Divaldo Franco: “A paz
desalgema e liberta”
O
estimado orador
coordenou mais uma vez
as atividades do
Movimento Você e a Paz
realizadas no mês
passado em Salvador
O Movimento Você e a
Paz, fundado em 1998
pelo incansável
Professor Divaldo
Pereira Franco, o
Embaixador da Paz no
Mundo, tem-se afirmado e
apresenta um
crescimento, tanto em
qualidade, quanto em
número de adeptos à
ideia. Em sua XIX
edição, com atividades
em diversos municípios
baianos ao longo do ano,
apresentou-se em alguns
bairros de Salvador,
Bahia, no período de 11
a 19 de dezembro,
alcançando sua
culminância na Praça
Dois de Julho, no Campo
Grande.
11 de dezembro de 2016
O local selecionado para
iniciar as atividades do
MVP, no dia 11 de
dezembro, foi a orla de
Salvador, no Bairro Rio
Vermelho, nas
proximidades da Rua da
Paciência. Tudo
preparado com esmero, o
público alegremente foi
tomando conta da praça,
demonstrando o desejo de
contribuir para a
conquista da paz,
pacificando-se. O pôr do
sol emoldurava a
paisagem. A brisa
acariciava as ondas
mansas, em um
intercâmbio de
serenidade. Esta
composição também era
experimentada pelos
indivíduos ali
presentes, que
sensibilizados, se
mantinham em harmonia,
desfrutando alegria e
felicidade. Presente no
palco, além dos
expositores, o
Presidente do Centro
Espírita Caminho da
Redenção, Demétrio
Lisboa e Sara Schlumpf,
do Movimento Espírita de
Zurique/Suíça,
representando as
caravanas presentes no
evento.
Após bela apresentação
musical realizada pela
dupla Cássia Aguiar e
Cléber Wilson, que
encantou o público
participativo, foi
iniciada a fase dos
pronunciamentos. Com
destacada apresentação
de João Araújo,
mestre-de-cerimônias, o
microfone foi franqueado
para Ruth Brasil
Mesquita que enfatizou o
amor e o direito a vida,
inclusive a pré-natal,
incentivando as mulheres
a não cometerem o
aborto, sob pena de
incriminarem-se por
extinguir uma vida, haja
vista que ela
verdadeiramente existe
no embrião. Em nome da
paz, diga sim a vida,
reverenciando-a, frisou
a lúcida psicóloga.
Marcel Mariano, na
sequência, apresentou
dados sobre a vida de
Maria da Penha e a sua
tenaz persistência pela
vida e pela paz. Embora
paraplégica, após sofrer
a terceira tentativa de
homicídio, tomou a si a
responsabilidade de
mobilizar as autoridades
legislativas a
promoverem mudanças nas
leis, propiciando uma
proteção mais eficaz às
mulheres que sofrem
agressões. Maria da
Penha não se calou ante
a violência,
principalmente a que
ocorre dentro dos lares,
com suas vítimas
dolorosamente marcadas
por toda a existência.
|
O momento, sempre muito
aguardado, chegou.
Divaldo Franco fez breve
narrativa da experiência
autobiográfica de
Ruth Stout
(1884-1980), escritora
norte-americana, que aos
quatro anos de idade
presenciou seus irmãos
chorando pela morte do
cãozinho estimado.
Triste, ela se
solidarizou chorando.
Seu avô, terno e
amoroso, levou-a pela
mão apresentando-lhe uma
janela que permitia
visualizar belíssimo
roseiral florido
produzindo perfume e
beleza. Apreciando o
panorama, de pronto
sorriu. Então disse-lhe
o |
avô: -
Ruth, na
vida de
cada
indivíduo
sempre
existem
duas
janelas.
Uma para
a dor, o
sofrimento,
para a
tristeza,
e a
outra
para a
alegria,
o amor,
a
felicidade.
|
Reforçando a assertiva
de Ruth Stout,
Divaldo destacou,
conforme a obra O
Estranho caso de Dr.
Jekyll e Mr. Hyde,
ou O Médico e o Monstro
na versão brasileira, de
Robert Louis
Stevenson (1850 –
1894), que para cada
porta que se fecha há
outras noventa e nove
que se abrem. A
verdadeira felicidade
consiste em saber se
movimentar de uma para
outra janela. Estando na
janela da tristeza,
lembrar-se que está
disponível a da
felicidade e vice-versa.
Pelo esforço próprio,
cada indivíduo poderá
mergulhar em seu mundo
interior e buscar a
janela que descortine a
beleza da vida. O
objetivo essencial da
criatura humana é
autorrevelar-se,
sentenciou o preclaro
orador espírita.
É tarefa de cada
indivíduo construir o
equilíbrio,
desenvolvendo a
resignação dinâmica
trabalhando para uma
vida harmônica, sem
esmorecimento. A paz
não é uma proposta tão
desafiadora quanto
parece, basta procurar
viver em equilíbrio
emocional, disse o
médium e orador
espírita. Trabalhando
para construir uma
cultura de paz, Divaldo
Franco visitou vários
presídios, no Brasil e
no Exterior, destacando
que em um deles, no Rio
de Janeiro, encontrou um
homicida que o convidou
a voltar para outros
encontros daquele jaez.
Acolhido e incentivado,
o prisioneiro
sentenciado dedicou-se
aos estudos,
laureando-se em direito.
Adquirindo paz, e tendo
sua divida paga para com
a justiça, constituiu um
escritório dedicado a
atender aos presos
desassistidos nos
presídios. É a força do
amor reconduzindo à vida
e à dignidade os
equivocados.
A educação é a única
forma de progresso. A
vida possui um sentido,
assim, vale a pena
viver. Estão em paz
todos os indivíduos que
se transformam
moralmente. As
imperfeições humanas, os
vícios de toda ordem são
os adversários sutis,
perversos, que
necessitam serem
vigiados com muita
atenção. A humanidade
vive dias de degradação
moral, urge, portanto,
que cada criatura humana
se autoanalise,
indagando-se sobre as
suas metas, quais são os
seus sentimentos, as
suas emoções e paixões.
É fundamental para a
construção da paz não
revidar o mal com o mal.
Construir a paz é fazer
o bem indistintamente,
principalmente aos
invisíveis da
sociedade humana,
aqueles que olhos
físicos veem, mas o
coração não sente. Quem
ama não pode se sentir
em posição confortável
ante o desafortunado, a
caridade não pode ser
discutida, pois que o
socorro torna-se tardio.
Todo o cristão deve
lembrar-se dos ensinos
do Mestre Nazareno,
socorrendo e trabalhando
em favor de todos,
principalmente aos mais
sofridos.
Com o Poema da Gratidão,
de Amélia Rodrigues,
Divaldo finalizou a sua
conferência, quando,
então, todos cantaram
uníssonos a canção de
Nando Cordel, Paz pela
Paz. Com aplausos e
queima de fogos de
artifício, o emocionante
evento foi encerrado.
12 de dezembro de 2016
A Praça Sérgio de
Carvalho, no Parque São
Brás, no Bairro da
Federação, na capital
baiana, foi palco para
mais um magnífico evento
de divulgação e
conscientização sobre a
paz. O público, na
medida que chegava, foi
recepcionado pela dupla
Mary Vidal e André Luís
que a todos encantaram
com interpretações de
belas melodias,
recebendo muitos
aplausos em
reconhecimento. No ato,
representando as
caravanas presentes
estava Nivalda Steffens,
do Movimento Espírita do
Rio Grande do Sul.
Sob a coordenação de
João Araújo, os
expositores foram se
apresentando. Ruth
Brasil Mesquita
enalteceu o protagonismo
da mulher em ações de
construção da paz. Não
deixando de considerar
uma multidão de
anônimas, destacou as
ações empreendidas em
prol da paz e da
não-violência por Madre
Teresa de Calcutá,
sempre solícita,
solidária, acolhedora,
minorando a dor alheia,
pacificando almas
sofredoras. O papel
feminino na sociedade
humana é de grande
importância para a
consecução de uma paz
permanente em a criatura
humana. Paz que se
instala pela educação,
função precípua dos pais
conscientes de suas
altas responsabilidades,
principalmente na
preservação da vida.
Marcel Mariano fazendo
um relato sobre a
Segunda Guerra Mundial
salientou os seus
nefastos efeitos durante
a ocorrência, os
imediatos e os
consequentes, com
preocupantes
desdobramentos
possíveis, pelo domínio
e largo emprego
tecnológico do aparato
bélico disponível na
atualidade. As guerras
atuais, diferentes das
duas mundiais, são de
caráter cirúrgico,
pontuais, com efeitos
altamente destruidores.
Há, também, ocorrências
bélicas, de âmbito
celular que se
manifestam em várias
partes do planeta,
protagonizadas por
grupos guerrilheiros e
paramilitares. Por outro
lado, frisou, há
inúmeras organizações
envolvidas em favor da
paz, do desarmamento,
principalmente o
nuclear.
O homem, apesar de ainda
ser predador, tem
convivido com seres
eminentemente
pacifistas, adeptos da
não-violência. São os
vultos que a História
registra, e que deram
suas vidas pelo esforço
de construção da paz.
Porém, acima de todos,
paira Jesus, o baluarte
do amor, pacífico por
excelência, assinalando
o caminho a ser trilhado
ao apresentar o Sermão
do Monte.
Divaldo Franco, dinâmico
e vibrante, assomou à
tribuna destacando o
autoamor como terapia
restauradora e curativa.
O ser humano, exercendo
a função sexual em
desalinho, resvala para
os vícios, os desvios de
condutas, as aberrações,
os crimes, tais como, a
pedofilia, a agressão à
mulher, a violação, o
estupro, o aborto, a
agressividade provocada
pelo instinto não
controlado. Basta um
motivo justificador
qualquer para o homem
agir com violência.
O homem ainda é um ser
que se relaciona pelas
emoções básicas, - o
medo, a ira e
o amor – assim
agindo, agride e
fere-se, pois que o amor
é confundido como a
satisfação das paixões,
quase sempre
perturbadoras. O medo e
a ira são ancestrais, já
o amor surgiu como
emoção no ser humano há
cerca de duzentos mil
anos. Essas emoções são
os fundamentos de todas
as demais do ser humano.
Assim, é natural que o
homem seja mais
agressivo do que
compassivo.
A paz se constrói com o
desenvolvimento do
controle dos instintos,
transformando-os em
emoções de caráter
elevado. O amor é o
sentimento que faz com
que o homem seja terno,
solidário, compreensivo.
Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; eu
não vo-la dou como o
mundo a dá. (...) -
Jesus (João, 14:27).
Essa é a paz do amor
inconteste, a paz que
não se perturba com o
mal do outro, tanto
quanto, o mal praticado
pelo mau não provoca o
mal no ser que é
pacífico.
No mundo, destacou o
ínclito orador, há dois
tipos de criatura
humana. Um é ponte,
o outro é parede.
O indivíduo ponte
é solidário, prestativo,
servil. Aquele
denominado parede
é egoísta, solitário,
soberbo. O Semeador
de Estrelas dando
exemplo de um homem
ponte, narrou uma
história de um escocês
que havia se perdido.
Depois de muito
perambular, exausto, com
fome e sede, encontrou
uma casa bela e grande.
Foi atendido por formosa
jovem a quem pediu um
copo de água. Essa,
percebendo-lhe a fome,
ofereceu-lhe um copo de
leite, um pedaço de pão
e de queijo. Saciado, o
homem agradecido,
perguntou-lhe o nome e
sobrenome. Satisfeito e
localizado, retornou ao
lar. Decorridos mais de
vinte anos, aquele homem
tornara-se hábil
cirurgião em destacado
hospital. Uma paciente,
em estado gravíssimo,
foi ali hospitalizada
após percorrer outros
estabelecimentos de
saúde, tal era a
gravidade que requeria
acurado e delicado
tratamento. O cirurgião,
embora sabendo das
poucas chances de
recuperação, aceitou
proceder a intervenção.
Após três meses a
paciente restabelecida
recebeu alta hospitalar.
A preocupação da
paciente, agora, não era
mais de ordem física,
mas financeira. Sabedora
dos elevados custos
daquele hospital,
receava não poder pagar
as despesas contraídas.
Na tesouraria lhe
entregaram um envelope
fechado. Nele um
bilhete. Sua conta
foi paga há muitos anos
com um copo de leite, um
pedaço de pão e de
queijo. Obrigado. É
o bem produzindo o bem.
É a paz produzindo paz.
A vida sempre responde
conforme as ações,
retornando aos
protagonistas conforme
tenham sido boas ou más.
Após narrar os episódios
vividos por Jesus em
Gadara, envolvendo um
homem desvairado, os
porcos e os gadarenos,
Divaldo narrou episódio
vivido por ele quando
funcionário de uma
repartição pública.
Agredido, silenciou,
encaminhando um
propositura de solução à
petição da senhora.
Decorrido algum tempo
foi visitado pela
agressora que lhe pedia
perdão. Por não se
sentir ofendido,
dizia-lhe estar
impossibilitado de
perdoar. Ouviu a sua
história e condição de
saúde. Recomendou que
buscasse receber passes
em uma instituição
espírita. Assim o fez,
recuperando-se
parcialmente com a
regressão da metástase.
Desencarnada algum tempo
depois, solicitou a
Divaldo que vez ou outra
contasse a sua história,
lembrando-se dela, pois
que o amor colocado em
favor e a serviço do
semelhante é bálsamo
benfazejo. O público,
tomado de emoção pelas
duas narrativas, e
expectantes, dava vazão
aos sentimentos nobres,
que se exteriorização
pela emotividade
estampada nas faces,
alimentados por corações
sensíveis e desejosos de
paz.
Finalizando, Divaldo
exortou à prática da
oração, da paz, do
silêncio interior, da
gratidão a Deus,
estimulando que cada um,
ao voltar aos lares,
dissesse o quanto amava
aqueles que lá residem,
sintonizando os
pensamentos com as
forças cósmicas.
Recitando o Poema Meu
Deus e Meu Senhor,
de Amélia Rodrigues,
Divaldo despertou o
sentimento de gratidão à
vida. Concluindo, todos
os presentes cantaram
vibrantemente, em uma só
voz, a canção Paz pela
Paz, de Nando Cordel,
sob aplausos e queima de
fogos.
14 de dezembro de 2016
No Dique do Tororó tudo
estava preparado.
Iluminação, palco, as
águas engalanadas por
luzes multicores. O
conjunto emprestava sua
beleza para compor uma
harmonia ímpar.
Respirava-se paz. Com o
público chegando e se
acomodando no gramado, o
Coral Encontro de Luz,
da Federação Espírita do
Estado da Bahia, regido
pelo Maestro Milton
Cezar, foi dando o tom
para a noite que
começava a se fazer
presente, preparando
corações e mentes. Carla
Vizi e Rudinei Monteiro,
formando bela dupla, com
excelentes
interpretações,
arrancaram muitos
aplausos do público
participativo, assim
como o Coral.
Os pronunciamentos,
sempre muito aguardados,
foram iniciados por Ruth
Brasil Mesquita que
teceu comentários sobre
o livro Eu Posso
Falar, de Manuel
David Coudris,
destacando a vida
inteligente e sensível
existente ainda no
ventre materno. Nesse
caso específico,
registrando os diálogos
entre filho e mãe. Uma
experiência excepcional
e extraordinária vivida
pela gestante, a
sensitiva Mirabelle
Coudris e seu filho
não nascido, registradas
durante a meditação na
primavera de 1984, na
Áustria. As informações
daí advindas tiveram
comprovações posteriores
com o emprego de métodos
sofisticados. Destacou,
a oradora eloquente, que
a vida deve ser
preservada, e todos os
que preservam a vida já
se encontram em
condições pacíficas,
possuidoras de paz
íntima. Ruth deixou sua
mensagem em favor da
vida, repudiando o
aborto criminoso,
assassinando no ventre
materno aquele ser que
não pode se defender.
Marcel Mariano sublinhou
que os indivíduos da
atualidade brasileira,
em sua esmagadora
maioria, percebem que o
crime e os criminosos
estão banalizados. Já
não se surpreendem, ou
se escandalizam, ante os
crimes hediondos e
bárbaros, numa clara
demonstração de que os
corações se encontram
petrificados,
agressivos. Não basta
endurecer as leis, é
necessário
reestruturação do
sistema prisional,
humanizando as condições
carcerárias, trabalhar
as causas geradoras dos
crimes, da violência.
Levar em conta que o
criminoso, o violento é
um doente social. Toda
uma assistência, por
profissionais
habilitados e
capacitados, deve ser
disponibilizada para
auxiliar na recuperação
dos violentos e
criminosos. A educação,
outro pilar que deve dar
sustentação na
construção de uma
família, de uma
sociedade pacífica, deve
ser desde já planejada e
posta em execução,
oferecendo para as
gerações futuras as
condições para uma vida
de paz e harmonia.
João Araújo,
mestre-de-cerimônias,
fazendo uma homenagem a
Nilson de Souza Pereira,
pacifista e pacificador
por excelência, leu o
Poema A Dádiva,
do escritor libanês
Gibran Khalil Gibran
(1883 – 1931), que entre
outros versos,
destacamos: Há os que
dão pouco do muito que
possuem, e fazem-no para
serem elogiados, e seu
desejo secreto
desvaloriza suas
dádivas. Há os que pouco
têm e dão-nos
inteiramente. Esses
confiam na vida e na
generosidade da vida e
seus cofres nunca se
esvaziam. Há os que dão
com alegria e essa
alegria é sua
recompensa. Há os que
dão com pena, e essa
pena é seu batismo. E há
os que dão sem sentir
pena, nem buscar alegria
e sem pensar na virtude.
Dão, como num vale o
mirto espalha sua
fragrância no espaço.
Pelas mãos de tais
pessoas Deus fala; e
através de seus olhos
Ele sorri para o mundo.
O idealizador do
Movimento Você e a Paz,
desencadeado em 1998,
Divaldo Pereira Franco
vem se destacando e
sendo reconhecido como
um verdadeiro pacifista.
Seu pronunciamento foi
um verdadeiro alerta,
destacando, no caso
abordado, o uso de
drogas, que degrada o
ser humano, desestrutura
a família, corrompe a
sociedade, destrói
vidas, gerando, em
continuum, violência
crescente. A história
real, acontecida em Nova
Iorque, EUA, espelha com
cruel realidade a
experiência de inúmeras
famílias. O pai, por
injunções econômicas e
sociais, tanto quanto a
mãe, não possuíam tempo
para seus filhos, para
atender as suas
necessidades afetivas,
que imaginavam suprir
dando coisas.
Raríssimamente doando-se
aos filhos.
O jovem adolescente em
tela, na ânsia de saciar
suas necessidades
afetivas, busca nas
drogas o amor que não
lhe alcança. Se
utilizando de mentiras e
estratagemas, vai se
perdendo no labirinto
diabólico e perverso da
drogadição e todos os
demais componentes que
formam esse séquito de
horrores. Em uma
discussão doméstica,
filho e mãe vivem um
dilema profundo, o pai
intervém, e sentindo-se
ameaçado por uma faca,
atira no filho,
matando-o.
Em seu julgamento, por
júri popular, o pai é
absolvido. Tem a
liberdade, porém, a
consciência é um juiz
implacável que não dá
tréguas. O pai
atormentava-se
perguntando para si e
para quem pudesse
ajudá-lo a encontrar uma
resposta, uma razão,
para aqueles fatos
envolvendo sua família.
Como o pai havia
concedido uma
entrevista, e que foi
publicada, Divaldo
sentiu a necessidade de
lhe escrever. Na
missiva, afirmava que
palidamente compreendia.
Observou que na
entrevista não havia
falado sobre religião
com o filho, sobre a
presença de Deus na vida
de cada um, que havia
dado tudo o que o jovem
necessitava. Orientava
para que agisse
diferente com o segundo
filho, que desse menos
coisas e doasse-se mais,
que estivesse mais
presente, que oferecesse
assistência amorosa,
segurança doméstica,
exemplos de dignidade.
Junto à carta, Divaldo
enviou O Livro dos
Espíritos. A carta
jamais foi respondida.
No ano de 2000, a UNESCO
diagnosticou que a
guerra no mundo começa
em cada indivíduo, e que
a violência é uma doença
social com sede no
Espírito, segundo a
Organização Mundial de
Saúde. Neste mesmo ano,
entre os dias 28 e 31 de
agosto, em Nova Iorque,
EUA, aconteceu o
Primeiro Encontro
Mundial de Líderes
Religiosos, promovido
pela Organização das
Nações Unidas.
Participaram
representantes de 140
países e de 120
religiões, as mais
diversas, desde as
indígenas. As propostas
ali estabelecidas
deveriam ser analisadas
após o transcurso de 20
anos. Estabeleceram seis
regras para que fossem
evitadas as guerras,
como segue: 1º - Seja
pacífico; 2º - Mantenha
a ordem; 3º - Procure
sempre fazer o melhor ao
seu alcance; 4º - Ame a
natureza; 5º - Ouça o
outro para compreender;
e 6º - Redescubra a
solidariedade.
O emérito educador e
orador espírita concitou
a que cada um fosse mais
mediador; a ser ponte,
construindo soluções; a
sentir prazer em servir;
a doar; a construir o
futuro através de
famílias equilibradas; a
sensibilizar corações em
conflito; a ser mais
compassivo, convidando a
que cada indivíduo seja
mais feliz, abrindo o
coração à paz. A oração
é poderosa impulsora da
transformação moral,
preparando os dias
felizes do porvir. Jesus
é a figura máxima do
amor e da paz. Quem Lhe
segue o exemplo, procede
bem, age corretamente,
sabe amar, desenvolve o
sentimento da gratidão,
tanto à vida, quanto a
Deus.
Com o Poema da Gratidão,
de Amélia Rodrigues, o
extraordinário evento
foi encerrado. Ato
contínuo, foi cantada a
canção Paz pela Paz, de
Nando Cordel. O público,
entusiasmado e imbuído
de sentimento pacifista
entoou junto,
aplaudindo,
abraçando-se, enquanto
fogos de artifício eram
lançados ao alto,
saudando antecipadamente
a celebração da paz
mundial, que se
avizinha. O público,
como nos eventos
precedentes, além dos
presentes, foi formado
pelos moradores da
vizinhança, que de seus
prédios, participavam
ativamente.
16 de dezembro de 2016
O Farol da Barra,
tradicional ponto
turístico de
Salvador/BA,
transformou-se em 16 de
dezembro em um palco a
favor da paz. Ao
entardecer, o largo do
Farol foi completamente
tomado pela população
desejosa em ouvir a
proposta de construção e
disseminação da cultura
da paz. Enquanto era
aguardado o momento das
reflexões em torno da
paz, a soprano Vanda
Otero, acompanhada da
tecladista Débora
Limeira, encantou os
ouvintes com suas
majestosas
interpretações. No
palco, representando as
caravanas presentes
estava Edith Burkhard,
do Movimento Espírita da
Suíça, Milciades Lezcano,
da Federação Espírita do
Paraguai, Demétrio
Ataíde Lisboa,
Presidente do Centro
Espírita Caminho da
Redenção, e os
expositores Ruth Brasil
Mesquita, Marcel
Mariano, Padre Olavo e
Divaldo Franco.
Destacando o pensamento
de Nilson de Souza
Pereira – Tio Nilson, de
saudosa memória, -
Mantenhamos aceso o
ideal da fraternidade e
nunca nos arrependeremos
de havermos sido gentis,
cordatos, pacíficos e
pacificadores. –
Psicografado por Divaldo
Franco, o mestre de
cerimônia João Araújo
divulgou que é crescente
o número de pessoas que
aderem às propostas de
construção da paz, com
adeptos em várias
localidades do Brasil e
do Exterior.
O primeiro a falar foi o
Padre Emanuel Antonio
Olavo Amarante, da
Paróquia Sant’Ana, em
São Paulo. Padre Olavo,
impactado pela emoção,
disse que se sentia
honrado com o convite
para falar sobre a paz.
O amor e a sabedoria
fazem com que o homem
queira ascender às
alturas espirituais,
desfrutando da alegria
de viver e da
felicidade. Essas
conquistas requerem
esforço, dedicação,
coragem, trabalho, luta,
incessantemente,
conscienciosamente. Para
tal, todos os dias
precisam ser
santificados nas ações,
nos pensamentos,
buscando a paz,
transformando-se
moralmente. A medida que
se humaniza, os
indivíduos sentem a
necessidade de
estabelecer metas para a
construção interior,
ardorosamente
conquistada. Salientou o
poder da oração para
angariar forças e
sabedoria para os
enfrentamentos naturais.
Ruth Brasil Mesquita
destacou que a
verdadeira paz se
encontra e se expressa
no meio do caos, da
fúria, da luta. Somente
o indivíduo pacífico
consegue manter-se em
paz, em harmonia ante a
balburdia, seja ela qual
for, não se deixando
perturbar. Veemente
defensora da vida, Ruth
Mesquita comentou sobre
os estudos da Dra.
Alessandra Piontelli,
italiana, que através de
exames de
ultrassonografia
intrauterina, com
gestações singular e
gemelar, detectou
atividades inteligentes
nos fetos, seus
comportamentos, com
comprovação dos mesmos,
nas crianças nascidas,
por um período de cinco
anos após os
nascimentos. A vida
merece todo o respeito.
A vida merece a paz, não
a violência.
Marcel Mariano enalteceu
o trabalho abnegado em
prol da caridade, e por
conseguinte da paz
exercida pela dedicada
Zilda Arns, ganhadora do
Troféu Você e a Paz. Ela
se destacou fervorosa
defensora do uso do soro
caseiro, salvando
crianças em estado de
risco e vulnerabilidade,
combatendo a
desnutrição, salvando
vidas infantis,
principalmente. Vale a
pena lutar pela vida,
pela paz.
Após serem soltos no ar
balões brancos,
homenageando a paz e os
pacíficos, o Movimento
Você e a Paz reverenciou
postumamente o destacado
e conhecido propagador
da paz, o pacifista
Monsenhor Gaspar Sadoc,
um dos maiores oradores
sacros, desencarnado em
22 de setembro de 2016.
Povo de Deus foi
um de seus lemas
utilizado para chamar a
atenção de seus
ouvintes.
Divaldo Pereira Franco,
idealizador e o
principal divulgador
desse grandioso
movimento, iniciou seu
pronunciamento
enaltecendo a realeza de
Jesus, seus atos de
acolhimento e de
esclarecimento da
sociedade humana, sendo
destaque na obra de
Ernest Renan (1823 –
1892). Em uma aula
inaugural no Collège
de France, em 22 de
fevereiro de 1862, não
obstante ateísta, Ernest
Renan afirmou que Jesus
é um Homem incomparável,
e que dividiu a História
em antes e depois Dele.
Outros pesquisadores se
sucederam traçando
parâmetros semelhantes e
aprofundados a respeito
de Jesus. O pensamento
de Jesus, como
psicoterapeuta, é
libertador da criatura
humana, que assume a sua
própria realidade e
responsabilidade.
Jesus, em sendo um ser
integral, é capaz de
vencer as vicissitudes
da vida. É portador de
uma psicologia
inigualável, o amor.
A paz é um estado
estoico e heroico.
Confirmando essa
assertiva, basta
consultar a vida e a
obra de Albert
Schweitzer
(1875-1965) o Profeta
das Selvas, Prêmio
Nobel da Paz em 1952,
alguém que nunca perdeu
o entusiasmo. Sua
dedicação aos mais
necessitados,
principalmente em
Lambaréné, no Gabão,
Continente Africano. Ali
construiu um reino de
amor aos desafortunados,
curando doentes,
promovendo o ser humano,
estabelecendo a paz em
cada indivíduo, o
respeito pela vida.
O orador e médium
espírita apresentou três
fórmulas para que os
indivíduos possam
encontrar a paz em si:
1º - abandonar o
individualismo, adotar a
solidariedade; 2º -
substituir o sexismo
pela ternura, pelo
carinho amoroso; 3º -
doar-se, em vez de
consumir, coisas não são
importantes, pessoas
são. Quando se ama se
possui paz. Deus habita
no homem para que ele
tenha vida, e que tenha
sentido. Vale a pena
lutar para ter paz,
disseminando-a pelo
mundo, tornando-o mais
belo. É possível mudar o
mundo, mudando a si
mesmo, valorizando a
maior riqueza que o
homem dispõe: a vida.
Finalizando sua
brilhante abordagem, o
Embaixador da Paz no
Mundo incentivou o
emprego da gratidão, a
agradecer o ar que
respira, o corpo que
possui, o alimento que
lhe chega à mesa, e tudo
o mais que possui. Ser
grato pelas
oportunidades e
convivências. Com o
Poema da Gratidão,
Divaldo destacou esse
sentimento - a gratidão
-, ensinando a manter
uma conexão com Deus. A
canção Paz pela Paz, de
Nando Cordel, foi
entoada vibrantemente
por todos os presentes,
que de mãos dadas e
abraçados, desejando
mutuamente uma vida de
paz.
19 de dezembro de 2016:
o Magno Evento
O Movimento Você e a
Paz, em sua 19ª edição,
alcançou sua culminância
na Praça Dois de Julho,
no Campo Grande, em
Salvador/BA. Com um
público recorde, lotando
a praça, ocupando todos
os espaços, os
soteropolitanos,
visitantes, internautas
e todos os que
assistiram pela FEBTV,
acrescidos dos
expectadores domésticos
instalados em suas
janelas e sacadas dos
prédios do entorno da
Praça do Campo Grande,
foram presenteados com
um magnífico evento em
favor da paz, da
não-violência.
Este ano o Você e a
Paz ganhou uma maior
visibilidade com a
inserção de vários
comerciais produzidos
pela TV Bahia, afilhada
da Rede Globo e outras
emissoras, veículos de
comunicação social,
inclusive com a
divulgação no transporte
coletivo. Divaldo foi
entrevistado no
Telejornal Bahia Meio
Dia, quando comentou
sobre a paz interior, o
desenvolvimento da
harmonia. Destacou o
exemplo dado por Jesus,
o Ser vivo que pulsa nos
corações dos homens,
sintetizado no verbo
amar. Seja você, aquele
que ama, que redescobre
a solidariedade humana,
que descobre os
invisíveis da sociedade,
isto é, os miseráveis
esquecidos, estendendo a
mão a quem necessita, a
sorrir, e encontrará a
plenitude em todos os
momentos da vida.
A Praça Dois de Julho
estava engalanada,
ricamente decorada,
acolhedora. Aguardando o
desenrolar das
atividades, o público
foi contemplado com
várias músicas
interpretadas por Mary
Vidal e André Luís; por
Assis, de Bonito/MT;
pelo Sexteto de cordas
do NEOJIBA – Núcleos
Estaduais de Orquestras
Juvenis e Infantis da
Bahia; pela banda da
Polícia Militar do
Estado da Bahia; e por
Nando Cordel.
A Secretária de
Políticas para as
Mulheres, Olívia
Santana, representando o
Governador do Estado da
Bahia, Rui Costa,
destacou o crescimento
do movimento. Para se
alcançar a paz será
necessário eliminar a
intolerância religiosa,
a violência contra as
mulheres, construir
relações civilizadas e
humanizadas em todos os
setores da sociedade
humana. A violência não
pode ser relativizada,
com direitos iguais para
todos. Desejando que a
paz esteja entre as
pessoas e as religiões,
encerrou seu
pronunciamento.
Foram agraciados com o
Troféu Você e a Paz, na
categoria Instituições
que realizam, a
organização Fraternidade
Sem Fronteiras; o
Instituto FATUMBI; e o
Projeto Incluir. Na
categoria Personalidade
física que se doa, os
homenageados foram: Sra.
Conceição Macedo, do
Instituto Beneficente
Conceição Macedo; o
Projeto Criar e Crescer
– Grupo Guerreiros da
Paz; e Ivete Sangalo,
por ações culturais para
arrecadar recursos
destinados ao tratamento
de crianças portadoras
de câncer.
O Monsenhor Gaspar
Sadoc, grande amigo e
colaborador do Você e a
Paz, foi homenageado
postumamente. Sua última
mensagem para o
Movimento, do qual
participou inúmeras
vezes, foi de gratidão e
ternura.
O Movimento Você e a Paz
tem um caráter
ecumênico, evidenciando
que a paz é uma
necessidade que o homem
procura sanar onde quer
que se encontre,
professando
diversificadas crenças
ou religiões. Assim,
alguns convidados
fizeram seus
pronunciamentos
destacando que a paz é
uma construção
individual e que se
exterioriza através de
ações no bem, no
acolhimento e na
fraternidade, no perdão
e na tolerância.
Destacando a construção
da paz na humanidade,
pronunciaram-se os
seguintes líderes
religiosos: Jamira Nery
Ferreira, Diretora
Executiva da
Prosperidade da
Seicho-No-Ie do Brasil;
Sheikh Alhaji Abdul
Hameed Ahmad, Líder
Espiritual do Centro
Cultural Islâmico da
Bahia; Makota Valdina
Pinto, Representante da
Religiões Afro; Pastor
Djalma Torres, Diretor
do Centro de Pesquisa,
Estudos e Serviço
Cristão e Presidente da
Igreja Evangélica de
Antioquia – Tororó; e o
Ministro Antônio Sérgio
Araújo Cabral,
representando a Igreja
Messiânica Mundial do
Brasil.
Divaldo Pereira Franco,
líder desse grande
empreendimento
pacificador, Embaixador
da Paz no Mundo, narrou
comovedor episódio
vivido por Gibran
Khalil Gibran
(1883-1931), escritor
libanês, autor da obra
O Profeta. Depois
da fama, Khalil
Gibran resolveu
voltar ao seu país para
analisar como estavam as
relações entre o povo e
seus governantes, a
justiça e os réus. Esses
apontamentos, que o
chocaram profundamente,
se encontram na obra
Espíritos Rebeldes.
Com essa publicação,
entre outras, Gibran
Khalil foi expulso do
Líbano. Um dos contos
retrata a crueldade, a
hediondez com que o
Emir, encarregado dos
julgamentos e
condenações, se
comporta, apresentando
uma justiça caótica, dos
sem alma, dos que não
sabem amar. Sem ouvir os
réus, sentencia-os
impiedosamente com base
em relatos unilaterais e
tendenciosos. A
injustiça havia
expulsado os justos,
instalando-se a opressão
sanguinária e fria. Onde
há paz, quando a
injustiça impera?
A criatura humana
alcança o ápice quando
ama indistintamente. O
amor vai tomando os
corações e começa a
produzir paz. O maior
inimigo do homem é o
próprio homem. A
necessidade de paz é
igual a necessidade de
pão. Em 6.680 anos de
ética e de civilização,
o homem somente teve 250
anos de paz. Na sua
maioria, as guerras
tiveram motivações
religiosas. A paz, disse
o ínclito orador, começa
no indivíduo, se
exterioriza no âmbito
doméstico, estende-se
pelas relações da vida
animal, vegetal, humana
e pela natureza como um
todo. Os homens devem
amar sem medo e com
confiança.
Em sendo a voz dos
invisíveis, dos
esquecidos da sociedade
humana, Divaldo
coloca-se a serviço de
Jesus, doando-se sem
restrições aos seus
irmãos desvalidos. O
Cristo é a solução para
os males da humanidade
que se encontra,
atualmente, em crise
moral, de valores éticos
escassos. Finalizou com
a citação de João
(14:27), quando Jesus
ensinou: Deixo-vos a
paz, a minha paz vos
dou; não vo-la dou como
o mundo a dá. Não se
turbe o vosso coração,
nem se atemorize.
Recitando o Poema da
Gratidão, de Amélia
Rodrigues, Divaldo
Franco, semeando
estrelas, encerrou o
magnífico evento. Com
Nando Cordel e os demais
que se encontravam no
palco, e em coro com a
multidão, foi cantada a
Canção Paz Pela Paz. Com
alegria esfuziante e
calorosos abraços o povo
foi deixando a praça com
a certeza que a paz é
possível e, que a
violência é somente um
grito de socorro dos que
se encontram em
desespero e sem um
sentido para a vida.
Roguemos a Deus que nos
dê forças e coragem para
pacificarmo-nos.
Nota do autor:
As fotos desta
reportagem são de
autoria de Jorge Moehlecke.
|