A. Nas
comunicações
mediúnicas
pode ocorrer
interrupção
e, em
seguida, a
intromissão
na
comunicação
de outra
personalidade
espiritual?
Pode.
Segundo
Bozzano, nas
comunicações
mediúnicas
com os
mortos,
encontram-se
frequentemente
interrupções
análogas com
intromissão
de outras
personalidades
espirituais.
Nas
experiências
com a famosa
médium Sra.
Piper
encontram-se
numerosos e
notáveis
exemplos
disso.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
B. Qual
seria o
motivo de
tais
incidentes
durante a
comunicação
mediúnica?
Bozzano
trata disso
citando
apenas o que
ocorria com
a
mediunidade
da Sra.
Piper, em
que os
incidentes
de tal
natureza
tinham quase
sempre a
seguinte
origem:
Quando os
“espíritos-guias”
da médium
verificavam
que a
personalidade
comunicante
estava
perdendo o
controle
sobre a
comunicação
e, em
consequência,
passava a
divagar,
eles
intervinham
para
ratificar as
palavras ou
para dar
explicações
aos
experimentadores
ou, ainda,
para
anunciar-lhes
que a
personalidade
devia
retirar-se
porque
precisava de
repouso.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
C. No caso
relatado
pela
escritora
Annete
Boneschi-Coccoli
e publicado
na revista
Luce e
Ombra, a
entidade
comunicante
estava viva?
Sim. Era um
rapaz de 36
anos que na
hora de sua
manifestação
estava
mergulhado
no sono
habitual,
depois da
refeição em
família. Seu
“duplo”
viajou de
Palermo a
Florença,
onde ocorreu
a
comunicação
descrita por
Bozzano
neste livro.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
Texto para
leitura
64. No
episódio
descrito,
Bozzano
destaca o
fato de ter
o médium
interrompido
bruscamente,
no meio de
uma palavra,
a mensagem
espírita que
estava
recebendo,
para começar
outra, de
uma entidade
viva.
Segundo ele,
nas
comunicações
mediúnicas
com os
mortos,
encontram-se
frequentemente
interrupções
análogas com
intromissão
de outras
personalidades
espirituais.
Também nas
experiências
com a médium
Piper
encontram-se
numerosos e
notáveis
exemplos,
que contudo
diferem de
certo modo
do
precedente,
na
modalidade
com que se
apresentam,
o que,
porém, não
muda os
termos
utilizáveis
do confronto
para a
análise
comparada
dos fatos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
65. Com a
mediunidade
da Sra.
Piper, os
incidentes
de tal
natureza têm
quase sempre
a seguinte
origem:
Quando os
“espíritos-guias”
da médium
verificam
que a
personalidade
comunicante
está
perdendo o
controle
sobre a
mesma e, em
consequência,
divaga,
então
intervêm
para
ratificar as
palavras ou
para dar
explicações
aos
experimentadores
ou, ainda,
para
anunciar-lhes
que a
personalidade
deve
retirar-se
porque
precisa de
repouso.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
66. Eis um
exemplo
desse
gênero, que
o autor
extraiu da
relação do
Prof. Oliver
Lodge nas
sessões com
a médium em
questão (Proceedings
of S. P. R.
– Vol.
XXIII, pág.
168):
O
comunicante
era um tal
Isaac
Thompson,
falecido há
pouco e,
embora as
suas
manifestações
constituam
um dos
melhores
casos de
identificação
espírita
obtidos com
a Sra. Piper,
no princípio
ele parecia
um tanto
confuso,
circunstância
esta que não
deve
surpreender
e que
constitui a
regra em
semelhantes
experiências.
Tal é devido
à
dificuldade,
muitas vezes
invencível,
de pensar
com um
cérebro
alheio, de
sintonizar
as vibrações
psíquicas
especializadas
de uma
individualidade
pensante
desencarnada
com as
vibrações
psíquicas
também
especializadas
e, em
consequência,
diversas, de
um cérebro a
ela
estranho. Em
dado
momento, a
personalidade
mediúnica de
Isaac
Thompson
respondeu,
nos
seguintes
termos, a
uma pergunta
que lhe foi
dirigida
pelo Dr.
Hodgson:
– Sim,
compreendo.
Eu exercia
uma
profissão
que se
chama... não
sei... havia
drogas (ele
fora
farmacêutico).
Neste ponto
foi a
mensagem
interrompida
bruscamente,
sendo ditada
a seguinte
frase pelo
espírito-guia
“Rector”:
– Estou
fazendo os
meus
melhores
esforços
para
ajudá-lo.
À qual se
seguiu esta
outra
observação,
já do
espírito “Imperator”:
– Ele tem
necessidade
de repouso.
No entanto,
o Dr.
Hodgson,
dirigindo-se
novamente ao
comunicante
Isaac
Thompson,
pediu:
– Estimaria
muito se
quisesses
dar-me uma
mensagem
para eu
encaminhar à
tua família.
Em lugar do
comunicante,
respondeu “Rector”,
que
observou:
– Ele
voltará
daqui a
pouco, pois
no momento
mandei que
se
retirasse.
Note-se que
as duas
primeiras
frases,
proferidas
pelos
espíritos
“Rector” e “Imperator”,
absolutamente
não se
dirigiam ao
Dr. Hodgson
e sim
representam
um diálogo
no Além
entre esses
dois
espíritos,
diálogos
que, por
interferência
provocada
pela perda
de controle
do espírito
comunicante,
foi
interceptada
e
reproduzida
automaticamente
pela mão do
médium. Só a
última
resposta
(representando
a decisão
tomada pelo
espírito-guia
em seguida
às
observações
trocadas no
breve
diálogo
referido) é
endereçada
ao Dr.
Hodgson.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
67. Tais
formas
sugestivas
de diálogos
no Além, por
interferência
telepática,
pela mão do
médium, são
numerosíssimas
nas sessões
com a Sra.
Piper, bem
como nas
sessões com
a Sra.
Thompson,
Sra. Holland
e com a Sra.
Verall, e a
espontaneidade
dramática
com que
surgem e se
desenvolvem
confere-lhes
uma
evidência
probante
irresistível
no sentido
de sua
origem
espírita.
Entretanto,
pela sua
própria
natureza,
não é
cientificamente
possível
demonstrar-lhe
a origem e é
por isso
que, quando
análogas
interrupções
e diálogos
se verificam
pela
intervenção
de
personalidades
de vivos,
fornecem
boas provas
indiretas em
favor da
genuinidade
espírita.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
68. Quando
se trata de
comunicantes
ainda vivos,
podem-se
fazer
indagações,
adquirindo-se
certeza
sobre a
natureza
positivamente
verídica de
tais bruscas
mudanças de
interlocutores
mediúnicos.
Daí a
inevitável
inferência
que, se
assim é
quanto às
manifestações
dos vivos,
dever-se-ia
concluir no
mesmo
sentido,
também para
a
manifestação
de mortos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
69. Quer
isto dizer
que, em
circunstâncias
análogas de
intervenções
bruscas de
entidades
espirituais
estranhas à
comunicação
em curso,
dever-se-ia
presumir que
tais
entidades,
por sua vez,
sejam
genuinamente
espíritas, e
isso toda
vez que haja
provas
colaterais
adequadas em
favor da
identidade
pessoal do
morto
comunicante
naquele
momento.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
70. Assim,
por exemplo,
deveriam ser
consideradas
genuinamente
espíritas as
personalidades
mediúnicas
que, no
episódio
exposto, se
manifestaram
de permeio
com o
espírito
comunicante
de Isaac
Thompson,
pois que, se
este último
chegou a
provar a sua
própria
identidade
pessoal,
fornecendo
grande cópia
de
informações
a respeito
de sua
existência
terrena, tal
fato deveria
converter-se
em uma boa
prova
colateral,
prova que
atesta a
pureza
também
espírita das
personalidades
mediúnicas
que se
manifestaram
com o
espírito
comunicante
a fim de
ajudá-lo na
difícil
tarefa de
comunicar-se
com os
vivos. E, ao
contrário,
segundo a
opinião de
alguns
eminentes
psiquistas,
tais
personalidades
deveriam ser
consideradas
puramente
sonambúlicas
e efêmeras.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
71. Ocorre
que, se
assim fosse,
então as
formas de
diálogo
ficariam
inexplicáveis.
De fato, por
que, no meio
de uma
comunicação
mediúnica,
deveriam
inserir-se
trechos de
diálogos que
indubitavelmente
representam
uma conversa
entre
personalidades
estranhas à
comunicação
em curso,
embora
notadamente
interessadas
no
desenvolvimento
das
mensagens?
Nada
semelhante a
isto jamais
ocorre em
experiências
de
personificação
hipnótica.
E, por outro
lado, os
diálogos de
tal natureza
são
explicáveis
pela
hipótese
espírita e
até se
convertem em
admirável e
inesperada
prova da
própria
hipótese. De
qualquer
forma, o
argumento é
complexo e
reclamaria
longo
desenvolvimento
do tema para
esclarecer
tal ponto de
vista, mas
não é aqui o
lugar
próprio para
empreendê-lo,
de sorte que
as
observações
expostas
devem ser
consideradas
como uma
simples nota
de passagem,
a fim de
ilustrar os
fatos e as
possibilidades
de
interpretá-los.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
72. Caso
5 – Extraído
da revista
Luce e
Ombra
(1916, pág.
40). A
distinta
escritora
Annete
Boneschi-Coccoli
escreve, nos
seguintes
termos, ao
diretor
dessa
revista:
“Já
decorreram
vários anos
desde o
tempo em que
realizávamos
pequenas
sessões
espíritas,
íntimas e
familiares,
em casa de
nosso amigo,
contador
Enrico F.,
com um
restrito
grupo de
amigos e os
membros
componentes
daquela boa
e simpática
família. Foi
naquelas
reuniões que
pude me
iniciar na
mediunidade,
depois
desenvolvida
com
indizível
prazer e bom
resultado
para mim.
Mas então o
médium
consciencioso,
e direi
também
ingênuo, era
o próprio
chefe da
família,
auxiliado
pela sua
filha, Srta.
Giulia, uma
intelectual
no sentido
mais honroso
da palavra.
Havia ela
publicado um
livro
premiado
pelo
Ministério,
escrevia
novelas para
as revistas
e fazia
desenhos em
que a
argúcia fina
e
socialmente
crítica se
casava com o
brilho da
fala
toscana, mas
o seu
interesse
pelas
sessões
mediúnicas
era pelo
processo
cômodo da
tiptologia
e, também,
quando o
grupo não
estava
reunido,
fazia ela
escrever o
seu fácil
instrumento
com a
progenitora
ou outra
pessoa que
acaso
estivesse
presente.
Certo dia,
às primeiras
horas da
tarde,
quando na
boa estação
se costuma
repousar, a
Srta. Giulia
sentou-se à
mesa com sua
mãe e uma
prima,
hóspede
eventual
que, a falar
a verdade,
pouco
acreditava
naquilo;
porém,
quando o
aparelho,
com a
linguagem
convencionada,
começou a
escrever e a
médium lhe
perguntou
quem era o
espírito
presente,
recebeu esta
resposta:
– Sou um teu
prisioneiro...
enamorado!
– Olá. –
respondeu a
Srta.
Giulia,
rindo de tal
declaração
inesperada –
Não quero
namorados do
outro mundo.
– Eu não
morri. Sou
um homem de
carne e
osso.
– Sendo
assim,
dize-me quem
és e onde
moras.
Então o
gentil
comunicante
disse que
seu nome era
Gio...
Aí foi
interrompido
por Giulia,
que lhe
disse:
– Está bem,
Giovanni.
Qual é a tua
profissão?
– Sou
engenheiro,
nascido e
residente na
Sicília. Li
uma novela
tua na bela
revista
florentina
La Scena
Illustrata
e
admirei-lhe
tanto o
conteúdo,
que tenho
vontade de
conhecer-te.
Enquanto
espero, já
te dediquei
alguns
versos.
Ei-los.
E nesse
ponto o
longínquo
comunicante
recitou uns
versos
amorosos e
concluiu:
– Dentro de
alguns dias
receberás
uma carta
minha.
Este curioso
caso me foi
narrado na
mesma tarde
pela
protagonista
e eu presumo
que tenha
despertado
alegres
comentários,
como por
exemplo:
“Bravo,
noivinha!
Noivo
engenheiro
invisível e,
além de
tudo,
poeta!”
E assim
divertia-se
meio-mundo
com aquele
espírito
zombeteiro,
como tantos
outros que
se
manifestam
em
comunicações
pouco
sérias.
Depois não
se falou
mais no
caso. Certa
vez,
decorridos
não me
recordo
quantos
dias, Giulia
F. apareceu
em minha
casa. Sempre
muito
corada,
pareceu-me
congestionada
naquele dia.
– Que houve?
–
perguntei-lhe.
– Olhe. –
respondeu-me,
ao mesmo
tempo em que
me mostrava
uma folha de
papel que
trazia na
mão. – Esta
carta me foi
enviada pela
redação da
Scena
Illustrata,
porque a
pessoa que
me escreveu
não conhecia
o meu
endereço e a
mandou para
lá, pedindo
com
insistência
que me fosse
encaminhada.
– Mas, de
quem é?
– Dele. Do
espírito
do
siciliano.
Compreende-se
que fiquei
petrificado.
Na carta
estava
repetido
tudo o que
antes
havíamos
sabido pela
tiptologia e
finalizava,
não pela
assinatura
de Giovanni,
mas de
Giovacchino
G. F. Se a
médium não
tivesse
interrompido
as pancadas,
estaria
certo o
prenome. Lá
se achava a
poesia,
idêntica em
todas as
particularidades
e, por fim,
a idade de
36 anos.
Devíamos,
pois, saber
se realmente
ele morava
onde dizia e
se todos os
dados
fornecidos
eram
verdadeiros.
Por
felicidade,
Giulia tinha
uma parente
naquela
cidade e
dirigiu-se a
ela para
obter
esclarecimentos.
Tudo
combinava:
somente uma
ducha fria
diminuiu o
entusiasmo,
pois o
engenheiro
poeta era...
casado, mas
separado da
mulher. O
estranho
caso não
podia
terminar
assim.
Devia-se ir
até o fim,
para sua
documentação
científica,
e a jovem
resolveu
responder a
carta do seu
ardente
admirador,
revelando-lhe
a maneira
estranha
pela qual
tivera
conhecimento
antecipado
dos seus
sentimentos
e da poesia
a ela
dedicada.
Pertencente
à religião
evangélica,
pois era
filho de pai
anglo-saxão,
ele
absolutamente
não
acreditava
nas
comunicações
espíritas,
nem na
possibilidade
do
desdobramento
espiritual.
Contudo,
deve ter
ficado um
tanto
abalado,
pois o rapaz
anunciou a
sua breve
chegada a
Florença.
Daí o
espanto, a
curiosidade
e um pouco
de desânimo
também.
– Que vou
fazer com
esse casado?
– gracejava
a brilhante
escritora.
Mas o pior é
que a
família não
o quis
receber e
foi
necessário
que uma
amiga
piedosa... e
curiosa por
saber até
que ponto
chegaria a
audácia
desse
espírito
vivo,
acolhesse o
pedido da
médium em
ser-lhe
apresentada.
E assim as
coisas
correram do
melhor modo
possível (se
bem que não
em perfeita
regra), em
vista dessa
circunstância
especialíssima.
Era um
moreno
simpático,
um tanto
baixo e
gracioso,
com grandes
olhos
meridionais
e magnífica
voz de
barítono,
educado e
eloquente.
Aplaudido
conferencista,
falava
sempre nos
comícios
agrários,
tinha modos
distintos e
era
insinuante,
de modo que
recomendei a
Giulia que
tivesse
cuidado,
pois era um
homem
fascinante.
Certamente,
interessado
como estava,
ele se havia
manifestado
um tanto
lisonjeiro
para com a
escritora.
Narrou as
suas
desventuras
domésticas,
as
consequências
de uma
infeliz
ligação, os
seus afetos
de família,
a adoração
que tinha
por sua
querida mãe
e uma
irmãzinha
única. Em
suma, dentro
de poucos
dias eram
bons e
cordiais
amigos, mas
ele não
queria
acreditar em
coisas que
encontrava
dificuldade
em conceber.
Era muito
mais cético
do que São
Tomé, que
pelo menos
acreditou
com uma
prova
tangível.
Regressou à
sua cidade e
voltou nos
anos
seguintes.
Escrevia-nos
frequentemente
sobre
assuntos de
arte para
publicações
poéticas e a
autora deste
relato
sempre achou
nele um
perfeito
cavalheiro,
de
temperamento
expansivo e
gracioso,
preocupado
com tudo,
menos com a
Psicologia.
Sensitivo e
nervoso,
talvez
nevropata
devido aos
dissabores
sofridos,
teria sido e
talvez venha
a ser um bom
médium.
Ficamos
sabendo que,
na hora de
sua
manifestação
à escritora,
estava
mergulhado
no sono
habitual,
depois da
refeição em
família.
Assim, o seu
“duplo”
viajou de
Palermo a
Florença. Em
suas
relações com
Giulia teve
de
contentar-se
com alguns
passeiozinhos:
um simples
flerte
peripatético,
continuando
ambos a
corresponder-se
de vez em
quando, sem
mais
galanteria
ou
madrigais,
como dois
bons
camaradas
nos domínios
da Arte.”
(Ass. Annete
Boneschi-Coccoli).
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
(Continua no
próximo
número.)