A. São raros
os casos de
transmissão
de mensagem
feita ao
médium por
pessoas em
estado de
vigília,
isto é,
perfeitamente
acordadas?
Sim. Segundo
Bozzano, os
casos
pertencentes
a este
subgrupo são
bem raros.
No seu
arquivo de
manifestações
metapsíquicas,
diz ele que
havia 154
casos
pertencentes
ao grupo das
comunicações
mediúnicas
entre vivos
e neles só
figuravam
cinco
exemplos
dessa
natureza;
contudo,
submetendo-os
a uma
análise
posterior,
pareceu-lhe
que três
deles não
poderiam, a
rigor, ser
incluídos
nesse
subgrupo,
levando-se
em
consideração
que, na
ocasião em
que se
verificou a
transmissão
telepático-mediúnica,
dois dos
agentes
estavam
enfermos,
acamados,
circunstância
esta que
torna
impossível
afirmar se,
no momento
da
manifestação
a distância,
não tivessem
adormecido
por um
instante.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
B. Uma
pessoa
tomada de
grave crise
de
neurastenia
consegue
manter-se
integralmente
em estado de
vigília?
Bozzano
entende que
não. Uma
pessoa nas
condições
mencionadas
dificilmente
se mantém em
estado de
perfeita
vigília, sem
intervalos
fugazes de
“ausência
psíquica” ou
de “vigília
aparente”.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
C. Que fato
se dá quando
é o médium
que pensa
fortemente
numa pessoa
distante
com quem
deseja
comunicar-se?
Muito
provavelmente,
verifica-se
aí uma
condição de
sono,
notório ou
disfarçado,
mesmo que
seja muito
fugaz,
quando o
sensitivo-agente,
pensando
fortemente
numa pessoa
distante, no
momento em
estado de
vigília,
consegue
igualmente
comunicar-se
com ela.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
Texto para
leitura
90.
Analisando
ainda o Caso
6, Bozzano
observa que
entre os
protagonistas
não existiam
relações
pessoais,
indispensáveis
para
justificar o
fato de
estabelecer-se
a “relação
psíquica”
entre o
agente
adormecido e
os
experimentadores.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
91. Muito
curioso e
sugestivo é
também o
incidente em
que o
Espírito se
melindra
porque um
dos
experimentadores
não leva
muito a
sério as
suas
afirmativas,
o que lembra
as
suscetibilidades
em tudo
idênticas às
das
personalidades
de mortos,
em
semelhantes
circunstâncias.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
92. Nota-se
ainda que
neste caso,
como em
tantos
outros, o
agente se
recorda de
ter tido um
sonho
correspondente
à
manifestação
ocorrida.
Tal
circunstância
é muito
instrutiva,
porque
demonstra,
em tais
casos, que
não se trata
precisamente
de um sonho,
mas sim de
uma
recordação
mais ou
menos vaga,
mais ou
menos
fragmentária,
de uma ação
real
produzida
durante o
sono, pela
personalidade
integral do
agente.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
93.
Finalmente
não será
inútil
salientar
que a última
frase:
“Acha-se
aqui comigo
um espírito
silencioso”,
tenderia a
confirmar o
que
anteriormente
observamos,
isto é, que
muitas vezes
as
manifestações
dos vivos se
realizam por
intervenção
de entidades
desencarnadas.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
94. Estas
últimas
afirmam
levar
espíritos de
vivos às
sessões
mediúnicas a
fim de
demonstrar
aos homens,
pela maneira
mais
acessível
aos seus
intelectos,
que no fundo
de sua
subconsciência
existe
efetivamente
um espírito
capaz de
afastar-se
temporariamente
do corpo e
pensar e
conversar
independentemente
do cérebro,
o que
representa a
demonstração
da
existência e
sobrevivência
da alma.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo A)
95.
Mensagens
transmitidas
inconscientemente
ao médium
por pessoas
em estado de
vigília
– É de
presumir a
priori que
os casos
pertencentes
a este
subgrupo
sejam bem
raros. No
seu arquivo
de
manifestações
metapsíquicas,
diz Bozzano
que há 154
casos
pertencentes
ao grupo das
comunicações
mediúnicas
entre vivos
e neles só
figuram
cinco
exemplos
dessa
natureza,
mas,
submetendo-os
a uma
análise
posterior,
pareceu-lhe
que três
deles não
poderiam ser
incluídos
nesse
subgrupo,
levando-se
em
consideração
que, na
ocasião em
que se
verificou a
transmissão
telepático-mediúnica,
dois dos
agentes
estavam
enfermos,
acamados,
circunstância
esta que
torna
impossível
afirmar se,
no momento
da
manifestação
a distância,
não tivessem
adormecido
por um
instante,
tanto mais
que os
próprios
agentes,
embora
afirmem que
se achavam
acordados,
não estavam
em estado de
poderem
afirmar isto
com
segurança.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
96. No
terceiro
caso,
trata-se de
uma senhora
inesperadamente
atacada de
grave crise
de
neurastenia,
durante a
qual o
filho, em
lugar
afastado,
sentiu certo
impulso para
escrever
automaticamente:
“Estou muito
doente, meu
filho!” Como
se vê,
também neste
caso não é
possível
afirmar com
segurança
que se trata
de
manifestação
de um vivo,
transmitida
inconscientemente
em estado de
vigília.
Primeiramente,
porque é
muito
provável
que, no
período da
crise, tenha
ela pensado
no filho
ausente,
desejando
ardentemente
tê-lo junto
de si;
depois,
porque é bem
difícil
decidir se
uma pessoa,
tomada de
grave crise
de
neurastenia,
permaneça em
condições
normais de
vigília, sem
intervalos
fugazes de
“ausência
psíquica” ou
de “vigília
aparente”;
portanto,
ficam à
nossa
disposição
só dois
exemplos: o
primeiro
manifesta-se
pela
mediunidade
vidente e o
segundo pela
tiptologia,
ambos
susceptíveis
de serem
explicados
de modo
diferente.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
97. De
qualquer
forma, esses
relatos
servem para
demonstrar
que por via
de regra as
mensagens
mediúnicas
entre vivos
não se podem
verificar
quando o
agente se
acha em
estado de
vigília e
não está
pensando no
percipiente
a distância,
salvo sempre
em
circunstâncias
especiais
que, em
nosso caso,
são bastante
discutíveis,
mas de
qualquer
modo não
infirmam a
regra.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
98. Muito
provavelmente,
uma condição
de sono,
notório ou
disfarçado,
mesmo que
seja muito
fugaz, é
também
necessária
nas
manifestações
opostas,
isto é,
quando o
sensitivo-agente,
pensando
fortemente
numa pessoa
distante, no
momento, em
estado de
vigília,
consegue
igualmente
comunicar-se
com ela.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
99 No
subgrupo
C, em que
são
consideradas
tais
condições de
manifestação,
notam-se
episódios em
que a
pessoa,
influenciada
pelo
pensamento
do
sensitivo, é
tomada
efetivamente
por um
instante de
sono, mas
há,
entretanto,
outros casos
em que tal
não se dá, o
que, porém,
não implica
que um breve
momento de
sonambulismo
em vigília
não se tenha
igualmente
produzido.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
100. Caso
7 – Este
caso foi
transcrito
do vol.
XVIII, pág.
102, dos
Proceedings
of the S. P.
R. O
incidente
tem o seu
valor
especial
pela
circunstância
de se ter
verificado
com a
conhecidíssima
médium Sra.
Thompson,
cuja
mediunidade
valeu, mais
que qualquer
outra, para
convencer o
Prof. Myers
da realidade
das
comunicações
com os
mortos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
101. Na
longa
relação de
Piddington a
respeito de
suas
próprias
experiências
com ela,
nota-se o
seguinte
episódio de
comunicação
mediúnica
entre vivos,
em que o
agente
inconsciente
foi o
próprio
Piddington,
que
escreve:
“Em 24 de
maio de 1900
houve uma
sessão com a
Sra.
Thompson em
minha casa,
tomando
Fredrich
Myers nota
das
manifestações.
Eu não
estava
presente,
pois desde
19 de abril
que não
assistia às
reuniões.
Terminada a
sessão,
subiu a Sra.
Thompson ao
andar
superior
para tomar
chá conosco.
Assim que
ela me
avistou,
contou-me o
que segue e
que eu
reproduzo
fielmente,
pela relação
que ela
mesma
escreveu,
salvo
alterações
para ocultar
o nome de
uma pessoa
mencionada
por essa
senhora.
Conta ela o
seguinte: –
Segunda
feira, 7 de
maio de
1900, cerca
de 19:30
horas,
estava
sentada
sozinha na
sala de
jantar,
pensando na
possibilidade
de
comunicar-me
subconscientemente,
de longe,
mas não
tinha em
mente pessoa
alguma em
particular.
Posso
asseverar
que não
perdi a
consciência
um só
momento. De
súbito, tive
a impressão
de que
alguém se
achava ao
meu lado.
Abri
imediatamente
os olhos e
com surpresa
me vi diante
do Sr.
Piddington.
Tratava-se,
naturalmente,
de visão
clarividente.
Achava-me
muito
desejosa de
tentar a
experiência
que tinha em
mente e por
isso dirigi
a palavra ao
fantasma, o
qual me
parecia
absolutamente
vivo e
natural,
razão pela
qual não me
sentia de
modo algum
impressionada.
Pedi-lhe:
– Quer ter a
bondade de
informar-me
de algum
pormenor que
eu possa
verificar
para me dar
a certeza de
que esteja
realmente
falando
comigo?
–
Recentemente
tive uma
discussão
violenta
com...
(citou o
nome).
– Por que
motivo?
(nenhuma
resposta).
Ele se
desculpou,
dizendo que
não tivera
intenção de
ofender-me e
eu lhe
repliquei
que me havia
ofendido
muito,
tivesse ou
não intenção
de o fazer.
Isto dito,
ele
desapareceu,
e eu me
perguntava,
pasmada, se
no fantasma
visto por
mim e no
incidente
pelo mesmo
narrado
haveria algo
de
verdadeiro,
Na dúvida,
não me
pareceu
necessário
escrever ao
Sr.
Piddington
para lhe
contar o
sucedido,
visto que
esperava
fazê-lo na
primeira
ocasião,
oportunidade
que se me
ofereceu no
dia 24 do
mesmo mês,
ficando
muito
surpresa ao
saber que
realmente se
dera o
incidente
que me fora
narrado pelo
seu
fantasma.
Além disso,
eu relatei
ao Sr.
Piddington
que
adivinhara o
motivo da
violenta
disputa, e a
minha
informação
era bem
fundada.
a)
Rosalie
Thompson
P.S.:
Muitas vezes
me perguntam
de que modo
eu falo a “Nelly”,
meu
espírito-guia.
Pois bem, eu
lhe falo do
mesmo modo
como falei
com o
fantasma do
Sr.
Piddington.
Parece-me
vê-lo e ter
a percepção
do que eles
dizem. Vejo
seus lábios
se agitarem,
mas não ouço
a
articulação
das
palavras;
contudo, se
eu não me
expressar de
viva voz,
parece-me
que não
compreendem.
Tenho
experimentado
dirigir
perguntas
mentais a “Nelly”,
porém ela
não as
percebe e
sou obrigada
a repeti-las
de viva
voz.”
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
102. Com
referência
ao caso, diz
o Sr.
Piddington:
“No dia 30
de maio,
escrevi ao
Sr. Myers,
referindo-me
ao incidente
ocorrido e
expressando-me
como segue:
– Confirmo
plenamente o
relato da
Sra.
Thompson.
Antes de
informá-lo
de que era
verdadeiro o
incidente,
esperei que
ela chegasse
até o fim da
narrativa.
Acentuo que,
em seu
relato, a
Sra.
Thompson
omitiu uma
particularidade
interessante
que eu friso
porque sinto
a
necessidade
de afirmar
com
segurança
que ela
havia
observado
ter a brutal
discussão
ocorrido em
correspondência
e não de
viva voz.
Tal
correspondência
havia sido
trocada
entre 28 de
abril e 1º
de maio. Não
me recordo,
nem tenho
pontos de
referência
que me
ajudem a
recordar o
que eu
estava
fazendo às
19:30 horas,
mas
provavelmente
estava me
vestindo
para o
jantar.”
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
103. Dos
comentários
que
Piddington
faz seguir
ao caso,
merecem
destaque os
seguintes
pontos:
“Deve-se ter
notado que a
Sra.
Thompson
adivinhou
exatamente o
motivo da
disputa
quando a
visão se
dissipou. Se
ela não
houvesse ido
além do
incidente da
discussão e
do motivo
que a
provocou, eu
não
atribuiria
grande
importância
à
comunicação.
Acrescento
que teria
até
considerado
um feliz
acaso e nada
mais, quanto
à revelação
do nome da
pessoa com
quem tivera
a disputa.
Sem dúvida
eu ficaria
surpreso,
mas não
impressionado.
O que
produziu o
efeito de
deixar-me
pasmo e
muito
impressionado
foram os
outros dois
informes
fornecidos:
o de haver o
meu
contraditor
tentado
desculpar-se,
afirmando
que não
tivera a
intenção de
ofender-me,
e a minha
resposta a
tal pedido
de escusas.
Tenho a
certeza de
que a Sra.
Thompson não
poderia
tê-lo
adivinhado e
ainda muito
menos sabido
por
intermédio
de alguém;
todavia, o
caso se
ressente,
devido às
reticências
a que me
forçam as
circunstâncias.
Mesmo,
porém, que
eu o tivesse
podido
narrar sem
ofender as
suscetibilidades
de
terceiros,
não
esperaria
que o caso
produzisse
em outros a
grande
impressão
que me
causou...”
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
104. No caso
exposto,
fica-se em
dúvida sobre
se teria
havido
efetivamente
ação
inconsciente
telepático-mediúnica
por parte do
Sr.
Piddington,
uma vez que,
considerando-se
o fato de
que a Sra.
Thompson é
uma poderosa
médium para
toda sorte
de
manifestações
inteligentes,
e naquele
momento
estava
pensando na
possibilidade
de
comunicar-se
a distância
com a
subconsciência
de pessoas
vivas, somos
levados a
conjeturar,
com maior
verossimilhança,
que esse seu
estado de
alma
preparasse o
fenômeno em
que ela
estava
pensando.
Neste caso,
dever-se-ia
dizer que,
pelo
dinamismo
peculiar às
faculdades
espirituais
subconscientes,
a médium
teria
entrado em
relação e em
conversação
com a
personalidade
integral ou
espiritual
de
Piddington.
Acima já nos
referimos a
tal sorte de
manifestações,
que serão
examinadas,
de modo
particular,
no
subgrupo
C. (2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
105. Quanto
ao incidente
da visão
clarividente
do fantasma
de
Piddington,
localizado
na mesma
sala em que
se achava a
médium, isto
não
constitui
obstáculo
para tal
interpretação
dos fatos.
Tudo se
explica
facilmente,
considerando-o
uma
projeção, a
pequena
distância,
da visão que
naquele
momento
ocupava a
subconsciência
da médium,
erro de
localização
no espaço,
muito
frequente
nos
fenômenos de
clarividência
telepática e
de
telestesia.
Esse erro se
explica,
considerando
que, para as
faculdades
espirituais
subconscientes,
não existem
as
limitações
efêmeras de
espaço e
tempo, tais
como nós as
conhecemos.
(2ª
Categoria:
Mensagens
mediúnicas
entre vivos
e à
distância.
Subgrupo B)
(Continua no
próximo
número.)