ARNALDO DIVO RODRIGUES
DE CAMARGO
editoraeme@editoraeme.com.br
Capivari, SP (Brasil)
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Confiar em Deus e
nos
médicos
“Não te deixes abater,
ante as alterações do
equipamento físico.
Busquemos a Eternidade.
Moléstias não atingem a
alma, quando não se
filiam
aos remorsos da
consciência.” - Chico
Xavier.
Quem não tem
dificuldades? Elas
proporcionam
oportunidades de
crescimento. Segundo
Sêneca, é parte da cura
o desejo de ser curado.
Portanto, busquemos
soluções, tenhamos
confiança em nós mesmos
e, principalmente, em
Deus.
Diante de nossas
dificuldades, o recurso
terapêutico para vencer
as angústias e provas da
vida moderna continua
sendo a recomendação do
Cristo: trabalhar mais e
mais servir.
Você pode e vai vencer
quando acredita que
atravessa um momento
único e que é
passageiro, e a saúde
vai se restabelecer,
porque a vida nunca
fecha as portas para
quem deseja e pratica o
bem.
E, diante dos problemas
que não podemos
solucionar, busquemos a
esperança e a confiança,
conforme expressa a
oração: “Senhor,
concedei-nos serenidade
para aceitar as coisas
que não podemos mudar”.
O personagem da história
a seguir, A. Z., estava
com “uma dor na
virilha”, como ele
costumava dizer. Estava
aposentado e costumava
ajudar o filho na
oficina. Anos antes já
tinha sido operado de
hérnia.
Procurou um clínico
geral, que recomendou
visitasse outro colega
médico, especialista em
cirurgia (o médico não
se sentiu competente
para diagnosticar
naquela especialidade).
Sereno e confiante em
Deus, A. Z. marcou nova
consulta e para lá se
dirigiu confiante, com
fé de que nada sofria
sem uma causa justa.
Nesta nova consulta, em
que foi submetido apenas
a exame físico, o novo
médico, também
cirurgião, diagnosticou
que o paciente
precisaria de uma
cirurgia e fez o laudo
requisitando da
seguradora do paciente a
devida autorização.
Nosso amigo manteve a
confiança, não temia
passar por nova
cirurgia, estava com uma
dor leve e suportável, e
não temia pela morte,
pensava no que havia
lido de Eleanor
Roosevelt, que teve duas
perdas na infância, com
a morte de sua mãe e de
seu pai: “Ganhamos
força, coragem e
confiança a cada
experiência em que
verdadeiramente paramos
para enfrentar o medo”.
Depois de alguns dias,
A. Z. voltou à agência
de saúde para ver se
tinha sido aprovada sua
cirurgia e ficou sabendo
que ainda estava em
análise na central. Como
era horário de almoço, e
por estar em jejum,
resolveu almoçar.
Com serenidade, pensou:
“Na minha prece, sempre
digo: seja feita Sua
Vontade aqui na Terra
como no céu... Então,
Senhor, lhe faço a
entrega”.
E, confiante que o
Senhor faria tudo dar
certo se ele se
entregasse à Sua
Vontade, colocou-se em
Suas mãos. Voltou mais
tarde à central e, para
sua surpresa, a cirurgia
não tinha sido
autorizada. Faltavam
exames que comprovassem
a necessidade da
operação.
No mesmo instante
procurou um médico de
radiologia e foi fazer
um ultrassom.
Mas, pelo fato de,
diante da enfermidade,
ele ter-se munido do
escudo da confiança, não
protestou diante da não
aprovação do seguro para
a realização da cirurgia
e, resguardado no amor a
Deus, pediu apenas
proteção contra o
desequilíbrio – afinal
já tinha vencido a
fronteira dos sessenta
anos – e inspiração ao
novo médico no exame.
Resultado do exame:
apenas inflamação de um
nervo que, por ele
carregar peso em
excesso, havia
inflamado. Uma simples
injeção resolveu o caso.
São seis meses sem
nenhum outro sintoma.
Diz que está ótimo.
A. Z. me diz: “Olha,
Arnaldo, eu poderia ter
feito exigências, mas
aprendi a buscar ajuda e
a fazer a entrega de
minha vida a Deus. Eu
sei que Ele está no
controle e me evitou uma
cirurgia desnecessária,
pois apenas uma injeção
resolveu o problema”.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é editor das
Editoras EME e Nova
Consciência.