma amplamente majoritária se posiciona contra a prática abortiva no nosso país.
Brasília, 2 de dezembro de 2016.
Kéops de Vasconcelos Amaral Vieira Pires
Presidente
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