Aleppo: eu não
sou ocidental…
Aleppo, cidade
mártir da Síria,
ficará na
História como
uma das maiores
vergonhas da
Humanidade, no
início do século
XXI.
500 mil pessoas
mortas em 5 anos
(dados de Dez de
2016), numa
guerra civil
alimentada pelos
“Senhores da
Guerra” de todo
o mundo.
Quem está “bem”,
em “paz e
sossego”,
assobia para o
lado, fingindo
não ver.
Quando dos
atentados
terroristas em
Paris, em
Novembro de
2015, morreram
mais de 100
pessoas, e os
dirigentes de
todo o mundo
desfilaram, de
braço dado, em
plena capital
francesa, numa
união contra o
terror.
Em 3 de Janeiro
de 2015, na
Nigéria, o grupo
terrorista Boko
Haram - o
mesmo grupo que
sequestrou
centenas de
meninas de uma
escola nigeriana -
atacou o
vilarejo de Baga
e pode ter
matado de 150
até 2 mil
pessoas, além de
atear fogo em
toda a cidade.
Nem no caso
africano, nem no
Sírio, vimos
tanto empenho
como em Paris
(nas ruas, nos
jornais, nas
redes sociais)
por parte dos
ocidentais,
consternados e
“unidos” em
torno de um
massacre de mais
de 100 pessoas,
em França.
Não estamos a
falar de
números, estamos
a falar de
pessoas, estamos
a falar de
hipocrisia
humana, de
egoísmo de alto
nível, de falta
de ética, falta
de moral, falta
de princípios de
toda a ordem.
O Ocidente
“civilizado”
revolta-se
contra os “seus”
mortos, e
esquece os
mortos de outros
países.
O Ocidente
esquece-se que
viajamos todos
dentro e um
grande avião
chamado Terra,
com 7,4 mil
milhões de
passageiros, e
não se apercebe
da suprema
estupidez que é
haver guerras
dentro de um
avião, entre
passageiros de
classe executiva
e classe
econômica.
O egoísmo é a
causa de todos
os males.
Fazer ao próximo
o que
desejaríamos
para nós, eis a
solução
preconizada por
Jesus de Nazaré,
há 2 mil anos
Allan Kardec, o
eminente sábio
francês que
compilou a
Doutrina dos
Espíritos (ou
Espiritismo),
perguntou aos
Espíritos, na
questão 913, em
“O Livro dos
Espíritos”,
de entre os
vícios, qual o
pior deles
todos. Os
Espíritos
superiores
responderam:
“Temo-lo
dito muitas
vezes: o
egoísmo. Daí
deriva todo mal.
Estudai todos os
vícios e vereis
que no fundo de
todos há
egoísmo… Ele
neutraliza todas
as outras
qualidades”.
Quem viajasse
num avião com
300 pessoas, e
ignorasse os
desacatos
ocorridos na
parte de trás do
mesmo, pensando
estar a salvo na
classe
executiva,
demostraria não
só um alto grau
de egoísmo, como
uma enorme
estupidez,
insensatez e
loucura.
Nós, ocidentais,
viajamos em
classe
executiva, neste
grande avião
Terra, que voa a
cerca de 107.000
Km/h em volta do
Sol, e somente
por pouca
evolução
espiritual,
tremendo
egoísmo, enorme
insensibilidade
e indiferença,
preocupamo-nos
com o nosso
bem-estar e o do
nosso vizinho,
sem cogitar das
necessidades
alheias de quem
pode menos do
que nós, de quem
precisa mais do
que nós.
O Espiritismo
demonstra que
somos Espíritos
imortais, que a
Vida continua e
que a
reencarnação é
uma realidade,
onde cada um
colhe hoje o que
semeou em outras
vidas, de bom e
de mal.
É urgente
divulgar o
Espiritismo,
para que as
pessoas se
tornem
espiritualistas,
entendam o
porquê da vida,
quem somos, de
onde viemos e
para onde vamos,
bem como que,
fora da caridade
não há salvação,
isto é, a
fraternidade é o
único caminho
que nos leva ao
bem-estar
interior e à paz
social.
Eu sou
passageiro do
avião Terra,
colocaram-me em
executiva à
nascença, na
fila Portugal,
mas não me
conformo com a
mortandade lá
atrás, apesar
dos “tripulantes
de bordo” me
dizerem que
esteja quieto,
que está tudo
bem.
Na Terra,
ninguém tem
nacionalidade,
somos todos
vizinhos, nesta
aldeia global, e
amanhã, pelo
fenômeno natural
(e comprovado
cientificamente)
da reencarnação,
poderemos
reencarnar
noutro país
qualquer, desde
que isso seja
útil para a
nossa evolução
moral e
intelectual.
Desculpem-me,
mas, neste voo,
eu não sou
ocidental, sou
apenas um
viajante,
temporariamente
em executiva.
É preciso fazer
a paz… dentro e
fora de nós!