Filhos e
drogadição
O benfeitor
Camilo, na obra
“Minha Família,
o Mundo e Eu”
(Editora Fráter
- 1ª Edição –
capítulo 7 -
página 67),
psicografado
pelo médium José
Raul Teixeira,
assevera que
“é próprio de
todo o casal
vinculado ao
bem, e que tem
sonho de um
mundo melhor,
fazer votos para
que seus filhos
nasçam com saúde
física, mas, do
mesmo modo, que
sejam criaturas
voltadas para o
bem, para as
ações da luz,
para Deus,
enfim”.
À luz da
veneranda
Religião
Espírita,
sabemos que a
alma não é
criada na
concepção ou no
nascimento,
portanto, os
nossos filhos,
do ponto de
vista
espiritual, já
possuem
experiências
acumuladas,
algumas boas,
outras más, em
virtude da lei
abençoada da
reencarnação, de
forma que eles
não são um livro
em branco quando
nascem, pois já
possuem algumas
páginas
preenchidas, mas
o livro não está
finalizado,
cabendo aos pais
o compromisso de
nortear os
filhos para o
bem, ajudando-os
a preencher
algumas das
páginas em
branco.
Essas
experiências e
aprendizados
trazidos do
pretérito, de
outras vidas,
geram as boas e
as más
inclinações que
os filhos
demonstram desde
a primeira
infância, mas,
conforme elucida
o benfeitor
Camilo na
referida obra
(página 68), “ninguém
pode
identificar, de
pronto, as
bagagens morais
de que é
portadora (a
alma), de que
realidades
espirituais
advém nem, após
a existência
terrena, para
que níveis
evolutivos
regressará”.
Em minhas
viagens
divulgando o
Espiritismo e no
atendimento
fraterno da Casa
Espírita não são
poucas as
narrativas
doloridas de
pais que
vivenciam a
experiência de
ter um filho na
droga,
normalmente na
fase da
adolescência ou
no início da
vida adulta.
Muitos desses
filhos nasceram
em lares
ajustados,
equilibrados,
receberam
orientação moral
e religiosa, e,
às vezes,
frequentaram a
evangelização
infantil e a
mocidade da Casa
Espírita, e,
mesmo tendo
contato com as
informações do
Espiritismo,
optam, por
várias causas,
em fazer uso de
droga.
Alguns pais se
perguntam: Onde
falhamos? Fomos
exigentes
demais? Ou
complacentes?
Sem dúvida, há
casos em que os
pais falharam na
educação, pois
foram
excessivamente
rígidos, ou
omissos, ou não
enxergaram os
conflitos
psicológicos de
que seus filhos
eram portadores,
ou não
identificaram os
sinais de que
algo não estava
bem.
Há situações que
os pais agiram
de forma
exemplar, mas os
filhos acabaram
enveredando para
o caminho triste
das drogas.
Camilo, com sua
orientação
lógica, nos
ensina que esses
filhos possuem
bagagens morais
ainda
deficitárias,
estão em
patamares
evolutivos que
lhes dificultam
enfrentar os
desafios
existenciais,
particularmente
aqueles
relacionados à
vida juvenil, em
clima de
equilíbrio,
optando, muitas
vezes, pela fuga
das drogas.
Vemos,
infelizmente,
muitos jovens
fazendo uso de
bebidas
alcoólicas, de
tabaco, de
maconha, de
cocaína etc. E
alguns deles são
portadores do
conhecimento
espírita, da lei
de causa e
efeito, da
obsessão, mas,
por fragilidade
moral, insistem
nesse caminho
espinhoso.
Gostaria de
pontuar a
questão da
maconha por
conta do alto
índice de jovens
que a utilizam,
a pretexto de
que não são tão
ofensivas à
saúde, de que
não são viciados
e, quando
desejarem,
abandonarão o
uso.
Muitos deles
estão num
estágio de
fascinação,
sofrendo,
inclusive,
influência
espiritual
perniciosa, de
tal sorte que
vemos pais que
usam desde os
diálogos
religiosos até
os científicos,
mas em vão,
porque, na atual
fase, os filhos
não conseguem
identificar os
prejuízos,
físicos e
morais, que
estão amontoando
para si mesmos.
Em relação ainda
a maconha, na
minha área de
trabalho,
deparo-me com
muitos jovens
nessa situação,
e ao serem
indagados se
estão usando
droga, respondem
que não, pois
usam apenas
maconha.
Dessa forma,
para muitos
jovens, a
maconha perdeu o
status de droga,
sendo utilizada
apenas para
relaxar, e
insistem que não
faz qualquer mal
para a saúde.
Preocupo-me como
ficará a
juventude, a
sociedade e as
famílias se a
maconha for
descriminalizada
pelo Supremo
Tribunal
Federal.
Não são poucos
os pais, alguns
espíritas, se
afligindo em
seus lares com
essa realidade.
Que dizem os
Espíritos
superiores
acerca dessa
situação? Como
agir?
No livro “Vereda
Familiar”
(Editora Fráter
- 5ª Edição –
capítulo 17 -
página 107), de
autoria
espiritual da
benfeitora
Thereza de
Brito,
psicografado por
José Raul
Teixeira, consta
que: “Os
filhos que
guarda no lar,
marcados por
desequilíbrios
de
comportamento,
fazendo-se
doidivanas,
irresponsáveis
ou cruéis, são
aqueles que
necessitam da
sua
compreensão
e assistência”.
Assim sendo, os
pais necessitam
compreender a
situação, o que
não significa
conivência ou
passividade,
mas, à luz da
reencarnação,
entender que os
filhos, que são
usuários de
droga, estão
demonstrando o
nível de
evolução em que
se encontram,
estando
momentaneamente
enfermos sob a
ótica moral, e,
às vezes,
poderão ser as
mesmas almas que
desviaram do
caminho do bem
em outras vidas,
e hoje, por
misericórdia
divina, retornam
como filhos a
fim de que
tenham a
oportunidade de
apontar novos
rumos a eles,
agora na direção
das virtudes.
E necessitam
dar-lhes
assistência,
amando-os sem
desanimar,
porque nenhum
investimento de
amor é perdido,
ficando
registrado na
intimidade da
alma, e, um dia,
pela lei divina
do progresso,
frutificará.
Há diversos
profissionais da
psicologia e da
psiquiatria que
podem orientar
os pais,
qualificando-os
para a tarefa em
questão, porque,
em algumas
ocasiões, os
pais, por
ignorância,
podem cometer
alguns erros em
nome do amor.
Os pais têm que
agir como
semeadores,
tendo fé na vida
futura, porque
não sabem se os
filhos desejarão
nesta
reencarnação
refazerem seus
passos. O fato é
que um dia
ajustarão suas
vidas às
diretrizes do
Cristo, cabendo
aos pais darem a
sua
contribuição,
amando e
orientando, sem
cessar, jamais
desistindo para
que a culpa não
os aflija no
futuro, até
porque, antes de
renascerem,
assumiram esse
compromisso.
O Livro dos
Espíritos,
na questão 208,
menciona que a
missão dos pais
é de educar os
filhos, e que,
se falharem
nessa tarefa,
serão
considerados
culpados. Dessa
forma, devem os
pais, em
quaisquer
situações,
insistir na
educação moral,
para que não se
sintam
corresponsáveis
pela falha dos
filhos.
É uma bênção ter
o conhecimento
espírita, porque
os pais sabem
que os esforços
renderão
resultados, logo
mais ou nas
vidas
porvindouras, e
ainda sabem do
apoio espiritual
que lhes chega
diariamente, bem
como sabem que a
oração será o
sustentáculo
para os manterem
sintonizados com
os guias
espirituais e
para renovar as
forças morais
para
prosseguirem
amando os filhos
que insistem no
uso das drogas.
Por fim, trago à
baila uma bela
lição do
espírito Marco
Prisco, através
da mediunidade
de Divaldo
Franco, na obra
“Diretrizes para
uma Vida Feliz”.
(Editora LEAL -
1ª Edição –
capítulo 10 –
páginas 43 a
46.)
“Se você
surpreendeu o
seu filho,
masculino ou
feminino, usando
qualquer tipo de
droga, tenha
muito cuidado
com a maneira de
agir. Passado o
choque inicial,
procure
conversar
calmamente, em
tom de amizade e
carinho,
buscando saber
as causas que o
levaram a essa
fuga infeliz.
Uma atitude de
bondade vale
mais do que
todos os
argumentos
produzidos pela
cólera ou pela
agressividade...
Faça-o perceber
que você está
aberto ao
diálogo...
Dê-lhe uma
assistência de
vigilância, sem
tornar-se um
guarda severo ou
algoz... Sempre,
que possível,
converse sobre
temas
edificantes,
cuidando de não
se tornar
cansativo em
relação ao
problema...
Proponha-lhe a
ajuda
especializada de
um
psicoterapeuta...
Todas as pessoas
se equivocam,
tendo direito à
recuperação...
Demonstre que
você também tem
problemas e
busca
resolvê-los de
maneira
saudável. Faça-o
perceber que a
droga somente
leva à
destruição...
Ame, em qualquer
circunstância, o
seu filho,
masculino ou
feminino,
demonstrando-lhe
que nada no
mundo o afastará
da sua
ternura...
Aplique sempre a
terapêutica do
amor e não tenha
pressa. O
resultado virá
no momento
próprio”.